Cidades

INTERIOR

Idoso é vítima de 200 'transações silenciosas' e perde R$ 93 mil em MS

Valores começaram a ser "pulverizados", indo desde o pagamento de boletos de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), PIX e até por Transferência Eletrônica Disponível (TED)

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Distante aproximadamente 310 quilômetros de Campo Grande, um idoso morador no interior de Mato Grosso do Sul foi vítima de cerca de 200 "transações silenciosas" que retiraram R$93 mil de suas contas bancárias. 

Morador do bairro Jardim Santa Luzia, no município de Bataguassu, a vítima trata-se de um idoso de 61 anos, conforme apurado pelo portal local Cenário MS. Conforme boletim de ocorrência, o idoso não teria notado o momento das centenas de transferências realizadas. 

Como narrado no documento, o idoso só teria percebido que algo estava errado quando tentou um saque na agência do Sicredi em que possui conta, informado na questão que seu dinheiro havia "desaparecido". 

Preocupado, o homem consultou ainda a agência do Bradesco, onde foi orientado a registrar um boletim de ocorrência para inclusive facilitar um possível rastreio dos pagamentos e respectivos golpistas responsáveis. 

Golpe silencioso

Segundo descrito sobre o modus operandi desse grupo, a invasão estruturada começou com o acesso à conta do Sicredi da vítima, onde foram transferidos valores para outra de mesma titularidade, porém, no Banco Bradesco. 

Uma vez concentrado, os valores começaram a ser "pulverizados" em aproximadamente 200 transações bancárias, que iam desde o pagamento de boletos de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), PIX e até por Transferência Eletrônica Disponível (TED), modalidade popular antes da implantação do novo sistema instantâneo em novembro de 2020. 

Devido à dificuldade de incorporarem a tecnologia na rotina cotidiana, alguns idosos tendem a ser mais suscetíveis à golpes, como no caso da mulher de 72 anos que perdeu mais de 16 mil reais no golpe do falso "Viva Sorte" aplicado através de mensagens do whatsapp, no município de Dourados em meados do mês passado. 

Nessa ocasião, em novembro, na "Capital do agronegócio", a vítima  teria começado a receber mensagens pelo aplicativo, informando sobre um prêmio o qual teria ganhado e somava a quantia de R$50 mil. 

MS e os estelionatos

Dados compilados e divulgados em painel estatístico, pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), mostram que Mato Grosso do Sul mantém uma média de 14,2 mil estelionatos registrados por ano desde 2021. 

Há cerca de quatro anos, já no segundo ano da pandemia, MS ultrapassou e muito o volume de casos registrados no período de 12 meses, que até então marcavam entre 5,8 e 7,8 mil casos anuais, atingindo 12637 estelionatos em 2021. 

Em crescente constante, conforme dados da Sejusp, nos últimos três anos MS registrou os seguintes totais anuais de estelionatos: 

  • 2022 - 14.606
  • 2023 - 14.827 
  • 2024 - 14.904

Ainda, como mostram os dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, em 2025 Mato Grosso do Sul já anotou 9.971 estelionatos até o mês de outubro. 

Estelionato, por definição do Código Penal, trata-se de "obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento". 

Mato Grosso do Sul mantém, há pelo menos três anos, um volume anual de mais de 14 mil casos de estelionato registrados em seu território. 

Entre as modalidades de golpe denunciadas, aparecem, por exemplo: 

Por isso, é preciso estar atento pois, como bem abordou o Correio do Estado, estelionatários têm se passado até por "pecuarista galanteador que promete caminhonetes", usando até mesmo o celular do professor esfaqueado em 13 de dezembro, Roberto Figueiredo, para pedir dinheiro

Portanto, desconfie de qualquer facilidade; não compartilhe informações com desconhecidos; confirme os dados antes de qualquer transação financeira e confirme sempre a veracidade de quem entrou em contato. 

 

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CRIME

Homem é condenado a 14 anos de prisão por estuprar a própria sobrinha em MS

À época, vítima de nove anos denunciou o crime, por meio de carta escrita à direção da escola em que estudava

18/12/2025 11h00

Os abusos ocorreram entre 2017 e 2019, quando a vítima tinha entre sete e nove anos.

Os abusos ocorreram entre 2017 e 2019, quando a vítima tinha entre sete e nove anos. Divulgação: MPMS

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Um homem foi condenado a 14 anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de estupro de vulnerável praticado contra a própria sobrinha, em Campo Grande. A condenação foi obtida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 68ª Promotoria de Justiça.

Os abusos ocorreram entre 2017 e 2019, quando a vítima tinha entre sete e nove anos. Segundo o processo, o réu praticou diversos atos libidinosos ao longo desse período, aproveitando-se da relação de confiança e do vínculo familiar.

O caso veio à tona depois que a criança contou o que vinha acontecendo a uma colega da escola. Em seguida, ela escreveu uma carta relatando os abusos à diretora da instituição, o que levou ao encaminhamento da denúncia às autoridades.

À época, o homem chegou a ser preso por roubo. Foi durante esse período que a vítima decidiu revelar os crimes, motivada pelo medo de que os abusos voltassem a ocorrer caso ele fosse colocado em liberdade. Conforme apurado, o réu também ameaçava a menina para que ela não contasse o que estava acontecendo.

Na ação, o Promotor de Justiça Celso Antônio Botelho de Carvalho, sustentou que o relato da vítima era firme e coerente, além de estar amparado por outros elementos de prova. O pedido foi acolhido pelo Judiciário, que reconheceu a prática do crime de estupro de vulnerável.

Na sentença, foi fixado a pena em 14 anos de prisão em regime fechado, com aumento em razão do parentesco e da continuidade delitiva, já que os abusos ocorreram de forma reiterada. O condenado também deverá pagar indenização de R$ 5 mil à vítima, a título de danos morais.

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OPERAÇÃO

DOF apreende mais de R$ 5 milhões de produtos irregulares

Dois homens foram presos em flagrante após policiais encontrarem notebooks, celulares e medicamentos em duas carretas na BR-262 no interior do Estado

18/12/2025 10h27

DOF apreende produtos irregulares avaliados em R$ 5,1 milhões

DOF apreende produtos irregulares avaliados em R$ 5,1 milhões Foto: Divulgação/DOF

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Na última quarta-feira (17), policiais militares do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), apreenderam mais de R$ 5 milhões em aparelhos eletrônicos ilegais. Ação encerrou com dois homens, de 49 e 53 anos, presos em flagrante.

Enquanto realizavam patrulhamento na BR-262, no trecho da zona rural do município de Ribas do Rio Pardo a 97 quilômetros de Campo Grande, os militares abordaram duas carretas, uma Iveco Stralis e outra Scania R560.

Diante do comportamento de nervosismo dos condutores devido a abordagem, os policiais realizaram a vistoria e encontraram 950 aparelhos de telefone celular, 29 notebooks do modelo MacBook – que custam a partir de mil reais – e 13 caixas de medicamentos de origem estrangeira.

Sem a comprovação fiscal dos produtos armazenados dentro das carretas, ao serem questionados, os homens informaram que pegaram a mercadoria na capital sul-mato-grossense e a levariam por mais 820 quilômetros, até Paulínia (SP).

Ao chegar no destino, cada um receberia R$ 4 mil pelo transporte da mercadoria. O valor dos produtos apreendidos foram avaliados em aproximadamente R$ 5,1 milhões e encaminhados à Delegacia da Polícia Federal em Campo Grande

Parte do Programa Protetor das Fronteiras e Divisas, a ação do DOF ocorreu em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp),e com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

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