Cidades

PERIGO CONSTANTE

Fogo segue no Pantanal e chega próximo à ponte Bioceânica

Na região do Paraguai-Mirim, incêndio florestal levou ameaça para as proximidades da Escola Jatobazinho e avião foi usado para resguardar duas casas próximas à área de risco

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Relatório mais recente divulgado pela Diretoria de Proteção Ambiental (DPA)do Corpo de Bombeiros Militar do MS mostra que os incêndios no Pantanal, que se intensificaram na última semana, chegou próximo à ponte bioceânica.

Segundo a DPA, a guarnição mais próxima, atuante na região de Porto Murtinho, foi acionada ainda neste sábado para combate um foco de incêndio que, segundo informações, foi detectado ao lado da ponte. 

Com isso, foi necessário o emprego de uma embarcação fornecida por fazendeiros locais para que os bombeiros pudessem reconhecer a situação, estudando a melhor forma de realizar o combate. 

Isso acontece porque, além do difícil acesso, as fortes rajadas de vento dificultam o combate às chamas. 

Conforme o último balanço, o foco mais recente que surgiu na região do Paraguai Mirim, identificado logo no início da manhã de sábado (08) por aeronave, estava em uma área sem acesso por terra, sendo que duas casas foram identificadas próximas à área de risco. 

Para resguardar essas residências, o Air Tractor com capacidade para 3,1 mil litros de água foi usado para agilizar a resposta. 

Cabe apontar que ainda na tarde de ontem (08) os bombeiros foram com a aeronave, Harpia 01, próximo à região do Rio Negro, com a ideia de pernoitar no local para monitorar a área das propriedades que foram atingidas pelo incêndio florestal. 

A região do Paraguai Mirim é onde está localizada também a Escola Jatobazinho, que os bombeiros afirmam ter sofrido com as fortes rajadas de vento, que ainda na sexta-feira (07) precisou ser evacuada

Demais focos

Com bases atuando na manutenção dos equipamentos, testes operacionais e monitoramentos, cerca de 83 militares trabalham na Operação Pantanal de combate aos incêndios no bioma. 

São cinco militares cada nos dois grupamentos que contam com aeronaves (Air Tractor e Harpia 01), além de outros 73 bombeiros militares em campo agindo no combate aos incêndios que já consumiram quase 40 hectares nas últimas duas semanas. 

Enquanto o foco próximo ao Porto Laranjeira segue controlado - com aproximadamente 11,5 mil hectares destruídos -, o monitoramento é constante nesse e em outros pontos, já que as fortes rajadas podem reviver os focos já apagados. 

A região do Fort Coimbra contabiliza cerca de 1.097 hectares destruídos pelas chamas, enquanto a parte mais afetada segue sendo próximo à Corumbá, onde a área queimada soma 12.533 hectares aproximadamente.

Como já abordado pelo Correio do Estado, com base em informações da DPA do Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul, os cinco focos principais que estão sendo combatidos tiveram início nas seguintes datas: 

  • 05 de junho | foco em Fort Coimbra
  • 31 de maio  | foco próximo ao Porto Laranjeira
  • 05 de junho | foco próximo à escola Jatobazinho
  • 02 de junho | foco na Região próximo a Corumbá;
  • 05 de junho | foco próximo ao Frigorífico Caimasul: 

Além do perigo das chamas, a fumaça tem sido prejudicial, principalmente com as rajadas de vento empurrando o produto dos incêndios para o perímetro urbano, fato que fez com que a Cidade Branca de Corumbá ganhasse um aspecto cinza há mais de uma semana. 

Como já explicou o chefe de operações do Sistema de Comando de Incidentes da DPA, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado, Capitão Pedroso, a fumaça branca se dá por conta do tipo de material que o fogo está consumindo, por se tratar de incêndio em vegetação verde e úmida.

"Tem também grande área alagada nessa região, então, por isso, que dá essa coloração aí para fumaça", esclarece o chefe de operações do sistema de comando de incidentes. 

