Fotógrafa sul-mato-grossense, Stephanie Mattioli, de 34 anos, tirou foto de uma capivara no Parque das Nações Indígenas e a imagem foi parar na estampa de uma almofada comercializada no site da Amazon, empresa multinacional de tecnologia, e-commerce, computação em nuvem, streaming e inteligência artificial.
A foto foi tirada em abril de 2021, mas, só três anos depois, em abril de 2024, que a profissional teve a emoção de ver seu trabalho estampado em uma almofada.
As imagens capturadas por Mattioli também já foram encontradas em revistas científicas, embalagens e em quadros de restaurantes.

“Imaginar que algumas pessoas têm minha capivarinha dentro de casa, em uma almofada, aquece meu coraçãozinho. Acho o máximo quando descubro para onde vão as imagens que eu capturo e edito com tanto carinho”, comentou a profissional.
Mattioli é fotógrafa há seis anos e adora eternizar a natureza, eventos, ensaios corporativos e gastronomia.
Seu trabalho está anexado em bancos de imagens, como Adobe Stock e Shutter Stock, que são mercados online de compra e venda de fotografias, vídeos, ilustrações e vetores.
Segundo Mattioli, na plataforma, profissionais do audiovisual colocam suas fotos à venda e empresas do mundo inteiro compram. Os temas são infinitos e quem define os valores são os próprios bancos.

Geralmente, não se paga muito por cada imagem, mas uma mesma imagem pode ser vendida infinitas vezes, rendendo bastante dinheiro ao longo do tempo.
“É um excelente pinga-pinga, um dinheiro extra, que quanto mais uploads fazemos, mais riquinhos ficamos”, disse a profissional.
Além disso, o cliente final não é obrigado a dar os créditos ao criador do conteúdo, pois ele pagou pelas imagens e essas são as regras dos bancos.
De acordo com Mattioli, é impossível controlar ou saber quem compra, mas é possível rastrear empresas de países que já compraram o trabalho da profissional.
“Dificilmente sabemos onde [a foto] foi parar. Temos apenas a informação da cidade e país do comprador. Ao longo de minha carreira, pessoas e empresas de quase todos os países adquiriram minhas imagens, como Tchecoslováquia, Taiwan, Honduras, Rússia, Filipinas”.
Veja a imagem da capivara, capturada por Mattioli, no Parque das Nações Indígenas:
