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Espaço aéreo de MS vira campo de batalha contra o crime organizado

Mato Grosso do Sul se consolida como principal rota aérea do tráfico na fronteira, com o uso crescente de aviões e drones em operações de alto valor e logística sofisticada

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O céu sobre Mato Grosso do Sul, porta de entrada do Paraguai e da Bolívia, tornou-se o mais novo campo de batalha da Polícia Federal (PF) contra o crime organizado. Uma análise detalhada de dados de apreensões obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI), pela Fiquem Sabendo, organização sem fins lucrativos especializada em transparência publica, revela um panorama de alta tecnologia e logística complexa, em que aviões e, mais recentemente, drones, são peças-chave nas engrenagens do tráfico de drogas e outros crimes.

As apreensões em MS atingiram um pico notável em 2020, com 10 aeronaves confiscadas, o que representa quase um terço do total no Estado, no período de 2009 a julho deste ano. Essa alta, no entanto, não é um evento isolado, mas, sim, um indicativo da crescente profissionalização das redes criminosas que utilizam o modal aéreo.

O corredor aéreo do tráfico

Dos 32 registros de aeronaves apreendidas em Mato Grosso do Sul, a esmagadora maioria – 22 apreensões – está diretamente relacionada ao tráfico de drogas. Em 2 de agosto de 2020, por exemplo, a parceria entre a PF e a Força Aérea Brasileira (FAB) na Operação Ostium resultou na apreensão de um avião bimotor perto de Dourados, que transportava 517 kg de cocaína. O piloto, que se recusou a pousar e recebeu tiros de advertência, foi preso em flagrante.

Esse tipo de cooperação foi repetida em 21 de agosto de 2020, quando um avião apreendido em Campo Grande foi ligado à Operação Além Mar, uma investigação contra uma organização criminosa que, segundo a PF, era responsável por movimentar até 5 toneladas de cocaína por mês da fronteira com o Paraguai para o Brasil e Europa. 

A ascensão dos drones e a logística de pequena escala

Enquanto grandes operações miram aeronaves milionárias, uma nova e furtiva ameaça emergiu nos últimos anos. Os dados de apreensões mostram um aumento expressivo no número de drones confiscados em Mato Grosso do Sul.

De acordo com a planilha da PF, não havia registros de apreensão de drones no Estado antes de 2024. No entanto, entre 2024 e julho deste ano, os drones representaram a maioria das apreensões, com sete de nove registros.

A planilha registra a apreensão de um drone em 1º de julho deste ano, no contexto de crimes financeiros, com um preso em flagrante. Um comunicado da PF sobre uma operação deflagrada em 1º de julho deste ano em MS descreve o cumprimento de mandados de busca e apreensão e a prisão em flagrante de uma pessoa por obstrução de justiça, contudo, sem menção à apreensão de qualquer veículo aéreo.

O uso desses pequenos equipamentos reflete uma adaptação tática do crime, buscando o baixo custo, a agilidade e o difícil rastreamento. As apreensões de drones em MS se conectam a crimes fazendários e financeiros, mas também ao tráfico de drogas.

Em setembro de 2024, a Polícia Penal de MS interceptou um drone que tentava transportar mais de 2 kg de maconha para o presídio de segurança máxima de Campo Grande.

Essas apreensões em pequena escala indicam que os drones são usados para a logística de última milha, etapa final da cadeia de distribuição, burlando barreiras e entregando entorpecentes ou outros ilícitos diretamente ao consumidor ou para dentro de áreas de segurança.

A planilha de apreensões registra a apreensão de diversos veículos aéreos em agosto de 2020, todos ligados ao tráfico de drogas. Notícias e comunicados da Polícia Federal detalham que, nesta data, a PF, com o apoio da FAB, apreendeu mais de uma tonelada de cocaína e prendeu três homens em duas ações distintas.

Uma das aeronaves, um avião bimotor, foi interceptada em Três Lagoas e forçada a aterrissar perto de Dourados, após receber tiros de advertência, na qual os policiais encontraram 517 kg de cocaína.

A colaboração entre PF e FAB foi utilizada novamente em 21 de agosto de 2020. Dados da planilha apontam a apreensão de um avião em MS e outro em SP, ambos no contexto de tráfico de drogas. Essa ação foi um desdobramento da Operação Além Mar, que visava desmantelar um esquema de tráfico internacional e lavagem de dinheiro.

O avião apreendido em Campo Grande e o outro em Campinas (SP) faziam parte de um grupo criminoso que, segundo a PF, era responsável por transportar até cinco toneladas de cocaína por mês da fronteira do Paraguai para o Brasil e a Europa.

