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Governo avalia testagem em massa para volta às aulas em MS

Retorno às aulas, que está previsto para o dia 8 de setembro, não está no horizonte de secretário

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O protocolo para a volta dos alunos da Rede Estadual de Ensino (REE) ainda está em fase de conclusão.  

Segundo o titular da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Geraldo Resende, parte do plano de biossegurança para o retorno ainda não foi concluída, e o governo estuda a possibilidade de testar alunos para a Covid-19.

“A gente ainda não vê no horizonte a volta das aulas presenciais, por isso ainda não estamos com isso fechado. O certo é que cada cidade deverá ter um protocolo feito de acordo com a circunstância dela, de acordo com a situação da pandemia. Vai ter testagem, mas ainda não definimos como, nem quantos seriam [testados]”, declarou o secretário.

Segundo Resende, será avaliada a necessidade de testagem em massa ou por amostragem dos alunos quando houver a volta das atividades presenciais na rede pública de Mato Grosso do Sul. Caso seja necessário uma testagem em massa, seria preciso cerca de 50 mil exames apenas em Campo Grande para os estudantes da REE. Entretanto, em quase 5 meses de pandemia, Mato Grosso do Sul testou 138.458 pessoas em todo o Estado, 57.810 delas na Capital.

Se a medida se estender para a rede municipal, seriam quase 240 mil testes só em Campo Grande, já que a Rede Municipal de Ensino (Reme) tem pouco mais de 108 mil alunos. Segundo o superintendente de Gestão das Políticas Educacionais da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Waldir Leonel, como ainda não há previsão para o retorno, essa situação ainda não foi definida.

“O nosso protocolo coloca quatro aspectos macro, que seriam: a questão do aspecto cognitivo, como seria trabalhado o aprendizado no retorno desses alunos; a questão socioemocional, como será trabalhada a questão da família dos alunos, dos professores, dos profissionais da educação em geral; a normatização, como será normatizado o processo; e, por fim, o protocolo de biossegurança. Em relação à testagem, isso vai depender do processo que nós estamos vivenciando ainda e a quantidade ou material para essa testagem. Atualmente não temos um posicionamento sobre esse assunto, porque depende de quando nós retornarmos e de um trabalho com a saúde”, relatou o superintendente.

O município criou uma comissão para tratar dessa volta, e as reuniões devem começar a serem realizadas ainda neste mês.

Atualmente, o decreto que restringe as aulas nas escolas, tanto municipal quanto estadual, tem validade até o dia 7 de setembro deste ano, porém, conforme apontado pelo Correio do Estado na semana passada, o retorno das atividades, principalmente na REE, será guiado pelo programa Prosseguir.

Conforme o programa, as atividades de Ensino Fundamental, Médio e Superior só podem retomar o curso presencial quando as cidades estiveram em grau tolerável do contágio de Covid-19, já que o ensino é considerado de alto risco na transmissão da doença. Dados do último boletim do Prosseguir mostram que apenas dois municípios do Estado estavam nesta situação, Inocência e Glória de Dourados, mas a volta só acontecerá quando a maior parte das cidades estiverem nesta fase.

Parte do protocolo para o retorno das aulas da rede estadual foi feito pela Secretaria de Estado de Educação (SED) e já está pronto, mas a questão sanitária deverá ser comandada pela SES.

Conforme a SED, a compra de equipamentos de proteção individual (EPIs) já está ocorrendo, assim como a de álcool em gel para distribuir em todas as 345 instituições de ensino da rede, que atendem pouco mais de 210 mil alunos em todo o Estado.

Como ainda não há vacina ou tratamento comprovadamente eficaz contra a Covid-19, quando houver uma volta, esses alunos não deverão comparecer todos os dias nas escolas, já que é necessário manter o isolamento social por conta da pandemia.

Para isso, em escolas com grande número de alunos por salas e de turmas por período, deverá ser feita uma escala de aulas presenciais e remotas.

Atualmente, as aulas são transmitidas pela internet, por uma emissora de televisão ou por meio de atividades impressas que são disponibilizadas nas escolas.

