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Estatal vai reduzir dependência boliviana e revender gás produzido em MS

MSGás pretende comprar até 40 mil metros cúbicos de gás por dia produzido em usinas de cana, frigoríficos e granjas de suínos e revender para seus clientes atuais

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Dependente unicamente do gás que vem da Bolívia, a estatal MSGás pretende comprar biometano das usinas de cana-de-açúcar, de frigoríficos e dos produtores de suínos e revender para seus mais de 18 mil clientes em Campo Grande e Três Lagoas. Além disso, promete chegar a Dourados e revender parte deste combustível renovável na segunda maior cidade do Estado.. 

A estatal lançou Chamada Pública indicando que está disposta a comprar 40 mil metros cúbicos de biometano por dia, sendo 30 mil para atender as redes de Campo Grande e Três Lagoas e 10 mil para Dourados. Os interessados precisam entregar as propostas até o dia 13 de setembro. 

Os fornecedores poderão entregar o combustível tanto por meio de dutos quanto nas formas comprimida (GNC) ou liquefeita (GNL), já que atualmente não existem dutos interligando as redes da MSGás com as usinas ou granjas de suínos.

Estes 40 mil metros cúbicos diários que a empresa pretende comprar inicialmente ainda estão longe de suprir a necessidade. A empresa controlada pelo Governo de MS distribui diáriamente em torno de 560 mil metros cúbicos importados da Bolívia, pelo Gasbol.

Conforme os dados da Cibiogás, três empresas de produção de biogás e biometano já estão em operação em Mato Grosso do Sul e têm capacidade para 8,16 milhões de metros cúbicos por ano, o que equivale a cerca de 22 mil metros cúbicos por dia. 

Estão em operação as usinas da Adecoagro, em Ivinhema, com capacidade de 2,4 milhões de metros cúbicos anuais. A JBS, em Campo Grande, com capacidade de 1,38 milhão de metros cúbicos por ano, e a SF Agropecuária, em Brasilândia, com capacidade de 4,38 milhões de metros cúbicos anuais. Além disso,  a usina da Neomille, em Maracaju, também começou a produzir biometano.

Esta capacidade de produção, porém, está prestes a disparar. No dia 11 de julho, a Adecoagro, multinacional sucroenergética que atua no Brasil, na Argentina e no Uruguai, anunciou que investirá R$ 225,7 milhões para quintuplicar sua produção de biometano na usina de Ivinhema. 

A unidade ganhará dois novos biodigestores, que, juntos, terão a capacidade de fornecer, por dia, até 30 mil metros cúbicos nominais do gás, produzido a partir de vinhaça (resíduo da produção de etanol). A previsão é de concluir o projeto em 2027. Parte disso é consumido pela própria usina, mas a maior parte será vendida.

A Adecoagro é uma empresa com sede em Luxemburgo, mas atua no Brasil desde 2004. Atualmente, produz açúcar, etanol e energia elétrica a partir de três unidades industriais, uma em Minas Gerais e duas em Mato Grosso do Sul. A capacidade total de moagem é de 14,2 milhões de toneladas de cana por safra.

A expansão de biometano está programada para iniciar no segundo semestre de 2024. Atualmente, 5% da vinhaça da Adecoagro é destinada à produção de biogás, percentual que deve aumentar para 20% após a conclusão da expansão. O restante é usado para adubação das lavouras.

NOVA FONTE

Conforme nota divulgada pela MSGás, “a Chamada Pública marca um momento histórico do protagonismo de Mato Grosso do Sul no processo de transição energética. Ao mesmo tempo que investe na expansão do gás natural subterrâneo, avança na oferta de gás natural renovável, produzido pelas usinas sucroalcooleiras e suinocultores, pelo processo de purificação do biogás”.

Conforme o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, “o biometano tem a mesma composição do gás natural e pode substituir esse combustível em todos os aspectos. A MSGás já estudava a compra do biometano gerado pelas agroindústrias para suprir sua demanda. Só precisávamos de um volume maior que possibilite essa negociação”. 

Atualmente, somente as usinas de etanol instaladas em Mato Grosso do Sul têm capacidade para gerar 126 milhões de metros cúbicos de biometano por safra, ou 345.000 mil metros cúbicos por dia.

Segundo o gerente de Produção da MSGás, Leonardo Fioratti, o “biometano é um combustível do futuro, limpo, renovável e versátil, pode ser aplicado para uso industrial, veicular, termoelétrico, comercial e residencial”. 

O potencial de produção é medido pelo número de usinas, 20 em todo o Estado, com abrangência em 42 municípios. A setor sucroalcooleiro responde por 16º do PIB Industrial de MS.

