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MEIO AMBIENTE

Fundo Pantanal deve começar a pagar produtores por preservação em 2025

Regras da ferramenta que pretende incentivar moradores do bioma a reduzir supressões devem ser divulgados em julho

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O Fundo Clima Pantanal, ferramenta criada dentro da nova lei do bioma (Lei Estadual nº 6.160/2023), que entrou em vigor em fevereiro deste ano, deverá começar a pagar produtores rurais que preservarem a região a partir do próximo ano. 
As regras do edital de inscrição ainda estão em fase de elaboração, mas devem ser publicadas em julho deste ano, com prazo para que os produtores rurais se candidatem.

De acordo com Artur Henrique Leite Falcette, secretário-executivo de Meio Ambiente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), apesar de a previsão de publicação do edital ser no mês que vem, com o tempo necessário entre a inscrição, validação do candidato e aprovação do pagamento, o repasse deve ficar entre o fim deste ano e o início do próximo.


“O recurso para o [Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais] PSA para esse primeiro ciclo está garantido. Se a gente consegue viabilizar ainda dentro desse ano, não tem problema. A questão mesmo é o tempo do produtor se inscrever. O limitante nesse momento é mais o edital estar bem estruturado e a gente vai entender se 30 dias é o suficiente. Talvez para o do Pantanal não seja”, explicou.

“A questão da distância, do acesso, da comunicação, ela é bastante impactante para gente ter uma adesão que seja satisfatória. Pode ser que esse edital fique aberto por um pouco mais de tempo para gente tentar ter uma adesão maior”, compleou Falcette.
A ideia estudada é dar 60 dias aos produtores da região. Depois da inscrição, há um período de validação e posteriomente de possíveis contestações por parte dos candidatos, só então, depois desses prazos, é que o valor deverá chegar às mãos dos aprovados.

REGRAS

Conforme o secretário-executivo, entre os critérios que serão utilizados, o tamanho da área preservada além do que determina a legislação é um dos mais importantes, porém, não será o único fator determinante para o valor a ser repassado.

“Para o produtor rural, a ideia é olhar muito sinteticamente, porque não dá para ser muito analítico, mas [analisar] para duas questões. A primeira é o quanto de conservação existe naquela propriedade. E aí existe uma série de métricas para isso, a mais simples é o que aquela propriedade preserva além do que está estabelecido na legislação. Um outro olhar será também para como se dá a produção dentro dessa propriedade, que é um aspecto importante. E aí a gente está discutindo outras frentes”, afirmou Falcette.


“A gente tem olhado outras questões para tentar transferir algum tipo de recurso para quem atua em práticas que não são práticas de produção, mas são práticas que ajudam na conservação. Então quem tem brigada, quem está bem equipado, quem tem um plano de prevenção e controle, quem ajuda na manutenção das pontes, nos aterros, nas pontes que estão próximas das propriedades, na limpeza e manutenção, enfim, existe uma série de ações que quem está dentro do bioma pode fazer [para se candidata] e que de alguma forma tem um impacto muito grande do ponto de vista do serviço ecossistêmico, que não estão necessariamente associadas diretamente à produção e à propriedade rural”, completou a explicação.

As tratativas para finalização deste texto estão em andamento e devem seguir até o próximo mês, quando deve sair a regulamentação do fundo, assim como o primeiro edital para o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do Pantanal de Mato Grosso do Sul.

Este primeiro edital deverá ter duração de um ano, com os pagamentos divididos em duas parcelas, a primeira paga assim que o produtor for considerado ápto, já o segundo será feito no final do período.

Quem for aprovado neste edital não terá limitação para participação dos próximos, já que a ideia é aumentar a preservação do bioma.

“A ideia é justamente provocar ações contínuas de conservação. É exatamente isso que a gente quer. O pior cenário é um produtor aderir, a gente dar esse recurso e só mantê-lo no programa por um ano e no ano que vem ele abandonar aquilo e regredir. Então a gente só gastou dinheiro. E cada vez que você entra novamente no PSA, é uma nova ação de melhoria, de restauração, de conservação que você tem que fazer”, disse Falcette.

