Cidades

A VOLTA DO TÁXI

'Furo' de motoristas de aplicativo faz cliente migrar para táxi em Campo Grande

Campo-grandense opta pelo táxi devido ao cancelamento de corridas e falta de motoristas de apps

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Taxistas têm lucrado com 'vacilos' de motoristas de aplicativo em Campo Grande. Monopólio até setembro de 2016 em Campo Grande e que perdeu clientes com a chegada dos aplicativos, o táxi registra aumento na procura por corridas atualmente.

Cancelamento de corridas, falta de motoristas de aplicativo e preço “dinâmico” obrigam usuários a acionarem táxis para não chegarem atrasados em compromissos. 

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Além disso, taxistas revelam que houve aumento considerável na procura por corridas.

Existem 86 pontos de táxi e cerca de 300 taxistas circulando diariamente pelas sete regiões da cidade, de acordo com Flávio Panissa, presidente dos Sindicato dos Taxistas de Campo Grade.

Além disso, Campo Grande possui cerca de 11 mil motoristas de aplicativos, de acordo com o presidente do sindicato da categoria, Paulo Pinheiro.

A taxista Nice Albernaz afirma que o movimento melhorou bastante e que geralmente faz corridas para pessoas que esperam a corrida por aplicativo, desistem e acabam pegando o táxi.

“Geralmente a gente pega quando o cara não vem. Eles ficam aqui procurando Pokemon por uma hora, porque eu falo que esperar corrida por aplicativo é procurar Pokemon, aí desiste e vai no táxi”.

Além disso, Nice destaca que há procura maior por corridas para a rodoviária, aeroporto e concursos. 

"As pessoas estão preferindo o táxi para ir para esses compromissos mais sérios, porque se for esperar pelos aplicativos, a pessoa chega atrasada".

O aposentado Jaime Rodrigues de Oliveira é proprietário de um ponto de táxi na avenida 14 de julho e relata que sentiu melhora no movimento nos últimos meses.

“Eu não trabalho mais no táxi, deixo motorista no carro. No mesmo caso é mais difícil ainda porque ainda preciso dividir o lucro. Mas o movimento melhorou sim”.

O taxista José Pereira do Carmo trabalha como motorista há 29 anos e também conta que o movimento teve melhora.

“Esses dias melhorou bem, está bem melhor, está rodando bem melhor. Desde o mês passado que estou notando que está melhorando. As pessoas tem reclamado muito do Uber, que tem carro sujo e demora demais”.

Um taxista que não quis ser identificado disse que muitos passageiros entram no carro reclamando de corridas por aplicativo. 

“O pessoal reclama muito, que demora, que motorista usa tornozeleira eletrônica, que o carro é sujo e que cancelam a corrida”.

Além disso, ele ressaltou que o movimento melhorou, mas não como era antes de setembro de 2016, quando não existia corridas por aplicativo.

A autônoma Valdirene Alves diz que já pegou táxi após não ser respondida por motoristas de Apps. 

“Eu tive que ligar na Coopertáxi e pedir um carro para mim se não iria chegar atrasada no meu compromisso. Está muito ruim pegar Uber em Campo Grande hoje”.

O estudante Matheus Ribeiro conta que utiliza corrida por aplicativo cerca de duas vezes na semana e que tem encontrado dificuldade em solicitar viagens no período entre 17h e 19h.

“Já cheguei a esperar 20 minutos por um Uber, sendo que seria menos se um não tivesse cancelado literalmente na minha frente”.

O profissional de ciências contábeis, Felipe Alves Frias, afirma solicitar corridas por aplicativo de quatro a cinco vezes na semana e conta que os preços aumentaram bastante. 

“Eu conseguia ir para o trabalho pagando R$ 11 reais, no máximo 15 e agora eu dificilmente pago menos que 20. Passei a pedir Uber mais cedo do que o normal. Já teve situação do motorista chegar na rua da minha casa e cancelar a corrida”.

O designer gráfico Edgar da Silva de Oliveira Bento afirma que já chegou muitas vezes atrasado em compromissos por conta da demora em localizar motoristas e cancelamentos de viagens. 

Além disso, ressaltou que nunca pegou táxi, mas que já pensou na possibilidade. 

Por outro lado

Wagner Simplício é motorista de aplicativo há quatro anos e meio e relata que a profissão compensa caso o motorista selecione as corridas. 

“A pandemia não afetou tanto no meu trabalho pelo fato de eu usar estratégias de trabalho sendo uma delas a escolhas pelas melhores corridas. Já não tem motorista, e os que tem, estão selecionando as corridas”.

Wagner ressalta que o preço do combustível não é o maior problema e sim outros custos como manutenção do carro, troca de pneu, óleo e etc.

“A plataforma em Campo Grande vai fazer 5 anos, ela veio em setembro de 2016, e já tem 5 anos com a mesma tarifa, não muda nada. Se as plataformas em si não reajustarem, é daí para pior”.

