Cidades

CRIME E SAÚDE PÚBLICA

Empresas de MS estão ligadas à cadeia clandestina do metanol

No Estado, três empresas foram alvo de ação da Polícia Federal e a Receita Federal contra uso ilegal do produto em postos e na adulteração de bebidas

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Em meio ao boom de casos confirmados e investigados de uso de metanol em bebidas alcoólicas em todo o País, fábricas do setor sucroalcooleiro (cana-de-açúcar para produzir etanol), além de uma revenda de produtos químicos em Mato Grosso do Sul, foram alvo da Operação Alquimia, deflagrada ontem pela Receita Federal, com apoio de outras forças policiais.

Ao todo, três municípios do Estado foram visitados por agentes federais: Caarapó, Dourados e Campo Grande. Na Capital, o alvo foi a empresa Brasq Química, ligada ao ramo de cosméticos e produtos de perfumaria, localizada na Vila Albuquerque, o que surpreendeu os moradores da região, visto o aspecto de abandono do imóvel em que está localizada.

Conforme apurado pelo Correio do Estado, essa empresa campo-grandense era usada como laranja desde o ano passado. A suspeita de seu envolvimento no esquema se fortaleceu após uma compra recente de grande quantidade de metanol, que seria de “milhões de litros”, porém, a substância não chegou ao local, caracterizando que seria uma empresa de fachada.

Ao todo, nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em 24 estabelecimentos. 

O esquema era dividido em três pilares: revenda irregular, com empresas regularmente registradas que importavam o metanol para uso industrial e parte do produto era repassado para empresas de fachada, também conhecidas como “noteiras”; fraude documental, feita por empresas que emitiam notas fiscais indicando o envio de metanol para destilarias ou usinas, no entanto, os caminhões e motoristas nunca chegavam ao destino informado; e o destino final, empresas que misturavam o metanol ao combustível ou desviavam parte dele para o uso clandestino, ao misturá-lo a bebidas alcóolicas.

Em Mato Grosso do Sul, na Operação Carbono Oculto, as empresas localizadas em MS eram basicamente as “noteiras”, conforme apurou o Correio do Estado. Na ocasião, empresas de Iguatemi e Dourados foram alvo da PF.

Já nesta operação, em Campo Grande, a empresa também era considerada “noteira”. Ainda não há informações sobre as empresas de Dourados e Caarapó.

Márcia Meng, superintendente da Receita Federal em São Paulo, explicou como as empresas alvo da operação foram escolhidas para serem vistoriadas pelas equipes da PF, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

“Esse trabalho é feito pelo mapeamento de toda a cadeia de distribuição do metanol, desde sua importação, lá nos nossos portos, até a utilização dele, seja na adulteração de combustíveis, como foi identificado na Operação Carbono Oculto, como também agora, nessa segunda fase, buscando entender de que forma o metanol está chegando a essas fábricas de adulteração de bebidas”, esclareceu.

Nas empresas, foram coletadas amostras para análises químicas que possibilitem rastrear a procedência do metanol e compará-las com as obtidas em bebidas falsificadas apreendidas. Além de fábricas, também foram alvo importadores, terminais marítimos, destilarias e usinas.

“Nós temos observado que esse etanol adulterado e contaminado pelo metanol, altamente tóxico, também acabou sendo desviado para a adulteração de bebidas alcoólicas”, reforçou a superintendente.

O Correio do Estado entrou em contato com a Brasq Química para saber o posicionamento da empresa sobre o mandado cumprido no local, porém, até o fechamento desta edição, não houve retorno. 

OUTRAS EMPRESAS

A Operação Alquimia é um desdobramento de outras duas operações nacionais. Em fevereiro do ano passado, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, todos em municípios do estado de São Paulo, com o objetivo de combater uma organização criminosa que adulterava combustíveis a partir da importação, produção e distribuição ilegal de metanol, na operação que foi nomeada Boyle.

Posteriormente, já em agosto deste ano, foi deflagrada a Operação Carbono Oculto, citada nesta reportagem pela superintendente Márcia Meng, em oito estados, incluindo MS, e envolvendo 315 alvos, entre pessoas jurídicas e físicas. Ela foi descrita pela Receita Federal como “a maior operação contra o crime organizado da história do País, em termos de cooperação institucional e amplitude”.

