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Entenda como funciona a vacinação contra a pólio

Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite começou em 27 de maio e termina nesta sexta-feira (14), mas pode ser prorrogada por estados e municípios em casos de baixa adesão

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O emblemático Zé Gotinha, símbolo da vacinação no Brasil, fez sua estreia no cenário público no final dos anos 80, liderando a batalha contra a poliomielite nas Américas.

Naquela época, a única forma de prevenir essa doença, causada pelo poliovírus selvagem, era através de duas gotas aplicadas na boca das crianças.

No entanto, o esquema de imunização atual transcende a vacina oral, incluindo também doses injetáveis para combater a poliomielite.

Segundo o esquema delineado pelo Ministério da Saúde, as três primeiras doses contra a poliomielite são administradas por via injetável aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme estabelecido no Calendário Nacional de Vacinação. Posteriormente, duas doses adicionais, conhecidas como doses de reforço, são administradas por via oral: uma aos 15 meses e a última aos 4 anos de idade.

Por esse motivo, é recomendado que todas as crianças menores de 5 anos sejam levadas anualmente aos postos de saúde durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite para verificar suas cadernetas de vacinação e atualizar as doses, se necessário.

Mesmo as crianças com o esquema vacinal completo, desde que estejam na faixa etária determinada pelo Ministério da Saúde, devem receber as doses de reforço.

Campanha

Este ano, a Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite teve início em 27 de maio e termina nesta sexta-feira (14).

No entanto, estados e municípios têm a possibilidade de prorrogar a campanha em casos de baixa adesão.

A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é imunizar pelo menos 95% do público-alvo, o que equivale a cerca de 13 milhões de crianças menores de 5 anos.

Fim das gotinhas

A partir de 2024, o Brasil iniciará gradualmente a substituição da vacina oral contra a poliomielite pela versão injetável, que é uma forma inativada do imunizante.

Com essa mudança, a vacina injetável, já utilizada nas três primeiras doses do esquema vacinal contra a poliomielite, também será disponibilizada como dose de reforço aos 15 meses. A segunda dose de reforço, anteriormente administrada aos 4 anos, será eliminada.

Essa substituição foi discutida e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), que considerou novas evidências científicas sobre a proteção contra a doença.

O Ministério da Saúde, em nota, reiterou que essa atualização não significa o fim imediato das gotinhas, mas representa um avanço tecnológico para aumentar a eficácia do esquema vacinal. A dose oral será gradualmente eliminada durante um período de transição.

"O Zé Gotinha, um símbolo histórico da importância da vacinação no Brasil, continuará sua missão de conscientizar crianças, pais e responsáveis em todo o país, participando das iniciativas de imunização e campanhas do governo federal", destacou o Ministério da Saúde.

Casos

Dados do Ministério da Saúde indicam que não houve notificações de casos de poliomielite no Brasil desde 1989. No entanto, as taxas de cobertura vacinal contra essa doença têm diminuído nos últimos anos. Em 2022, por exemplo, a cobertura foi de 77,19%, bem abaixo da meta de 95%.

Com Agência Brasil

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Cidades

Vacina contra gripe é segura e não causa a doença; saiba mais verdades

Idosos, crianças de 6 meses a 6 anos, grávidas e puérperas devem tomar

12/04/2025 23h00

Tomaz Silva / Agência Brasil

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A campanha de vacinação contra a gripe começou na última segunda-feira (7), nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, com o objetivo de imunizar 90% do público-alvo, composto principalmente por idosos, crianças de idades entre 6 meses e 6 anos, gestantes e puérperas.

O Ministério da Saúde convoca esses grupos e os demais aptos a se vacinar procurem a proteção o mais rápido possível em unidades de saúde de seus municípios, porque o vírus causador da gripe circula com mais força no outono e no inverno nessas regiões. No segundo semestre, será a vez da Região Norte ser imunizada, para cobrir o "inverno amazônico", período de chuvas de dezembro a maio.

