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Governo de MS declara situação de emergência devido à seca

Decreto é de 180 dias, com início em 21 de outubro de 2024 e término em 19 de abril de 2025

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Governo do Estado declarou, nesta segunda-feira (21), situação de emergência devido a estiagem prolongada, nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, pelo período de 180 dias.

O decreto inicia em 21 de outubro de 2024 e terminará em 19 de abril de 2025. A decisão foi publicada no Diário Oficial Eletrônico desta segunda-feira (21).

Com isso, foi autorizado a mobilização de todos os órgãos estaduais para atuarem, sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC), nas ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução.

Também está permitido adentrar nas casas, para prestar socorro ou para determinar a pronta evacuação e usar propriedade particular, no caso de iminente perigo público, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

Além disso, caso necessário, pode-se convocar voluntários, para reforçar as ações de resposta ao desastre e a realização de campanhas de arrecadação de recursos perante a comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada pelo desastre, sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC).

O decreto levou em consideração os seguintes pontos:

  • Maioria dos municípios de MS enfrentam seca extrema há meses, o que resulta em aumento exponencial de focos de calor no Estado
  • Impactos das queimadas para agropecuária
  • Perdas econômicas
  • Degradação da vegetação, do solo, da fauna, dos bens materiais e a vida humana
  • Prejuízo econômico direto de R$ 17.247.666,86 para a agropecuária pantaneira

Confira o trecho redigido no Diário Oficial:

Considerando que o Parecer Técnico da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC-MS) relata a ocorrência desse desastre no Estado e é favorável à declaração de “Situação de Emergência,

DECRETA:

Art. 1º Declara-se a “Situação de Emergência”, pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, nos municípios de Mato Grosso do Sul afetados por desastre, classificado e codificado como Estiagem - COBRADE - 1.4.1.1.0, nos termos da Portaria nº 260, de 2 de fevereiro de 2022, do Ministério da Integração Nacional.

Art. 2º Autoriza-se a mobilização de todos os órgãos estaduais para atuarem, sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC/MS), nas ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução.

Art. 3º Autoriza-se a convocação de voluntários, para reforçar as ações de resposta ao desastre e a realização de campanhas de arrecadação de recursos perante a comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada pelo desastre, sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC/MS).

Art. 4º De acordo com o estabelecido nos incisos XI e XXV do art. 5º da Constituição Federal, ficam autorizadas as autoridades administrativas e os agentes de defesa civil, diretamente responsáveis pelas ações de resposta aos desastres, em caso de risco iminente, a:

I - adentrar nas casas, para prestar socorro ou para determinar a pronta evacuação;

II - usar de propriedade particular, no caso de iminente perigo público, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

Parágrafo único. Será responsabilizado o agente da Defesa Civil ou a autoridade administrativa que se omitir de suas obrigações, relacionadas com a segurança global da população. Art. 5º Com base no inciso VIII do art. 75 da Lei Federal nº 14.133, de 1º de abril de 2021, sem prejuízo das restrições da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (da Lei de Responsabilidade Fiscal), ficam dispensados de licitação nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a continuidade dos serviços públicos ou a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para aquisição dos bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 1 (um) ano, contado da data de ocorrência da emergência ou da calamidade, vedadas a prorrogação dos respectivos contratos e a contratação de empresa já contratada.

 

PANTANAL EM CHAMAS

Incêndios de grandes proporções atingem o Pantanal sul-mato-grossense desde 1º de junho de 2024.

As queimadas transformaram cenários verdes e cheios de vida em paisagens cinzentas e mortes. O fogo destrói matas, áreas verdes, vegetações, florestas, biodiversidade e espécies nativas (fauna e flora) do Pantanal.

Dados do Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa), do departamento de meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontam que 1.562.800 hectares foram consumidos pelo fogo, entre 1º de janeiro e 20 de outubro de 2024, área equivalente a 16,04% do bioma.

Portanto, isto significa que o incêndio no primeiro semestre de 2024 é pior do que o do mesmo período de 2020.

Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Polícia Militar Ambiental (PMA), Exército Brasileiro, Marinha do Brasil, Força Nacional, Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Homem Pantaneiro (IHP), SOS Pantanal e brigadas voluntárias tentam controlar o fogo no Pantanal Sul-mato-grossense.

Cidades

Entenda o que é trepanação, procedimento pelo qual Lula passou

Após dor de cabeça, exame revelou hemorragia intracraniana e presidente passou por cirurgia às pressas

10/12/2024 15h31

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Arquivo/ Agência Brasil

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, passou por uma trepanação para drenar uma hemorragia intracraniana nesta segunda-feira (10). O procedimento foi consequência de um acidente doméstico sofrido pelo presidente em 19 de outubro, quando ele caiu no banheiro da residência oficial e bateu com a cabeça 

Entenda:

O que é trepanação?

