Cidades

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Fim: prazo vence e acampamento em frente ao CMO é totalmente desmontado

Equipes da Sisep estão no local para retirar o lixo deixado pelos manifestantes; grama, no canteiro da Duque de Caxias, foi destruída

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Acampamento em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO) foi totalmente desmontado e desocupado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O prazo dado aos manifestantes venceu pontualmente às 10h30min desta terça-feira (10).

A equipe do Correio do Estado está no local e apurou que o fim do acampamento ocorreu de maneira pacífica, sem confusão ou desentendimentos. O trânsito flui normalmente na via.

Equipes da Delegacia Especializada de Ordem Política Social (DEOPS-MS) e três viaturas da Polícia Militar estão no local acompanhando a desocupação.

Não foi preciso reforço da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Polícia Federal (PF) e Forças Armadas.

Carros, caminhões e ônibus deixaram o canteiro da avenida Duque de Caxias. Banheiro químico, tendas, barracas, equipamentos de som, toldos, geradores, utensílios domésticos, palanques, alimentos, objetos pessoais e caminhões de som também já foram totalmente removidos.

Mas, policiais tiveram que retirar banners/cartazes, com a escrita “Intervenção Militar Já”, que estavam fincados no chão.

Caminhões da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) estão no local retirando o lixo deixado pelos manifestantes.

Há pilhas de entulho nos canteiros da avenida Duque de Caxias, principalmente de madeira. Apenas seis manifestantes estão no local, retirando os últimos objetos.

A Polícia Militar permanecerá em frente ao CMO até que equipes da Sisep limpem a área integralmente.

A grama, dos canteiros da avenida Duque de Caixas, foi totalmente destruída pelos manifestantes. O esverdeado da grama foi substituído pelo marrom da terra.

A montagem de barracas e tendas matou o gramado, que permaneceu sem luz solar por dois meses seguidos.

Vale ressaltar que pode haver manifestações, tendo em vista que são permitidas por Lei. O que não pode mais acontecer é levantar acampamento e ocupar canteiros e meios-fios.

A Delegada de Polícia da DEOPS-MS, Cláudia Angélica Gerei, notificou, nesta segunda-feira (9), os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, a desocuparem o local imediatamente.

A providência foi tomada após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e reunião entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) e deputados estaduais e federais de Mato Grosso do Sul.

Último patriota em meio os entulhosÚltimo patriota em meio os entulhos - Foto: Marcelo Victor

Linha do tempo

O protesto, no CMO, começou um dia após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 31 de outubro de 2022.

Insatisfeitos e incrédulos com o resultado das urnas, manifestantes começaram a ocupar quartéis e estradas.

Ao todo, foram 71 dias de acampamento. Refeições (café da manhã e almoço) eram servidas e o hino nacional era cantado a cada uma hora, no período vespertino.

Eles pediam por intervenção militar, recontagem dos votos e diziam que a eleição poderia ter sido fraudada para dar vantagem ao petista.

Lula foi eleito com 60.345.999 votos (50,9%) e Bolsonaro 58.206.354 votos (49,1%). Em Mato Grosso do Sul, Bolsonaro ganhou com 59,49% (880.606) dos votos válidos e Lula 40,51% (559.547).

Conforme apurado pelo Correio do Estadofazendeiros, supermercados, empresários e até ex-prefeito eram os responsáveis por patrocinar o ato. Os manifestantes recebiam doações de carne, pão, água, arroz, feijão, ovos, mortadela, produtos de limpeza e outros diversos mantimentos.

O ex-prefeito de Costa Rica Waldeli dos Santos Rosa, a jornalista Juliana Gaioso e a médica Sirlei Ratier são os principais investigados pela Polícia Federal (PF) por organizarem os atos. 

Em 1º de janeiro, os bolsonaristas começaram a esvaziar as barracas, com o objetivo de preparar a viagem para Brasília e planejar o ataque contra os Três Poderes, ocorrido na tarde deste domingo (8) em Brasília.

