Cidades

SUCCESSIONE

Gaeco prende o último "capo" do jogo do bicho em Mato Grosso do Sul

Roberto Razuk foi levado na manhã de ontem em investigação que apura a disputa pelo comando da contravenção na Capital

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O empresário e ex-deputado estadual Roberto Razuk, de 84 anos, foi um dos 20 presos na Operação Successione, deflagrada ontem pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Razuk é apontado como um dos chefes da exploração do jogo do bicho em MS.

Com isso, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) deteve o último “capo” (termo usado para se referir aos chefes das máfias italianas) do Estado.

O primeiro a ser preso foi Jamil Name, que, segundo apuração feita durante a Operação Omertà, comandava o jogo do bicho e também uma milícia armada em Campo Grande.

Já Fahd Jamil foi preso em 19 de abril de 2021, na terceira fase da Operação Omertà. Conforme a investigação, ele seria responsável pelos crimes de pertencimento a organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo e outros correlatos a homicídios praticados pela milícia armada. Ele também era apontado como o chefe do jogo do bicho em Ponta Porã.

Fahd Jamil foi solto em 2023, em função de sua condição de saúde, mas precisava cumprir uma série de requisitos, um deles era permanecer em Campo Grande. Em outubro do ano passado, a Justiça permitiu que ele retornasse a Ponta Porã, onde era chamado de “Rei da Fronteira”.

Outro alvo foi José Eduardo Abdulahad, que, de acordo com o MPMS, era um dos líderes do jogo do bicho na fronteira com o Paraguai. Ele teve a prisão sua decretada em 2023, mas conseguiu converter para prisão domiciliar, em razão de estar fazendo um tratamento contra câncer.

Com a prisão de Razuk ontem, os quatro empresários, considerados os maiores chefes da contravenção em Mato Grosso do Sul, estão de alguma forma longe da atividade.

261107ADurante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão da operação foram apreendidos R$ 300 mil com a família Razuk - Foto: Divulgação / MPMS

OPERAÇÃO SUCCESSIONE

Na quarta fase da Operação Successione, o Gaeco cumpriu 20 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Corumbá, Dourados, Maracaju e Ponta Porã, além de cidades no Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

Segundo o MPMS, “as fases anteriores da Operação Successione revelaram a atuação de uma organização criminosa armada, violenta, que se dedicava à exploração de jogos ilegais, corrupção e demais delitos correlatos, responsável por roubos com emprego de arma de fogo, no contexto de disputa pelo monopólio do jogo do bicho em Campo Grande, em razão do vácuo deixado após a Operação Omertá”.

Além de Razuk, também foram presos dois de seus filhos, Rafael Razuk e Jorge Razuk, Sérgio Donizete Balthazar, dono da empresa Criativa Technology, Marco Aurélio Horta, o Marquinho, chefe de gabinete do deputado estadual Neno Razuk, e o advogado Rhiad Abdulahad, filho de José Eduardo.

O deputado estadual, que também é filho de Roberto Razuk, não teria sido alvo desta fase da operação, porém, já figurou entre os investigados na primeira fase.

Durante o cumprimento dos mandados contra a família Razuk, conforme apuração da reportagem, foram apreendidos mais de R$ 300 mil.

Além disso, segundo fontes do Correio do Estado, o ex-deputado Roberto Razuk pode não ficar preso em cela comum. Isso porque, além de ser idoso, ele passou recentemente por uma cirurgia e depende de cilindros de oxigênio para respirar e a Delegacia de Polícia Civil onde está custodiado não teria estrutura para mantê-lo.

Razuk enfrenta um pós-operatório delicado, após a remoção de um câncer e problemas cardíacos.

As condições do alvo da operação teriam criado um impasse na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Dourados, pois a cela comum não é equipada para receber presos que necessitam de cuidados especiais de saúde.

Conforme reportagem, a defesa já entrou com um pedido de prisão domiciliar, citando os problemas de saúde e a idade do investigado.

