A expectativa de vida da população do Brasil chegou aos 76,7 anos de acordo com informações das Tábuas de Mortalidade 2024, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número mostra um leve aumento de 2,5 meses com relação a 2023. Para a população masculina, a expectativa calculada para 2024 era de 73,3 anos; para as mulheres, chega perto dos 80 anos (79,9 anos). Em ambos os sexos, o crescimento foi de 2 meses.
Isso mostra uma diferença de 6,6 anos de expectativa entre os sexos.
Em 1940, no início da série histórica, essa diferença era de 5,4 anos, a menor já registrada. Já a maior foi observada em 2000, quando ficou em 7,8 anos.
De acordo com as tabelas do IBGE, desde o início da pesquisa, houve elevação nos números, com exceção dos anos 2020 e 2021, quando a pandemia do Coronavírus provocou uma elevação no número de mortes no Brasil, gerando, consequentemente, uma redução da expectativa de vida ao nascer no país.
Ao longo dos anos, a longevidade brasileira aumentou, em média, 31,1 anos quando no início da pesquisa, a expectativa era de que as pessoas vivessem até 45,5 anos.
Fonte: IBGENo mundo, a maior expectativa de vida ao nascer para ambos os sexos pertence a Mônaco (86,5 anos), com San Marino (85,8), Hong Kong (85,6), Japão (84,9) e Coreia do Sul (84,4) a seguir.
Mortalidade
A taxa de mortalidade infantil, ou seja, crianças que morrem antes de completar um ano de idade, também apresentou queda, mas não é a menor registrada.
A média brasileira em 2024 era de 12,3 para cada mil crianças nascidas vivas. Esse indicador reduziu de forma drástica desde 1940, quando era de 146,6 crianças que não completariam o primeiro ano de vida a cada mil nascidos vivos.
Fonte: IBGEDe acordo com o órgão, a queda na mortalidade das crianças brasileiras está associada às massivas campanhas de vacinação, à atenção pré-natal, ao aleitamento materno, ação dos agentes comunitários de saúde e programas de nutrição infantil, entre outros fatores.
Tópicos como o aumento de renda, de escolaridade e acesso ao saneamento básico também são fatores que contribuíram para a longevidade, não apenas infantil, mas da população brasileira em geral, gerando índices mais baixos de mortalidade, aumentando os números de longevidade ao longo dos anos.
“No processo de transição demográfica brasileira destaca-se que, desde o século XIX até meados da década de 1940, o Brasil caracterizou-se pela prevalência de altas taxas de natalidade e de mortalidade, principalmente a mortalidade nos primeiros anos de vida. A partir desse período, com a incorporação às políticas de saúde pública dos avanços da medicina, particularmente os antibióticos recém-descobertos no combate as enfermidades infecto-contagiosas e importados no pós-guerra, o país experimentou uma primeira fase de sua transição demográfica, caracterizada pelo início da queda das taxas de mortalidade. Primeiramente, os grupos etários mais beneficiados com a diminuição da mortalidade, foram os das crianças menores de 5 anos de idade. Inicia-se assim, o processo de transição epidemiológica”, relatou o IBGE.