Os 71 dias de manifestação foram repudiados pelos moradores em torno da avenida Duque de Caxias, que reclamavam do barulho, bagunça, algazarra, fogos de artifício e som do Hino Nacional 24 horas por dia.

Conforme noticiado pelo Correio do Estadobolsonaristas atacaram profissionais da imprensa durante a manifestação. Uma repórter do Campo Grande News levou uma 'bandeirada' e um fotógrafo do Top Mídia News foi agredido com um tapa no rosto.

Em nota, a Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul repudiou os atos. "O Sindjor lamenta vir a público para, novamente, repudiar ação violenta, desrespeitosa e antidemocrática praticada por manifestantes golpistas contra jornalistas durante o exercício da profissão".

Itaquiraí

Mãe e filha morrem em acidente triplo na BR-487

Colisão ocorreu em trecho conhecido como estrada boiadeira, próximo ao município de Itaquiraí

13/12/2025 16h30

Foto: Portal Conesul

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Gabrieli de Freitas Vieira e sua filha Julia Pereira de Freitas, de apenas 3 anos morreram na manhã deste sábado após um acidente triplo na manhã deste sábado (13), na BR-487, próximo a região do Assentamento Santo Antônio, situado em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a imprensa local, ambas estavam em um Jeep Compass com uma familiar de 40 anos, e seguiam de Maringá (PR) com destino a Dourados, cidade em que possuíam comércio. A família seguia na rodovia sentido BR-163 quando tentou uma ultrapassagem forçada e atingiu a traseira de um veículo Polo, que seguia na mesma direção.

Com o impacto da colisão, testemunhas afirmam que o veículo teria capotado e batido na traseira de uma carreta que seguia na pista contrária, impacto suficiente para arremessar o carro da família para fora da pista, ao lado de uma borracharia. 

De acordo com a imprensa local, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Gabrieli e a filha morreram no local. Socorrida, a outra pessoa da família foi levada ao hospital de Itaquiraí, consciente e orientada, apesar de cortes na cabeça.

Os demais motoristas envolvidos não sofreram ferimentos graves e testaram negativo para consumo de álcool.. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Perícia estiveram no local. As causas do acidente serão investigadas na Delegacia de Itaquiraí.

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Cidades

TCE suspende licitação para reforma de ponte sobre o rio Paraguai

Inconsistências e riscos de gastos excessivos na licitação levaram o Tribunal de Contas do Estado a suspender o certame

13/12/2025 13h30

Imagem divulgação

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Menos de um mês depois de assumir como conselheiro do Tribunal de Contas, o ex-integrante do governo do Estado, Sérgio de Paula, suspendeu a licitação de R$ 11,7 milhões para obras na ponte da BR-262, sobre o Rio Paraguai.

A decisão foi publicada nesta sexta-feira (12), em edição extra do Diário Oficial do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul.

No dia 26 de novembro, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) lançou a licitação prevendo investimento de até R$ 11.728.608,10 para a execução de obras de recuperação estrutural.

Os envelopes com as propostas feitas pelas empreiteiras seriam abertos na segunda-feira (15). No entanto, foi determinada a suspensão do certame após a equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) identificar “inconsistências e lacunas” em informações como:

  • Caderno de desenhos;
  • Relatório de critérios e especificações técnicas;
  • Verificação estrutural;
  • Projeto de recuperação estrutural;
  • Projeto de sinalização temporária;
  • Plano de execução.

A justificativa para suspender o processo licitatório da reforma da ponte foram inconsistências no Projeto Básico, que podem gerar gastos acima do necessário. Para isso, foi apontada a necessidade de atualização dos dados técnicos.

