Pensando no futuro e na previsão de que a cidade deverá chegar a 1 milhão de habitantes na próxima década, três obras devem impactar a malha viária de Campo Grande e facilitar o deslocamento de seus mais de 500 mil condutores.
No papel há 10 anos, o viaduto nas Avenidas Gury Marques e Senador Mendes Canale, na rotatória conhecida como da Coca-Cola, deve sair do papel nos próximos anos. Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, o projeto é tocado pelo governo do Estado, mas a expectativa é de que a licitação saia logo, já que o recurso foi garantido por meio de uma emenda da bancada federal em Brasília (DF).
“Nós temos algumas obras estruturantes extremamente importantes que vão ser feitas por meio do governo do Estado, em parceria com Campo Grande, como é o caso do viaduto da Coca-Cola, talvez a mais emblemática e necessária. Esse assunto está bem avançado, foi feito através de uma parceria com a bancada federal inclusive, uma emenda de bancada que foi para o governo do Estado”, declarou o secretário.
O anúncio da garantia da obra foi feito pelo governador Eduardo Riedel (PP), na semana passada, durante a divulgação do calendário em comemoração ao aniversário de Campo Grande.
“Sempre cito o viaduto da Coca-Cola, porque é algo que mexe com as pessoas, é uma demanda muito grande do Município, e esse é um recurso da bancada federal que o Estado vai licitar e executar”, disse.
Em fevereiro deste ano, os vereadores de Campo Grande se reuniram com a bancada federal, que liberou R$ 110 milhões em emendas para serem investidos em obras em viadutos, incluindo o da rotatória da Coca Cola, que é uma solicitação antiga da população da Capital.
A obra está orçada no valor de aproximadamente R$ 80 milhões e, quando o recurso for liberado, a previsão é de que a melhore principalmente o acesso dos moradores das regiões Anhanduizinho e Bandeira, que, juntas, somam em torno de 355 mil habitantes.
Miglioli afirmou que, apesar de ainda não ter uma estimativa de quando a licitação deverá ser lançada, a expectativa é de que assim que o projeto for finalizado, seja iniciado o processo do certame.
“Na última vez que eu conversei com o secretário Guilherme [Alcântara], eles estavam na dúvida se iam fazer a contratação do projeto do viaduto ou se iam fazer por meio de uma licitação de contratação integrada”, contou.
PROLONGAMENTO
Dentro dos R$ 110 milhões vindos de emendas de bancada, outros dois projetos sonhados há anos também devem ser contemplados, são eles: o prolongamento da Avenida Guaicurus e o prolongamento da Avenida Ernesto Geisel.
De acordo com o titular da Sisep, no caso da Guaicurus, a avenida será ampliada e vai se conectar com a Avenida Gunter Hans, já a Ernesto Geisel, que nesta região tem o nome de Thyrson de Almeida, será ampliada até o Jardim do Pênfigo e o Bairro Parque do Sol, ligando a avenida à BR-262.
“Nós vamos ter ali um binômio que vai dar uma mobilidade muito interessante para aquela região da cidade. Ela [a obra] está dentro dessa emenda de bancada que foi cadastrada junto ao governo do Estado. Nós estamos fazendo já o projeto da Guaicurus e, assim que tivermos o projeto pronto, vamos entregar para o Estado, para que o Estado possa prosseguir com a licitação”, explicou Miglioli.
“Com relação à [Avenida] Guaicurus, nós temos já um contrato que foi paralisado e, agora, nós estamos dando reinício de serviço, para que a gente possa fechar o projeto. Então, eu acredito que, até o fim de outubro para novembro, nós vamos ficar com ele pronto, aí a gente encaminha para o Estado e ele procede com o processo licitatório”, completou o secretário.
O projeto de prolongamento das Avenidas Ernesto Geisel e Guaicurus foi anunciado pela Prefeitura de Campo Grande em 2008, há 17 anos, mas foi paralisado na época. A empresa que venceu a licitação para realizá-lo, Schettini Engenharia Ltda., está proibida pela Justiça de contratar com o poder público.




