Cidades

RECURSO EMPENHADO

Funasa analisa áreas para
receber R$ 9,6 mi em saneamento

Assentamentos são o foco desse investimento

RODOLFO CÉSAR

05/01/2017 - 16h38
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A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) vai começar a receber parcelas que vão totalizar R$ 9,6 milhões e que devem ser utilizadas para perfuração de poços em assentamentos de trabalhadores rurais em Mato Grosso do Sul. Os locais que receberão as melhorias estão sendo analisados por equipe técnica.

Esse recurso foi obtido a partir da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em 2016. O valor foi empenhado no dia 30 de dezembro do ano passado, divulgou o senador Wademir Moka (PMDB), coordenador da bancada federal do Estado.

A verba precisa ser utilizada para a construção de sistemas de abastecimento de água, com a compra de grupos geradores, conjunto moto bomba, dosadores de cloro, entre outros equipamentos.

A execução das obras será feita pelo governo do Estado e as áreas que receberão os poços estão sendo levantadas pela Funasa. A Superintendência Regional do órgão ainda divulgará detalhes das regiões beneficiadas.

Moka também participará do processo e vai indicar os municípios que devem ser atendidos. “O critério será estritamente técnico, levando-se em conta as regiões de agricultura familiar e assentamentos que tiverem carência de água”, explicou.

O senador garante que o presidente Michel Temer, a qual ele é aliado, e o presidente nacional da Funasa, Henrique Pires, têm demonstrado muita atenção com o Estado. “O presidente Temer e a direção da Funasa, além dos ministérios, têm sido parceiros do Estado nos projetos considerados vitais a várias comunidades."

MAIS EQUIPAMENTOS

A Funasa divulgou hoje também que adquiriu mais de R$ 2,7 milhões em equipamentos para perfuração de poços em Mato Grosso do Sul. Os recursos utilizados foram próprios.

O pregão eletrônico nº 00015/2016, publicado no Diário Oficial da União no dia 30 de dezembro, garantiu a compra. No total foram gastos R$ 2.717.319,00. Essa estrutura vai permitir a realização de obras em áreas quilombolas, comunidades ribeirinhas e extrativistas. Não estão incluídos assentamentos de trabalhadores rurais.

“Além de garantir melhoria na qualidade de vida das nossas comunidades, queremos agilizar o processo de perfuração de poços tubulares profundos, pois recebemos diariamente diversos pleitos, solicitações por parte dos prefeitos e essa obtenção é fundamental para acelerar esses atendimentos aos municípios”, explicou Marco Aurélio Santullo, superintendente da Funasa em MS.

Equipamentos adquiridos:

Guincho hidráulico -R$ 360.000,00;

4 caminhões - R$ 831.499,00;

1 conjunto motor-bomba - R$ 2.820,00;

1 guindaste de R$ 70.000,00;

1 compressor de ar comprimido - R$ 421.000,00;

1 sonda perfuratriz - R$ 969.000,00;

1 carro tanque reservatório tipo pipa - R$ 63.000,00.

Cidades

Condenação de quase 10 anos é anulada por falha em reconhecimento fotográfico

Decisão estava baseada exclusivamente em um reconhecimento irregular, realizado quase três anos após o crime

05/12/2025 17h00

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) absolveu um homem que havia sido condenado a 9 anos e 4 meses de prisão por roubo majorado em Ivinhema, Mato Grosso do Sul, após a constatação de falhas graves no reconhecimento fotográfico utilizado como principal prova.

A decisão, obtida pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, considerou que a condenação estava baseada exclusivamente em um reconhecimento irregular, realizado quase três anos após o crime, sem observar os procedimentos previstos no Código de Processo Penal.

Segundo a defensora pública de 2ª instância Angela Rosseti Chamorro Belli, “nenhum dos procedimentos legais foi seguido. Além disso, a vítima estava encapuzada durante toda a ação criminosa, dificultando qualquer identificação. Além disso, não houve flagrante, apreensão de objetos, imagens ou testemunhas que confirmassem a autoria, e o réu alegou estar preso em outro estado na época dos fatos, informação que não foi investigada”.

O caso

O homem foi identificado pela vítima apenas por meio de uma fotografia apresentada na delegacia. O artigo 226 do Código de Processo Penal determina que, sempre que possível, a pessoa a ser reconhecida deve ser colocada ao lado de outras com características semelhantes, procedimento que não foi adotado. A Defensoria Pública argumentou que, devido a essas irregularidades, a condenação violava garantias processuais básicas e não havia prova suficiente para manter a sentença.

Para a defensora, “a decisão corrige uma condenação que poderia ter mantido o réu preso injustamente por quase uma década”.

No STJ, ficou reconhecido que o reconhecimento fotográfico, quando realizado fora das regras legais e sem confirmação por outras provas, não pode ser usado como base única para condenação. Com isso, o tribunal aplicou o artigo 386, VII, do Código de Processo Penal, que prevê a absolvição quando não há provas suficientes de autoria.