Os projetos de conservação e restauração da propriedade serão feitos em conjunto pela equipe técnica da Semadesc e pelo responsável da área. “[Será escolhida] uma ação que é exequível e que ele tenha recurso para fazer”.

RECURSOS

Assim que instituído, o Fundo Clima Pantanal já recebeu o repasse de R$ 40 milhões, aportados pelo governo do Estado, agora a secretaria de Meio Ambiente busca outras parcerias para “engordar” a ferramenta.

Conforme matéria do Correio do Estado, publicada na edição desta quinta-feira (13), duas multinacionais ligadas à cadeia da produção pecuária estão interessadas em investir no fundo. Além delas, uma organização não-governamental (ONG) ligada ao meio ambiente também se mostrou disposta a colaborar.

A expectativa é de que esses três grupos fechem a parceria até o fim deste ano.

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Desconto em dívidas

Prazo para adesão ao Refis 2025 encerra nesta segunda-feira; veja os descontos

O requerimento deve ser protocolado no portal e-Fazenda. O pagamento à vista ou da primeira parcela deve ocorrer até 30 de dezembro

14/12/2025 16h30

Moradores de Campo Grande esperando para serem atendidos e fazer o Refis

Moradores de Campo Grande esperando para serem atendidos e fazer o Refis Gerson Oliveira

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Termina nesta segunda-feira (15) o prazo para adesão ao Programa de Recuperação de Créditos – REFIS 2025, que estabelece condições para quitação ou parcelamento de débitos de ICMS constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, incluindo autos de infração, notificações prévias, débitos do Simples Nacional e saldos de parcelamentos anteriores.

O requerimento deve ser protocolado no portal e-Fazenda. O prazo para o pagamento à vista ou da primeira parcela deve ocorrer até 30 de dezembro.

Os descontos variam conforme o número de parcelas:

  • À vista: redução de 80% das multas e 40% dos juros.
  • De 2 a 20 parcelas: redução de 75% das multas e 35% dos juros.
  • De 21 a 60 parcelas: redução de 70% das multas e 30% dos juros, com entrada equivalente a 5% do débito.

Aos produtores rurais, o programa também permite a regularização de débitos vinculados ao Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado (Fundersul), com parcelamento em até 36 vezes, restabelecendo automaticamente o direito aos incentivos fiscais.

Além disso, até 15 de dezembro, os contribuintes podem entregar as Escriturações Fiscais Digital (EFDs) e demais documentos atrasados com anistia total de multas.

Para o secretário de Fazenda de MS, Flávio César de Oliveira, o Refis 2025 é “uma política de cooperação econômica”, a qual permite que empresas retomem a capacidade de investimento ao mesmo tempo em que o Estado fortalece sua arrecadação.

Datas e descontos próximos

Além do Refis, há benefícios no Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) e o desconto para pagamento à vista do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 2026, com datas-limite próximas, exigindo atenção redobrada dos contribuintes neste fim de ano.

A Lei nº 6.472/2025 institui um desconto inédito de 30% no pagamento à vista do ITCD incidente sobre doações de bens e direitos formalizadas até 30 de dezembro de 2025.

O imposto abrange doações de imóveis, veículos, numerários, quotas sociais, rebanhos, títulos, obras de arte e outros bens. A combinação de fatores estruturais, isenção de até R$ 100 mil por donatário (a maior do país), alíquota reduzida de 3% e desconto temporário de 30%, posiciona Mato Grosso do Sul entre os estados com melhor ambiente para regularização patrimonial.

Já o pagamento à vista do IPVA 2026, com desconto de 15%, vence em 5 de janeiro de 2026, segundo maior desconto do país, ao lado da Bahia, Espírito Santo e Piauí, abaixo apenas do Amapá.

O Estado mantém uma política de incentivos reconhecida nacionalmente, com ampla lista de isenções e reduções de alíquota, que inclui veículos com mais de 15 anos, PCDs (60% de redução), táxis, mototáxis, ambulâncias, diplomáticos, caminhões, ônibus, motorhomes e veículos movidos a GNV.