A escala do investimento criminoso em aeronaves de alto valor também é evidenciada pela apreensão de 2 de maio de 2023, em Amambai. A apreensão de um avião Beechcraft King Air 200, com um valor estimado de R$ 22,8 milhões, estava ligada à prisão de Caio Bernasconi Braga, conhecido como Fantasma da Fronteira.

A documentação judicial posterior revelou que a aeronave pertencia a uma empresa de São Paulo e havia determinado a devolução, após o uso ter sido liberado ao governo de MS.

O processo ainda tramita no Tribunal Regional da 3ª Região (TRF3). Esses casos de alto perfil demonstram o quão entranhada a logística aérea está na estrutura financeira e operacional do tráfico de drogas.

A distribuição geográfica das apreensões não é aleatória. Ela mapeia os corredores aéreos utilizados pelo crime organizado. Mato Grosso do Sul e Paraná, por causa de suas posições de fronteira com o Paraguai e a Bolívia, atuam como portões de entrada para o tráfico.

Já Mato Grosso e Goiás funcionam como rotas de escoamento para os centros urbanos, enquanto São Paulo se estabelece como um centro logístico e de lavagem de dinheiro, onde aeronaves de alto valor são apreendidas em ações relacionadas a crimes fazendários e financeiros.

O gargalo da burocracia

Uma vez apreendidas, o destino das aeronaves enfrenta um obstáculo burocrático. A maioria dos 32 registros de apreensões em Mato Grosso do Sul ainda está sob a designação de “sem pedido de destinação”. Esse status, que pode se prolongar por meses ou anos, indica que o destino desses bens ainda não foi decidido pela Justiça.

Essa morosidade não é apenas uma formalidade. O Estado é obrigado a arcar com os custos de custódia e manutenção dos bens, que não podem ser convertidos em receita pública por meio de leilões.

A guerra contra o crime organizado em Mato Grosso do Sul se combate no ar, na fronteira e nos tribunais. E, enquanto a PF e as forças de segurança se adaptam aos novos desafios tecnológicos, a burocracia e as complexas redes de lavagem de dinheiro continuam a ser um desafio tão grande quanto interceptar uma aeronave carregada de drogas.

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baixa adesão

Fundo Pantanal indeniza desde banqueiro a gigante do Agro

Mas, o Programa que disponibilizou R$ 40 milhões está repassando aos proprietários pantaneiros menos de 10% do previsto para 2025

13/12/2025 12h30

O tuiuiú é considerada a ave-símbolo do Pantanal, mas também pode ser encontrada bem longe deste bioma

O tuiuiú é considerada a ave-símbolo do Pantanal, mas também pode ser encontrada bem longe deste bioma Bruno Rezende/Secom

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Na lista dos 45 proprietários de terras do Pantanal que receberão recursos do Fundo Clima Pantanal, um programa que indeniza fazendeiros que preservam áreas mais amplas do que aquilo que determina a legislação, aparecem desde fazendeiros tradicionais a banqueiros e gigantes do agronegócio.

Mas, conforme publicação do diário oficial do Governo do Estado desta sexta-feira (12) a adesão ficou abaixo do esperado e menos de 10% das verbas disponíveis serão distribuídas no primeiro ano do programa, criado principalmente para combater o desmatamento.

Entre os contemplados, com R$ 100 mil, está Tereza Bracher, esposa do ex-presidente do Itaú Unibanco, Cândido Bracher. A família vair receber a indenização por estar preservando em uma de suas fazendas pantaneiras quase seis mil hectares acima do estipulado pela legislação. 

Com patrimônio estimado na casa dos R$ 15 bilhões, Cândido Bracher foi CEO do Itaú Unibanco entre abril de 2017 e janeiro de 2021. Atualmente,  hoje é integrante do Conselho de Administração da instituição financeira, que fechou 2024 com lucro de R$ 40 bilhões. 

E a banqueira ainda buscou indenização em uma segunda fazenda no Pantanal,  mas foi desclassificada por ter sido enquadrada no item 8.6 das normas que regulamentam a distribuição dos R$ 40 milhões do Fundo.

Este item diz que não pode ser contemplado que  estiver com irregularidades no Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou por estar com passivos ambientais não declarados ou que não estejam cumprindo termos de compromisso de recuperação de áreas degradadas.