PEGOS NO FLAGRA

Diante da repercussão nacional, as fiscalizações se intensificaram em bares, restaurantes e estabelecimentos que praticam o comércio de bebidas alcoólicas no Brasil inteiro, e Mato Grosso do Sul não poderia ficar de fora.

Nesta quarta-feira, por exemplo, o dono de uma conveniência localizada na esquina da Avenida Mato Grosso com a Rua Bahia, em Campo Grande, foi preso por vender bebida contrabandeada, vapes e produtos impróprios para consumo. Todos os produtos foram recolhidos pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Relações de Consumo (Decon).

Ainda no mesmo dia, em Ribas do Rio Pardo, uma ação flagrou comerciantes com bebidas sem registro dos órgãos competentes, fato que pode caracterizar falsificação e possível adulteração. Até o momento, nenhuma bebida com metanol foi encontrada.

CUIDADOS EXTRAS

Ontem, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) expediu uma recomendação à Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e à Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas) para que comerciantes adotem medidas rigorosas de controle na compra e venda de bebidas, com o objetivo de evitar a comercialização de produtos adulterados com metanol.

O documento orienta os comerciantes a adquirirem bebidas apenas de fornecedores idôneos, com CNPJ ativo, e a exigirem sempre a nota fiscal eletrônica, conferindo sua autenticidade no portal da Secretaria de Fazenda.

Instrui também os estabelecimentos a criarem um procedimento de “dupla checagem” no recebimento de mercadorias, verificando rótulos, lotes e embalagens. Além disso, os funcionários devem ser treinados para identificar sinais de adulteração, como lacres violados, erros de ortografia nos rótulos ou odor de solvente.

*SAIBA

Até a última atualização do Ministério da Saúde, haviam ocorrido 148 notificações de intoxicação por metanol, das quais 41 foram confirmadas (em São Paulo, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Sul), com 8 mortes, e 107 ainda estavam em investigação. Em Mato Grosso do Sul, quatro casos continuam sob análise, todos em Campo Grande.

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baixa adesão

Fundo Pantanal indeniza desde banqueiro a gigante do Agro

Mas, o Programa que disponibilizou R$ 40 milhões está repassando aos proprietários pantaneiros menos de 10% do previsto para 2025

13/12/2025 12h30

O tuiuiú é considerada a ave-símbolo do Pantanal, mas também pode ser encontrada bem longe deste bioma

O tuiuiú é considerada a ave-símbolo do Pantanal, mas também pode ser encontrada bem longe deste bioma Bruno Rezende/Secom

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Na lista dos 45 proprietários de terras do Pantanal que receberão recursos do Fundo Clima Pantanal, um programa que indeniza fazendeiros que preservam áreas mais amplas do que aquilo que determina a legislação, aparecem desde fazendeiros tradicionais a banqueiros e gigantes do agronegócio.

Mas, conforme publicação do diário oficial do Governo do Estado desta sexta-feira (12) a adesão ficou abaixo do esperado e menos de 10% das verbas disponíveis serão distribuídas no primeiro ano do programa, criado principalmente para combater o desmatamento.

Entre os contemplados, com R$ 100 mil, está Tereza Bracher, esposa do ex-presidente do Itaú Unibanco, Cândido Bracher. A família vair receber a indenização por estar preservando em uma de suas fazendas pantaneiras quase seis mil hectares acima do estipulado pela legislação. 

Com patrimônio estimado na casa dos R$ 15 bilhões, Cândido Bracher foi CEO do Itaú Unibanco entre abril de 2017 e janeiro de 2021. Atualmente,  hoje é integrante do Conselho de Administração da instituição financeira, que fechou 2024 com lucro de R$ 40 bilhões. 

E a banqueira ainda buscou indenização em uma segunda fazenda no Pantanal,  mas foi desclassificada por ter sido enquadrada no item 8.6 das normas que regulamentam a distribuição dos R$ 40 milhões do Fundo.

Este item diz que não pode ser contemplado que  estiver com irregularidades no Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou por estar com passivos ambientais não declarados ou que não estejam cumprindo termos de compromisso de recuperação de áreas degradadas.

Em maio deste ano o Ministério Público abriu investigação para apurar suposta omissão do banqueiro em um megaincêndio que destruiu mais de 52 mil hectares em julho de 2024 no Pantanal da Nhecolândia. O fogo teria começado na Fazenda Tupanceretã, de 25 mil hectares, pertecence à família. 