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Infraestrutura

Prefeitura amplia pacotão de obras para recapeamento de Campo Grande

Foram incluídos mais 50 km de rota de recapeamento na Capital e investimento de R$ 42 milhões

05/12/2025 16h45

Até agora, pelo menos 20 mil buracos já foram fechados desde novembro

Até agora, pelo menos 20 mil buracos já foram fechados desde novembro FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A Prefeitura de Campo Grande assinou, nesta sexta-feira (5) a autorização que permite o início do processo de licitação das obras de recapeamento da cidade. 

Junto com a assinatura, foi anunciado que a Capital vai receber mais 50 quilômetros de recapeamento em todas as regiões urbanas a partir do primeiro trimestre de 2026. 

O investimento extra previsto é de R$ 42 milhões, que serão destinados à contratação de mão de obra especializada para recuperar o asfalto antigo. Segundo a prefeita Adriane Lopes, o objetivo é substituir o asfalto por um modelo mais eficiente, de forma emergencial 

“O recapeamento previsto tem durabilidade estimada entre cinco e oito anos, o que reduz gastos frequentes com reparos após períodos de chuva e melhora a qualidade do tráfego”, afirma a gestora. 

O documento já está no departamento jurídico da Secretaria Especial de Licitações e Contratos (Selc) e seguirá para análise da Procuradoria-Geral do Município (PGM). Após isso, retorna à Selc para ser publicado no Diário Oficial, que deve acontecer nos próximos dias, dando início ao processo licitatório. 

O novo edital prevê a contratação de empresas para recapeamento nas regiões do Anhanduizinho, Bandeira, Centro, Imbirussu, Lagoa, Prosa e Segredo. O prazo para a execução dos serviços é de 360 dias, distribuídos ao longo de 12 meses. 

Pacotão de obras 

O valor se une ao investimento de R$ 544 milhões anunciado pela Prefeitura no final de novembro, como um pacotão de serviços de drenagem e pavimentação que devem contemplar mais de 20 bairros, que, com as obras já em andamento, devem totalizar 33 locais com vias requalificadas. 

A expectativa, de acordo com o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, é que a licitação deva ser publicada entre janeiro e fevereiro do próximo ano, com início das obras no mês de abril. 

Conforme o secretário, entre os bairros estão lugares como Noroeste, Santa Emília, São Conrado e Los Angeles, regiões com muitas vias sem asfalto.

O pacote de R$ 544 milhões foi conquistado por meio de um empréstimo com a Caixa Econômica Federal, em decorrência da aprovação do Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF).

Ele será dividido em três, como informou o Correio do Estado na semana passada, com o primeiro no valor de R$ 236 milhões, mas R$ 100 milhões não são provenientes do empréstimo e, sim, de emenda parlamentar do deputado federal Luiz Ovando (PP).

A segunda e a terceira etapa desse projeto, ainda segundo Miglioli, devem ser publicadas quando a primeira etapa estiver quase concluída.

“Assim, as obras não devem parar, terminou um trecho já vai ter licitação para começar o próximo”, promete o secretário.

Miglioli ainda afirmou ao Correio do Estado que bairros como Santa Emília, onde a previsão de investimento para drenagem e pavimentação chega a cerca de R$ 80 milhões, Noroeste, que prevê R$ 70 milhões de investimento, e São Conrado, com R$ 50 milhões, devem ter suas obras diluídas entre a primeira, segunda e terceira etapa.

Tapa-buracos

Após as chuvas fortes que atingiram a Capital no mês de novembro, causando danos na pavimentação em vários pontos da cidade, a Prefeitura retomou o serviço de tapa-buraco. 

O serviço estava paralisado pois a Prefeitura estava em débito com as sete empresas prestadoras do serviço na cidade. Quando parte da dívida foi paga, algumas empreiteiras aceitaram retomar os trabalhos, com a promessa de que os valores serão pagos posteriormente. 

Segundo a titular da Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (Sefin), Márcia Hokama, foram pagos cerca de R$ 10 milhões para as empresas, o que não quita totalmente a dívida, mas contribuiu para a retomada do serviço.

Até o dia 01 de dezembro, já foram fechados cerca de 20 mil buracos no período de uma semana. A meta diária da operação é de tapar cerca de 3 mil buracos até o final do ano, atingindo de 70 a 80 mil recuperados.

Regiões atendidas

  • Universitário 
  • Parque dos Girassóis
  • Jardim São Conrado
  • Jardim Centro Oeste
  • Coronel Antonino
  • Vila Almeida
  • Centro
  • Parque Novos Estados
  • Jardim Morumbi
  • Vila Carlota 
  • Vila Piratininga
  • Nova Lima
  • Monte Castelo
  • Jardim Panamá
  • Vila Margarida

Próximas ações

  • Tiradentes
  • Vila Santo Eugênio
  • Taveirópolis
  • Lageado
  • Nova Lima
  • Vila Almeida
  • Monte Castelo
  • Parque Novos Estados

 

*Colaborou Daiany Albuquerque

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