PARTICULARES

Segundo a presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Mato Grosso do Sul, Maria da Glória Paim Barcellos, o protocolo de biossegurança feito pelas instituições de ensino e entregue na prefeitura de Campo Grande não prevê a realização de exames de Covid-19 para o retorno das aulas presenciais.

Ainda conforme Barcellos, isso não impede que as escolas possam oferecer essa medida aos pais, entretanto, ela relata que, até o momento, não teve notícia de instituições que tenham adotado este protocolo.

As aulas presenciais, tanto da rede pública estadual quando da rede particular, estão paralisadas desde o dia 23 de março deste ano, em função dos primeiros casos do novo coronavírus confirmados em Mato Grosso do Sul.

 

Vem chuva por aí ...

Inmet emite alerta de tempestade enquanto frente fria se aproxima de Mato Grosso do Sul

Onda de calor começará a perder força a partir de amanhã, mas dados meteorológicos indicam, com queda de temperatura prevista até sexta-feira

18/03/2024 18h43

Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo potencial para tempestades nas próximas 24 horas em cidades de Mato Grosso do Sul. Segundo o sistema meteorológico, uma frente fria que está atingindo o sul do país deve provocar chuvas, trazendo alívio para a onda de calor que tem castigado os sul-mato-grossenses há mais de uma semana

As temperaturas começarão a cair na sexta-feira (22), atingindo uma mínima de 22ºC em Campo Grande. A partir do próximo sábado (23) até o fim de março, os termômetros não devem ultrapassar os 30ºC, trazendo um alívio após a recente onda de calor    

Segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), são esperadas rajadas de vento entre 50 e 60 km/h

De acordo com os dados meteorológicos, as temperaturas na região sul do Estado devem registrar quedas, enquanto na região norte e no bolsão, a mínima esperada é de 24°C. Em Campo Grande, as mínimas esperadas estão entre 23°C, com máximas podendo chegar até 33°C


Quatro cidades de MS ultrapassam sensação térmica acima de 40ºC 

De acordo com dados do meteorologista da Uniderp, Natálio Abrahão, quatro cidades de Mato Grosso do Sul registraram temperaturas acima de 37ºC, com sensação térmica ultrapassando os 42ºC.


Corumbá 38,4ºC, com sensação térmica 44,4ºC 
Três Lagoas 38,1ºC, com sensação térmica 44,1ºC 
Jardim 37,9ºC, com sensação térmica 43ºC
Bonito 37,3ºC, com sensação térmica 42ºC

Na tarde de hoje, Campo Grande registrou 34,2ºC às 14h, com sensação térmica de 39ºC. Amanhã, o sol continuará forte, porém, o tempo começará a sofrer mudanças devido à aproximação de uma frente fria que se aproxima de Mato Grosso do Sul nos próximos dias.    

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Tempus Veritatis

General de MS discutiu prisão de Alexandre de Morais, revela depoimento a Polícia Federal

Mensagem trocadas com militar reformado indicam que o general da reserva falou de "sair das quatro linhas" e prisão do Ministro Alexandre de Moraes em Goiás caso o golpe de Estado tivesse dado certo

18/03/2024 17h19

O general foi um dos alvos da operação Tempus Veritatis, culminou com 25 investigados, convocados no dia 22 de fevereiro a prestar depoimentos Arquivo/ Correio do Estado/ Alvaro Rezende

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A quebra de sigilo telemático das investigações relacionadas a tentativa de golpe de Estado, apontam que o general da Reserva Laércio Vergílio, de 69 anos, trocou mensagens com o militar reformado Ailton Gonçalves de Moraes Barros, cujo teor variava entre "momento de tomada de decisão" e inclusive áudios em que mencionou a uma eventual prisão do Ministro Alexandre de Morares. 

O general foi um dos alvos da operação Tempus Veritatis, culminou com 25 investigados, convocados no dia 22 de fevereiro a prestar depoimentos que ocorreram simultaneamente, para evitar qualquer forma de comunicação entre os interrogados.