Para se ter uma ideia, a próxima safra de cana-de-açúcar e de milho vai render mais de 4,5 bilhões de litros de etanol. Para cada litro de etanol produzido a partir da cana-de-açúcar são gerados 10 litros de vinhaça. 

E, cada metro cúbico de vinhaça produz até 13 metros cúbicos de biogás, E, para cada três metros cúbicos de biogás, após a purificação, produz-se dois metros cúbicos de biometano.

Além da Adecoagro, a Atvos, em Nova Alvorada do Sul, também anunciou investimento de R$ 350 milhões em uma planta de biometano com capacidade de 28 milhões de metros cúbicos por ano, o que coloca o Estado em um outro patamar. 

A capacidade de produção de biogás do setor sucroenergético no Brasil é de aproximadamente 5,2 bilhões de metros cúbicos ao ano. Isso equivale a todo gás natural que o Brasil importou da Bolívia no ano passado, por exemplo.

De acordo com projeções da Abiogás (Associação Brasileira de Biogás), a produção de biometano deve saltar 600% até 2029, saindo do atual 1 milhão de m³ por dia para 7 milhões de m³/dia. 

Ainda segundo a entidade, atualmente existem 20 plantas no país, sendo que apenas seis comercializam o gás e a expectativa de é que o total de unidades produtoras voltadas à comercialização chegue a 90 nos próximos cinco anos, sendo 42% via setor sucroenergético.

Além da produção nas usinas, atualmente, há 22 biodigestores em atividade no Estado aproveitando resíduos da suinocultura e bovinocultura. 

EXPANSÃO DO GÁS CANALIZADO

A MSGás recebeu a Licença Ambiental da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) para expandir a rede de distribuição em 20 ruas de Campo Grande. Serão mais 40 km de rede. 

Estão incluídas nas obras de extensão do gás canalizado as seguintes vias: Rua Antônio Maria Coelho, Avenida Noroeste, Rua Plutão, Rua Udinese, Avenida Nelly Martins, Rua Diogo Bernardes, Rua Pedro Martins, Rua Mário de Andrade, Avenida Capital, Rua Aduie Rezek, Avenida Bandeirantes, Rua Dona Otília Barcelos, Rua Engenheiro Alírio de Matos, Rua Equador, Avenida Fernando Corrêa da Costa, Rua Zola Cícero, Rua Rogélio Casal Caminha, Rua Jamil Basmage, Rua Paulo Tognini, e Rua Antônio Rahe.

Cidades

Após operação policial, pichações do PCC se alastram por cidade de MS

Polícia interpretou pichações como uma tentativa da facção de manter a aparência de controle sobre o território; autor foi preso

12/09/2024 12h30

Divulgação: Polícia Civil

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Um dia após uma grande operação da Polícia Civil de combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado, realizada na sexta-feira (6), Santa Rita do Pardo amanheceu com pichações de siglas do PCC.

A Operação Leviatã mobilizou mais de 23 policiais civis de diversas regiões do estado, que cumpriram mandados de busca e apreensão em 11 locais diferentes, incluindo dois alvos dentro da Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas. O objetivo da operação foi não apenas enfraquecer a facção criminosa investigada, mas erradicá-la completamente da cidade.

Durante a ação, cinco pessoas foram presas em flagrante, sendo encontradas em posse de diversas drogas, como crack, cocaína e maconha. Além disso, duas armas de fogo foram apreendidas. Essa é considerada a maior operação policial já realizada no município. A ação busca cessar a proliferação de “biqueiras”.

Nesta quinta-feira (12), a Polícia Civil prendeu o autor das pichações, que foram vistas pela polícia como uma tentativa da facção de manter a aparência de controle sobre o território, apesar das prisões. A investigação rápida e precisa da Polícia Civil identificou o responsável pelos atos: um usuário de drogas endividado, recrutado para realizar as pichações.

Ao ser localizado, o indivíduo foi convidado a reparar os danos, sendo orientado que tal atitude poderia contribuir para a redução de sua pena, que pode ultrapassar 15 anos, considerando as acusações de dano qualificado e promoção de organização criminosa.

"A Polícia Civil acompanha de perto o processo de reparo das pichações, garantindo tanto a execução correta dos trabalhos quanto a segurança do homem, que demonstrou arrependimento ao colaborar com as autoridades. O caso segue em andamento, e os resultados serão devidamente relatados no inquérito policial", diz nota da Polícia.

Saiba: O nome da operação, “Leviatã”, faz referência à criatura bíblica e ao conceito descrito pelo filósofo Thomas Hobbes, simbolizando um Estado forte e capaz de garantir a ordem pública e a paz.

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Preocupante

Ar de Campo Grande está entre os mais poluídos do país, diz estudo

Segundo a lista divulgada pela Folha de São Paulo, a capital de Mato Grosso do Sul teve a qualidade do ar classificada como insalubre e superior à cidade de São Paulo nesta sexta-feira (12).

