Cidades

Operação Vulcano

Ex-inspetor da receita federal é condenado por corrupção em Corumbá

Quadrilha recebia propina em troca da liberação irregular de cargas e da facilitação de importações ilícitas

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O ex-inspetor da Receita Federal de Corumbá, Paulo Eduardo Borges, foi condenado por envolvimento em um esquema de corrupção que recebia propina em troca da liberação irregular de cargas e da facilitação de importações ilícitas.

A sentença proferida pela juíza da 1ª Vara Federal de Corumbá, Sabrina Gressler Borges, condenou ele e outros sete réus, entre servidores públicos e empresários, integraram uma quadrilha que recebia propina em troca da liberação irregular de cargas e da facilitação de importações ilícitas.

As investigações corriam no âmbito da Operação Vulcano, deflagrada pela Polícia Federal em 2008 e identificaram prejuízo de R$ 600 milhões aos cofres públicos.

Além de Paulo Eduardo Borges, foram condenados os auditores fiscais Helena Virgínia Senna e Joelson Santana, o analista tributário Euclides Tayseir Villa Musa, e os empresários Manoel Orlando Coelho da Silva Júnior, Luiz Nelson Figueiredo Carvalho, Paulo Lúcio Pereira Fernandes e Paulo Celestino Moron. Cada um foi multado em R$ 100 mil. Os servidores públicos perderam seus cargos, estão inelegíveis e proibidos de firmar contratos com o poder público.

As investigações tiveram início em 25 de agosto de 2006, quando a Polícia Federal, por requisição do Ministério Público Federal, instaurou o inquérito policial, com objetivo de apurar denúncias de um esquema de recebimento de vantagens indevidas por servidores da Inspetoria da Receita Federal em Corumbá.

Em troca de propina, as equipes liberavam cargas sem a devida fiscalização e facilitavam importações irregulares de mercadorias através dos Armazéns Gerais Alfandegados de Mato Grosso do Sul (AGESA), responsável pelo armazenamento e fluxo aduaneiro entre o Brasil e a Bolívia.

Segundo a Polícia, os servidores da Receita Federal solicitavam e recebiam valores de empresários e despachantes para liberar cargas importadas e exportadas sem fiscalização, assinar documentos de exportação sem vistoria, reclassificar mercadorias e facilitar sonegação de tributos. Entre as empresas citadas nas investigações estava a Exportadora Shalon, então controlada por Manoel Orlando Coelho Júnior, apontado como um dos articuladores do esquema.

As diligências também revelaram que alguns servidores cobravam propina até mesmo de transportadores que não apresentavam irregularidades. O esquema aproveitava o fato de que a AGESA cobrava diárias de cada veículo que aguardava vistoria, oferecendo um “serviço paralelo” de agilização do processo mediante pagamento de propina, o que reduzia tempo e custos de "desembaraço aduaneiro".

De acordo com as interceptações telefônicas e provas judiciais, Helena Virgínia Senna e Joelson Santana eram responsáveis pela liberação irregular de mercadorias, enquanto Euclides Tayseir Villa Musa deixava de fiscalizar importações. Manoel Orlando Coelho Júnior operava o sistema de pagamento de propinas com apoio de Luiz Nelson Figueiredo Carvalho e Paulo Lúcio Pereira Fernandes. Euclides, embora não tenha recebido propina comprovadamente, foi condenado por omissão dolosa no exercício da função pública.

As investigações apontaram que Corumbá vinha apresentando, à época, um histórico expressivo de importações ilegais, principalmente de produtos têxteis e solventes, com redução ou supressão de tributos e exportações fictícias.

A análise do relatório da Polícia Federal também mostrou que diversos servidores da Inspetoria da Receita Federal de Corumbá apresentaram evolução patrimonial incompatível com os rendimentos declarados, segundo dados da Contribuição Provisória por Movimentação Financeira (CPMF). Entre os nomes citados estavam Francisco Rodrigues de Oliveira, Anésio Alvarez, Juarez Bassan Domit, Euclides Tayseir Villa Musa, Paulo Eduardo Borges e Roberto Mustafa.

