Cidades

QUEIMADAS NO PANTANTAL

Fogo no Pantanal começa 'sempre nos mesmos lugares'

De 20 pontos de ignição analisados, relatório do MPMS encontrou reincidência em 4 propriedades privadas.

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Um novo relatório do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) apontou uma reincidência de incêndios no Pantanal nos mesmos locais. Segundo o relatório, das 13 propriedades rurais investigadas, duas são responsáveis por, desde 2020, apresentarem problemas com ignição inicial dos incêndios,  enquanto outras duas tiveram início três vezes. 

De acordo com o levantamento, 20 pontos de ignição geraram 14 grandes incêndios em uma área queimada de 292,86 mil hectares. O fogo atingiu 177 propriedades rurais, 1 Terra Indígena e 3 Unidades de Conservação, além de incêndios de 39,28 hectares em território boliviano; 

Fonte: MPMS

No total, foram emitidos 14 Laudos Técnicos referentes aos 14 incêndios detectados em que desses, 13 foram vistoriados em campo pela Polícia Militar Ambiental (PMA), sendo que em 11 não foi possível realizar a responsabilização administrativa ou criminal, por ausência de provas de como os incêndios começaram ou quem foi seu autor.

Atualmente, desde janeiro, os incêndios já consumiram até então 627 mil hectares do Pantanal, sendo aproximadamente 80%  localizados no território de Mato Grosso do Sul.

Os números, ainda que assustem, tendem a crescer ainda mais já que alguns destes incêndios ainda não foram contidos. 

Pantanal em Alerta

A identificação e monitoramento dos incêndios são realizados pelo Núcleo de Geotecnologias (NUGEO) e fazem parte das ações do Programa “Pantanal em Alerta”, que auxilia nas estratégias de prevenção do bioma. O programa tem como objetivo investigar as possíveis causas do incêndio e auxiliar na identificação dos locais de ocorrência, identificando se ocorreram ou não em propriedades privadas e responsabilizando os autores.

Desde 2022, o MPE trabalha em conjunto com a Polícia Militar Ambiental para localizar e identificar o começo desses incêndios, a fim de responsabilizar os possíveis autores. Ao todo,  a PMA já aplicou 06 autos de infração e o IMASUL um auto de infração (via remota), gerando multas de R$ 24.684.760,00.
 
No começo de junho, sete pontos de ignição já haviam sido identificados e seis fazendas foram investigadas. De acordo com a análise do NUGEO, na época, estes pontos de ignição foram responsáveis por gerar incêndios florestais em cerca de 12 mil hectares, sendo 8.836 hectares localizados em Mato Grosso do Sul e 3.550 hectares foram registrados no país vizinho.

O monitoramento, que é feito via satélite, utiliza uma análise remota de regressão de imagens para identificar os pontos de foco inicial dos incêndios. Com essa tecnologia, o NUGEO identificou sete pontos de ignição inicial, encontrados em seis imóveis rurais e uma área sem cadastro no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Incêndios no Pantanal

Os dados da Nota Técnica 01/2024 do LASA/UFRJ indicam que a região enfrenta o maior índice de seca registrado desde 1951, destacando um período de severa escassez de chuvas desde o final de 2023 até o início de 2024. Além disso, o documento aponta um aumento significativo no acúmulo de área queimada em 2024, com um aumento estimado entre 70% e 143% em comparação ao mesmo período de 2020, ano que já havia registrado níveis históricos de incêndios.

Os número, além de refletirem uma preocpante intensificalão dos problemas na região, indicam que a maior parte dos incêndios no Patanal iniciaram em áreas privadas. 

Em 2020, por exemplo, um relatório geral do MPMS constatou que quase 60% dos focos de incêndio no pantanal tinham ligação com atividades agropastoris. Isto é, dos 286 pontos de ignição, 152 foram registrados em propriedades privadas.

