Cidades

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Guardas são contra militar no comando da Secretaria de Segurança do município

Sindicato encaminhou nota contrária à indicação de militar ao posto de Valério Azambuja, exonerado nesta quinta-feira

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A Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande, por meio do Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande (SindGM/CG), se antecipou à Prefeitura Municipal e se posicionou contra a indicação de um militar ao posto de Secretário de Segurança do Município.

O cargo está vago desde a manhã desta quinta-feira (8), quando Valério Azambuja, líder da pasta alegou "razões pessoais" e pediu afastamento do cargo que ocupava desde 2014. Até a publicação desta matéria, a exoneração de Azambuja não havia sido publicada em Diário Oficial. 

Em ofício direcionado à prefeita Adriane Lopes (Patriota), o SindGM sugeriu que a prefeita "não realize a indicação de militares e de militares de forças auxiliares (Forças Armadas, Policial Militar ou Bombeiro Militar) para a gestão da Secretaria da Guarda Municipal".

De acordo com o documento, o pedido da guarda é para que se preserve o caráter civil da instituição. O ofício encaminhado à Prefeitura possui caráter emergencial, cumpre decisão unânime da diretoria do sindicato e foi assinado pelo presidente do mesmo, Hudson Bonfim.

Conforme o pedido dos guardas, a Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme) já se posicionou em outras oportunidades contra o caráter de atuação de segurança pública propiciado pelas Guardas Municipais. 

Em nota técnica assinada pelo Cel PM Marlon Jorge Teza, presidente da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme) e por Roger Nardys de Vasconcellos, diretor jurídico da Feneme, a instituição alega que "as guardas municipais só podem existir se destinadas à proteção dos bens, serviços e instalações de municípios como estabelece a Constituição Federal. Não lhes cabem, portanto, os serviços de polícia ostensiva, de preservação da ordem pública, de polícia judiciária e de apuração das infrações penais, essas atribuições foram essencialmente atribuídas a polícia militar e a polícia civil".

O Correio do Estado procurou a Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) para mais esclarecimentos, mas, ainda não se sabe quem ocupará o lugar de Azambuja. 

Ainda de acordo com a nota técnica, "é vedado aos agentes municipais a realização de revistas em pessoas. Se há suspeitas, sempre deverão acionar a polícia militar ou a polícia civil e a estas competirá realizar a identificação da pessoa e a busca pessoal, em caso de fundada suspeita".

De acordo com presidente do SindGM/CG, a ação inibe o papel da Guarda Municipal no que tange à segurança da população de Campo Grande e, por isso, o sindicato se posiciona contra a indicação de um militar à pasta que regula o funcionamento da mesma na cidade.

Debandada

Desde a chegada de Adriane Lopes, a Prefeitura de Campo Grande enfrenta uma série de exonerações nas secretarias. Entre as exonerações, estão o posto de José Mauro Filho na Secretaria Municipal de Saúde, cargo agora de Sandro Benites. 

Na Subsecretaria do Bem-Estar Animal, Ana Luiza Lourenço de Oliveira assumiu o lugar de Ana Cristina Camargo de Castro. Inês Auxiliadora Mongenot Santana assumiu como secretária adjunta da Secretaria Municipal de Assistência Social. Na

Secretaria Municipal da Juventude: Michele dos Santos Ferreira assumiu o cargo de secretária-adjunta.

Outras nomeções

Secretaria-Executiva de Compras Governamentais: Isaac José de Araujo.

Secretaria de Governo e Relações Institucionais (Segov) - Antônio Cézar Lacerda foi trocado por Mario Cesar Oliveira da Fonseca.

Secretaria Municipal de Gestão - Maria das Graças Macedo ficou no lugar de Agenor Mattiello.

Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat) - Paulo da Silva assumiu o lugar de Luciano Silva Martins.

Chefia de gabinete prefeitura: Thelma Fernandes Mendes deixou o cargo de secretária-adjunta da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), assumindo a chefia de gabinete da prefeita.

Assessor chefia de gabinete prefeitura: Wilton Celeste Candelório ocupou o lugar de Laura Marina Ferreira S. de Miranda Candelório.

Os diretores/secretários que permaneceram em seus cargos são:

Rudi Fioresi - secretário de Obras

Márcia Helena Hokama - secretária de Finanças

Janine de Lima Bruno - diretor da Agetran 

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FAMÍLIA TENTOU IMPEDIR

Casal com deficiência consegue autorização judicial para namorar

Pais da jovem de 24 anos, que tem deficiência psicomotora, entraram na justiça para impedi-la de namorar um rapaz deficiente visual

20/09/2024 18h00

Família de jovem entrou com ação para impedir namoro com rapaz deficiente visual

Família de jovem entrou com ação para impedir namoro com rapaz deficiente visual Foto: divulgação

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Um casal de jovens, sendo um rapaz de 22 anos com deficiência visual, e uma mulher de 24 anos com deficiência neuropsicomotora, conseguiram autorização judicial para namorar, após os pais da menina moverem ação para impedir o relacionamento.

De acordo com a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, o conflito começou quando a jovem saiu da aula e foi até a casa do namorado, quando deveria ter ido para a casa dos pais.

Pai e mãe registraram boletim de ocorrência, alegando que a filha teria sido impedida de voltar para casa, e também moveram ação judicial questionando e pedindo a interrupção do namoro.

Quando os pais tentaram levá-la de volta para casa, ela expressou o desejo de ficar com o namorado. Mesmo assim, a família se recusou a recebê-la de volta caso o rapaz estivesse presente.

