Cidades

investimento

Estudo de R$ 10 bilhões para rodovias deve começar em abril

Análise poderá durar cerca de um ano; a previsão, no entanto, é de que o início das melhorias nas estradas estaduais deve ocorrer em março do ano que vem

Continue lendo...

O governo federal deu o aval para o início dos estudos de um programa de manutenção proativa, adequação a resiliência climática e segurança viária das rodovias de Mato Grosso do Sul, que devem começar em abril. O investimento será de quase R$ 10 bilhões em infraestrutura para as estradas estaduais.

A recomendação para o início dos estudos, realizada por meio da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) e publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União, autorizou também o empréstimo de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) para Mato Grosso do Sul.

O objetivo do programa, segundo o Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), do governo do Estado, é “implantar uma metodologia preventiva para a gestão da infraestrutura rodoviária, com modelo de contrato baseado em produção e desempenho (Crema) e parceria público-privada (PPP), para melhorar as características físicas da infraestrutura rodoviária, com estabelecimento de critérios de desempenho que possibilite menos intervenção”, disse a Pasta por meio de nota.

Todas as rodovias estaduais – exceto as já concedidas e as rodovias federais que cortam o Estado, isto é, as BRs – entrarão nos estudos deste ano para a estruturação dos projetos, que devem decidir quais rodovias estão aptas para receber as mudanças de infraestrutura baseadas no Programa de Contratação, Restauração e Manutenção (Crema) e em PPP, a depender a modelagem dos estudos.

A assinatura do contrato com o Bird está prevista para ocorrer em março de 2025, quando o governo de MS terá o resultado dos estudos e quais serão as rodovias contempladas. Já o início do programa, de acordo com o EPE, será imediato após a assinatura do contrato, que terá execução ao longo de cinco anos.

Após esse aval do governo federal, a fim de dar início aos estudos desse programa de manutenção proativa, adequação a resiliência climática e segurança viária das rodovias sul-mato-grossenses, o próximo passo do governo estadual será uma reunião com o Banco Mundial, no fim de abril, para dar início aos estudos de viabilidade nas rodovias.

Esses estudos, conforme informado pelo EPE, também abrem espaço para que haja 
o fomento à descarbonização da logística de transportes, ao aumento da segurança no acesso aos ambientes de ensino, à melhora da eficiência na gestão técnica, ambiental, administrativa e operacional da malha rodoviária e ao aperfeiçoamento da gestão do transporte, com a aquisição de equipamentos e sistemas 
e capacitação dos servidores.

Segundo a secretária especial do EPE, Eliane Detoni, o novo modelo trará economia aos cofres públicos. “Após a assinatura do contrato, serão cinco anos de implantação do programa. Será um programa que estabelece uma nova metodologia de manutenção de curto, médio e longo prazos. A finalidade é perpetuar o programa, porque se você faz uma boa rodovia, com um bom modelo de gestão, ao longo dos anos os investimentos serão mais adequados e menos onerosos ao Estado”, disse.

MAIS INVESTIMENTO

Em dezembro do ano passado, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), participou de cerimônia de anúncio de financiamento dos bancos públicos. Para o Estado, o investimento em obras em rodovias será de R$ 2,3 bilhões, em operação de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A quantia contratada, somada a R$ 7,5 bilhões de recursos próprios e a R$ 1 bilhão do Bird, totaliza um investimento de mais de R$ 9,8 bilhões em infraestrutura e logística nas rodovias estaduais, que, segundo o Executivo de MS, está previsto para ocorrer até 2026.

Conforme já apontado em reportagem do Correio do Estado, o montante vai viabilizar um programa de investimentos na área de infraestrutura, com obras em 900 km de rodovias. O pacote prevê a pavimentação de 600 km em rodovias estaduais e mais 300 km de restauração de estradas, a fim de melhorar e ampliar 
a malha rodoviária do Estado.

Entre as obras previstas está a pavimentação da MS-134, no trecho que fica entre a MS-040 e a BR-267, no distrito de Casa Verde, assim como a restauração da MS-276, que vai do distrito de Indápolis ao município de Deodápolis.

Mato Grosso do Sul viabilizou esses recursos por meio da linha de crédito BNDES Finem, que visa financiar projetos de investimentos públicos voltados ao aumento da capacidade de produtos e fomento a diversos setores da economia.