Mas um obstáculo importante que a sociedade brasileira precisa superar para atingir a meta de vacinação são as muitas informações falsas circulando nas redes sociais. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Monica Levi, alerta que o maior risco são os grupos vulneráveis acreditarem na desinformação e correrem riscos, inclusive de morte, sem a proteção.

"Informação falsa, às vezes, é mais letal do que a própria doença. Essa é uma das grandes ameaças à saúde humana", avisa . "Algumas pessoas podem deixar de se vacinar, acreditando em histórias falsas e consequentemente vão continuar vulneráveis, o que pode até levar ao óbito", ela complementa.

De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e dos óbitos relacionados à doença.

 

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é vacinado contra a gripe Ricardo Stuckert / PR

Saiba o que é verdade e o que é fake news

Veja abaixo as explicações da presidente da SBIm que desmentem algumas das informações falsas que mais circulam contra a vacina da gripe e colocam em risco a vida das pessoas: 

MENTIRA: "A vacina pode fazer algumas pessoas pegarem a gripe"

VERDADE: De acordo com a especialista, essa é a época do ano em que mais circulam o rinovírus, o metapneumovírus, o vírus sincicial respiratório, entre outros vírus, mas as pessoas chamam qualquer quadro respiratório de gripe. Mesmo que a pessoa tenha febre, dor de garganta e tosse, pode ser outro vírus respiratório, como o da covid, por exemplo. Além disso, se a pessoa já tiver sido infectada, e estiver incubando o vírus, os sintomas podem aparecer depois que ela tomou a vacina. E é preciso duas semanas, no mínimo, para desenvolver a proteção. Nesse período, a pessoa continua vulnerável, inclusive à gripe, como quem não foi vacinado.

 

MENTIRA: "A vacina contra a gripe não é segura e pode provocar a morte de pessoas mais velhas"

VERDADE: Essa é uma vacina extremamente segura, tanto que os grupos prioritários escolhidos para tomar a vacina são os que têm maior comprometimento da imunidade. Uma pessoa que faz um transplante de medula óssea, a primeira vacina que ele tem que tomar, três meses pós-transplante, é a vacina contra a gripe. Por que ela é segura? Porque é uma vacina inativada, ou seja, o vírus é morto, fracionado e você só usa uma fração dele na produção de anticorpos.  Então, em qualquer pessoa, seja imunocompetente ou imunocompromtida, seja uma pessoa que tenha alguma comorbidade, ela vai ser extremamente segura.

 

MENTIRA: "A vacina não evita totalmente o contágio, logo, não tem eficácia"

VERDADE: A vacina contra a gripe é eficaz principalmente para proteger contra a doença grave e suas complicações e contra o óbito. Dependendo da faixa etária e do grau de resposta imunológica da pessoa vacinada, ela pode ter uma menor eficácia contra o contágio pelo vírus, mas ela continua sendo muito importante para prevenir a forma grave da doença. Por isso, a recomendação é que as pessoas que são mais vulneráveis se vacinem todos os anos para não correr esse risco.

 

MENTIRA: "A gripe é uma doença comum, sem gravidade. Por isso, não é importante se vacinar"

VERDADE: A gripe é uma doença potencialmente grave. Nem todos casos vão ser assim, tem gente que vai ter sintomas, por mais ou menos uma semana, sem consequências. Mas algumas pessoas vão desenvolver pneumonia, vão desenvolver uma descompensação de outras doenças, como, por exemplo, diabetes, cardiopatia ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Por isso que essa é uma vacina muito importante na faixa etária dos idosos, porque eles apresentam mais quadros graves, com mais internação e mais óbitos. Depois, as pessoas com comorbidades e as crianças pequenas são as mais atingidas pelas formas graves.

