Cidades

El Nino

Especialista explica influência da ação humana nos extremos climáticos

Regiões do Brasil que passaram por pico de calor agora terão temporais

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Depois da última onda de calor que afetou mais de 2,7 mil municípios nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) fez um alerta para temporais com rajadas de vento e queda de granizo nessas regiões, no fim de semana, começando na nesta sexta-feira (17). De acordo com as previsões, o calor forte combinado com o aumento da umidade e ventos em altos níveis potencializam as chuvas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso e no Distrito Federal.

Nesses lugares, o volume de chuvas em um dia poderá ultrapassar 100 milímetros, reforçando a previsão das mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global, que, entre outras consequências, apontou a intensificação dos extremos climáticos e hidrometeorológicos.

Segundo o climatologista Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, a intensidade e a frequência, com intervalos cada vez menores, entre fenômenos naturais como o El Nino, por exemplo, mostram que toda essa mudança no clima é consequência da ação humana sobre o planeta.

“Lá atrás se você tinha uma onda de calor por década, até 2019, você já tinha 3,5 ondas de calor por década. E hoje já deve estar perto de acontecer uma em cada dois anos. O mundo inteiro está enfrentando recordes de onda de calor, secas, tempestades muito severas, com muito mais frequência. Tudo isso é o efeito direto do aquecimento global”, diz.

Aumento da temperatura
De acordo com o especialista, no ano passado a temperatura teve aumento médio de 1,15 graus Celsius (ºC) e já chegou a aumentar 1,26ºC, em 2016. Para esse ano, estudos já apontam uma elevação de 1,4ºC. “Desde os primeiros registros de civilizações, há cinco mil anos, nunca o planeta esteve tão quente. De fato, no período em que a temperatura estava nesse nível, nós temos que voltar 125 mil anos, no último Período Interglacial”, explica.

O aquecimento global, portanto, induz fenômenos fortes, com mais frequência e maior duração. E ainda gera fenômenos climáticos que nunca existiram, como recordes de ondas de calor no verão da Antártica, e dois anos atrás no verão o Ártico.

Ameaças
De acordo com o especialista, tanto a saúde humana, quanto as inúmeras espécies de todos os biomas são afetados com temperaturas que se mantém acima de 21ºC por muitos dias, e atingem mais de 40ºC. Além disso, o aumento de queimadas seja pela indução do fogo facilitada pela seca, seja causada pelo homem, fortalecem o ciclo destrutivo.

Atender aos objetivos do Acordo de Paris, com a redução das emissões dos gases do efeito estufa em 50% até 2030, pode amenizar todos esses problemas, mas ainda são medidas insuficientes para diminuir o ritmo do aquecimento global, já que a maior parte do gás carbônico, metano, oxido nitroso já emitidos permanecerá na atmosfera por, no mínimo, mais 150 anos.

A queima de combustíveis fósseis é a principal causa das emissões de gases do efeito estufa no mundo e representa 70% do problema global, segundo a Organização Meteorológica Mundial. No Brasil 75% das emissões até 2022 foram causadas pelo desmatamento, 50% foram efeitos da agricultura e 25% da pecuária.

Desafios
Segundo Carlos, se os objetivos ambientais forem cumpridos, o planeta ficará 1,5ºC mais quente, o que já causará muitos impactos, caso contrário, a temperatura continuará aumentando e os impactos serão muito maiores. “O fato é que não tem como reverter o aquecimento global, por isso, eu considero esse o maior desafio da humanidade. Por um lado, atender aos objetivos do Acordo de Paris e o outro desafio é o da adaptação. Teremos ainda que buscar adaptar quase todos os setores e criar as condições climáticas para que as populações não fiquem expostas diretamente.”

Oportunidade

Senac MS oferta cursos gratuitos para recomeçar a carreira

Com inscrições abertas, cursos profissionalizantes oferecem vagas em Campo Grande e no interior do Estado; confira

17/01/2025 18h00

Crédito FreePik

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Jovens e adultos que estão buscando recomeçar, seja com especialização em determinada área ou mesmo ingresso no mercado de trabalho, têm a oportunidade de realizar cursos para melhorar o currículo.

Pensando na necessidade do mercado de mão de obra qualificada, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-MS) está com 80 vagas disponíveis em quatro cursos, sendo um deles técnico.

Com formações práticas e focadas nas demandas do mercado, os cursos têm como objetivo preparar o aluno para conquistar uma profissão ou avançar em sua carreira. As opções estão disponíveis em Campo Grande e Três Lagoas, com inscrições abertas.

