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Em seis meses, programa CNH Social chamou metade dos inscritos em MS

Desde a primeira convocação do Detran, em setembro de 2022, foram chamadas 2.642 pessoas para dar início ao processo de habilitação

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O processo da primeira habilitação por meio do CNH Social convocou, em seis meses, metade dos 5 mil candidatos que foram selecionados para o programa. 

Ao Correio do Estado, o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) informou que, até o dia 14 deste mês, 2.527 candidatos haviam sido convocados. O primeiro chamamento ocorreu em setembro do ano passado, para os candidatos de Ponta Porã. 

Nesta quarta-feira (15), o Detran anunciou a convocação de mais 102 candidatos de Corumbá e mais 13 de Ladário para dar início ao processo do Registro Nacional de Carteiras de Habilitação (Renach), totalizando 2.642 convocações até então. 

Conforme o Detran-MS, todos os 5 mil selecionados neste primeiro edital serão convocados em primeira e segunda chamada, conforme a disponibilidade de atendimento de cada município. Agora, por exemplo, as chamadas também estão acontecendo em Paranaíba, Aparecida do Taboado, Aquidauana e região.

A coordenadora do programa CNH Social, Priscilla Miyahira Borges, explicou ao Correio do Estado que, apesar de haver 59.724 inscritos no total, não existe uma lista de espera. Quem não foi selecionado dentro dessas primeiras 5 mil vagas deve aguardar um próximo edital.

“Entre as convocações no interior do Estado, temos uma média de 70% de adesão. Na Capital, esse índice é maior, e acredito que para uma primeira edição do programa estamos caminhando bem”, disse a coordenadora. 

CARTEIRAS ENTREGUES

Até o momento, 11 carteiras de habilitação já foram entregues em Campo Grande. As demais estão em tramitação.

Priscilla salientou que, se considerar o início das primeiras convocações na Capital, em novembro de 2022, houve celeridade na finalização desses processos. 

“São menos de quatro meses, e esse período, para um processo de habilitação, é até rápido. O processo de habilitação em si tem a duração de um ano, e algumas pessoas concluíram ele em um mês e meio”, frisou Priscilla. 

REPROVAÇÃO

Uma das maiores dúvidas em relação ao programa diz respeito à reprovação nos testes. Priscilla destacou que o processo de habilitação por meio do CNH Social prevê que o candidato tem direito ao exame e reexame. 

“O candidato tem direito ao exame e ao reexame em todas as etapas do programa. Vamos supor que ele não passe no reexame, ele poderá fazer novamente a prova, desde que pague por este custo por conta própria. Se ele passar nessa etapa, ele continua normalmente pelo CNH Social, e neste cenário o candidato não é desclassificado, por exemplo”, afirmou a coordenadora do programa.  

Conforme o Detran-MS, os candidatos devem passar por todas as etapas de um processo de habilitação – avaliação psicológica, avaliação de aptidão física e mental, curso teórico-técnico (45 horas-aulas), exame teórico-técnico, curso prático de direção veicular (mínimo de 20 horas-aulas por categoria pretendida) e exame prático de direção veicular. 

Após a aprovação no exame prático na categoria pretendida, o candidato recebe a permissão para dirigir. Como todas as etapas dependem do candidato, não há estimativa de quantos participantes vão receber a CNH. 

O PROGRAMA

O CNH Social beneficiará 5 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social com acesso gratuito à primeira habilitação, nas categorias A, B e AB, em todo Mato Grosso do Sul.

Todo o processo de habilitação – incluindo gastos com autoescola (aulas teóricas e práticas) e até o recolhimento das taxas do órgão de trânsito – é custeado pelo governo do Estado.

Cabe a cada autoescola, se tiver interesse, candidatar-se para participar do programa. De acordo com Priscilla, o não credenciamento de autoescolas em algumas regiões do Estado pode impactar nas convocações.

“Por isso temos regiões em que a gente ainda não chamou os candidatos, pois estamos sem autoescolas cadastradas. Quando é possível, pedimos para o candidato se deslocar a um município vizinho, mas não é toda região que permite isso”, destacou. 

Considerando que o processo para tirar a CNH tem um custo médio de R$ 3,2 mil, serão investidos cerca de R$ 16 milhões pelo governo estadual.

VAGAS

No primeiro edital do programa, foram disponibilizadas 1.180 vagas para a carteira de habilitação na categoria A (moto), 1.000 vagas para B (carro) e 2.570 vagas para categoria AB (carro e moto), além de 250 vagas reservadas a pessoas com deficiências.

