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Fusca Transformers: conheça a história do "xodó" de seu Celso, dono do carro

Veículo foi apreendido na semana passada e seu Celso pede doações para quitar a dívida feita para retirar o carro do Detran

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É provável que quem dirige pelas ruas de Campo Grande já tenha visto o Fusca Transformers de seu Celso.

O carro recebeu esse apelido, pois sua aparência é idêntica aos brinquedos Transformers, da série de filmes de ficção científica.

Últimas notícias

Celso Ramos Aristimunho, autônomo, é proprietário do veículo e criou o carro para agradar e alegrar sua sobrinha, Juliana Aristimunho, que é especial.

A menina, esquizofrênica, tem transtorno bipolar e, desde os 5 anos, toma remédios controlados.

Vânia Aristimunho, mãe de Juliana e irmã de seu Celso, também necessita de cuidados especiais.

Com o passar do tempo, o Fusca também passou a servir como fonte de renda para a família. As doações voluntárias deixadas nas caixas nas laterais do carro são para atender as vontades da sobrinha.

“Essa quantia me ajuda a adquirir as necessidades diárias da minha sobrinha, porque ela quer iogurte, leite. Tudo o que uma criança necessita, ela pede”, afirma Celso.

Na última semana, o carro foi apreendido pelo Detran, porém já foi recuperado. Celso faz um apelo para que pessoas o ajudem a arrecadar o dinheiro para pagar o empréstimo realizado para desfazer a apreensão do veículo.

HISTÓRIA DO FUSCA

O Fusca é dos anos 70 (1979) e o idoso o comprou de um militar há 8 anos. “Esse carro tinha sido batido e largaram ele aqui na esquina. O rapaz me ofereceu ele por R$ 1.500,00 em três prestações”, disse.

Celso conta que o carro era muito velho, batido e enferrujado e que, inicialmente, sua proposta era somente para atendimento pessoal. O intuito era apenas levar Juliana em médico e dentista.

Porém, depois, pessoas deram a ideia de conseguir um dinheiro extra para ajudar nas despesas da sobrinha. Então, o autônomo colocou caixas ao redor do carro para solidários contribuírem voluntariamente com dinheiro.

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ENFEITES

Celso catou na reciclagem os enfeites do carro. “Durante oito anos, sempre que eu saía na rua, ia catando parafusos no chão”, expressa.

"Nas oficinas, pego fios elétricos, faróis, lâmpadas... Tudo reutilizável. Durante muitos anos eu fui coletando esse material e guardando em casa”, complementa.

A partir de então, seu Celso começou a reformá-lo e restaurá-lo com suas próprias mãos. “Com isso, foi nascendo esse carro diferente, a tal ponto que começou a chamar a atenção das pessoas”, relata.

A intenção de deixar o carro enfeitado era para agradar à fantasia da sobrinha. “Isso agradou não só a ela, eu vi que as pessoas na rua também começaram a gostar. Uns ridicularizavam, sem entender o que era e outros gostavam”, conta.

RENDA

Desde então, a única fonte de renda de Celso passou a ser as doações que recebe com a comoção das pessoas em relação ao carro e sua história.

Com caixas expostas para depósito de dinheiro nas laterais do carro, ele revela que consegue satisfazer os gostos da sobrinha com as contribuições voluntárias.

“Sempre vou no Comper da Brilhante ou da Mato Grosso. Quando eu estaciono o carro, as pessoas voluntariamente contribuem com moedinhas”, declara.

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APREENSÃO

Na última semana, o Fusca foi apreendido por documento atrasado e defeitos na parte elétrica. Para seu Celso, o mundo havia acabado naquele momento.

“Fui no Comper para conseguir dinheiro para comprar as coisas para minha sobrinha. Daí estava vindo pela Afonso Pena e três policiais me abordaram”, disse.

Ele conta que não tira a razão dos policias, pois só estavam fazendo o trabalho deles. E ainda os agradece. “Policiais, vocês são dignos de dupla honra. Obrigado por terem me abordado”.

Depois do ocorrido, as pessoas passaram a ajudar mais, com dinheiro, alimentos e cesta básica. Se não houvesse ocorrido esse episódio, coisas tão boas não aconteceriam na vida do idoso.

“O que parecia mal, agora é bem. As pessoas estão me ajudando mais agora. Antes não me ajudavam”, agradece o idoso.

O carro foi recuperado na semana passada mesmo, após um amigo emprestar R$ 1.000,00 para tirar o veículo do pátio do Detran.

APELO

Celso precisa urgentemente quitar a dívida de R$ 1.000,00 que fez com o amigo para retirar o carro do Detran, por isso pede ajuda. “Queria pedir para as pessoas se puderem, nos ajude, qualquer tipo de ajuda”.

O senhor de 62 anos também precisa de um celular novo, pois muitas vezes deixa de receber auxílio porque o aparelho não recebe ligações e nem mensagens. “Meu celular é velho e todo quebrado. Preciso de um novo urgentemente”.

COMO AJUDAR

Quem se comover com a história de seu Celso e quiser ajudar, pode contribuir por meio de(do):

Contas bancárias

  • Itaú - Agência 8084 - Conta Corrente 16779-3 - Celso Ramos Aristimunho
  • Banco do Brasil - Agência 0048-5 – Conta Corrente 15613-2 - Vânia Ramos Aristimunho

Número para contato

(67)99962-7218 (somente WhatsApp)

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"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 11h00

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

MEIO AMBIENTE

MS avalia condições de pagamento antes de regularizar Fundo Pantanal

Até o momento, Governo não conseguiu recursos externos para financiar o Fundo, e conta com os R$ 40 milhões de investimento próprio; Expedições estão sendo feitas ao Pantanal para regulamentação

19/04/2024 09h30

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fala sobre a criação de fundo biomas em Campo Grande Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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Quatro meses após a sanção da Lei do Pantanal, o Governo do Estado ainda está avaliando as condições de pagamento aos produtores para regulamentar o Fundo Clima Pantanal.

