Cidades

TRANSPORTE COLETIVO

Estacionamento será proibido nos corredores de ônibus

Alternativa dos comerciantes é fazer recuo de 4,80 m dentro dos estabelecimentos

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Imóveis localizados em vias que são corredores de ônibus em Campo Grande poderão rebaixar o meio-fio para facilitar o estacionamento na área interna. Na semana passada, a Prefeitura de Campo Grande enviou um projeto à Câmara Municipal para autorizar a mudança, e uma das vias que devem ser atingidas pela mudança é a Avenida Bandeirantes. A área deverá ficar como a Avenida Zahran, onde também é proibido o estacionamento.

Pela proposta, ficará autorizado o rebaixamento de 100% do meio-fio, desde que o imóvel tenha acesso direto à via e um recuo mínimo de 4,80 m, ou seja, o espaço interno da casa ou comércio. A alteração também inclui trecho das vias onde serão implantadas ilhas de segurança, locais onde serão construídas estações de ônibus. Especificamente nesse trecho das ilhas de segurança, o estacionamento fica proibido em ambos os lados da rua.

As medidas são parte da revisão da Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo, meta estabelecida no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA), que definiu prazo de três anos para isso, ou seja, até 2021. 

CORREDOR

A Avenida Bandeirantes integra o chamado Corredor Sudoeste do Transporte Coletivo, que inclui as ruas Guia Lopes, Brilhante e Marechal Deodoro, com obras em execução pelo Exército Brasileiro. No total, serão investidos R$ 8,7 milhões somente na avenida.

Estão sendo realizadas obras de drenagem, recapeamento e sinalização, além da construção de sete estações de embarque, que ainda não começou.

Iniciadas há sete meses, as intervenções na avenida continuam sendo alvo de reclamação dos comerciantes. Proprietário de uma loja de equipamentos para refrigeração, Claudemir Alves Afonso espera que o serviço traga melhoria real. “Agora está ruim e demorado. As vendas estão diminuindo”, disse.

A vendedora Eliete dos Santos, que trabalha em uma concessionária de bicicletas elétricas, também apontou que menos clientes têm passado pela região. “Parece que essa obra nunca termina”.

Mais da metade do recapeamento já foi executada. Se o clima ajudar, até o dia 29, o serviço deve avançar mais um quilômetro, o que corresponde a 60% dos 3,8 quilômetros de extensão da via.

O recapeamento começou pela faixa reservada ao corredor de transporte coletivo, onde é aplicado um material mais resistente, o asfalto polimerizado. Só duas faixas de rolamento foram interditadas, sendo mantido o trânsito no restante da pista.

Até agora, foram feitos 3,2 km de drenagem, construídos 64 poços de visita e 59 bocas de lobo, aplicados 769,85 metros quadrados de pavimento no fechamento de valas, 1.195 metros quadrados de remendo profundo e 3.811 metros quadrados de calçadas. As estações de embarque serão instaladas entre as ruas Nova Bandeirantes e Campinas, Manoel Cavalcante Proença e Hermenegildo Pereira, Sebastião José Machado e Bélgica,  Salim Maluf e Tenente Antônio João Figueiredo, Caiapós e Argemiro Fialho, Avenida Salgado Filho e Brilhante, e Paissandu e 26 de Agosto.

HISTÓRICO

As obras começaram em abril e, desde então, o trabalho é executado no contrafluxo, no sentido centro-bairro, a partir da Avenida Afonso Pena,  quadra a quadra, mantendo pelo menos uma pista liberada para o trânsito de veículos.

Com o projeto, a prefeitura espera que a velocidade média dos ônibus suba de 17 km/h para 21 km/h, com a instalação do corredor exclusivo e semáforos inteligentes  em dez cruzamentos, ajustados para a passagem dos ônibus. “A obra é de extrema importância para a cidade, com drenagem, troca de rede de água que tinha mais de 60 anos. Uma via importante, que atende, no mínimo, dez mil motoristas e recebe ônibus que transportam quase trinta mil usuários todos os dias”, disse o prefeito Marcos Trad (PSD), no lançamento da obra.

Porém, a recepção dos comerciantes foi tensa. Conforme noticiou o Correio do Estado, na ocasião, Trad discutiu com os empresários. Em vistoria às obras, o prefeito foi confrontado por dois comerciantes com críticas ao projeto. Um deles chegou a dizer que a via não precisa de corredor de ônibus e que o projeto deveria ser executado na Avenida Ernesto Geisel.

O prefeito disse que a obra é necessária para cidade e o recapeamento é um pedido antigo dos próprios comerciantes. “Se fosse só para jogar uma lama asfáltica e ir embora, daria. Mas isso é coisa malfeita e coisa malfeita eu não vou fazer, mesmo que as pessoas não entendam e deixem de votar em mim”, justificou.

ULTIMA RATIO

CNJ julga mais dois desembargadores de MS envolvidos em escândalo

Conselho deve decidir nesta terça-feira se abre PAD contra Vladimir Abreu e Alexandre Bastos. Além disso, define se eles seguirão ou não afastados do cargo

09/12/2025 09h30

As denúncias contra os dois magistrados de MS serão relatadas pelo corregegor do CNJ, Mauro Campbell Marques

As denúncias contra os dois magistrados de MS serão relatadas pelo corregegor do CNJ, Mauro Campbell Marques

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Um mês depois de abrir, por unanimidade, Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ)  decide nesta terça-feira (9) se adota medida semelhante contra mais dois magistrados supostamente envolvidos em um esquema de venda de sentenças judiciais apontada pela Polícia Federal. 