Além disso, Wagner explica o porquê de haver tantos cancelamentos de corrida.

“Esses cancelamentos vêm pelo fato de o motorista estar com uma da 99 presa, aí toca uma corrida da Uber melhor, e daí ele cancela a da 99”, explica.

“A Uber fica leiloando, mandando oferta menor e vai aumentando conforme o motorista não aceita. Ocancelamento vem pelo fato de o motorista aceitar uma da Uber e se no meio do caminho a 99 mandar uma corrida melhor, ele cancela a da Uber”, complementa.

Uma pessoa que não quer ser identificada trabalha como motorista de aplicativo há dois anos e relata que a profissão compensa se a pessoa trabalhar muito.

“Para tirar um lucro bom hoje precisa trabalhar uma quantidade considerável de horas. Mas o bom é que dá para fazer seu horário. Se trabalhar direito, bastante e selecionar as corridas, dá para conseguir um lucro legal”.

O motorista de aplicativo e acadêmico de Engenharia Civil, João Matheus Rodrigues Leite, diz que atualmente não compensa mais trabalhar como motorista de app. 

“Com o atual preço de tudo, manutenção e combustível são poucas corridas que realmente te dão lucro, você deve ter uma experiência boa para saber se não saíra no prejuízo”.

João Matheus conta usa gasolina e etanol para trabalhar, mas que se fosse possível, usaria Gás Natural Veicular (GNV).

“O aumento do combustível chegou a impactar 20% dos meus ganhos. Antes da pandemia gastava em torno de 30% dos ganhos, já hoje chega a 50% dependendo do dia”.

Paulo Pinheiro, presidente da Associação dos Parceiros de Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motoristas Autonômos de Mato Grosso do Sul (Applic/MS),  diz que o aumento constante nos preços dos combustíveis, custo alto de locação de veículos, preço elevado de manutenção de veículos, pneus desgastados e carga tributária alta de Mato Grosso do Sul são os principais fatores que levam motoristas de aplicativos a serem mais seletivos em corridas.

De acordo com Paulo, existe dificuldade de diálogo entre a categoria e empresas de aplicativo de transporte. 

“Eles nunca atendem nossas pautas. [Estamos] desde 2017 com manifestações, atos públicos, carreatas e passeatas”, disse Paulo ao Correio do Estado em 15 de julho deste ano.

Uber

Por meio da assessoria de imprensa, a Uber informou ao Correio do Estado que opera um sistema de intermediação de viagens dinâmico e flexível, e que busca considerar as necessidades dos motoristas parceiros e também a realidade dos consumidores que usam a plataforma para equilibrar oferta e demanda.

Segundo a Uber, o número de usuários aumentou durante a pandemia e, com as flexibilizações devido aos números em queda da pandemia, a demanda tem decaído.

“Nesse sentido, os usuários estão tendo de esperar mais tempo por uma viagem porque, especialmente nos horários de pico, há mais chamados do que parceiros dispostos a realizar viagens”, diz a empresa.

Dessa forma, conforme a Uber, a demanda elevada significa que ao aplicativo “toca sem parar” para os motoristas e eles se sentem mais confortáveis para recusar viagens, “pois sabem que outros chamados virão na sequência, com ganhos maiores”.

A empresa cita o preço dinâmico, quando o valor da corrida fica mais caro, como uma das medidas adotadas para reduzir o tempo de espera dos clientes.

“O preço dinâmico é um recurso muito útil porque, por um lado, faz alguns usuários adiarem as suas viagens à espera de um preço menor e, por outro, incentiva que mais motoristas parceiros se desloquem para atender uma determinada região”, diz a nota.

Com relação às reclamações dos motoristas, a Uber afirma que os ganhos tem sido os maiores desde o início do ano.

“Em Campo Grande, por exemplo, os parceiros que dirigiram por volta de 40 horas ganharam, em média, de R$ 1.250 a R$ 1.350  na semana. Em um mês, significa que os motoristas estão com média de ganhos superior à média salarial de várias profissões no país”.

A empresa afirma ainda que os ganhos dependem de como os motoristas escolhem usar o aplicativo, com dias e horários de maior movimento.

Sobre o aumento do preço dos combustíveis, a Uber afirma que tem lançado, constantemente, promoções para os motoristas, como cashback ao abastecer o carro, entre outros.

Incentivo

Em MS, Lei Paulo Gustavo teve aproveitamento de quase 100% em 2024

Setor audiovisual foi o mais beneficiado, com investimento total de R$ 20 milhões

24/01/2025 17h30

Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul

Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul

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O Governo de Mato Grosso do Sul utilizou mais de 99% dos recursos disponibilizados pela Leia Paulo Gustavo em 2024. 

Segundo dados atualizados pelo Ministério da Cultura, o estado demonstrou uma eficácia notável na distribuição e aplicação dos fundos destinados ao setor cultural.