No final de março, uma expedição percorreu os pantanais da Nhecolândia, do Paiaguás e do Abobral, pra reunir informações e elaborar o texto de regulamentação do fundo. 

Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia, Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a regulamentação do Fundo Clima Pantanal deve sair até o final desse semestre, e uma nova expedição, agora com o setor de Organizações Não Governamentais (ONGs) e ambientalistas como o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e o SOS Pantanal, será realizada no dia 22 de maio. 

“Nós temos que ver o que nós vamos pagar do Programa de Serviços Ambientais (PSA) e por isso fizemos aquelas expedições, e vai ter uma agora, com as ONGs, para a gente ver o que realmente vai ser remunerado aos produtores”, comentou Verruck. 

Ainda de acordo com o secretário, o Fundo Pantanal possui atualmente apenas o investimento realizado pelo próprio governo do Estado, de R$ 40 milhões, e a Semadesc tem trabalhado na divulgação, tanto do fundo, quanto da Lei do Pantanal, para tentar angariar recursos para a iniciativa, no entanto, Jaime Verruck aponta que ainda não houve nenhuma sinalização clara de aceitação. 

“Nós estamos apresentando em todos os fóruns para tentar conseguir recurso internacional. Nesse momento o que nós temos é os R$ 40 milhões do Governo do Estado.

Como a própria ministra destacou, hoje todo mundo está avançando na estrutura de seus fundos, então nós estamos apresentando, mas até agora não temos nenhuma sinalização clara de alocação de algum recurso”, esclareceu o secretário. 

A iniciativa de criação de fundos para conseguir recursos para a preservação de biomas, como Mato Grosso do Sul fez em relação ao Pantanal, é algo que vem sendo pensado para outros ecossistemas, como o Cerrado e a Caatinga, e que já foi posto em prática na Amazônia Legal, através do Fundo Amazônia. 

Em dezembro, no evento de sanção da Lei do Pantanal, a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MAMC), Marina Silva, afirmou que tinha sugerido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a criação de um fundo nacional para os biomas brasileiros, similar ao Fundo Amazônia. 

A ideia era de que com o fundo todos os biomas do país fossem contemplados e pudessem angariar recursos que seriam direcionados principalmente para a sua preservação, podendo inclusive, fazer parcerias com fundos estaduais já criados, como o Fundo Pantanal. 

A ministra relata que o debate que está sendo feito com os governos estaduais atualmente, está sendo direcionado para os planos de combate ao desmatamento em todos os biomas, e que nesse diálogo, surgiu o interesse de criação de fundo para esses ecossistemas. 

“A Amazônia tem um apelo muito grande e ela já tem um fundo, mas os demais biomas, se a gente fizesse uma composição, talvez a gente tivesse mais eficácia. Mas eu compreendo, porque cada bioma quer ter o seu fundo, quer ter seu espaço, e essa é uma discussão que a gente está fazendo com os consórcios de cada região”, informou a ministra. 

A deputada federal Camila Jara (PT), acrescentou ainda que existe uma legislação tramitando para a criação de um fundo que abrange todos os biomas brasileiros, e que está na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados, sendo o parlamentar Pedro Campos (PSB-PE), o principal nome para ser o relator. 

“Eu acho que o melhor seria se a gente criasse um fundo biomas, e aí sim, em vez de ter uma ‘moqueca de dinheiro’ em cada fundo, a gente pudesse ter um fundo que pudesse receber, inclusive, recursos das emendas parlamentares, das emendas de bancada, para que a gente possa mudar a história do enfrentamento do desmatamento, do ataque ao Pantanal, que a gente possa virar essa página”, comentou Marina Silva, em seu discurso durante visita à Campo Grande, nessa quinta-feira.

O Fundo Amazônia, principal modelo de iniciativa voltada para captar doações para investimentos em ações de prevenção, combate e monitoramento do desmatamento e promoção da conservação, criado em 2008, recebeu até o fim de 2022 R$ 3,396 bilhões em recursos da Noruega, Alemanha e Petrobrás.

SERVIÇOS AMBIENTAIS 

Além da iniciativa do Fundo Clima Pantanal, o governo de MS também possui, desde dezembro de 2021, o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que “visa a conservação das florestas e demais formas de vegetação natural privadas existentes, restauração ecológica das florestas e demais formas de vegetação natural privadas, conversão de pastagens e terras degradadas para usos alternativos da terra”, expõe o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). 

Em junho do ano passado, o programa foi estendido para esforços de restauração e proteção da biodiversidade, clima e estoques de carbono no âmbito das bacias hidrográficas. O PSA abrange um total de 571.800 hectares de áreas que se comprometeram com a conservação ambiental.

Já de acordo com a Lei do Pantanal, a prioridade é a preservação dos corredores de biodiversidade, delimitados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os produtores devem receber pela preservação da fauna e flora pantaneira, pela recuperação de pastagens degradadas, recuperação de vegetação nativa, entre outros. 

Não há mais informações sobre os critérios que serão adotados para a participação dos produtores no fundo.

SAIBA

De acordo com a lei, o Fundo Clima Pantanal poderá ter outras fontes de financiamento, como multas ambientais aplicadas pelo Imasul, emendas parlamentares, transferências de saldos de outros fundos e recursos de venda de crédito de carbono.

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