O inspetor

Paulo Eduardo Borges, chefiou a Inspetoria de Corumbá de 24 de novembro de 2003 a 2 de fevereiro de 2007, foi apontado desde o início das investigações como uma das principais figuras do esquema. No processo administrativo instaurado contra ele, a Receita Federal impôs pena de demissão após constatar que o ex-inspetor se omitiu intencionalmente no combate às fraudes, ignorando denúncias e comunicações oficiais que chegavam ao seu conhecimento. Durante o período em que comandou a unidade, as importações de têxteis aumentaram de forma expressiva, enquanto as fiscalizações diminuíram drasticamente. Após sua saída, observou-se o movimento inverso, queda nas importações e aumento da repressão fiscalizatória.

O relatório da investigação também mostrou que Paulo Eduardo Borges apresentou, entre 2004 e 2007, acréscimo patrimonial de R$ 292.970,62, valor considerado incompatível com sua renda. A defesa alegou que o montante se referia à venda de um imóvel, mas a Justiça entendeu que havia indícios suficientes de que o valor era proveniente de propina.

A juíza concluiu que Borges foi omisso, prestou auxílio ao grupo e permitiu a continuidade das fraudes. Ele foi condenado ao pagamento de multa equivalente a 24 vezes o salário que recebia à época. O empresário Manoel Orlando Coelho Júnior, por sua vez, recebeu multa de 12 vezes o salário do inspetor, em razão de seu papel de liderança na organização.

O Ministério Público destacou ainda que, após deixar Corumbá, Paulo Eduardo Borges foi transferido para Cuiabá (MT), onde atuou como delegado-adjunto da Receita Federal. Segundo o relatório, ele tentou reproduzir o mesmo esquema criminoso identificado em Corumbá, chegando a abrir uma empresa em nome do irmão para promover importações de têxteis.

A juíza ressaltou que o grupo agia de forma estruturada e contínua, com pagamento sistemático de propinas, omissões de fiscalização, reclassificação fraudulenta de mercadorias e tráfico de influência. Decisão cabe recurso.

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Oportunidade

UFGD abre concurso para professor com salários de até R$ 13 mil; confira

Inscrições devem ser realizadas até 19 de fevereiro de 2026, exclusivamente pela internet

29/12/2025 17h41

Foto: Divulgação

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Com salários de até R$ 13 mil, a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) publicou edital de concurso público para provimento de cargos da carreira para 27 novos professores.

Conforme o texto, a remuneração inicial varia de R$ 3.399,47 a R$ 13.288,85, de acordo com a titulação exigida e o regime de trabalho.

Os valores são acrescidos de auxílio-alimentação (R$ 587,50) para jornadas de 20h semanais e R$ 1.175,00 para 40h semanais. As inscrições devem ser realizadas até 19 de fevereiro de 2026, exclusivamente pela internet.

As oportunidades contemplam campos como Administração, Agronomia, Biotecnologia, Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Direito, Gestão Ambiental, História, Letras, Engenharia de Alimentos, Pedagogia e Medicina, entre outros, conforme detalhado no edital.

Provas

O processo seletivo será composto por prova escrita, prova didática, ambas de caráter eliminatório e classificatório, além de prova de títulos, de caráter classificatório. O edital de convocação para o sorteio de pontos e para a prova escrita será publicado em 26 de março. O sorteio está marcado para 28 de março, e a prova escrita ocorrerá em 29 de março (domingo).

A prova didática será realizada nos dias 25 e 26 de abril, conforme edital específico dessa etapa. O procedimento de heteroidentificação está previsto para 12 de maio, enquanto o envio dos títulos ocorrerá de 19 a 21 de maio. O resultado preliminar será divulgado em 1º de junho, e o resultado final, após recursos, em 3 de junho.