Tereza Bracher também aparece como contemplada indireta em uma outra propriedade. Ela é uma das integrantes da Associação Onçafari, entidade que vai receber pouco mais de R$ 45 mil de indenização pela preservação de 824 hectares de vegetação nativa.

Esta associação, que adquiriu milhares de hectares no Pantanal para criar uma espécie de corredor ecológico que possibilite procriação de onças-pintadas, conseguiu cerca de R$ 180 milhões com filantropos para a criação de reservas privadas no Pantanal. Teresa Bracher é uma destas doadoras. 

Mas, os banqueiros não são os únicos bilionários que aparecem na lista. Outra contemplada é a SLC Agronegócios, uma fazenda dedicada à criação de bovinos no município de Corumbá.  Os bilionários donos desta fazenda receberão R$ 100 mil do Fundo Pantanal por preservarem pouco mais de 3,7 mil hectares. 

A fazenda pertence ao grupo que se apresenta como um dos maiores produtores de commodities agrícolas do país. Possui cerca de 733 mil hectares de área plantada em sete estados. Além de Corumbá, o grupo também produz em fazendas em Cassilância, Chapadão do Sul e Sonora. 

A SLC produz algodão, milho e soja e se dedica à criação de gado, além de ser uma das grandes produtoras de sementes destas cultura.Ela foi uma das primeiras empresas do agronegócio a ter ações negociadas em Bolsa de Valores de São Paulo, a BR.

A famosa Fazenda Bodoquena, de cerca de 77 mil hectares e conhecida por concentrar até 40 mil bonivos, também aparece na relação daqueles que receberão indenização. Neste caso, serão apenas R$ 39 mil, uma vez que atestou estar fazendo preservação extra de 705 hectares de vegetação. 

A fazenda pertence ao Grupo Votorantim, que há mais de sete décadas também atua na produção de cimento em Corumbá, no coração do Pantanal. O grupo é controlado pelos familiareas de Antônio Ermírio de Moraes, um dos rostos mais conhecidos do bilionário clã. Ele morreu em 2014. A família é considerada a terceira mais rica do país, com patrimônio estimado em 15,4 bilhões de dólares, ficando atrás somente das famílias Marinho e Safra.

Mas, nesta lista dos contemplados também aparecem fazendeiros "comuns",  para os quais a indenização de até R$ 100 mil fará alguma diferença. Esté é o caso de Timotheo Reis Proença, que já presidiu o sindicato rural de Aquidauana. Ele cadastrou 1,28 mil hectares como preservação extra e por conta disso receberá R$ 71 mil. 

BAIXA ADESÃO

Ao todo, segundo o Governo do Estado, estão sendo  indenizados 126 mil hectares, o que está garantindo repasse da ordem de R$ 3,25 milhões aos proprietários. 

O valor é praticamente o mesmo ao que está sendo repassado a três ONGs que dizem atuar no combate a incêndios e no tratamento de animais silvestres atingidos pelas queimadas no Pantanal. 

Dos R$ 40 milhões, R$ 1,438 milhão foi destinado ao Instituto Homem Pantaneiro (IHP), R$ 996 mil para o instituto SOS Pantanal e R$ 497,5 mil para o IPCTB - Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil. 

Somados, os repasses às ONGs chegam R$ 2,931 milhões, o que equivale a 7,3% dos R$ 40 milhões anunciados pelo Governo do Estado ao Fundo Pantanal para o primeiro ano de vigência do programa. 

O valor repassado aos proprietários rurais ficou longe daquilo que estava previsto por conta da baixa adesão. Na primeira chamada foram recebidas apenas 71 inscrições de imóveis rurais localizados no Bioma Pantanal. E, após análise dos documentos,  45 propriedades conseguiram cumprir as exigências. 

Mesmo assim, o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, comemora os resultados. “O PSA Pantanal demonstra que é possível alinhar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Estamos criando um modelo em que o produtor rural passa a ser reconhecido como parceiro estratégico na proteção do bioma, recebendo por um serviço ambiental que beneficia toda a sociedade”, afirmou. Segundo ele, o programa também fortalece a imagem de Mato Grosso do Sul como referência nacional em sustentabilidade e políticas climáticas inovadoras.

Agora, os proprietários classificados serão convocados pela Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), agente executor do PSA Conservação, para assinatura do Termo de Adesão. A partir desse instrumento, os provedores de serviços ambientais passam a integrar formalmente o programa e a receber os valores correspondentes às áreas preservadas. 