Em maio deste ano o Ministério Público abriu investigação para apurar suposta omissão do banqueiro em um megaincêndio que destruiu mais de 52 mil hectares em julho de 2024 no Pantanal da Nhecolândia. O fogo teria começado na Fazenda Tupanceretã, de 25 mil hectares, pertecence à família. 

Tereza Bracher também aparece como contemplada indireta em uma outra propriedade. Ela é uma das integrantes da Associação Onçafari, entidade que vai receber pouco mais de R$ 45 mil de indenização pela preservação de 824 hectares de vegetação nativa.

Esta associação, que adquiriu milhares de hectares no Pantanal para criar uma espécie de corredor ecológico que possibilite procriação de onças-pintadas, conseguiu cerca de R$ 180 milhões com filantropos para a criação de reservas privadas no Pantanal. Teresa Bracher é uma destas doadoras. 

Mas, os banqueiros não são os únicos bilionários que aparecem na lista. Outra contemplada é a SLC Agronegócios, uma fazenda dedicada à criação de bovinos no município de Corumbá.  Os bilionários donos desta fazenda receberão R$ 100 mil do Fundo Pantanal por preservarem pouco mais de 3,7 mil hectares. 

A fazenda pertence ao grupo que se apresenta como um dos maiores produtores de commodities agrícolas do país. Possui cerca de 733 mil hectares de área plantada em sete estados. Além de Corumbá, o grupo também produz em fazendas em Cassilância, Chapadão do Sul e Sonora. 

A SLC produz algodão, milho e soja e se dedica à criação de gado, além de ser uma das grandes produtoras de sementes destas cultura.Ela foi uma das primeiras empresas do agronegócio a ter ações negociadas em Bolsa de Valores de São Paulo, a BR.

A famosa Fazenda Bodoquena, de cerca de 77 mil hectares e conhecida por concentrar até 40 mil bonivos, também aparece na relação daqueles que receberão indenização. Neste caso, serão apenas R$ 39 mil, uma vez que atestou estar fazendo preservação extra de 705 hectares de vegetação. 

A fazenda pertence ao Grupo Votorantim, que há mais de sete décadas também atua na produção de cimento em Corumbá, no coração do Pantanal. O grupo é controlado pelos familiareas de Antônio Ermírio de Moraes, um dos rostos mais conhecidos do bilionário clã. Ele morreu em 2014. A família é considerada a terceira mais rica do país, com patrimônio estimado em 15,4 bilhões de dólares, ficando atrás somente das famílias Marinho e Safra.

Mas, nesta lista dos contemplados também aparecem fazendeiros "comuns",  para os quais a indenização de até R$ 100 mil fará alguma diferença. Esté é o caso de Timotheo Reis Proença, que já presidiu o sindicato rural de Aquidauana. Ele cadastrou 1,28 mil hectares como preservação extra e por conta disso receberá R$ 71 mil. 

BAIXA ADESÃO

Ao todo, segundo o Governo do Estado, estão sendo  indenizados 126 mil hectares, o que está garantindo repasse da ordem de R$ 3,25 milhões aos proprietários. 

O valor é praticamente o mesmo ao que está sendo repassado a três ONGs que dizem atuar no combate a incêndios e no tratamento de animais silvestres atingidos pelas queimadas no Pantanal. 

Dos R$ 40 milhões, R$ 1,438 milhão foi destinado ao Instituto Homem Pantaneiro (IHP), R$ 996 mil para o instituto SOS Pantanal e R$ 497,5 mil para o IPCTB - Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil. 

Somados, os repasses às ONGs chegam R$ 2,931 milhões, o que equivale a 7,3% dos R$ 40 milhões anunciados pelo Governo do Estado ao Fundo Pantanal para o primeiro ano de vigência do programa. 

O valor repassado aos proprietários rurais ficou longe daquilo que estava previsto por conta da baixa adesão. Na primeira chamada foram recebidas apenas 71 inscrições de imóveis rurais localizados no Bioma Pantanal. E, após análise dos documentos,  45 propriedades conseguiram cumprir as exigências. 

Mesmo assim, o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, comemora os resultados. “O PSA Pantanal demonstra que é possível alinhar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Estamos criando um modelo em que o produtor rural passa a ser reconhecido como parceiro estratégico na proteção do bioma, recebendo por um serviço ambiental que beneficia toda a sociedade”, afirmou. Segundo ele, o programa também fortalece a imagem de Mato Grosso do Sul como referência nacional em sustentabilidade e políticas climáticas inovadoras.