São perfurações feitas no crânio. No caso do presidente, foram feitas entre duas lâminas da meninge, seguidas da colocação de um dreno, por onde sai o sangue acumulado após a hemorragia.

De acordo com o médico do presidente, Roberto Kalil, os orifícios feitos no crânio de Lula são pequenos e terão cicatrização espontânea, sem necessidade de intervenção futura. 

Inicialmente, o boletim médico do hospital falava que o presidente passaria por uma craniotomia. Porém, os médicos esclareceram que foi uma trepanação.

O que aconteceu com o presidente?

Lula teve mal-estar semelhante a um quadro gripal, acompanhado por dores de cabeça, e então foi ao Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, na noite desta segunda (9). Como teve uma queda recente, passou por uma ressonância magnética, que detectou uma hemorragia intracraniana de um hematoma decorrente do acidente em 19 de outubro. O presidente foi transferido para a unidade do hospital, em São Paulo, onde passou pelo procedimento cirúrgico.

Kalil explica que não houve machucado no cérebro, já que o hematoma estava localizado entre o osso cranial e o cérebro.

Desta forma, para evitar que o hematoma comprima o cérebro, o presidente passou pela trepanação na manhã de hoje, no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.

Qual o estado de saúde do presidente?

De acordo com o médico, Lula reagiu bem ao procedimento, está lúcido, acordado, se alimentando e se comunicando bem e não teve qualquer comprometimento cerebral. 

O presidente está acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, e, por precaução, ficará internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por 48 horas.

A expectativa da equipe médica, liderada por Roberto Kalil, é que Lula volte às atividades na próxima semana.

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Presos do tráfico custam R$230 milhões por ano em MS

O governador Eduardo Riedel cobrou da União, durante o 16ª edição do Fórum dos Governadores, o apoio ou uma solução para equilibrar os custos do Estado com presos do tráfico de drogas

10/12/2024 14h07

Presos do tráfico custam R$230 milhões por ano em MS

Presos do tráfico custam R$230 milhões por ano em MS Divulgação: Governo de MS

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Um preso custa, em média, aos cofres do estado de Mato Grosso do Sul, o valor de R$2.003,00 por mês, cerca de R$230 milhões por ano. É o que indica os dados divulgados pelo governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel. O tema foi colocado em pauta em função da discussão sobre PEC da Segurança Pública, sendo um dos pontos principais da 16ª edição do Fórum dos Governadores, em Brasília.

Riedel cobrou da União apoio ou uma solução para equilibrar os custos do Estado com presos do tráfico de drogas, que representam 40% do seu sistema prisional. Esta situação ocorre porque Mato Grosso do Sul está na fronteira com dois países, Bolívia e Paraguai.

“Quero chamar a atenção em relação a PEC (Segurança Pública) sobre o nosso sistema prisional, onde temos 23 mil presos, sendo 40% do tráfico de drogas, pois temos fronteira com dois países e divisa com cinco estados. É de longe o Estado com a maior população carcerária por 100 mil habitantes, com 750 por 100 mil (habitantes), sendo que a média brasileira é de 350”, afirmou.

O governador enfatizou que o objetivo da PEC é equilibrar o financiamento da população carcerária, que atualmente está integralmente nas ‘costas’ do Estado. Por fim, destacou aos demais governadores e ministro Lewandowski que também estava presente, que esta é uma grande oportunidade para colocar a questão (sistema prisional) em pauta, em função da PEC da Segurança Pública.

“Vamos sair da discussão e termos de convênio e passar para algo que seja efetivo, na busca de uma solução para o financiamento desta situação que vivemos em Mato Grosso do Sul. Na PEC vamos buscar corrigir”.

PEC da Segurança

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, apresentada pelo Governo Federal, foi um dos principais temas debatidos na 16ª edição do Fórum dos Governadores, em Brasília. A iniciativa busca alterar a Constituição Federal para estabelecer um pacto federativo que integre estados, Distrito Federal e União no enfrentamento ao crime organizado, uma questão que tem se agravado em todo o Brasil.  

Durante o evento, o Conselho Nacional de Secretários de Segurança apresentou uma proposta alternativa à PEC, defendendo maior autonomia para os estados. A iniciativa recebeu o apoio do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, que destacou a importância de preservar a capacidade de atuação das administrações estaduais.

De acordo com Riedel, a proposta dos secretários avança ao constitucionalizar a segurança pública e será amplamente debatida tanto no Ministério da Segurança Pública quanto no Congresso Nacional.  

Além da PEC, outros temas relevantes foram discutidos no encontro. Entre eles, o programa “Mais Acesso a Especialistas”, do Ministério da Saúde, que visa reduzir o tempo de espera e as filas no Sistema Único de Saúde (SUS), e o pacote de medidas econômicas do Governo Federal, que busca impulsionar o desenvolvimento no país.

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