Para Marcelo Miranda, secretário de Turismo, Esporte e Cultura, o alto índice de utilização dos recursos reflete uma atuação eficiente e colaborativa com os profissionais do setor.

Já Eduardo Mendes, diretor presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), ressaltou que a execução da Lei Paulo Gustavo em Mato Grosso do Sul não apenas promoveu a inclusão e democratização de recursos, mas também revelou o talento e a diversidade cultural do estado.

Distribuição

O aproveitamento dos recursos foi dividido em duas principais categorias:

  1. Setor Audiovisual:
    • Valor recebido: R$ 20.010.557,63
    • Percentual de utilização: 98,68%
  2. Demais Áreas Culturais:
    • Valor recebido: R$ 7.188.786,50
    • Percentual de utilização: 99,8%

Impacto

A Lei Paulo Gustavo em Mato Grosso do Sul resultou na aprovação de 420 projetos culturais, distribuídos da seguinte forma:

  • 145 projetos no setor audiovisual
  • 275 projetos em outras áreas culturais

Destaca-se que, no setor audiovisual, 22 projetos foram classificados como de grande porte, recebendo entre R$ 250 mil e R$ 1 milhão em recursos.

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Vulneráveis

Crianças e adolescentes são as maiores vítimas de violência em MS

Dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania registraram 1.367 violações contra menores de idade nos primeiros 19 dias de 2025 no estado

24/01/2025 17h15

Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente em Campo Grande

Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente em Campo Grande Divulgação, Polícia Civil

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As crianças e adolescentes são as principais vítimas de violência em Mato Grosso do Sul em 2025. Apenas entre o dia primeiro e o dia 19 de janeiro deste ano, data mais recente da amostragem, foram registradas 218 denúncias de violência e um total de 1.367 violações contra o grupo vulnerável.

Os dados são do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. Ainda conforme o levantamento, os menores de 18 anos fazem parte do grupo vulnerável que mais recebeu denúncias no Estado.

Entre os dias primeiro e 18 de janeiro de 2025 o painel também registrou 37 denúncias de violência contra a mulher; 144 de violência contra pessoas idosas; 89 notificações de violência contra pessoas com deficiência; 68 de violência contra cidadão, família ou comunidade; 5 contra pessoas em restrição de liberdade; 19 de violência contra população LGBTQIA+; e 4 de violência contra pessoas em situação de rua.

O painel também aponta que, entre todas as 3.622 violações gerais registradas este ano, 2.207 (60,8%) aconteceram na casa onde residem o suspeito e a vítima; 915 (25,2%) foram na casa da vítima e 106 (2,93%) na casa do suspeito.

Se comparado com 2024, o cenário se mantem. Do dia 1º do ano passado até 31 de dezembro, o levantamento registrou um total de 4.709 denúncias de violência contra crianças e adolescentes em Mato Grosso do Sul. Ao todo, o grupo vulnerável foi vítima de 27.604 violações em 2024. 

Disque 100

No cenário nacional, o Disque Direitos Humanos e da Cidadania, conhecido como Disque 100, registrou um total de 657,2 mil denúncias em 2024 em todo o país.

O número representa um aumento de 22,6% em relação a 2023, quando foram registradas 536,1 mil ocorrências. O número de violações também aumentou, passando de 3,4 milhões, em 2023, para 4,3 milhões, no país em 2024.

Em Campo Grande, o plantão da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) é realizado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), no Centro Especializado de Polícia Integrada (Cepol).

No local, há uma sala especial para depoimentos e registro das ocorrências à disposição das vítimas. Registros de ocorrência e depoimentos podem ser realizadas a qualquer momento no local.

Se optar por fazer a distância, as denúncias de violência contra crianças e adolescentes também ser feitas pelo Disque 100, de maneira anônima e 24 horas por dia, todos os dias da semana. A ligação é gratuita. Há também a opção de realizar denúncias por WhatsApp (61) 99611-0100 ou pelo aplicativo “Direitos Humanos Brasil”.

Mãe é presa após bebê de 7 meses morrer sufocada e com queimaduras em MS

Uma mulher de 21 anos foi presa em flagrante após sua filha, um bebê de apenas 7 meses de vida, ser encontrado morta nessa quinta-feira (23). O crime ocorreu no município de Bataguassu, a 311 quilômetros de Campo Grande.

A ocorrência começou após denúnica da Delegacia de Atendimento à Mulher do município. Conforme a informação, um bebê de sete meses deu entrada no hospital de Bataguassu já sem sinais de vida, com a pele arroxeada e sinais de violência.

Imediatamente, uma equipe policial se dirigiu ao local para investigar o caso. Conforme o médico de plantão, a criança possuía várias lesões pelo corpo.

Em razão da gravidade da situação, os policiais passou a investigar a mãe da criança. Conforme as diligências, a equipe policial apurou que a suspeita faz uso excessivo de álcool e tabaco, e inclusive, teria ingerido uma caixa de cerveja com familiares na noite anterior do crime.

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