As oportunidades foram separadas por município e região, sendo 1.650 para Campo Grande; 800 para Dourados e região; 300 para Naviraí e região; 300 para Três Lagoas e região; 300 para Ponta Porã e região; e 250 para Paranaíba e região. 

Os municípios da região da Capital contam com 250 vagas, outras 250 vagas foram disponibilizadas para Corumbá e Ladário, 250 para Nova Andradina e região, 250 para Aquidauana e região, 200 para Jardim e região e 200 para Coxim e região.

Saiba: Considerando que o processo para tirar a CNH tem um custo médio de R$ 3,2 mil, serão investidos cerca de R$ 16 milhões pelo governo de Mato Grosso do Sul.

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Cidades

Veículos batem de frente e três pessoas da mesma família morrem na BR-267

Motorista de um Virtus tentou fazer uma ultrapassagem, quando colidiu de frente com um Corolla; todas as vítimas estavam no veículo atingido

16/12/2025 18h36

Veículos bateram de frente e três pessoas da mesma família morreram

Veículos bateram de frente e três pessoas da mesma família morreram Foto: Divulgação / PRF

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Três pessoas morreram em um acidente envolvendo dois carros de passeio, na manhã desta terça-feira (16), na BR-267, em Nova Alvorada do Sul. O acidente aconteceu durante uma tentativa de ultrapassagem.

De acordo com informações da PRF, um veículo Toyota Corolla, com placas de São Miguel de Guaporé (RO), seguia no sentido Nova Alvorada do Sul a Distrito de Casa Verde, enquanto um Virtus, com placas de Três Lagoas, seguida no sentido contrário.

Na altura do km 177, os veículos bateram de frente. Segundo testemunhas, o Virtus teria tentado fazer uma ultrapassagem e acabou colidindo com o Corolla.

Com o impacto da batida, duas passageiras no Corolla, de 55 e 73 anos, morreram na hora. Um outro passageiro, de 74 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu posteriormente no hospital. O motorista, de 53 anos, não teve ferimentos graves.

Conforme informações, as vítimas eram a esposa, pai e mãe do motorista.

No Virtus estavam o condutor e um passageiro, de 42 e 37 anos, respectivamente. Ambos tiveram lesões consideradas leves e foram encaminhados ao hospital em Nova Andradina, mas não correm risco de morte.

Ainda segundo a PRF, foi realizado o teste do bafômetro nos motoristas, com resultado negativo para alcoolemia em ambos.

Informações preliminares são de que a família que estava no Corolla saiu de Rondônia para visitar familiares no interior de São Paulo.

Durante os trabalhos de resgate e perícia, parte da pista ficou interditada. As causas do acidente serão investigadas pela Polícia Civil.

Outro acidente com duas mortes

Na madrugada desta terça-feira (16), outro acidente deixou duas pessoas mortas e três feridas, na BR-158, em Três Lagoas.

Conforme reportagem do Correio do Estado, Fernanda Taina Costa da Silva, de 28 anos, conduzia um Fiat Palio, e Fernando Marconi Ramos, de 27 anos, trabalhava como moto-entregador. Ambos colidiram em ua região conhecida como anel viário Samir Tomé.

No Palio conduzido, além da motorista estavam três crianças, de 9 anos, 5 anos e nove meses, que tiveram de ser levadas ao Hospital Regional, mas o estado de saúde de todas era considerado estável. As três estavam no banco traseiro e as duas maiores estavam conscientes e orientadas.

Imagens divulgadas pelo site 24hnewsms mostram que a motocicleta atingiu a parte frontal do veículo e o piloto acabou sendo jogado sobre o para-brisa, do lado da condutora.

Embora não haja testemunhas, os policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de frenagem da moto, que a moto seguia pelo anel viário no sentido ao shopping Três Lagoas, quando foi atingida frontalmente pelo carro, que teria invadido a pista contrária por motivos ainda ignorados. 

 

Cabe recurso

Jogo do bicho: deputado Neno Razuk é condenado a 15 anos de prisão

Condenação foi proferida  pela 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

16/12/2025 17h45

Deputado estadual Neno Razuk (PL)

Deputado estadual Neno Razuk (PL) Foto: Wagner Guimarães / Alems

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O deputado estadual Roberto Razuk Filho, conhecido como Neno Razuk (PL), foi condenado a 15 anos e 7 meses de prisão, apontado como o "cabeça" de um grupo criminoso para tomar o controle do jogo do bicho em Campo Grande. A condenação foi proferida  pela 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) nesta segunda-feira (15) e sentencia outras 11 pessoas. 

Conforme os autos do processo que corre em segredo de Justiça, os réus tentaram anular a condenação sob pedindo a nulidade das investigações. Em resposta ao Correio do Estado, André Borges, advogado de defesa do deputado, disse que irá recorrer da sentença. "Defesa certamente recorrerá; processo está longe de encerrar; Neno confia na decisão final da justiça", declarou. 