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Fim de ano

Samu divulga orientações para evitar acidentes em período de festas

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência recebe 235 mil chamadas por ano em Campo Grande

23/12/2024 12h00

Serviço de urgência também deu dicas de identificação a possíveis ocorrências de AVC

Serviço de urgência também deu dicas de identificação a possíveis ocorrências de AVC Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) divulgou orientações para evitar a ocorrência de acidentes durante as festas de final de ano.

De acordo com a central de atendimento do serviço, o Samu atende em média, 650 chamadas por dia em Campo Grande. O número é equivalente a 235 mil atendimentos ao ano.

Entre as principais ocorrências, estão patologias clínicas, como mal-estar, paradas cardiorrespiratórias, desmaios, alergias, acidentes domésticos, entre entre casos. Além disso, outra grande demanda são os atendimentos de traumas, principalmente ocasionados por acidentes de trânsito.

Renata Veloso, coordenadora do Samu, detalhou que o serviço em Campo Grande conta com 221 profissionais.

Ao ligar para o número 192, o atendimento será inicialmente realizado por um técnico de plantão. Após a triagem inicial, ele direcionará a chamada para um dos médicos reguladores. Durante a manhã, são 4 profissionais disponíveis, 5 à tarde, e 4 durante a noite.

“Em até 30 segundos, o médico regulador precisa decidir se enviará uma viatura, qual o tipo (avançada ou básica) e, em seguida, transmitir o código da ocorrência para a equipe de rádio-operação, que direciona a ambulância mais próxima para o atendimento”, explicou a coordenadora.

Bebida e direção não combinam

Outra preocupação do Samu são os problemas causados pelo excesso em bebidas alcoólicas. Com imprudência de centenas de motoristas que decidem dirigir embriagados, a ocorrência de graves acidentes aumenta nas ruas. Nesse sentido, é importante não dirigir após o consumo de álcool.

Além disso, um risco que aumenta neste período de confraternizações e ceias, são os engasgos. Renata enfatiza que é muito importante que a população mastigue e consuma os alimentos com calma.

“As pessoas estão conversando, rindo e comendo, muitas vezes sem mastigar adequadamente. Isso aumenta o risco de engasgos”, alertou.

Atenção com condições de saúde

Outro ponto importante neste período é ter atenção com condições e restrições preexistentes de saúde. Diagnósticos como hipertensão ou diabete, acompanham cuidados especiais, como restrições alimentares especificas.

O abuso de alimentos prejudiciais, como doces e comidas gordurosas, é perigosa e pode acarretar em quadros graves, como os acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

Ainda conforme o Samu, entre os dias 1º e 18º de dezembro, o serviço atendeu 45 casos suspeitos de AVC em Campo Grande.

Como identificar um AVC?

Para identificar possíveis ocorrências de AVC, o Samu utiliza as letras iniciais da própria sigla como referência, facilitando o diagnóstico inicial:

  • S de sorriso: O médico pergunta se a pessoa com sintomas consegue sorrir. “O sorriso deve ser simétrico; observamos se ambos os cantos da boca conseguem se elevar”, explica Renata.
  • A de abraço: O paciente é orientado a levantar os braços, como se fosse abraçar alguém. Em casos de AVC, pode haver perda de força, dificultando a elevação dos braços.
  • M de música: O médico pede que a pessoa cante uma música, verificando se está consciente e orientada.
  • U de urgência: Essa última letra reforça que, ao identificar qualquer alteração nos testes, é imprescindível ligar imediatamente para o 192.