Em frente a sede da Polícia Federal de Campo Grande, Vergílio chegou a conceder entrevistas e disse que estava doente em tratamento, como também negou qualquer participação na intentona golpista que corria pelos bastidores por parte de um núcleo de militares após Lula (PT) ter vencido as eleições de 2022.

Ainda, conforme o depoimento, ao ser questionado sobre sua proximidade com o militar reformado Ailton Gonçalves Moraes de Barros, respondeu que serviram juntos na brigada de paraquedistas no Rio de Janeiro e também no 9º GAC, em Nioaque, no ano de 1999.

Apesar de ter dito que não falava há um ano com Ailton, não sabendo ao certo indicar quando foi a última vez que trocaram mensagens e se trataram de algum assunto que envolveu o golpe de Estado, Vergílio negou ter abordado qualquer tema que fora das "quatro linhas da Constituição".

E minimizou, dizendo tratar-se de conversas acerca de sua preocupação com a situação política no país, negando qualquer tentativa de golpe e sim, da possibilidade da implementação da Garantia da lei e da ordem (GLO).

Já que nas trocas de mensagens, ele teria apontado o general Freire Gomes como "legalista", portanto, a única maneira de conseguir o apoio que o presidente Bolsonaro precisava era argumentando com amparos legais para dar andamento com à intentona golpista. 

Em outro trecho da conversa chega a dizer que o comandante do Exército "não resistiria a uma boa conversa de rapó". O assunto teria saído de um grupo de WhatsApp de coronéis e generais da reserva que Vergilio não soube dizer quem teria enviado a mensagem. 

"INDAGADO sobre o que quis dizer quando afirmou que o General FREIRE GOMES "não resistiria a uma boa conversa de rapó" respondeu QUE quando disse que FREIRE GOMES "não resistiria a uma boa conversa de rapó", quis dizer que FREIRE GOMES aceitaria e acataria um argumento embasado juridicamente na Constituição"

No celular de Ailton a Polícia Federal ainda encontrou três áudios, sendo que no dia 15/12/2022 a seguinte mensagem foi enviada para Ailton, em que Vergílio comenta que se encontram no "limite longo da ZL" e arremata "vamos dar passagem perdida".

Os investigadores pediram que explicasse a linguagem militar usada da mensagem, o general contou que "Vamos dar passagem perdida" significa a necessidade de uma tomada de decisão imediata. E acerca do termo "ZL" é um termo usado por paraquedistas que significa "Zona de lançamento".

Em outro áudio chegou a nortear o conceito da missão pedindo que Ailton passasse o áudio para o "Zero Uno (presidente Bolsonaro).

"O meu próximo áudio agora, assim, vai te dar o conceito da operação, entendeu? O conceito da operação. Que tem que ser executado. Num... num... num tem mais, assim: não, será, que não será, o que que vai... Foda-se! Agora, entendeu, é ação. Então, esse próximo áudio, também, além do ZERO UNO, aí tem que ser passado pa todo aquele pessoal que você passa sempre, entendeu? Então agora, negão, é... assim... a... Já estamos em guerra, né? Só que agora é a... assim... Temos que executar essas ações. Vou dar o conceito da operação. É... A execução eu não tô mais em condições de fazê-la, senão eu ia até aí pra comandar essa porra aí dessa operação que eu vou falar agora pra você"

Acerca da "operação especial" nega que tenha sido em referência a golpe de Estado e sim, a GLO até que a "ordem fosse reestabelecida". A conversa prosseguiu e em uma quinta-feira, precisamente no dia 15 de dezembro, Vergílio enviou outro áudio dizendo que a pressão contra o comandante do Exército Freire Gomes devia persistir até que ele aderisse à intentona golpista e fizesse um depoimento à nação. 

No limite do jogo

Porém, apesar de tentar emplacar o discurso de que tudo deveria ser amparado juridicamente, chegou a afirmar que no caso de Freire Gomes não aderisse ao golpe do então presidente Jair Bolsonaro, o jogo deixaria de ser "dentro das quatro linhas" partindo para outras medidas.