12/09/2024 12h03

Campo Grande ficou encoberta por fumaça do Pantanal por mais de 10 dias.

Campo Grande ficou encoberta por fumaça do Pantanal por mais de 10 dias. Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Nesta sexta-feira (12), Campo Grande amanheceu entre as cinco capitais com a pior qualidade do ar no Brasil. A capital de Mato Grosso do Sul ocupa atualmente a 5ª posição, superando a cidade de São Paulo, segundo dados de monitoramento da empresa suíça QAir.

De acordo com o indicador, Campo Grande atingiu nesta manhã o valor de 153, que coloca a cidade em alerta vermelho de "ar insalubre" para grupos vulneráveis. Em São Paulo, o valor registrado hoje (12) foi de 99, colocando a capital paulista em alerta amarelo moderado.

Em outro ranking que considera as maiores metrópoles do mundo, a região Sudeste do país estava no topo na tarde de ontem (11), pela terceira vez consecutiva, conforme dados divulgados pela Folha de São Paulo.

Veja as capitais brasileiras com pior qualidade do ar: 

 Rio Branco (AC)
Porto Velho (RO)
Cuiabá (MT)
Curitiba (PR)
Campo Grande (MS)
Florianópolis (SC)
Porto Alegre (RS)
São Paulo (SP)
Maceió (AL)
Manaus (AM)

Desde junho, Campo Grande estava dentro de um corredor de fumaça proveniente do norte do país, com as queimadas na região amazônica, passando por Peru, Bolívia e Paraguai e seguindo em direção à Argentina e ao sul do país.

Desde então, os campo-grandenses tiveram que se adaptar à névoa acinzentada que fazia parte do cenário, a qual começou a ser vista com menos intensidade desde o fim de agosto e início de setembro.


Classificação

Os dados da qualidade do ar medida pelo IQAir é utilizada desde 1976 nos Estados Unidos. Ela serve como análise para comparar qualidade de ar ao redor do mundo. 

Os índices utilizados pelos estudos vão de 0 a 500. Quando maior o número, pior a qualidade do ar naquela região: boa (0 a 50); moderada (51 a 100); insalubre para grupos sensíveis (101 a 150); insalubre (151 a 200); muito insalubre (201 a 300); perigosa (301 ou mais).


Mato Grosso do Sul terá chuva preta neste fim de semana


Divulgado esta semana pelo Correio do Estado, a previsão do tempo para o final de semana prevê a chuva preta em diversas cidades do estado. 

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há possibilidade de pancadas de chuva neste sábado (14) e domingo (15), o que deve aliviar o calorão, sobretudo na região sul do Estado.

Chuva preta é um fenômeno atmosférico que ocorre quando a chuva se mistura com fuligem, cinzas ou outras substâncias escuras misturadas com a água, que se formaram a partir de queimadas e incêndios.

O resultado é gotas de chuva com coloração mais escura que o normal: marrom ou preta.

Em entrevista ao Correio do Estado, o meteorologista Natálio Abrahão afirmou que, em razão da fumaça oriunda dos incêndios e queimadas no Pantanal, a probabilidade de cair chuva preta neste fim de semana é gigantesca.

“Na atual situação, pode ocorrer chuva preta sim. Chuva preta é resultado da atmosfera que apresenta substâncias decorrentes das queimadas de florestas, lixões e incêndios de casas e obras. Portanto, pode ocorrer quando a chuva vem de nuvens acima dessas substâncias e se associam formando esse aglomerado de substâncias”, explicou Abrahão ao Correio do Estado.

A chuva preta pode se formar de duas formas:

  • Quando a carga de poluentes se encontra com uma nuvem de chuva, os materiais se agregam e há precipitação
  • Quando a "pluma de fumaça" se forma abaixo da nuvem, e a água capta essa sujeira ao chover

A chuva preta é prejudicial para ao meio ambiente e saúde humana/animal. O fenômeno pode poluir o solo, vegetação, rios, mananciais e lagos. Ao ser humano, causa problemas respiratórios.

Abrahão aconselha que a população não se exponha a chuva deste fim de semana. “É sempre importante não se expor, tanto pessoas quanto animais à chuvas que ocorrem depois de longos períodos de estiagem. A melhor chuva é a segunda porque aí a atmosfera já estará limpa”, detalhou.

A chuva preta é diferente da chuva ácida, pois, a chuva ácida ocorre a partir da fumaça de fábricas/indústrias, que liberam enxofre e nitrogênio que podem reagir com água, formando ácido sulfúrico e ácido nítrico.

 

*Claborou Naiara Camargo/ Correio do Estado 

 

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