Para quem optar pelo parcelamento, o calendário segue as seguintes datas:

  • 30 de janeiro
  • 27 de fevereiro
  • 31 de março
  • 30 de abril
  • 29 de maio de 2026

O valor mínimo por parcela é de R$ 30 (motocicletas) e R$ 55 (demais veículos). 

NACIONAL

Saiba quem é Adilson Barroso, suplente que deve assumir mandato de Zambelli

Ambientalista e aliado de Jair Bolsonaro, político paulista retorna à Câmara após renúncia da deputada do PL

14/12/2025 15h30

Ambientalista e aliado de Jair Bolsonaro, político paulista retorna à Câmara após renúncia da deputada do PL

Ambientalista e aliado de Jair Bolsonaro, político paulista retorna à Câmara após renúncia da deputada do PL Divulgação/ Câmara dos Deputados

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Com a renúncia da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), anunciada neste domingo (14), quem assume a cadeira na Câmara dos Deputados é o suplente Adilson Barroso (PL-SP), político com longa trajetória no interior paulista e forte ligação com o bolsonarismo.

Barroso recebeu mais de 62 mil votos nas eleições de 2022. Apesar de ter se candidatado por São Paulo, nasceu em Minas Novas, distrito do município de Leme do Prado, em Minas Gerais. Ambientalista de formação, ele foi um dos fundadores do Partido Ecológico Nacional (PEN), criado em 2012, legenda que mais tarde passou a se chamar Patriota e, após baixo desempenho eleitoral, acabou se fundindo ao PTB, dando origem ao Partido Renovação Democrática (PRD).

Trajetória política

A carreira política de Adilson Barroso começou cedo. Aos 23 anos, disputou sua primeira eleição, em 1988, quando foi eleito vereador de Barrinha, no interior de São Paulo, pelo PTB. Foi reeleito em 1992, pelo antigo PFL, e ocupou o cargo de vice-prefeito do município entre 1997 e 2002.

Em 2002, alçou voos mais altos ao ser eleito deputado estadual pelo extinto Partido da Reedificação da Ordem Nacional (Prona). Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde permaneceu até 2010, foi titular da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e integrou comissões que discutiram mudanças na legislação do imposto de renda e o limite de precatórios e débitos previdenciários.

Após perder a eleição em 2010, Barroso voltou à política municipal e, em 2016, reassumiu uma cadeira na Câmara Municipal de Barrinha.

Adilson Barroso ganhou projeção nacional ao fundar o PEN, em 2012, partido que mudou de nome para Patriota em 2017. À frente da legenda, tentou atrair o então deputado Jair Bolsonaro para disputar a Presidência pelo partido, tanto em 2018 quanto em 2021. As articulações, no entanto, não avançaram.

Em seu site pessoal, Barroso atribui o fracasso da estratégia a interferências internas. “Perdi a chance de eleger o presidente da República pelo Patriota em 2018 e tornar o partido o maior do país”, escreveu, ao citar o ex-ministro Gustavo Bebianno.

Após ser destituído da presidência do Patriota, Barroso deixou a sigla e se filiou ao PL em 2021. No ano seguinte, disputou uma vaga na Câmara dos Deputados e ficou como suplente.

Barroso já havia ocupado uma cadeira na Câmara dos Deputados entre 2023 e 2025, ao assumir a vaga de Guilherme Derrite (PP-SP), que se licenciou do mandato para comandar a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Com o retorno de Derrite ao Legislativo, no fim de novembro, Barroso voltou à suplência.

Agora, retorna ao Congresso após a renúncia de Carla Zambelli, que ocorreu em meio à condenação definitiva pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão e à perda do mandato, no caso envolvendo a invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Nas redes sociais, se apresenta como “ambientalista, bolsonarista de direita, conservador e patriota”. Em sua biografia no Instagram, afirma ser “amigo do presidente Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e do deputado Nikolas Ferreira”. Na foto de perfil, aparece ao lado do ex-presidente, com as bandeiras do Brasil e de Israel ao fundo.

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