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Influenza

Mais uma morte confirmada por gripe em MS

O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19) registrou o óbito de um homem, natural de Corumbá

19/09/2024 18h48

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Conforme o Boletim Epidemiológico desta quinta-feira (19), um idoso de 71 anos é a nova vítima de influenza em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o Estado acumula 78 óbitos por gripe.

Entre as causas de morte, estão:

  • 18 - Influenza A H1N1
  • 50 - Influenza A H3N2
  • 9 - Influenza A não subtipado
  • 1 - Influenza B


Neste boletim, destaca-se que apenas o idoso de 71 anos, natural de Corumbá, faleceu em 11 de setembro por Influenza A não subtipado. A vítima possuía comorbidades de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus.

Imunização

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta que a única forma de prevenção é manter o esquema vacinal atualizado.

“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais eficazes para proteger contra essa doença e, principalmente, contra a evolução para complicações e óbitos. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.”

O perfil dos casos de influenza hospitalizados é composto por crianças de 1 a 9 anos, que correspondem a 20,9%; seguido por idosos com idade entre 80 e 98 anos, com 15,0%; e, em seguida, por aqueles com 60 a 69 anos, com 13,4%.

A faixa etária de 70 a 79 anos corresponde ao menor índice de internação entre os idosos, com 11,6%.

Divulgação SES

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Poluição

Fumaça tóxica de queimadas pode tomar céu de Campo Grande

Conforme a medição feita pela QualiAr, a condição do ar em Campo Grande caiu para moderada, e deve piorar com a chegada da fumaça das queimadas de outros estados

19/09/2024 18h00

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Depois de dias de refresco devido à frente fria que trouxe chuva a diversas regiões do Estado, o céu será, mais uma vez, encoberto por fumaça com poluentes nocivos à saúde incluindo a Capital.

No dia 1º de setembro a fumaça tomou o céu de Campo Grande, foram treze dias em que a poluição intensificou a ponto de a qualidade do ar ser apontada como a pior do ano.

Com o avanço da frente fria e a chuva no final da noite de domingo (15), o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Vinícius Sterling, explicou que os ventos vindos do sul empurraram a fumaça para a região mais ao norte, especificamente para os estados de Mato Grosso (MT) e Goiás (GO).

Divulgação Cemtec

É preciso ressaltar que, como não houve chuva na Amazônia (brasileira e boliviana) e em Mato Grosso - o estado que mais queima no país -, com a mudança de direção do vento, a fumaça tóxica das queimadas retorna para Mato Grosso do Sul.

No entanto, conforme o meteorologista ressaltou, é difícil cravar um cenário; as condições podem variar. Em uma estimativa favorável parte do Estado volta a receber chuva a partir de amanhã.

Poluição

Em conversa com o Correio do Estado, o professor e coordenador do Laboratório de Ciências Atmosféricas, Widinei Alves Fernandes, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, alertou que a qualidade do ar nesta quinta-feira (19) está moderada, e a tendência para os próximos dias é de piora.

“A qualidade do ar hoje está moderada, mas possivelmente ela vai piorar”, pontuou o professor.

Durante a semana, a condição do ar chegou a ficar boa. A mudança ocorre devido a várias regiões do país estarem em chamas e, é claro, ao Pantanal e à Amazônia.

Segundo o professor, ventos vindos do leste do estado de São Paulo, que registrou focos de incêndio em diversos municípios, também contribuem para a situação. “Vamos ter uma fumaça proveniente da Bolívia e da região noroeste do estado, está vindo da Amazônia. Então, haverá uma piora da qualidade do ar entre hoje e amanhã cedo.”

Índice

A qualidade do ar moderada está na medida 43, enquanto, para ser considerada como “boa”, precisa estar em 40. “Nesses próximos dias, possivelmente, vai ficar nessa condição moderada que estamos tendo, que estamos vendo hoje.”

O alerta para o perigo da poluição das queimadas está na presença do material particulado, que em altos índices pode causar diversas doenças, como câncer de pulmão.

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