Cidades

esquenta para 2024

Faltando 1 ano para as eleições, prefeitos pedem mais dinheiro

Assomasul promoveu evento para aproximar prefeitos do governador Eduardo Riedel e da ministra Simone Tebet e para dar protagonismo a Beto Pereira, pré-candidato a prefeito de Campo Grande

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Faltando pouco mais de um ano para as eleições municipais, a Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) promoveu evento para aproximar os chefes de Executivo, que tentarão fazer sucessores ou que tentarão a reeleição, da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, de caciques do PSDB, como ex-governador Reinaldo Azambuja, e de deputados federais.

Com um forte apelo à gestão pública técnica, para que estes prefeitos entreguem resultados, o que se viu nos bastidores – e mesmo oficialmente, em alguns momentos – foi a pressão dos chefes de Executivo municipais por dinheiro público para viabilizar seus projetos políticos.

Como as eleições de 2026 também passam pelas do ano que vem, os mandatários das esferas estadual e federal endossaram o clamor dos prefeitos por mais recursos e ainda procuraram criar empatia com eles.

A ministra Simone Tebet, por exemplo, lembrou do período em que administrou Três Lagoas e citou os dramas de famílias pobres e desabrigadas, da assistência que ofertava, entregando colchões em sua própria caminhonete por causa da dificuldade em se fazer compras emergenciais em situações de enchente, por exemplo. 

Mas o que os prefeitos mais queriam ouvir da ministra do Planejamento e Orçamento foi exatamente o que ela falou primeiro, quando aproveitou para dizer que eram recados do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Os recados foram três: apoio total do governo federal ao Projeto de Lei nº 136, que deve repor em aproximadamente R$ 27 bilhões as perdas de estados e municípios com a desoneração dos combustíveis feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no período pré-eleitoral de 2022, o que reduziu o repasse às prefeituras naquela ocasião; o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado aos municípios; e o trabalho dela e de Lula em prol da reforma tributária, que, segundo a ministra, beneficiará todos os municípios do Estado, conforme estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que funciona sob a jurisdição de sua Pasta. 

A ministra preferiu enfatizar o PAC dos municípios. “São 27 áreas de atuação do PAC dos municípios abertas para projetos. Vocês vão poder pedir recursos em qualquer dessas áreas”, enfatizou Simone Tebet. 

O governador Eduardo Riedel, que ministrou uma palestra sobre gestão, afirmou que os prefeitos devem focar o trabalho em políticas públicas duradouras e lembrou que a administração estadual continua mantendo o carácter municipalista introduzido por seu antecessor, Reinaldo Azambuja, que estava presente e tratou justamente de municipalismo. 

“De vocês depende o sucesso de várias políticas públicas do Estado nos próximos anos. Todos vocês vão se ver em um momento político, em futuro próximo, em que teremos aliados e adversários. Mas a eleição não deixará que a gente perca a diretriz, que é a de construir políticas públicas duradouras para Mato Grosso do Sul. Por isso, vamos precisar dos senhores e das senhoras [se referindo aos prefeitos] para que Mato Grosso do Sul continue sendo um exemplo para o Brasil”, afirmou Riedel.

“Não é justo que o município, que é onde tudo acontece, fique com a menor parcela da arrecadação dos tributos. Os municípios estão em crise”, queixou-se o presidente da Assomasul, Valdir Souza Junior (PSDB), prefeito de Nioaque. 

BALANÇO

Chuvas intensas atingem MS e aliviam o calor durante o feriado

Campo Grande liderou o ranking de precipitação acumulada, com 47 mm em um único dia; previsão tem alerta de tempestade, com chuva em todo o Estado

21/11/2024 11h10

Chuva, trovoadas e ventos fortes devem atingir MS nos próximos dias

Chuva, trovoadas e ventos fortes devem atingir MS nos próximos dias Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O feriado prolongado foi marcado por chuvas intensas em diversas regiões de Mato Grosso do Sul e aliviou o clima para os moradores do Estado. A capital, Campo Grande, liderou o ranking de precipitação, com mais de 47 mm de chuva em um único dia, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)

De acordo com o balanço de chuvas do instituto, somente na região do centro da capital, foram 31 mm de chuva. Em outras cidades próximas, como Rochedo e Aquidauana, a mesma história se repetiu: em Rochedo, foram 10mm de chuva e em Aquidauana 25.8 mm. 

Ainda segundo o INMET, a chuva também se estendeu para a região norte de MS. Em Costa Rica, por exemplo, foram 18.2 mm. Já em Corumbá, no Pantanal, foram 8.8mm.  A região sul, no entanto, registrou um baixo volume de chuva, com regiões como Dourados e Amambai com o dia em claro, sem chuva. 

Balanço de Chuva das últimas 24h:

  • Campo Grande: 47,2 mm
  • Rochedo: 25.8 mm
  • Costa Rica: 18,2 mm
  • Água Clara: 3 mm 
  • Miranda: 2 mm 
  • Itaquiraí: 13.6 mm
  • Sete Quedas: 1.8 mm
  • Corumbá: 8.8 mm 
  • Sonora: 25 mm
  • São Gabriel do Oeste: 22 mm 

Previsão do tempo:

A previsão indica que as chuvas devem continuar nos próximos dias, com possibilidade de novos temporais. A combinação de alta umidade, aquecimento diurno e áreas de baixa pressão atmosférica favorece a formação de nuvens carregadas e a ocorrência de chuvas intensas ao longo da semana. Nestes dias, podem ocorrer acumulados de chuva significativos, com valores acima de 30 mm/24h.
 

Confira aqui a previsão do tempo para cada região de MS. 
 

*Colaborou Mariana Piell

INTERIOR

Por inveja de terras, homem incendeia casa com duas crianças dentro em aldeia

Polícia Civil prende homem que tentou tirar a vida dos pequenos e depois agrediu esposa e filha

21/11/2024 09h33

Acusado foi localizado e preso em flagrante; deve responder por violência doméstica e tentativa de homicídio qualificado

Acusado foi localizado e preso em flagrante; deve responder por violência doméstica e tentativa de homicídio qualificado Reprodução/PCMS

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Distante cerca de 380 km da Capital de Mato Grosso do Sul, um homem foi preso após botar fogo em uma residência onde haviam duas crianças, de seis e 10 anos, em uma onda de violência supostamente causada pela inveja na regularização de terras. 

Segundo a Polícia Civil em nota, os crimes foram registrados na véspera do feriado da Consciência Negra, na aldeia Guassuty, que fica localizada no município de Aral Moreira. 

Após as autoridades policiais serem informadas pela liderança indígena local, a Polícia Civil e equipe policial da delegacia de Aral Moreira foram até o local. 

Durante escuta, testemunhas relataram toda a dinâmica de terror observada na aldeia, que teve início ainda por volta de 06h, sendo que as apurações quanto à suposta motivação apontam justamente para a disputa de terras na aldeia. 

Entenda

Insatisfeito após uma mãe dessa mesma aldeia conseguir a regularização de um terreno, esse homem teria se contaminado de inveja e passado a proferir ameaças constantes à família. 

Com a intenção de tirar a vida das crianças, o homem botou fogo na casa com os dois pequenos dentro, sendo que o mais velho, de 10 anos, conseguiu sair na hora e buscar a ajuda de um vizinho. 

Esse, por sua vez, foi quem conseguiu adentrar no imóvel em chamas e retirar a criança de seis anos de lá, sendo que o mais velho relata que antes do acusado incendiar a casa ouviu o homem dizer: "eu vou matar vocês". 

Ainda, depois de incendiar a casa, esse homem teria voltado para sua residência onde agrediu não somente sua companheira como também a própria filha, sendo que ambas foram socorridas com ferimentos e internadas para atendimento médico, indica a PC em nota. 

Depois disso, o acusado foi localizado e preso em flagrante, encaminhado para a 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, onde aguardará à disposição da Justiça, sendo que deve responder por: 

  •  Violência doméstica e
  •  Tentativa de homicídio qualificado

Local de tensão

Esse mesmo território Guassuty marca outro crime, registrado em meados de setembro de 2023, que envolve a carbonização, morte de indígenas, onde o casal Nhandesy Sebastiana e Nhanderu Rufino foi encontrado morto na aldeia. 

Uma das suspeitas incialmente levantada à época, por entidades indigenistas, indicavam que o crime era fruto de "uma série de discursos de ódio, intolerância racismo religioso recorrente nos territórios Kaiowá e Guarani". 

Sebastiana era líder espiritual, rezadora, no caso, com ela e o marido sendo conhecidos entre os indígenas da região. Naquele dia a casa onde o casal morava foi totalmente destruída pelo fogo. 

Não distante da morte do casal, o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de Mato Grosso do Sul, o CDHU-MS, lançou relatório de alerta contra a violência que afeta mulheres indígenas no Estado. 

"Foram, pelo menos, 17 casas de rezas indígenas incendiadas nos últimos cinco anos, sem que se tenha notícia de que os autores fossem identificados e/ou responsabilizados.

Nesses últimos anos cresceu vertiginosamente o número de parteiras, rezadores (as) perseguidas e demonizadas, assim como as pessoas que seguem religiões tradicionais indígenas sendo atacadas e xingadas por seus vizinhos e vizinhas que não professam a fé tradicional", diz trecho do relatório. 

Porém,o  delegado da Polícia Civil, Maurício Vargas, destacou ao Correio do Estado à época que, nesse caso específico, a motivação do homem teria sido passional. 

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