Condenações 

  • Carlito Gonçalves Miranda 10 anos, 9 meses e 24 dias de reclusão, em regime fechado; Não tem o direito de recorrer em liberar e segue sendo procurado;
  • Diogo Francisco 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;   
  • Edilson Rodrigues Ferreira 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade; 
  • Gilberto Luis dos Santos 16 anos, 4 meses e 29 dias de reclusão, em regime fechado; permanecerá preso;
  • José Eduardo Abduladah 4 anos e 1 mês de reclusão, em regime fechado; permanecerá em prisão domiciliar;
  • Júlio Cezar Ferreira dos Santos 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Manoel José Ribeiro 13 anos, 7 meses e 1 dia de reclusão, em regime fechado; permanecerá preso;
  • Mateus Aquino Júnior 11 anos e 7 meses de reclusão, em regime fechado; não terá o direito de recorrer em liberdade e segue sendo procurado;
  • Roberto Razuk Filho 15 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Taygor Ivan Moretto Pelissari 4 anos, 11 meses e 15 dias de reclisão, em regime fechado; não terá o direito de recorrer em liberdade e segue sendo procurado; 
  • Valnir Queiroz Martinelli 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Wilson Souza Goulart 4 anos, 2 meses e 22 dias de reclusão, no semiaberto; terá o direito de recorrer em liberdade; 

Buscas

Em novembro deste ano, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), apreendeu mais de R$ 300 mil durante a operação deflagrada contra alvos ligados à família Razuk. A ação, realizada em conjunto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar, também resultou na prisão de três familiares do deputado estadual Neno Razuk. 

Foram detidos o pai do parlamentar, Roberto Razuk, e os irmãos Rafael Razuk e Jorge Razuk. Segundo informações, além do montante em dinheiro, equipes recolheram armas, munições e máquinas supostamente usadas para registrar apostas do jogo do bicho.

Os materiais foram apreendidos durante o cumprimento dos 20 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão executados  em Campo Grande, Dourados, Corumbá, Maracaju e Ponta Porã, além de endereços no Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

Em Dourados, viaturas foram vistas logo cedo em bairros como Jardim Água Boa e Vila Planalto. A residência de Roberto Razuk foi um dos principais pontos de ação, onde agentes recolheram malotes.

Outro alvo da operação é Sérgio Donizete Balthazar, empresário e aliado político, proprietário da Criativa Technology Ltda., que no início deste ano ingressou no Tribunal de Justiça com mandado de segurança para tentar suspender a licitação da Lotesul, estimada em mais de R$ 50 milhões.

Também aparecem entre os alvos o escritório de Rhiad Abdulahad e Marco Aurélio Horta, conhecido como "Marquinho", chefe de gabinete de Neno Razuk e funcionário da família há cerca de 20 anos.

A família Razuk, já foi alvo de apurações relacionadas ao jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. A ação é tratada pelo Ministério Público como uma nova fase dessas investigações.

FASES

Em outubro de 2023, antes das fases da Successione, a Polícia Civil fez uma apreensão de 700 máquinas da contravenção, semelhantes a máquinas de cartão utilizadas diariamente em qualquer comércio, sendo facilmente confundidas.

As prisões foram desencadeadas a partir da deflagração das fases da Operação Successione, que começou no dia 5 de dezembro de 2023. Na ocasião, foram cumpridos 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Foi nesta fase que os ex-assessores parlamentares de Neno Razuk foram pegos.

Duas semanas depois, no dia 20 de dezembro, foi deflagrada a segunda fase da operação, com o cumprimento de 12 mandados de prisão e 4 de busca e apreensão. Ela foi realizada após investigações do Gaeco apontarem que a organização criminosa continuou na prática do jogo do bicho, além de concluírem que policiais militares também atuavam nesta atividade.

No dia 3 de janeiro do ano passado, chegou a vez da terceira fase da operação, com mais dois envolvidos presos pela contravenção na Capital.

A disputa pelo controle do jogo ilegal em Campo Grande se intensificou após a prisão de Jamil Name e Jamilzinho, durante a Operação Omertá, em 2019, que eram apontados pelas autoridades como os donos do jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. 

Quatro anos depois, Jamil Name Filho foi condenado a 23 anos de reclusão, após um julgamento de três dias.

O termo italiano "Successione"  que dá nome a operação, é uma referência a disputa pela sucessão do jogo bicho em Campo Grande após a operação Omertá. A decisão desta terça-feira cabe recurso. 

**Colaborou Felipe Machado

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