De acordo com o secretário-adjunto da Semadesc, Artur Falcette, a robustez técnica do edital foi um dos diferenciais do programa. “Todo o processo foi construído com base em critérios objetivos, análises técnicas aprofundadas e uso de ferramentas geoespaciais. Isso garante credibilidade ao PSA e cria um ambiente favorável para sua continuidade e ampliação”, destacou. Ele ressalta que a experiência da primeira chamada servirá como base para o aperfeiçoamento das próximas etapas.

Segunda chamada 

Com a conclusão da primeira etapa, a Semadesc confirmou o cronograma da segunda chamada do PSA Conservação, prevista para 2026. A publicação do edital e a abertura das inscrições ocorrerão em 23 de fevereiro, com encerramento em 6 de abril.

As inscrições deferidas serão divulgadas em 16 de abril, com prazo para recursos até 20 de abril. A avaliação das propriedades ocorrerá até 1º de junho, com publicação do resultado final até 15 de junho. A assinatura dos Termos de Adesão está prevista a partir de 16 de junho de 2026.

Nesta segunda chamada, poderão participar proprietários que não conseguiram se inscrever na primeira etapa. As regras permanecem as mesmas, incluindo a possibilidade de cancelamento de autorizações de supressão de vegetação nativa vigentes na data de abertura do edital, quando houver, sendo que o pagamento será referente ao exercício de 2026. 

“O PSA é uma política de Estado, construída para ter continuidade e escala. A segunda chamada amplia o alcance do programa e reforça nosso compromisso com a conservação do Pantanal”, concluiu Jaime Verruck.

 

Cidades

Consórcio paga parte dos atrasados, mas motoristas confirmam greve a partir de segunda

Sem acordo com o Consórcio Guaicurus, a greve está prevista para segunda-feira (15), segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande

13/12/2025 11h23

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com o Consórcio Guaicurus tendo atendido “em partes” à reivindicação definida em assembleia, a greve dos motoristas de ônibus deve iniciar nesta segunda-feira (15), em Campo Grande.

Em conversa com o Correio do Estado, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano da Capital (STTCU-CG), Demétrios Feiras, informou que os trabalhadores receberam, na sexta-feira (15), somente 50% do salário referente ao mês de novembro.

“O Consórcio Guaicurus, no final da tarde, depositou 50% do valor dos salários, referente ao mês de novembro, que era para ser pago no quinto dia útil do mês de dezembro. Foi a única coisa que o Consórcio pagou”, informou Demétrios.

Durante assembleia, a categoria reivindicou o pagamento do salário integral, do adiantamento, da segunda parcela do décimo terceiro e do vale (adiantamento salarial). No entanto, houve apenas o depósito de 50%, e a paralisação segue confirmada.

Segundo o presidente do STTCU-CG, não está prevista, para este fim de semana, qualquer tentativa de negociação com a empresa responsável pelo transporte coletivo na Cidade Morena.

Com isso, Demétrios reforçou que os ônibus só retornarão às ruas quando o Consórcio efetuar o pagamento do que ficou definido pela classe.

“E a gente só volta a trabalhar com o pagamento desses três vencimentos. Caso contrário, continua parado na terça, na quarta, até que o Consórcio efetue esses pagamentos”, pontuou Demétrios.

A justificativa para não realizar o pagamento, conforme explicou Demétrios, é a falta de dinheiro em caixa. Como adiantou o Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus alega um “rombo” em dívidas de R$ 15,2 milhões, sendo que desse valor R$ 8,2 milhões são referentes aos salários dos funcionários.

Por conta disso, a concessionária pediu que o valor do subsídio pago pelo poder público seja ainda maior.

Entenda

No dia 5, o Consórcio Guaicurus, responsável pela administração do transporte coletivo de Campo Grande, anunciou que a situação financeira estaria insustentável para a continuidade da operação, motivada por supostos atrasos nos repasses por parte do poder público.

Além das dificuldades relacionadas a questões operacionais, como combustíveis, manutenção da frota e encargos, o consórcio também enfrenta negociações com a classe de funcionários, principalmente os motoristas.

Motoristas do Consórcio Guaicurus realizaram assembleia geral, na madrugada desta quinta-feira (11) e optaram pela paralisação. Eles reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – efetuaram o depósito de 50%
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

** Colaborou Felipe Machado e Naiara Camargo

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