"Então é... O que que nós temos que fazer? Então até sexta-feira, até amanhã à tarde, então, fazer um pronunciamento. Ou o FREIRE GOMES, ou BOLSONARO, né? De preferência o FREIRE GOMES. Aí será tudo dentro das quatro linhas. Não o sendo, vai ser fora das quatro linhas mesmo. Nós já estamos no limite longo da ZL. Não vamos ter mais como lançar. Vamos ter que dar passagem perdida. E aí?  Como é que vai ficar o Brasil? Entendeu? Como é que vai ficar a moral dos militares do glorioso Exército de Caxias?"

"Então a primeira coisa é essa, é... é... é... é... Pro... Esse pronunciamento, ou do FREIRE GOMES ou do BOLSONARO até amanhã à tarde. E também, até amanhã à tarde, todos os atos, todos os decretos da ordem de operações tem que já estarem prontos. E como é que tem que ser? Pô, é... Não é tão difícil. O outro lado tem a caneta. Nós temos a caneta e temos a força. O braço forte e a mão amiga. Qual é o problema? Entendeu? Quem é que tá jogando fora da... das quatro linhas? Somos nós?  Não, não somos. Então nósvamos ficar dentro das quatro linhas até tal ponto ou linha. Mas agora nós estamos o que? É... Já... É... Fadados a nem mais lançar. Vamos dar passagem perdida? Então, se preciso for, vai ser fora das quatro linhas".

Ao admitir sair "fora das quatro linhas" Vergílio entra na prisão do Ministro Alexandre de Moraes, que seria levado preso pelos Kids Pretos, em Goiás (GO).

"E aí nessa ordem de operações, na... na... nos decreto, na... assim... nas portarias que tiverem que ser assinada, tem que ser dada a missão ao comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia de prender o ALEXANDRE DE MORAES no domingo, na casa dele, como ele faz com todo mundo. E aí, na segunda-feira, ser lida a portaria ou as portarias, o decreto ou os decretos de garantia da lei e da ordem, e botar as Forças Armadas, cujo comandante supremo é o Presidente da República para agir, senão nunca mais nós vamos limpar o nome do glorioso Exército de Caxias. É isso aí".

Sobre a referência constante a ZL e "não ter mais como lançar" apontou que naquele momento, como se encontravam na segunda quinzena de dezembro e no início de janeiro, Bolsonaro teria que passar a faixa presidencial, ao ver dele, qualquer levante tardio seria golpe de Estado. 

Para o general, as conversas que teve com Ailton não passaram de transmissão de sua opinião como cidadão e militar reformado. Apesar de ter mencionado a prisão do Ministro, negou ter qualquer conhecimento que estava prevista para ocorrer no dia 18 de dezembro de 2022.

"Não sabe se o Comandante da Brigada de Operações Especiais, General de Brigada CARLOS ALBERTO RODRIGUES PIMENTEL, teria anuído com o respectivo plano de execução de plano  de execução de prisão do Ministro MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES; QUE nem mesmo sabe se ele tomou conhecimento dessa opinião que deu para um amigo em uma conversa particular; QUE nem mesmo conhece o Comandante da Brigada de Operações Especiais, General de Brigada CARLOS ALBERTO RODRIGUES PIMENTEL ou a Brigada".

Laércio Vergilio entrou para a reserva remunerada em 31/12/2000 como Coronel, de acordo com a lei vigente no período, recebeu a patente de General de Brigada, assim como soldo referente ao cargo.

Teve formação pela Academia Militar de Agulhas Negras, em Rezende no Rio de Janeiro, em 1976, passou também pela Formação de Oficiais de Carreira do Exército.

Conheceu Ailton quando serviu na brigada de parquedistas no Rio de Janeiro e depois em Nioaque (MS), no 9º GAC, em 1994.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo de todos os depoimentos prestados à Polícia Federal Operação Tempus Veritatis (Tempo da Verdade).

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