Entre os cursos disponíveis está o Técnico em Farmácia, em Campo Grande, no qual o candidato sai com formação técnica, apto para trabalhar em farmácias, drogarias, hospitais e laboratórios.

Na modalidade presencial, o curso será ministrado no Senac Hub Academy, que fica na rua Francisco Cândido Xavier, 75, Amambai. O candidato que tiver interesse deve comparecer presencialmente e realizar a inscrição até o dia 11 de fevereiro ou até que o número de vagas seja totalmente preenchido.

Enquanto isso, em Três Lagoas, há três opções para aprimorar o currículo:

  • Atendimento Pré-Hospitalar: capacita para lidar com situações de emergência e primeiros socorros.
  • Camareira: Técnicas de Limpeza e Arrumação: formação voltada para atuar em hotéis e pousadas, com foco em organização e hospitalidade.
  • Manicure e Pedicure: curso prático para quem busca uma profissão no mercado de estética e cuidados pessoais.

Cursos gratuitos

Os cursos sem nenhum custo são uma oportunidade para aprender uma nova profissão e, em pouco tempo, estar preparado para ingressar no mercado de trabalho.

Cabe ressaltar que os cursos que capacitam a pessoa para atuar no mercado possuem grande procura, garantindo, deste modo, melhores chances profissionais. Além disso, todos os cursos são práticos, com acompanhamento de profissionais especializados.

Para conferir os editais, carga horária e outras informações, basta o candidato acessar o portal por meio do link: http://ww3.ms.senac.br/cursos/gratuitos/consulta-de-vagas.

Dúvidas também podem ser esclarecidas nas unidades do Senac mais próximas, pelos canais oficiais ou via WhatsApp no link  https://bit.ly/whatssenac.

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Cidades

Taxistas temem queda de árvore morta na principal via de Campo Grande

O ponto está localizado na Avenida Afonso Pena, em frente à Igreja Perpétuo Socorro, onde outras três árvores tiveram que ser retiradas

17/01/2025 17h45

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A Cidade Morena, conhecida por ser uma das cidades mais arborizadas do país, está gerando preocupação entre taxistas de um ponto na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

O ponto em questão está localizado em frente à Igreja Perpétuo Socorro. Duas árvores secas, com galhos caídos pela calçada, preocupam os trabalhadores, sendo que uma delas fica próxima ao local onde aguardam por corridas.

Em um vídeo, o taxista do ponto 50, Paulo Pereira de Lima, de 53 anos, registrou a queda de um galho, que pode causar danos aos veículos ou atingir pessoas que circulam pela calçada.

“Essas árvores são muito antigas, grandes, e estão caindo. Tá podre a árvore, então corre o risco de cair em cima de um carro ou de uma pessoa. Aqui tem alta circulação de pessoas idosas nessa calçada”, contou Paulinho.

Segundo o trabalhador, o espaço anteriormente contava com cinco árvores, mas três delas foram retiradas. “Eram cinco, agora sobraram dois defuntos ali,” explicou Paulinho.

Ainda de acordo com ele, o Sindicato dos Taxistas do Estado de MS (Sintaxi-MS) já entrou com duas solicitações para que a prefeitura avalie o risco.

Outro problema enfrentado é devido às altas temperaturas. Sem folhas para sombreamento, o ponto de táxi fica constantemente exposto ao sol ao longo do dia, causando desconforto aos taxistas que permanecem no local.

A reportagem esteve no ponto e verificou a presença dos tocos, que podem causar eventuais acidentes. Além disso, os troncos das duas árvores secas aparentam ter tido a casca arrancada.

A Prefeitura Municipal foi procurada para responder se as árvores podem ter sofrido alguma ação humana ou se secaram por outras razões. No entanto, até o fechamento deste material, não houve retorno.

 

 

Árvores ajudam a diminuir a temperatura

Diante do cenário atual, em que Mato Grosso do Sul, em 2024, registrou o ano mais quente já documentado no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), árvores plantadas estrategicamente podem aliviar o calor.

A sombra de uma árvore cria o chamado “efeito térmico”. Segundo um especialista entrevistado pelo Correio do Estado, o fenômeno ocorre devido à combinação de fatores como sombreamento, aumento na umidade do ar e resfriamento do solo.

Além disso, a vegetação reduz a radiação solar e, consequentemente, o aquecimento do solo ou de construções, diminuindo a temperatura superficial. Por meio da evapotranspiração — perda de água para a atmosfera, causada pela transpiração das plantas —, as árvores também ajudam a melhorar a umidade do ar.

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