Cidades

Operação grande família

Família do tráfico trazia cocaína da Bolívia para abastecer mercado brasileiro

Investigação da Polícia Federal em MS mirou pai e dois filhos que atuavam em Corumbá no tráfico de drogas transfronteiriço

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Por conta de fiscalização, feita dois anos atrás, que identificou o transporte de cerca de 50 quilos de cocaína, a Polícia Federal (PF) em Corumbá está conduzindo uma investigação para chegar ao núcleo de uma possível organização criminosa, com várias ramificações, que vem atuando para transportar droga da Bolívia a diferentes partes do Brasil a partir de Corumbá. 

Essa apuração ainda está em andamento, por isso, as autoridades policiais não estão divulgando detalhes. Porém, uma operação realizada nesta sexta-feira poderá permitir que os investigadores consigam reunir mais provas para entender o envolvimento de diferentes pessoas nesse esquema de transporte de cocaína.

Um dos pontos que permitiu que a PF conseguisse avançar nas apurações foi a identificação de uma família em Corumbá envolvida no esquema do transporte. 

Conforme apurado, pelo menos o pai, o filho e uma filha estão envolvidos na organização da logística desse transporte. A operação deflagrada, denominada Grande Família, não focou em prisões, mas visitou diferentes endereços ligados a essas três pessoas.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela Vara Federal em Corumbá. Entre os locais vistoriados está uma área rural que fica na região de assentamento, entre Corumbá e Ladário, e com vista para o Morro do Urucum. 

Nessa região há caminhos menos fiscalizados, onde é possível acessar, por exemplo, a Estrada Parque (MS-228), que dá acesso para vias que levam para Coxim e Campo Grande, mas sem passar por bases da Polícia Rodoviária Federal (PRF), instaladas na BR-262.

Nessa área rural também há acesso ao Rio Paraguai, o que cria um outro canal para que os traficantes consigam diversificar os transportes e dificultar a fiscalização. A Receita Federal, que também participou dessa operação, tem intensificado as vistorias de mercadores na fronteira do Brasil com a Bolívia em Corumbá, realizando abordagens principalmente por via terrestre. O meio fluvial ainda consegue criar rotas para escapar da fiscalização. 

Uma das hipóteses que existe envolve o uso do Canal Tamengo para a droga sair da Bolívia e acessar o Brasil, já pelo Rio Paraguai. Por conta das chuvas recentes neste ano, esse local passou a ser propício para navegação.

A PF apontou que não conseguiu realizar prisões na sexta-feira, mas indicou que uma prisão realizada em 2023 contribuiu para que os investigadores conseguissem identificar que três integrantes de uma família estavam envolvidos em uma cadeia de transporte da cocaína. 

Não foi possível confirmar se a pessoa presa dois anos atrás permanece atrás das grades. 

“As investigações tiveram início após prisão em flagrante e apreensão de cerca de 50 kg de cocaína, em 2023. Apurou-se que o grupo, formado por integrantes de uma mesma família, realizava o transporte de cocaína da Bolívia para diversas cidades do Brasil”, indicou a PF.

Os mandados de busca e apreensão permitiram que a PF encontrasse celulares, várias anotações, mídias digitais, documentos e computadores em diferentes endereços dessa família. 

“O cumprimento das ordens judiciais resultou na apreensão de mídias com conteúdo digital, que serão submetidas a análises periciais e integrarão o inquérito, com o objetivo de identificar outros envolvidos na rede criminosa de aquisição, transporte e venda de entorpecentes”, informou a Polícia Federal em Corumbá.
Por enquanto, uma das linhas de investigação, conforme apurado, sugere que o pai, o filho e a filha seriam uma das pontas dessa organização criminosa. 

Com os materiais apreendidos, existe a expectativa de que seja possível identificar nomes de pessoas que estejam atuando em conjunto com outros setores para garantir o tráfico de drogas, neste caso, a compra na Bolívia e a revenda no Brasil, em diferentes estados.

Essa família já identificada não seria, aparentemente, o elo mais forte da organização criminosa, que está atuando para levar cocaína para outros estados brasileiros.

ELO PARA O TRÁFICO

A presença de corumbaenses em um grande esquema para o tráfico de drogas, mas funcionando como elo para integrantes que vivem em outros locais, não é uma novidade. 

Em outro caso que está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, foi identificado que um casal corumbaense, mesmo vivendo em um local simples, conseguiu movimentar R$ 24 milhões entre 2023 e 2024. Quem operava as ações, nesse caso do Garras, ficava em Campo Grande.

Saiba

As suspeitas da Polícia Federal são de que a família alvo da operação desta sexta-feira só seja responsável pela parte mais operacional do esquema de tráfico de drogas e que haja pessoas mais influentes na cabeça desta quadrilha, mas que ainda não foram identificadas.

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30 DIAS DE OPERAÇÃO

Polícia Ambiental conclui operação preventiva contra a prática ilegal de ceva no Pantanal

Segundo a PMA, 687 pessoas foram abordadas na ação que conscientizou sobre os impactos causados por práticas ilícitas da ceva

19/06/2025 17h30

As ações contaram com o empenho de equipes da PMA concentradas em regiões estratégicas como Corumbá, Coxim, Miranda, Bonito, Aquidauana e Campo Grande

As ações contaram com o empenho de equipes da PMA concentradas em regiões estratégicas como Corumbá, Coxim, Miranda, Bonito, Aquidauana e Campo Grande Foto: Divulgação / PMA

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Com foco na proteção da fauna e da ictiofauna da Bacia do Paraguai, a Polícia Militar Ambiental (PMA) encerrou nesta quinta-feira (19) a Operação Meio Ambiente Seguro.