Agora, os proprietários classificados serão convocados pela Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), agente executor do PSA Conservação, para assinatura do Termo de Adesão. A partir desse instrumento, os provedores de serviços ambientais passam a integrar formalmente o programa e a receber os valores correspondentes às áreas preservadas. 

De acordo com o secretário-adjunto da Semadesc, Artur Falcette, a robustez técnica do edital foi um dos diferenciais do programa. “Todo o processo foi construído com base em critérios objetivos, análises técnicas aprofundadas e uso de ferramentas geoespaciais. Isso garante credibilidade ao PSA e cria um ambiente favorável para sua continuidade e ampliação”, destacou. Ele ressalta que a experiência da primeira chamada servirá como base para o aperfeiçoamento das próximas etapas.

Segunda chamada 

Com a conclusão da primeira etapa, a Semadesc confirmou o cronograma da segunda chamada do PSA Conservação, prevista para 2026. A publicação do edital e a abertura das inscrições ocorrerão em 23 de fevereiro, com encerramento em 6 de abril.

As inscrições deferidas serão divulgadas em 16 de abril, com prazo para recursos até 20 de abril. A avaliação das propriedades ocorrerá até 1º de junho, com publicação do resultado final até 15 de junho. A assinatura dos Termos de Adesão está prevista a partir de 16 de junho de 2026.

Nesta segunda chamada, poderão participar proprietários que não conseguiram se inscrever na primeira etapa. As regras permanecem as mesmas, incluindo a possibilidade de cancelamento de autorizações de supressão de vegetação nativa vigentes na data de abertura do edital, quando houver, sendo que o pagamento será referente ao exercício de 2026. 

“O PSA é uma política de Estado, construída para ter continuidade e escala. A segunda chamada amplia o alcance do programa e reforça nosso compromisso com a conservação do Pantanal”, concluiu Jaime Verruck.

 

Cidades

Consórcio paga parte dos atrasados, mas motoristas confirmam greve a partir de segunda

Sem acordo com o Consórcio Guaicurus, a greve está prevista para segunda-feira (15), segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande

13/12/2025 11h23

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com o Consórcio Guaicurus tendo atendido “em partes” à reivindicação definida em assembleia, a greve dos motoristas de ônibus deve iniciar nesta segunda-feira (15), em Campo Grande.

Em conversa com o Correio do Estado, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano da Capital (STTCU-CG), Demétrios Feiras, informou que os trabalhadores receberam, na sexta-feira (15), somente 50% do salário referente ao mês de novembro.

“O Consórcio Guaicurus, no final da tarde, depositou 50% do valor dos salários, referente ao mês de novembro, que era para ser pago no quinto dia útil do mês de dezembro. Foi a única coisa que o Consórcio pagou”, informou Demétrios.

Durante assembleia, a categoria reivindicou o pagamento do salário integral, do adiantamento, da segunda parcela do décimo terceiro e do vale (adiantamento salarial). No entanto, houve apenas o depósito de 50%, e a paralisação segue confirmada.

Segundo o presidente do STTCU-CG, não está prevista, para este fim de semana, qualquer tentativa de negociação com a empresa responsável pelo transporte coletivo na Cidade Morena.

Com isso, Demétrios reforçou que os ônibus só retornarão às ruas quando o Consórcio efetuar o pagamento do que ficou definido pela classe.

“E a gente só volta a trabalhar com o pagamento desses três vencimentos. Caso contrário, continua parado na terça, na quarta, até que o Consórcio efetue esses pagamentos”, pontuou Demétrios.

A justificativa para não realizar o pagamento, conforme explicou Demétrios, é a falta de dinheiro em caixa. Como adiantou o Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus alega um “rombo” em dívidas de R$ 15,2 milhões, sendo que desse valor R$ 8,2 milhões são referentes aos salários dos funcionários.

Por conta disso, a concessionária pediu que o valor do subsídio pago pelo poder público seja ainda maior.

Entenda

No dia 5, o Consórcio Guaicurus, responsável pela administração do transporte coletivo de Campo Grande, anunciou que a situação financeira estaria insustentável para a continuidade da operação, motivada por supostos atrasos nos repasses por parte do poder público.

Além das dificuldades relacionadas a questões operacionais, como combustíveis, manutenção da frota e encargos, o consórcio também enfrenta negociações com a classe de funcionários, principalmente os motoristas.

Motoristas do Consórcio Guaicurus realizaram assembleia geral, na madrugada desta quinta-feira (11) e optaram pela paralisação. Eles reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – efetuaram o depósito de 50%
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

** Colaborou Felipe Machado e Naiara Camargo

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