CONCESSÕES

Além disso, o governo de Mato Grosso do Sul quer realizar nos próximos meses a concessão em conjunto de cinco rodovias com trechos federais. 

O Executivo espera que o governo federal delegue trechos das BRs 262 e 267 até maio.
O plano do governo de MS é conceder à iniciativa privada o trecho da BR-262 que vai de Campo Grande a Três Lagoas. 

Já no caso da BR-267, o trecho será de Nova Andradina a Bataguassu. Além dessas rodovias federais, o Estado quer fazer a concessão da MS-040 – o projeto inicial também citava a MS-338 e a MS-395 –, criando, assim, a “rota da celulose” e entregando à iniciativa privada praticamente todos os caminhos até o estado de São Paulo.

SAIBA

O Crema consiste em uma metodologia na manutenção e na gestão rotineira de rodovias consideradas regulares e boas e na oferta de serviços integrados de restauração e manutenção de rodovias ruins e regulares. Já o PPP é um modelo de contratação pública privada de contratos longínquo que pode ser de 30 anos.

Fiscalização

Clínica de depilação a laser é interditada em Campo Grande

Com diversas irregularidades, como a falta de licença sanitária e o não atendimento aos clientes, o espaço que funcionava no bairro Santa Fé foi fechado nesta sexta-feira (4) pelo Procon-MS

04/04/2025 18h13

Crédito: Procon-MS / Arquivo

Continue Lendo...

Após várias denúncias, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-MS) interditou uma clínica de depilação a laser nesta sexta-feira (4), no bairro Santa Fé, em Campo Grande.

Além de não possuir licença sanitária e estar com o alvará de localização e funcionamento vencido desde 2023, a empresa não atendia os clientes que contratavam o serviço, alegando não haver datas disponíveis para agendamento do procedimento.

A clínica também firmava contratos com os clientes e os direcionava a um salão de beleza terceirizado para a realização dos procedimentos.

Irregularidades


Durante a fiscalização, os agentes constataram que a empresa descumpria cláusulas contratuais, o que dificultava o acesso dos consumidores aos serviços contratados.

Outro ponto identificado foi a terceirização de um salão de beleza utilizado para realizar os procedimentos de depilação a laser. Conforme apuração da reportagem do Correio do Estado para ter acesso ao espaço - distinto de onde fechou o contrato - o consumidor percorria cerca de 700 metros de carro. 

O Procon também identificou cláusulas consideradas abusivas, como o fato de a sede da empresa estar localizada em São José do Rio Preto (SP), o que gera transtornos aos consumidores no momento de rescindir o contrato ou buscar um acordo.

Além disso, em caso de rescisão contratual, o cliente não poderia solicitar o cancelamento, mesmo que a clínica não realizasse o serviço ou o prestasse com baixa qualidade.

A ação foi realizada em conjunto pelo Procon-MS vinculado à Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead) e pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon).

A clínica ficará impedida de oferecer o serviço até que todas as pendências sejam regularizadas. A empresa tem o prazo de 20 dias para apresentar defesa ao Procon-MS.

Fique atento



Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), há uma percepção de aumento dos relatos de eventos adversos graves entre 2024 e o início deste ano, inclusive relatados na mídia, decorrentes de procedimentos de estética e embelezamento.

Além disso, de 2018 a 2023, os serviços de estética e embelezamento figuraram como os mais denunciados junto à Anvisa dentre os “serviços de interesse à saúde”, categoria que inclui também serviços de hotelaria, estúdios de tatuagem e instituições de longa permanência para idosos, por exemplo.

Os dados fazem parte de relatórios anuais disponibilizados pela Agência.

O relatório com dados de 2023 demonstra que 61,3% das denúncias estavam relacionadas a serviços de estética e embelezamento e sinaliza que a grande quantidade de estabelecimentos disponíveis e a diversidade de técnicas e procedimentos estão relacionadas ao número elevado de relatos de irregularidades.

Nesse contexto, é importante desconfiar de promessas milagrosas ou que garantam resultados, bem como de preços praticados muito abaixo do preço médio de mercado.