Na última sessão ordinária do ano, estão na pauta do CNJ os nomes dos desembargadores Alexandre Aguiar Bastos e Vladimir Abreu da Silva. Ambos estão afastados de suas funções desde 24 de outubro do ano passado, data em que a PF deflagrou a operação Ultima Ratio. 

No mesmo dia também foram afastados os desembargadores Sideni Soncine Pimentel, que se aposetou no mês passado, e Marcos Brito. Contra estes o CNJ decidiu no dia 11 de novembro abrir Processo Administrativo Disciplinar. O desembargador Sérgio Martins, que também chegou a ser afastado do TJ, foi reconduzido ao cargo pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em novembro, além da abertura do PAD, os conselheiros também decidiram manter afastado o desembargador Marcos Brito. Caso ele seja condenado pelo CNJ, a punição será a aposentadoria compulsória. E, mesmo assim, vai continuar recebendo salário de magistrado. 

O julgamento do desembargador Vladimir Abreu é o décimo primeiro assunto da pauta do CNJ desta terça-feira, que abriu a sessão às 09 horas (MS). Alexandre Bastos, por sua vez, é o 14º e último tema da sessão que encerra as atividades do Conselho neste ano. Por conta disso, é provável que ambos os casos sejam analisados somente no começo da tarde. 

Inicialmente o nome de Alexandre Bastos não estava na pauta de julgamentos desta terça-feira, mas o corregedor do CNJ, Mauro Campbell Marques, alterou o cronograma e incluiu o desembargador de Mato Grosso do Sul.

Os dois desembargadores que terão as denúncias analisadas nesta terça-feira foram acusados pela Polícia Federal por conta de uma série de decisões judiciais que teriam tomado para beneficiar seus filhos, que são advogados, em troca de vantagens financeiras.  

DEMORA

Caso ocorra abertura do PAD no Conselho Nacional de Justiça, isso não significa, necessariamente, que Alexandre Bastos e Vladimir Abreu, sofram alguma punição. E, mesmo que sejam condenados, receberão aposentadoria como qualquer outro magistrado. 

Assim como ocorre com a maior parte das ações judiciais, as questões administrativas, que é o caso de um PAD, normalmente não têm muita celeridade. Porém, assim como ocorreu com Marcos Brito, o CNJ pode votar pela sua volta ou não ao cargo no TJ. 

Contra o desembargador aposentado Divoncir Maran, que em abril de 2021 soltou um traficante condenado a 126 anos de prisão, foi aberto um PAD em 2023 e até agora não foi julgado. Ele está aposentado desde abril do ano passado e já foi punido pelo próprio Tribunal de Justiça. 

Contra a desembargadora aposentada Tânia Borges, que já foi punida por ter tirado da prisão seu filho, preso com munições e drogas, tramita um caso no CNJ desde 2018. Ela foi acusada de manter elo com integrantes da chamada máfia do cigarro. 
 

APREENSÃO

Van escolar é flagrada com quase meia tonelada de maconha

Droga tinha rota de mil quilômetros de Paranhos até São Paulo

09/12/2025 09h09

DOF apreende R$ 1,2 mil em droga que era transportada em van escolar

DOF apreende R$ 1,2 mil em droga que era transportada em van escolar Divulgação

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Na última segunda-feira (08), policiais do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), apreenderam no interior do estado, em Anaurilândia, a 377 quilômetros de Campo Grande, uma van escolar com quase meia tonelada de maconha.

Escondida em meio aos bancos, em que alunos deveriam sentar, o transporte de 470 quilos de maconha seguia disfarçado dentro do transporte escolar para o estado de São Paulo e foi abordado na MS-480.

Na ação, seis pessoas foram presas, entre elas cinco homens entre 34 e 45 anos, e uma mulher de 31 anos.

Devido ao bloqueio que realizavam na rodovia, os agentes do DOF abordaram um veículo do modelo Tiggo 5x, que fazia a escolta da mercadoria, e em seguida interceptaram a van.

DOF apreende R$ 1,2 mil em droga que era transportada em van escolar

Logo ao ser questionado o motorista do transporte escolar confessou qual era o destino e que receberia R$ 20 mil pelo ‘serviço’ realizado.

Ele revelou ter buscado a mercadoria em Paranhos, município do interior de Mato Grosso do Sul, a 470 quilômetros de Campo Grande e fronteiriço com o Paraguai. O homem ainda declarou que a droga pertencia às pessoas que estavam no outro carro, e que eles realizavam a função de batedores.

Encaminhada para a Delegacia da Polícia Civil de Anaurilândia, o valor da apreensão foi estimado em aproximadamente R$ 1,2 milhão. O motorista da van e as outras 5 pessoas foram presos.

Parte do Programa Protetor das Fronteiras e Divisas do DOF, a ação ocorreu com apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

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