A filha, por sua vez, demonstrou receio de ser forçada a permanecer na casa dos pais e não conseguir voltar para o namorado, o que gerou um conflito que levou ao processo judicial.

Em decisão liminar, foi determinado que a jovem deveria obrigatoriamente retornar para a casa da família.

Decisão questionada

O rapaz, então, procurou a Defensoria Pública, após a‌ namorada ser retirada a força de sua residência.

Conforme a defensora pública da comarca, Janaína de Araújo Sant’Ana, responsável pela defesa do rapaz, disse que o caso se destaca por sublinhar a importância do respeito à autonomia das pessoas com deficiência.

“Não é um atendimento frequente em nosso cotidiano, por isso, demanda uma escuta com maior atenção, respeito e compreensão ao assistido e às peculiaridades do caso”, explicou.

A Defensoria apresentou uma contestação, destacando que a jovem havia ido à casa do namorado por vontade própria e que os pais dele a trataram com respeito, inclusive levando-a ao médico e cuidando de suas necessidades de saúde.

Diante disso, a Defensoria Pública solicitou uma reconvenção para regularizar o direito de convivência do casal, argumentando que o caso feria o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que garante a autonomia e capacidade legal de pessoas com deficiência em condições de igualdade com os demais.

Em um laudo psicossocial, a jovem alegou que os pais não aceitavam o relacionamento devido à deficiência visual do namorado.

“Assim, após ouvir o assistido e analisar o caso concreto, (dois jovens, que se conheceram na escola, ele com 22 anos pessoa com deficiência visual, ela com 24 anos pessoa com atraso neuropsicomotor, alteração mecânica e de aprendizado que não a impede de manifestar sua vontade), foi possível perceber que os direitos do assistido e de sua namorada estavam sendo violados, e propor a medida judicial adequada”, disse a defensora Janaína Sant’Ana.

A Justiça reconheceu os direitos do casal e concedeu uma liminar permitindo que o casal se encontrasse nos fins de semana, com horários determinados.

No julgamento do mérito, uma sentença final ampliou o tempo de convivência e reconheceu o direito ao relacionamento entre os dois.

“A sentença é recente, mas antes, já tinha sido concedida a liminar, e os pais da moça, apesar de discordarem, estão cumprindo a liminar”, concluiu defensora Janaína.

* Com assessoria

Projeto de Lei

Governo Federal prepara medida para banir celulares nas escolas

Segundo o MEC, as medidas serão anunciadas em outubro. Em MS, o Projeto de Lei nº 3.280 proíbe o uso de celulares, pagers, rádios e outros dispositivos eletrônicos que produzem ruídos ou sons dentro das salas de aula, exceto para estudos.

20/09/2024 17h32

Governo federal prepara projeto de lei de banimento de aparelhos celulares nas escolas

Governo federal prepara projeto de lei de banimento de aparelhos celulares nas escolas Arquivo/ Correio do Estado

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Após a divulgação de um relatório das Nações Unidas alertando sobre os riscos do uso excessivo de telas na infância e na adolescência, o governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), está finalizando um projeto de lei com o objetivo de banir o uso de aparelhos celulares nas escolas públicas e privadas de todo o país. A medida visa promover um ambiente de aprendizado mais saudável e menos distraído.

De acordo com a pasta, os estudos visam oferecer segurança jurídica para estados e municípios que já vinham discutindo a proibição de eletrônicos em escolas públicas. Ainda de acordo com MEC, as medidas serão anunciadas em outubro deste ano. 

Em entrevista à Folha de São Paulo, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o projeto de lei que visa proibir o uso de celulares nas escolas está em fase de construção.

"Nós estamos trabalhando na elaboração de um projeto de lei porque, na nossa avaliação, uma 'recomendação' seria muito frágil", afirmou Santana. 

Durante a conversa com a Folha de São Paulo, o ministro apresentou um relatório que defende restrições ou até proibições de aparelhos celulares nas escolas, devido à dificuldade de aprendizado e também às questões de saúde mental na adolescência.

"Os estudos mostram que o banimento tem impacto positivo não apenas na atenção em sala de aula e no desempenho dos estudantes, mas também na saúde mental dos professores", argumenta Camilo. 

Em Mato Grosso do Sul, o Projeto de Lei nº 3.280 proíbe o uso de celulares, pagers, rádios e outros dispositivos eletrônicos que produzem ruídos ou sons dentro das salas de aula, exceto para fins pedagógicos. A medida visa criar um ambiente de aprendizado mais concentrado e produtivo para os alunos, evitando distrações causadas pelo uso inadequado de tecnologia no ambiente escolar.

Em contato com a SED (Secretaria de Estado de Educação), foi informado que, caso a medida de proibição de celulares seja implementada em todo o país, é improvável que altere as práticas já adotadas nas escolas do estado. Atualmente, o projeto de lei é incorporado ao regimento interno das instituições públicas e privadas de Mato Grosso do Sul, e, em caso de descumprimento, os pais ou responsáveis podem receber notificações, podendo até resultar em suspensão do aluno em caso de reincidência.

De acordo com o MEC, a data de divulgação do projeto de lei ainda não foi definida, pois o caso está em fase de preparação final.

Outros estados 

Enquanto o MEC finaliza o projeto de lei em nível federal, em São Paulo, o projeto que visa proibir o uso de aparelhos celulares dentro das escolas do estado está avançando na Assembleia Legislativa. 

Nas escolas do Rio de Janeiro, o uso de aparelhos celulares é proibido por decreto municipal.

 

*Informações da Folha de São Paulo 

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