“A defesa ainda não sabe as razões da prisão preventiva de Roberto Razuk. No momento, foi apresentado um pedido à magistrada para garantir a ele a prisão domiciliar, porque Roberto Razuk é idoso e está com a saúde bastante abalada. Nós aguardamos a resposta a esse pedido com toda a urgência, em razão de previsão legal expressa garantindo esse tipo de direito”, destacou o advogado André Borges.

Além disso, em ofício encaminhado à Justiça, o delegado de Polícia Civil teria afirmado que a delegacia “não dispõe de estrutura adequada para recebê-lo [Roberto Razuk]”. O delegado também citou a idade avançada do ex-deputado e a dependência do “tubo de oxigênio” como barreiras para sua custódia nas instalações da Polícia Civil.

*SAIBA

Antes da primeira fase da Operação Successione, a Polícia Civil apreendeu 700 máquinas usadas no jogo do bicho, semelhantes a máquinas de cartão. A ação foi uma das provas usadas para mostrar que organizações estavam tentando retomar o jogo do bicho na cidade.

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Trilha de Hermes

Operação investiga grupo criminoso que matou informante da polícia

O homem identificado como colaborador policial era Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que se encontrava sob monitoramento eletrônico

04/12/2025 17h45

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie Divulgação: Polícia Civil

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A Operação Trilha de Hermes, deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON) e da Delegacia Regional (DRP) de Naviraí, investiga a morte de Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que era monitorado com tornozeleira eletrônica. O homem foi identificado por um grupo criminoso como sendo um informante da polícia.

Por este motivo, Aldevan foi sequestrado pela quadrilha e possivelmente morto, de acordo com a Polícia Civil, perdendo o sinal de seu equipamento na área rural de Itaquiraí, de onde partiram as investigações.

A DEFRON e a DRP de Naviraí identificaram uma estrutura organizacional criminosa armada, com estruturada cadeia de comando e divisão de tarefas. As prisões temporárias e a busca domiciliar em desfavor dos suspeitos ocorreram durante a terça (2) e quarta-feira (3).

A Operação Trilha de Hermes resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão temporária, duas prisões em flagrante, além da apreensão de veículos de alto valor, armas, munições, dinheiro em espécie e diversos outros objetos.

A quadrilha criminosa é investigada pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. As investigações prosseguem para apuração de outros envolvidos e para localização de ativos financeiros que o grupo criminoso auferiu durante sua atividade ilícita.

Balanço

No primeiro dia, foram realizados o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e o cumprimento de 12 mandados de busca domiciliar. A operação ocorreu nas cidade de Itaquiraí, Naviraí e Porto Velho (RO), onde um dos alvos estava no momento da operação.  Duas pessoas foram presas em flagrante pelo crime de posse de arma de fogo e de munições. 
 
Já na quarta-feira, foram realizadas diligências em áreas rurais, com o cumprimento do mandado de prisão de um dos alvos que se mantém foragido. As autoridade utilizaram os meios de locomoção fluvial e aéreo para esta etapa da operação, com apoio do Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA).
 
Ao todo, a operação resultou no cumprimento da prisão de sete pessoas, entre elas os três líderes do grupo, apreensão de armas, munições, seis veículos de alto valor, dez celulares, R$ 8 mil em espécie e documentos a serem analisados.

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Cidades

Polícia barra contrabando na entrada de Campo Grande

Ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras

04/12/2025 17h30

Foto: Divulgação / Policia Civil

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A Policia Civil por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Dracco) interceptou 4 caixas grandes de óculos, 2 pneus de caminhão, bolas de pneus e 12 caixas de cigarros, fiscalização realizada na  Avenida Gunter Hans, saída para Sidrolândia na manhã desta quarta-feira (3).  

A ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras e combate ao contrabando e descaminho no Estado, mercadoria encontrada em uma Fiat/Doblo. 
O material apreendido foi encaminhado diretamente à sede da Polícia Federal de Campo Grande.Dois indivíduos foram conduzidos em flagrante.

A ação faz parte da 3ª etapa da Rede Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), iniciativa nacional de enfrentamento ao crime organizado.

Em todo o país, a organização e preparação da operação envolve ao menos 18 ações estratégicas, que abrangeram desde o encaminhamento de demandas originadas na reunião de alinhamento até a preparação de sistemas e o treinamento de usuários.

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