O Dia do Fotógrafo é celebrado, anualmente, em 8 de janeiro. Em 2023, a data cai neste domingo. O profissional é responsável por captar momentos e eternizá-los, além de proporcionar memórias à quem não teve a oportunidade de estar presente no dia do clique.
Fotógrafos de Mato Grosso do Sul são apaixonados pela profissão que escolheram e orgulhosos por terem contribuído, por meio de cliques, em momentos marcantes da história do Estado e até mesmo do País.
O fotógrafo, Marcelo Victor Barbosa Diogo, integrante da equipe do Correio do Estado, é fotógrafo há 16 anos e amante do que faz. Ele cobriu a pandemia de Influenza, conhecida como a Gripe Suína H1N1 em 2010, e, inclusive, contraiu a doença e quase faleceu.
Ele também fez diversos cliques em quatro visitas do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Mato Grosso do Sul:
- Inauguração do Trem do Pantanal
- Pauta na empresa Fibria e International Paper (fábrica de papel em Três Lagoas)
- Pauta em Corumbá, em visita de Lula ao presidente da Bolívia
- Pauta em Ponta Porã, em visita de Lula ao presidente do Paraguai
Inclusive, na inauguração do Trem do Pantanal, Marcelo teve que subir em uma árvore para conseguir capturar imagens de Lula.
"Já tive que subir em árvore, pular muro e estar no meio do povo para tirar a melhor foto. Eu gosto de estar nessa situação", disse.
O profissional também relembrou a cobertura da vinda do ex-presidente Jair Bolsonaro (PSL) em Campo Grande, para entrega de unidades habitacionais no Jardim Canguru, no ano passado.
Em sua carreira, Marcelo Victor também cobriu o jogo de eliminatórias da Copa do Mundo, Brasil x Venezuela, realizado no estádio Morenão, em Campo Grande.
A cobertura de eventos esportivos não parou por aí: o profissional também já fotografou jogos do Corinthians, Santos e Vasco.
O fotojornalista da equipe do Correio do Estado ama tanto o que faz que até mudou de cidade para estudar fotografia.
“Fui para São Paulo. Aqui em Campo Grande não existiam bons cursos e mudei para conseguir fazer um bem completo. O fotojornalismo foi uma escola e com isto consigo fazer outros eventos como aniversários, palestras, campanhas políticas, fotos para empresas e cobrir eventos esportivos”, contou.
A profissão que flagra cenas históricas, também é responsável por eternizar os momentos mais importantes da vida de uma pessoa.
O casal, Caroline Maidana Paredes Soares e Otávio Soares da Silva, trabalham juntos e são fotógrafos há 10 anos. Ambos fazem cliques de festas de casamento, 15 anos e aniversários infantis.
Carol sempre gostou de fotografar e, quando casou, compartilhou a sua paixão com Otávio.
“Meu pai sempre tirou minhas fotos desde o meu primeiro aninho. Fui criando um amor pela fotografia. Quando me casei puxei o Otávio para fotografar comigo e foi amor a primeira vista dele”, contou.
O ensaio mais marcante de suas carreiras foi eternizar os últimos dias de vida de uma paciente, que faleceu na semana seguinte.
“Aquilo me tocou de uma forma que fiquei muito emocionada e feliz ao mesmo por ser escolhida para registrar aquele momento. O álbum estava ali com as fotos dos melhores momentos que eu já fotografei”, disse.
Para Marcelo, Carol e Otávio, o maior desafio da profissão é o alto custo das manutenções do equipamento de trabalho: a câmera fotográfica.
“É tudo muito caro. Hoje tenho um bom equipamento e que entrega o que eu quero, mas para quem esta começando isto é um grande desafio”, disse Marcelo.
“Os investimentos são muitos altos para obtermos segurança e qualidade”, afirmou Carol.
Casal de fotógrafos, Carol e Otávio Legado no fotojornalismo sul-mato-grossense
Um dos grandes nomes da profissão, o fotojornalista, Valdenir Rezende, morreu em 28 de fevereiro de 2021, aos 55 anos de idade, vítima de Covid-19.
Profissional respeitado e premiado a nível estadual, integrou a equipe do Correio do Estado por mais de 30 anos. Ele ficou 35 dias internado no Hospital Unimed de Campo Grande, onde perdeu a luta para a doença.
Valdenir sempre foi referência como repórter cinematográfico e deixou legado e história para o fotojornalismo sul-mato-grossense.
Valdenir RezendeProfissão
O fotógrafo pode atuar nas áreas de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, cinema, ensaios (gravidez e bebês) e eventos (festas de casamento e 15 anos).
A câmera fotográfica é a principal “companheira” de profissão. Sem ela, não existe fotografia. O equipamento é um instrumento óptico que capta imagens reais sensíveis à luz que incide sobre ela. Os principais componentes do aparelho são:
-
Objetiva: conjunto de lentes
-
Diafragma: regula a quantidade de luz
-
Obturador: dispositivo que abre e fecha para captar a foto
-
ISO: controla a sensibilidade da luz
-
Foco: ajuste para dar mais nitidez a imagem
-
Visor: permite visualizar e enquadrar a imagem
Encantados por fotos e que tem desejo de seguir no ramo, podem optar pela graduação em nível superior de tecnólogo em Fotografia.
O curso é oferecido pelas universidades Unopar, Estácio, FMU – Centro Universitário e Faculdades Anhanguera. Vale ressaltar que, no Brasil, a profissão não é regulamentada, ou seja, não exige registro profissional.