De acordo com a PMA, o objetivo principal da operação era realizar ações preventivas contra a prática ilegal de ceva e atropelamentos de animais silvestres. 

As ações contaram com o empenho de equipes da PMA concentradas em regiões estratégicas como Corumbá, Coxim, Miranda, Bonito, Aquidauana e Campo Grande.

Além do trabalho da concientização, os policiais ambientais também atuaram na prevenção e repressão de diversos ilícitos ambientais, contando com o apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, por meio da Coordenadoria-Geral de Policiamento Aéreo (CGPA) para realizar o policiamento aéreo nas regiões de mata fechada.

De acordo com a PMA, a operação que durou 30 dias terminou com a aplicação de multas que somam, ao todo, R$ 995 mil. As infrações de maior valor aplicadas foram por poluição, totalizando R$ 847.000,00 em multas.

Um dos destaques da operação foi o número de pessoas abordadas e orientadas: ao todo, 687 cidadãos foram conscientizados sobre a importância da preservação da fauna pantaneira e os impactos causados por práticas ilícitas como a "ceva".

PERIGO DA CEVA

Conforme noticiado em reportagens do Correio do Estado, a ceva, que consiste em uma prática de oferecer alimentos a animais selvagens, é proibida há 10 anos em Mato Grosso do Sul.

Publicada em maio de 2015, a resolução destaca que "é proibida a alimentação ou ceva de mamíferos de médio e grande porte silvestres em vida livre para atrair, aumentar a chance de observação ou garantir sua permanência em determinada localidade."

Segundo o secretário-adjunto da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Educação (Semades), Arthur Falcette, a pratica de ceva foi constatada no pesqueiro onde Jorge Avalo, 62 anos, foi atacado e morto por uma onça, na região conhecida como "Touro Morto", em Aquidauana, entre os dias 20 e 21 de abril.

O corpo do caseiro foi encontrado, com sinais de esquartejamento pelo animal, na terça-feira, 22.

"Uma das poucas certezas que a gente tem sobre o caso era que estava sendo feita a ceva para o animal no local e essa prática, além de ser crime ambiental, pode desequilibrar o comportamento do animal que está sendo alimentado", afirmou o secretário-adjunto em entrevista coletiva no mês de abril.

br-463

Homem morre e dois ficam feridos em acidente entre carro e caminhonete

Acidente aconteceu na BR-463, entre os municípios de Dourados e Ponta Porã

19/06/2025 17h00

Caminhonete e veículo de passeio colidiram na BR-463

Caminhonete e veículo de passeio colidiram na BR-463 Foto: Reprodução

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Um homem morreu e duas pessoas ficaram feridas em um acidente envolvendo dois veículos, nesta quinta-feira (19), na BR-463, entre os municípios de Dourados e Ponta Porã.

De acordo com informações do site Dourados Agora, o acidente aconteceu entre uma caminhonete e um carro de passeio, nas proximidades do trevo de acesso ao distrito de Lagunita.

Informações preliminares da Polícia Rodoviária (PRF) apontam que, por motivos que ainda serão apurados, os veículos colidiram e, com o impacto, o carro de passeio capotou e parou com as rodas para cima, às margens da rodovia. Já a caminhonete continuou na pista.

O passageiro do veículo, que ainda não foi identificado, morreu na hora.

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas e socorreram outras duas vítimas, que também não tiveram as identidades divulgadas, sendo uma mulher que estava no carro e o motorista da caminhonete.

Não há informações sobre o estado de saúde das vítimas.

A rodovia foi parcialmente interditada para os trabalhos da Polícia Rodoviária Federal e a Perícia Técnica da Polícia Civil realizavam os trabalhos de perícia e retirada dos veículos.

As circunstâncias do acidente serão investigadas pela Polícia Civil.

Acidentes em rodovias

Conforme reportagem do Correio do Estado, de janeiro a maio deste ano, 114 pessoas morreram vítimas de acidentes em rodovias federais de Mato Grosso do Sul. Foram 173 acidentes.

Em todo o ano passado, 182 pessoas morreram e 1.940 ficaram feridas em acidentes registrados nas rodovias federais do Estado.

De acordo com a PRF, a maioria dos acidentes é causado por falhas humanas.

Os principais fatores que contribuem para a ocorrência dos acidentes e óbitos incluem as ultrapassagens perigosas, a não utilização do cinto de segurança, uso do celular ao volante e a condução do veículo sob efeito de álcool ou entorpecentes. 

Rodovias perigosas

Duas rodovias que passam por Mato Grosso do Sul estão entre as 10 mais perigosas do país, segundo estudo baseado nos dados do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT). A BR-163 (em 6º lugar no ranking) e a BR-262 (em 9º lugar) registraram, juntas, em 2024, mais de 4,3 mil acidentes e 392 óbitos. 

A mais perigosa é a BR-101, segunda estrada federal mais longa do País, que liga as regiões nordeste e sul, cortando 12 estados. 

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