As nove pessoas feridas no tiroteio de sexta-feira próximo ao Empire State Building de Nova York foram atingidas por balas e fragmentos disparados pelas forças de segurança para matar o agressor, disse neste sábado o chefe da polícia, Raymond Kelly.
Os oficiais dispararam 16 vezes contra o suspeito, identificado como Jeffrey Johnson, 58 anos, que havia atirado contra Steve Ercolino, um antigo colega de trabalho no centro de Manhattan. Outras três vítimas sofreram ferimentos de bala, e seis foram atingidas por fragmentos.
Kelly contou que quando os oficiais atiraram contra objetos, as balas se fragmentaram, o que causou os ferimentos. Seis deles foram tratados e liberados do hospital na noite de sexta-feira, e os outros três continuaram hospitalizados em estado "estável", disse à AFP um porta-voz policial.
O atirador possuía uma pistola calibre 45. Segundo Kelly, o atirador e o ex-colega já haviam registrado queixas um contra o outro. No perfil de Ercolino na rede LinkedIn, consta que ele era vice-presidente de vendas na Hazan Import Corp.
O suspeito, designer de acessórios femininos, perdeu o emprego em 2011, após seis anos de trabalho, e levava desde então uma solitária vida em um apartamento no Upper East Side, no nordeste de Manhattan. Johnson foi despedido como parte de um ajuste orçamentário após uma queda nas vendas e desde então passava a maior parte do tempo em seu apartamento, saindo só de manhã para buscar o café da manhã em um McDonald's próximo, sempre vestindo um traje cinza.
Meses depois de ser despedido, Johnson se dirigiu pela primeira vez a seu ex-trabalho e protagonizou um incidente com Ercolino, a quem encontrou no saguão do edifício e empurrou, e este revidou. O agressor e a vítima não voltaram a se encontrar até sexta-feira, quando, vestindo seu traje cinza habitual, Johnson voltou a seu antigo trabalho e matou Ercolino com vários tiros na porta da empresa. "Sem qualquer conversa, ele atirou na cabeça e no torso", contou o chefe de polícia. Aparentemente, o atirador não possuía ficha criminal.
Esta foi a segunda vez em duas semanas que a polícia se viu envolta em tiroteio mortal no centro de Nova York, já que em 11 de agosto as forças de segurança mataram a um homem armado com uma faca que se resistiu à prisão no Times Square.