A taxa de inscrição é de R$ 200, com possibilidade de pagamento até o último dia de inscrição, em qualquer agência bancária durante o horário de expediente. O edital completo, com a descrição das áreas, requisitos e demais orientações, está disponível aqui! Os pedidos de isenção da taxa de inscrição poderiam ser feitos entre 16 e 26 de dezembro. 

Do total de vagas, a UFGD assegura políticas de ações afirmativas, destinando 25% para candidatos autodeclarados negros (pretos ou pardos), 3% para indígenas e 2% para quilombolas, independentemente da área. Também há reserva de vagas para pessoas com deficiência. Ao todo, sete vagas são destinadas a candidatos negros, uma para indígenas, uma para quilombolas e duas para pessoas com deficiência.

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fim de ano

Confira o que abre e o que fecha na véspera e no dia de Ano Novo

Maioria dos estabelecimentos não abrem no dia 1º de janeiro em Campo Grande, mas funcionam em horário especial na véspera

29/12/2025 16h30

Comércio ficará aberto na véspera de Ano Novo, em horário especial

Comércio ficará aberto na véspera de Ano Novo, em horário especial Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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No fim de ano, o horário de funcionamento de vários estabelecimentos tiveram alterações ao longo do mês de dezembro. O comércio, por exemplo, funcionou em horário estendido de 9 de dezembro até a véspera do Natal.

Para o Ano Novo, a maioria dos estabelecimentos e serviços não funcionam no dia 1º de janeiro, mas a maioria abre com horário especial na véspera, em Campo Grande.

Confira o que abre e o que fecha na véspera e dia de Ano Novo:

Supermercados

Supermercados e hipermercados funcionam até às 20h no dia 31 e não abrem no dia 1º de janeiro.

Comércio

O comércio de rua Campo Grande abre até as 16h na véspera e não abre no dia 1º de janeiro.

Feira Central

A Feira Central abre das 10h às 16h na véspera e permanece fechada no dia de Ano Novo.

Shoppings

Campo Grande

Na quarta-feira (31), a abertura será das 10h às 18h. No dia de Ano Novo, a abertura é facultativa apenas aos serviços de alimentação e lazer, das 10h às 22h, enquanto as demais lojas permanecem fechadas.

Norte Sul Plaza

Na véspera de Novo, abre das 10h às 17h, enquanto no dia 1º, as lojas fecham e apenas praça de alimentação e lazer podem funcionar das 11h às 21h e o cinema das 15h30 às 22h.

Bosque dos Ipês

O funcionamento será das 9h às 18h no dia 31. No 1º dia de Ano Novo, a abertura será das 12h às 22h apenas para lazer e alimentação.

Pátio Central

Abre das 8h às 18h no dia 31 e fecha no dia 1º.

Bancos

As agências bancárias não abrem nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, com expediente normal na sexta-feira (2).

Saúde

Hospitais, Unidades de Pronto Atendimento, Centros Regionais de Saúde 24 horas irão funcionar normalmente em regime de plantão.

Judiciário

O Judiciário de Mato Grosso do Sul está de recesso desde o dia 20 de dezembro, desta forma, não haverá expediente durante o fim de ano, até o dia 7 de janeiro de 2025.

Apenas o plantão judicial estará em funcionamento para os casos considerados urgentes.

Órgãos Públicos

As repartições públicas municipais e estaduais não terão expediente nos dias 31 de dezembro e 1º e 2 de janeiro, com exceção dos serviços considerados essenciais, como saúde e segurança.

Lotéricas

As casas lotéricas abrem no dia 31 de dezembro devido às apostas para a Mega da Virada, e permanecem fechadas no dia 1º de janeiro.

Correios

 O funcionamento será normal no dia 31 e não haverá atendimento nas agências dos Correios no dia 1º e 2.

Detran

Não haverá expediente nas agências do Detran nos dias 31 de dezembro e 1º e 2 de janeiro, em razão do feriado de Ano Novo e de pontos facultativos.

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