Cidades

INCÊNDIO EM VEGETAÇÃO

Há 47 dias sem chuvas significativas, queimadas se espalham nas cidades do Estado

Fraca frente fria que se aproxima do Estado não deve ser suficiente para cessar os incêndios

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Além do Pantanal sul-mato-grossense, que há meses enfrenta um rigoroso incêndio florestal, outros municípios do interior e Campo Grande também sentem os efeitos da falta de chuva e da baixa umidade de ar. A consequência é vista no aumento de casos atendidos pelo Corpo de Bombeiros de fogo em vegetação neste mês.

Conforme dados da corporação o número de ocorrências desse tipo nos primeiro 11 dias de agosto já atingiu 63% do total do mês passado. Em todo o Estado, são 697 atendimentos em julho e 445 em agosto. A situação em Campo Grande também é preocupante, já que não há registro de chuvas significativas há 47 dias. 

De acordo com dados da estação automática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não chove em Campo Grande desde o dia 15 de julho. O município registra geralmente mais casos de queimadas do que todas as outras cidades do interior juntas. 

Em agosto, por exemplo, nestes primeiros dias, já são 229 focos na Capital contra 216 no interior de Mato Grosso do Sul. Em julho foram registrados 362 casos na cidade morena. 

Apesar dos altos números neste ano, 2019 fechou o mês de agosto com um quantitativo de 1.451 (656 no interior e 795 na Capital) - o maior número registrado no ano. Em compensação, 2020 já ultrapassou agosto de 2018: São 436 (163 no interior e 273 em Campo Grande) naquele ano. 

Segundo o meteorologista Natálio Abrahão, a situação climática do Estado é crítica e tende a piorar nos próximos dias. Uma fraca frente fria vinda do litoral do Paraná não deve ser de grande ajuda contra os focos de incêndios tanto no Pantanal quanto os registrados nas cidades. 

“Para Campo Grande só haverá aumento de nuvens; parcialmente nublado. Há chances de chuvas fracas rápidas na quinta-feira, mas de baixíssimo volume: são de 10%”, disse ele ao Correio do Estado

Esta frente fria prevista para o fim de semana deve ser um pouco mais intensa no sul de MS, de acordo com o meteorologista. “As chances de chuvas no sul do Estado para são de 30%. Depois disso sol, calor e umidade relativa do ar mínima”, revelou ele. 

Sobre a precipitação ajudar nos incêndios, Abrahão é direto: “Não faz efeito nenhum e sem previsão nenhuma de mudanças que melhorem o atual quadro de clima”. Segundo ele, após a passagem dessa frente fria deve ficar “mais quente ainda esta semana”.

A umidade relativa do ar no mínimo, além de problemas para a saúde, também é um fator que contribui para o aumento das queimadas. Na tarde de ontem (11), a umidade do ar estava em 17% e o Inmet chegou a emitir um alerta de Perigo Potencial. O conselho para esses casos é que a pessoa beba bastante água, evite desgaste físico nas horas mais secas e evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia. 

Conforme apurado pelo Correio do Estado, na quarta-feira (5) passada, a umidade do ar chegou a marcar 11% e nos próximos dias não deve passar de 19%. 

Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS, o motivo para tal feito é o escoamento anticiclônico (sentido anti-horário) em níveis médios da atmosfera (6 km de altitude), que mantém a condição de tempo seco.⁣

Este tipo de circulação favorece movimentos subsidentes (de cima para baixo) que dificultam a formação da nebulosidade e contribuem também para a diminuição dos índices de umidade relativa do ar. ⁣

O Cemtec informou também que o calorão deve ser amenizado na próxima semana, quando uma frente fria chega ao Mato Grosso do Sul e derruba temperaturas, entre os dias 18 e 23 de agosto. Mínima prevista para o período é de 10°C e máxima de 27°C.

Confira abaixo algumas queimadas em vegetação que o Correio do Estado flagrou em Campo Grande:

Campo Grande

Motoristas conquistam reajuste salarial e cancelam greve

Entre outros ganhos, salário dos motoristas saltou de R$ 2,7 mil para R$ 2,9 mil; pagamentos acontecem a partir de fevereiro de 2025

25/11/2024 19h30

Motorista realiza saída do Terminal Morenão

Motorista realiza saída do Terminal Morenão Foto: Gerson Oliveira

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Após cinco reuniões, motoristas e Consórcio Guaicurus finalmente chegaram a um acordo que reajusta o salário de 1,4 mil trabalhadores do transporte coletivo de Campo Grande e cancela a greve na Capital.

A conquista da categoria foi firmada nesta segunda-feira (25) em reunião que durou aproximadamente 2h30, realizada com portas fechadas e representantes do consórcio e do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU) na sede da Viação Cidade Morena, nas Moreninhas.

Com o reajuste, o salário dos motoristas saltou de R$ 2.749 para R$ 2.968, a serem pagos de forma retroativa a partir de fevereiro de 2025. Além disso, outro ganho da categoria foi o acréscimo de R$ 100 no vale alimentação, que agora passa a ser de R$ 350.

Os trabalhadores também conquistaram um reajuste de R$ 10 no plano de  assistência médica, que salta para R$ 200 mensais. Entre as outras pedidas, sem avanços. A categoria não conseguiu com que o Consórcio Guaicurus passasse a pagar o vale-gás mensalmente, benefício que segue cedido em meses intercalados.