“Tais inconsistências podem acarretar riscos de sobrepreço, aditivos contratuais futuros e execução inadequada da obra, comprometendo a economicidade e a eficiência, em desacordo com a Lei nº 14.133/2021. Embora o projeto tenha avançado em sua conformidade com a nova Lei de Licitações, as lacunas técnicas e a necessidade de atualização são significativas. Para uma decisão embasada e para mitigar risos futuros, é crucial que as informações complementares e as atualizações necessárias sejam providenciadas e analisadas”, consta no ato.

Diante dos indícios de irregularidades no Estudo Técnico Preliminar (ETP) e no Projeto Básico, o relator, conselheiro Sérgio de Paula, determinou a aplicação de medida cautelar para suspender o processo licitatório até a regularização dos pontos apontados.

Previsão

Com previsão de início das obras somente no segundo trimestre de 2026, o valor estimado, como adiantou o Correio do Estado, indica que a reforma da ponte pode custar o dobro do apontado pelo ex-secretário de Obras, Hélio Peluffo.

Em 2023, ele previu gastos em torno de R$ 6 milhões na recuperação da estrutura da ponte, que tem sofrido diversas intervenções e situações que resultaram em tráfego em meia pista.

Essa situação ocorreu em 2023, quando a interdição durou mais de um ano, até que os reparos emergenciais fossem concluídos na pista de rolamento.

Além disso, há situação emergencial nos “amortecedores” instalados entre as pilastras e a parte superior da ponte (pista), que apresentam desgaste por falta de manutenção. Essa obra deverá ser bancada, agora, com recursos públicos.

Pedagiada "até ontem"
 

Investimento público em uma ponte seria algo normal não fosse a cobrança de pedágio, feita até setembro de 2022. Pequena fatia da receita era repassada ao Estado e a única obrigação da empresa era fazer a manutenção da estrutura, que tem dois quilômetros e foi inaugurada em 2001.

Porém, em 15 de maio de 2023 a empresa Porto Morrinho encerrou o contrato e devolveu a ponte Poeta Manoel de Barros sem condições plenas de uso, embora tivesse faturamento milionário.

Em 2022,  com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga, a cobrança rendeu R$ 2,6 milhões por mês, ou R$ 21 milhões nos oito primeiros meses daquele ano.

No ano anterior, o faturamento médio mensal ficou em R$ 2,3 milhões. Conforme os dados oficiais, 622 mil veículos pagaram pedágio naquele ano. Grande parte deste fluxo é de caminhões transportando minério. A maior parte destes veículos têm nove eixos e por isso deixavam R$ 126,9 na ida e o mesmo valor na volta.

Esse contrato durou longos 14 anos, com início em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 430 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão. 

Em março de 2017, a Porto Morrinho conseguiu um abatimento de 61% no valor da outorga. Na assinatura, em 22 de dezembro de 2008, o acordo previa repasse de 35%  do faturamento bruto obtido com a arrecadação tarifária estabelecida em sua proposta comercial. A partir de março de 2017, porém, este valor caiu para 13,7%. 

Se tivesse de repassar 35% dos R$ 2,6 milhões arrecadados por mês em 2022, a Porto Morrinho teria de pagar R$ 910 mil por mês ao Estado. Com a repactuação do contrato, porém, este valor caiu para a casa dos R$ 355 mil. Em ambos os casos os valores teriam alguma variação porque ainda seria necessário descontar impostos.

Ou seja, a repactuação garantiu R$ 555 mil mensais a mais aos cobres da concessionária, que mesmo assim não cumpriu com sua única obrigação, que era manter a ponte em condições de uso. 

E, mesmo depois de parar de cobrar pedágio, ela continuou cuidando da ponte, entre setembro de 2022 até maio de 2023.  Neste período, recebeu indenização milionária, de pouco mais de R$ 6 milhões. 

O pedágio acabou por causa do fim do acordo do governo estadual, que construiu a ponte, com o DNIT, já que a rodovia é federal. Porém, o governo federal só aceita receber a ponte depois que estiver em boas condições de uso. 

** Colaborou Neri Kaspary

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