 

MENTIRA: "Os profissionais de saúde estão misturando a vacina da gripe com a vacina da covid"

VERDADE: Não se faz alquimia com nenhuma vacina. Cada uma tem os seus ingredientes, o seu volume, o seu conteúdo e jamais, nunca houve essa história de vacinas serem misturadas. O que existe são vacinas combinadas, que protegem contra várias doenças, mas elas já são fabricadas assim pelo próprio laboratório, com todas as quantidades e excipientes de cada um dos componentes, calculados, testados, com estudos clínicos e a aprovação de órgãos regulatórios. Mas isso não feito com a vacina da gripe e a vacina da covid.

Vacina atualizada

Todos os anos, a vacina é atualizada para proteger contra os três tipos do vírus influenza com maior circulação, por isso, o imunizante que está sendo aplicado previne contra a influenza A H1N1 e H3N2 e contra a Influenza B.

Por isso, para se manter protegido, é necessário receber a vacina todo ano

Quem deve se vacinar contra a gripe

  •  Idosos
  •  Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
  •  Gestantes e puérperas
  •  Povos indígenas
  •  Pessoas em situação de rua
  •  Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
  •  Pessoas com deficiência permanentes
  •  População privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens
  •  Profissionais das Forças Armadas e das áreas de saúde, educação, segurança pública, salvamento, unidades prisionais, transporte rodoviário coletivo e de carga e portos.

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Caso Marielle Franco

Chiquinho Brazão deixa presídio em Campo Grande para cumprir prisão domiciliar no RJ

Com a autorização, para retornar ao Rio de Janeiro, concedida pelo STF, o parlamentar colocou tornozeleira eletrônica neste sábado (12), acompanhado por agentes federais

12/04/2025 17h23

Imagem Divulgação

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Após passar 385 dias na Penitenciária Federal de Campo Grande, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido) colocou tornozeleira eletrônica, na tarde deste sábado (12), para cumprir prisão domiciliar no Rio de Janeiro (RJ).

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou nesta sexta-feira (11) que o parlamentar cumpra a pena em casa, devido ao seu quadro de saúde.

A decisão do STF de conceder a prisão domiciliar ocorre em razão das condições clínicas de Chiquinho Brazão, que sofre de doença cardíaca, diabetes, hipertensão, insuficiência renal e episódios de angina.

Ainda que tenha obtido liberação para cumprir a pena em regime domiciliar, o ministro Alexandre de Moraes impôs algumas restrições:

  • Acessar redes sociais;
  • Falar com a imprensa;
  • Receber visitas que não sejam da família ou de advogados;
  • Manter comunicação com investigados no caso Marielle.

Segundo apurado pela Veja junto ao advogado do parlamentar, Cléber Lopes, a família de Brazão está hospedada em um hotel na Capital sul-mato-grossense. 

O defensor do parlamentar confirmou também que a previsão de retorno será neste domingo (13) para a residência do parlamentar no Rio de Janeiro. 

Caso Marielle Franco

O deputado chegou no final da manhã de 27 de março de 2024 a Campo Grande, onde ficou preso no presídio federal da Capital, em uma cela de 7 m².


Ele é acusado de ter sido um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

O parlamentar foi preso no dia 24 de março de 2024, após autorização do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre o crime.

Além dele, seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, também foram presos.

Acusações


Após as delações de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz (que dirigiu o veículo que levou o atirador), a Polícia Federal concluiu que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão contrataram o ex-policial militar Ronnie Lessa para executar a vereadora Marielle Franco, em 2018. O motorista dela, Anderson Gomes, também foi morto.

Para a PF, o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que tem ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.

Segundo a PF, Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, “planejou meticulosamente” o crime.

Conforme o relatório, as tratativas ocorreram de forma clandestina e em breves encontros, em locais desertos.

A primeira reunião ocorreu em 2017, quando, segundo a PF, os irmãos Brazão contrataram Edmilson Macalé, um miliciano que atua na Zona Oeste do Rio. Foi ele quem convidou Ronnie Lessa para participar do crime.(Com agências)

** Colaborou Daiany Albuquerque

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