Outras solicitações não atendidas foram o reajuste de 2% na Participação nos Lucros (PL), que atualmente é de 9% ao mês, acumulada em seis meses (os motoristas gostariam que esse valor fosse para 11%), além de uma melhoria no plano odontológico já pago, que segue em R$ 40 por mês.

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU), Demétrio Ferreira comemorou a conquista dos motoristas.

“Essa é a quinta reunião, processo já desgastante, saímos com um ganho real de 4%, foi muito bom, a única coisa que não ficou boa, foi a questão do (pagamento) retroativo, foi o que conseguimos fazer para que o reajuste de 8% fosse conquistado”, falou ao Correio do Estado.

Com isso, apesar do cancelamento da greve, os 1,4 mil funcionários só terão os salários reajustados a partir de fevereiro do ano que vem, isso porque, segundo Ferreira, a diferença salarial entre o que já é pago mensalmente e o novo salário da categoria, cerca de R$ 219 mensais referentes aos meses de novembro, dezembro e janeiro, só chegará ao bolso do trabalhador a partir do ano que vem. 

“Esse valor reajustado já passa a valer desde então, porém, os pagamentos (da diferença) só serão quitados em três parcelas entre fevereiro, março e abril de 2025”, destacou o sindicalista.

Anteriormente, o sindicato havia recuado sobre a possibilidade de uma paralisação devido à retomada das negociações com a empresa. Além disso, uma solicitação do Hemosul para adiarem a  greve também foi levada em consideração pelos motoristas.

Sem reajuste salarial, a cada ano, a renovação do contrato entre os motoristas de ônibus de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus se tornou um ponto central nas discussões sobre o transporte público da capital.

Reajuste

Devido ao desequilíbrio econômico alegado pela empresa, as contas do Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte público de Campo Grande, passam por uma perícia desde outubro. O objetivo da análise é avaliar a necessidade de reajuste na tarifa do ônibus , fixada atualmente em R$ 4,75. O consórcio, no entanto, solicita um aumento para R$ 7,79.

O processo de reajuste, que se arrasta desde o ano passado, foi suspenso em agosto deste ano pelo o juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, que decidiu suspender a revisão do contrato de concessão e o reajuste da tarifa até que a perícia fosse realizada. A reportagem esteve presente na reunião, entretanto, não conseguiu falar com ninguém vinculado ao Consórcio Guaicurus. O espaço segue aberto.

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Capacitação

Campo Grande sedia Semana de Inovação, Tecnologia e Agronegócio

Com inscrições gratuitas, evento vai de terça-feira (26) a quinta-feira (28)

25/11/2024 18h00

Parktec

Parktec Divulgação

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A Semana de Inovação, Tecnologia e Agronegócio começa nesta terça-feira (26) no Parque Tecnológico de Campo Grande (ParkTec-CG). 

O evento, que vai até 28 de novembro, reunirá agentes de tecnologia, representantes de empresas, instituições de ensino e gestores públicos do Brasil.

O evento abordará temas como:

  • Cidades Inteligentes
  • Inovação Aberta
  • Captação de Recursos
  • Fomento em Projetos de Inovação
  • Rota Bioceânica
  • GovTech

Programação

O diretor executivo adjunto da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Matheus Ferreira, abre o ciclo de palestras na terça-feira às 18h30. Em seguida, Álvaro Prata, diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e que participou das discussões do Science20 (S20) - grupo de discussões do G20 sobre ciência e tecnologia -, falará sobre inovação e tendências tecnológicas no Brasil.

Programação completa:

26 de novembro

18h30 – 19h00: Credenciamento
19h00 – 19h15: Abertura oficial
19h15 – 19h30: Solenidade com Universidades e Instituições parceiras
19h30 – 20h00: Palestra: Confederação da Agricultura do Brasil
Matheus Ferreira – Diretor Executivo Adjunto
20h00 – 20h30: Palestra: Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii)
Álvaro Prata – Diretor-Presidente
20h30 – 21h30: Coquetel

27 de novembro

08h30 – 09h00: Credenciamento
09h00 – 09h20: Potencializando Ambientes de Inovação
Ricardo Senna – Secretário Executivo da Semadesc
09h20 – 09h40: Fomento à Pesquisa Científica e Inovação em MS
Prof. Dr. Nalvo Franco – Diretor Científico da Fundect
09h40 – 10h20: Coffee break
10h20 – 12h00: Painel: Inovação Aberta e Captação de Recursos
Casos Bayer, Nestlé e outros
12h00 – 14h00: Pausa para almoço
14h00 – 16h30: Painéis sobre Cidades Inteligentes, Marco Legal e Startups

28 de novembro

08h30 – 09h00: Credenciamento
09h00 – 10h20: Palestras sobre Rota Bioceânica e Conexões Estratégicas
14h00 – 16h30: Painel: Tecnologia e Agronegócio no Mato Grosso do Sul

Como participar

As inscrições são gratuitas e obrigatórias, podendo ser feitas pelo site do evento. As atividades ocorrerão no Parque Tecnológico de Campo Grande, localizado na Avenida Rachid Neder, 760, bairro Monte Castelo.

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