RODOVIAS

Investimentos em rodovias de MS alcançam os R$ 249 mi em 2024

Os números levam em conta apenas a MS-306 e a MS-112, ambas administradas pela concessionária MS Way, divididos em R$ 107 milhões e R$ 142 milhões, respectivamente

23/12/2024 11h00

Trecho da MS-306 em Chapadão do Sul

Trecho da MS-306 em Chapadão do Sul Foto: Saul Schramm

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O governo estadual divulgou, nesta segunda-feira (23), o balanço anual de investimentos para melhorias na segurança e fiscalização das rodovias estaduais, mais especificamente na MS-306 e no sistema rodoviário MS-112/BR-158/BR-436, ambas administradas pela concessionária Way Brasil.

Segundo os dados fornecidos pelo executivo estadual, os investimentos ultrapassam a casa dos R$ 249 milhões, sendo R$ 107 milhões para a MS-306 e o restante (R$ 142 milhões) para a MS-112, que é integrada às BR-158 e BR-436. 

A MS-306, que se estende por 218 quilômetros, ligando Costa Rica a Cassilândia e passando por Chapadão do Sul, recebeu este ano 108,52 km de acostamento, 4,3 km de faixas adicionais, três obras de arte especiais com alargamento em pontos críticos e 12,3 km do contorno de Chapadão do Sul, obra inaugurada em outubro. Além das manutenções estruturais, também foram feitas fiscalizações no local.

Já os R$ 142 milhões para MS-112 (integrada às BR-158 e BR-436), que vai do entroncamento com a BR-158 (Três Lagoas) até o entroncamento com a BR-158 (Cassilândia), foram aplicados em microrrevestimento e recomposição de pista.

Pedágio novo e antigo

No dia 11 de fevereiro deste ano, cinco praças de pedágio, instaladas nas rodovias MS-112 e BR-158, iniciaram a cobrança. A tarifa básica, aplicada a veículos de passeio, é de R$ 12,90, com preços diferenciados para outras categorias.

O pagamento nas cabines manuais pode ser feito por meio de dinheiro, cartão de crédito e débito, Visa Vale Pedágio e DBTrans.

Há também pista de cobrança automática, com 5% de desconto no valor da tarifa. Para utilizar esta modalidade, o usuário deve se consultar as empresas que oferecem meio de pagamento eletrônico, como Conectcar, Greenpass, Sem Parar, Move Mais e Veloe.

Na MS-306, o pedágio já é cobrado desde abril de 2021, um ano depois do começo da sua privatização. Em cada uma das praças o motorista de carro de passeio é obrigado a desembolsar R$ 12,20, ou R$ 36,60 pela rodovia inteira. 

Isso equivale a R$ 0,1678 por quilômetro. Para efeito de comparação, na BR-163, onde existem em torno de 160 quilômetros duplicados, o valor do pedágio é de R$ 0,0851. Ou seja, o custo do pedágio na rodovia estadual é 100% maior. 

Dados - acidentes em MS

Segundo números do Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), fornecido pelo Governo Federal, de janeiro até agosto deste ano foram registrados 15.231 acidentes em rodovias no Mato Grosso do Sul, com 135 óbitos e uma taxa de mortalidade de 0,79%, além de terem deixado 28.852 feridos ou ilesos das pessoas envolvidas nos sinistros.

Mesmo sem os dados atualizados de setembro a dezembro, a série histórica (de 2018 a 2023) mostra que neste último trimestre do ano há, em média, 6.641 acidentes, cerca de 1.660 acidentes em cada um dos meses citados. Além disso, apresenta uma taxa de mortalidade alta, de 0,85%.

Essa alta do último trimestre em comparação com o restante do ano está diretamente relacionado com o aumento no tráfego neste período, muito em consideração com os feriados, como Natal e Ano Novo, que aumentam a taxa de viagens e, consequentemente, a de acidentes também.

Saiba

Em março do ano passado, o Governo do Mato Grosso do Sul e o Grupo Way Brasil assinaram o contrato de concessão da MS-112 e trechos das rodovias federais BR-158 e BR-436. A concessionária administra 412,8 quilômetros de estradas no Estado, que passam pelas cidades de Cassilândia, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Inocência, Selvíria e Três Lagoas, região nordeste do Estado.

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