Vale lembrar que é importante consultar, junto à Vigilância Sanitária da sua cidade, se o estabelecimento possui alvará/licença sanitária válida, bem como conferir nos conselhos profissionais as credenciais dos profissionais que atuam no estabelecimento.

Outra dica é sempre perguntar quais produtos estão sendo aplicados e, com os dados em mãos, conferir a regularidade dos produtos em https://consultas.anvisa.gov.br/#/.

O consumidor pode consultar também o site Reclame Aqui por meio do link https://www.reclameaqui.com.br/, basta inserir o nome da empresa que deseja obter informações e verificar se existem reclamações registradas por outros usuários referentes aos serviços prestados pelo estabelecimento.

Assine o Correio do Estado

 

Violência Doméstica

Agressor que quebrou nariz de jornalista é solto com tornozeleira eletrônica

O músico Philipe Eugenio Calazans de Sales conseguiu, na semana passada, uma liminar e foi solto com tornozeleira eletrônica.

04/04/2025 17h42

Philipe conseguiu liminar e foi solto com tornozeleira eletrônica

Philipe conseguiu liminar e foi solto com tornozeleira eletrônica Arquivo pessoal

Continue Lendo...

Acusado de violência doméstica e preso desde o dia 17 de março, o músico Philipe Eugenio Calazans de Sales conseguiu, na semana passada, uma liminar e foi solto com tornozeleira eletrônica. 

Ele foi denunciado pela então namorada, a jornalista Nathália Barros Corrêa, ao ter o nariz quebrado e aparecer em vídeo sangrando e com a filha no colo no dia 3 de março. 

Phillipe chegou a ser preso em flagrante, recorrendo à Justiça e conseguindo liberdade provisória, mas teve o mandado de prisão preventiva expedido pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) e optou por entregar-se na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) no último mês. 

A decisão de conceder parcialmente a liminar e substituir a prisão preventiva de Phillipe foi assinada pelo desembargador Fernando Paes de Campos e publicada no Diário Oficial da Justiça no dia 28 de março

Segundo o texto do processo, além do uso de tornozeleira eletrônica por 180 dias, o músico não pode aproximar-se a menos de 300 metros da vítima, de qualquer familiar dela e de qualquer testemunha da ação penal e deve, obrigatoriamente, comparecer à comarca sem autorização prévia do juízo e de todos os atos do inquérito e da ação penal. Caso não cumpra as medidas cautelares, poderá ser preso novamente. Logo a seguir, foi expedido o alvará de soltura do rapaz. A determinação atende o habeas corpus requerido pela defesa.

Philipe deve manter a tornozeleira funcionando a todo momento, bem como atentar-se à bateria, aos sinais sonoros e luminosos do equipamento e não poderá aproximar-se do endereço de Nathália. 

O processo segue em sigilo. 

Relembre outros casos de feminicídios no estado

O primeiro caso de 2025 foi a morte de Karina Corin, de 29 anos, nos primeiros dias de fevereiro,  baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos. 

Já o segundo feminicídio de 2025 em Mato Grosso do Sul foi justmente a morte de Vanessa Ricarte, esfaqueada aos 42 anos, por Caio Nascimento, criminoso com passagens por roubo, tentativa de suicídio, ameaça, além de outros casos de violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.

O último caso registrado foi o de Giseli Cristina Oliskowiski, morta aos 40 anos, encontrada carbonizada em um poço no bairro Aero Rancho, em Campo Grande.

Os outros feminicídios de 2025 vitimaram: 

Lei do feminicídio

Em 2015, entrava em vigor no país a Lei 13.104/15, a Lei do Feminicídio, onde era considerado feminicídio quando o assassinato envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima. Esta lei completou 10 anos no último mês. 

Em outubro de 2024, foi implementada a Lei 14.994/2024 que tornou o feminicídio um crime autônomo e estabeleceu outras medidas para prevenir e coibir a violência contra mulher. Ela eleva a pena para o crime contra a mulher para até 40 anos de reclusão.

Segundo dados do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam) 2025, lançado pelo Ministério das Mulheres em março, apontam que, em 2024, foram registrados 1.450 feminicídios e 2.485 homicídios dolosos (com a intenção de matar) de mulheres e lesões corporais seguidas de morte.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).