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IFMS oferece curso de informática gratuito para público diversificado

A oportunidade é voltada para aqueles que têm pouca experiência com informática e buscam se reposicionar no mercado de trabalho

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O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) irá oferecer o curso de informática básica no primeiro semestre de 2025, com o intuito de fornecer noções sobre ferramentas de escritório e o ambiente digital.

A modalidade será a distância, com carga horária de 60 horas, podendo ser acessada pelo aluno no melhor horário para o aprendizado.

O diferencial do curso é que ele foi pensado para pessoas sem experiência em informática, assim como para aquelas que estão pensando em mudar de área e precisam desse conhecimento como diferencial no currículo.

As inscrições para o primeiro semestre já estão abertas e vão até o dia 18 de junho. Vale ressaltar que o aluno deverá concluir o curso até o dia 30 de junho.

A diretora do Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância (Cread) do IFMS, Lia Nara Quinta, destacou que o curso atenderá a um público amplo, oferecendo suporte tanto para estudantes que desejam aprimorar seus estudos quanto para pessoas que buscam atualizar seus conhecimentos.

"O curso atende a um público variado, com o objetivo de reintegração ao mercado de trabalho", afirmou a diretora.

Proposto pelos docentes do Campus Dourados, Mary Melo e Willerson Silva, o curso faz parte das ações do Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), que promove a inclusão digital, entendendo que não se trata apenas de "doação de computadores", mas da oferta de formação básica sobre os equipamentos.

"Os conhecimentos que apresentamos no curso são essenciais para capacitar as pessoas a utilizarem os computadores e buscarem sua independência digital. São conteúdos que podem ser úteis no trabalho, na escola e no cotidiano de forma geral. O mercado de trabalho atual exige esses conhecimentos básicos, e a informática é essencial para abrir mais oportunidades", explica o professor Willerson.

O curso abordará os seguintes tópicos:

  • Conhecimentos básicos de hardware e software;
  • Introdução ao uso de ferramentas como Microsoft Word, Excel e PowerPoint;
  •  Ferramentas de escritório e segurança digital;
  •  Conceitos e ferramentas da internet.

"O material audiovisual é leve e descontraído, com qualidade tanto no conteúdo quanto na produção. Cada videoaula foi adaptada para iniciantes e pode ser acompanhada até mesmo pelo celular. O estudante aprenderá sobre as partes físicas básicas do computador, os programas básicos, como editar textos, trabalhar com planilhas e apresentações, além de acessar a internet com segurança", destaca Willerson.

Para realizar a inscrição, basta acessar o link clicando aqui.

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Cidades

Vítima de feminicídio, jornalista Vanessa Ricarte completaria 43 anos neste domingo

Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Vanessa morava em Campo Grande e atualmente era servidora do Ministério Público do Trabalho (MPT)

16/02/2025 13h00

Vítima de feminicídio, jornalista Vanessa Ricarte completaria 43 anos neste domingo

Vítima de feminicídio, jornalista Vanessa Ricarte completaria 43 anos neste domingo Reprodução: Redes Sociais

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"Arquiteta das palavras e dos sentidos", era assim que Vanessa Ricarte se denominava nas redes sociais, a sul-mato-grossense que era natural de Três Lagoas, completaria 43 anos neste domingo (16), no entanto, faleceu na última quarta-feira (12) vítima de feminicídio cometido pelo seu ex-noivo.

Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Vanessa morava em Campo Grande e atualmente era servidora do Ministério Público do Trabalho (MPT). 

Durante a carreira, também trabalhou na Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), Sebrae, Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico) e Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

Com mais de 4 mil seguidores nas redes sociais, ela dividia a paixão pela música, o trabalho e algumas reflexões.

"Meu intuito agora é poder compartilhar não apenas um pouco do meu estilo de vida, como toda rede social preza por fazer, mas também o que aprendi ao longo desses anos trabalhando com comunicação. Que este seja um esppaço de inspiração, construção e troca. Decidi sair do casulo e vou dividir com vocês o conhecimento que adquiri através da teoria, observação, aplicação prática, erros e acertos", diz em um post fixado na sua página do Instagram. 

Em 2013, durante um processo de emagrecimento, Vanessa e um amigo criaram um blog, onde compartilhavam as experiências na busca por uma qualidade melhor de vida, com hábitos mais saudáveis. 

Naquele período, os amigos também fundaram um grupo de apoio chamado Reeducação Alimentar (R.A.), onde internautas de diferentes estados do Brasil compartilhavam comentários e fotos de antes e depois. À época, o blog teve mais de 1,5 mil compartilhamentos e Vanessa chegou a perder cerca de 40kg. 

Feminicídio

Vanessa Ricarte, de 42 anos, morreu esfaqueada pelo noivo, Caio Nascimento, na noite da última quarta-feira (12), em uma casa localizada no bairro São Francisco, em Campo Grande.

Eles namoravam há 4 meses e moravam juntos. Caio tem passagens pela polícia por roubo, tentativa de suicídio, ameaça e violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.

De acordo com informações, Vanessa registrou um boletim de ocorrência na noite de terça-feira (11) e retornou à Deam na quarta-feira (12) à tarde para verificar o andamento do pedido da medida protetiva, que foi deferido pelo Poder Judiciário.

Conforme reportagem do Correio do Estado, a delegada Analu Ferraz informou que todo o procedimento de praxe, como imprimir a medida e entregá-la à vítima, foi seguido.

A vítima, no entanto, não teve o acompanhamento policial esperado até sua casa, onde foi com um amigo para buscar as coisas, sendo surpreendida pelo ex-noivo, que aproveitou o momento em que o amigo de Vanessa ligava para pedir ajuda a outra pessoa e a atingiu com três facadas no peito, próximo ao coração.

O amigo de Vanessa a levou para dentro de um quarto e trancou-se lá com ela, à espera de ajuda. Ele acionou a polícia nesse período, com o agressor esmurrando a porta. 

Ela chegou a ser encaminhada para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

Caio foi preso ainda no local e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva nesta sexta-feira (14), em audiência de custódia.

Em coletiva de imprensa na quarta-feira (12), a delegada Elaine Benicasa reconheceu a demora do poder público em oferecer a proteção necessária às vítimas, mas ressaltou que a Polícia Civil não é a única responsável pelas essas falhas no sistema.

Sobre o feminicídio da jornalista, a delegada afirmou que foi ofertado o abrigo da Casa da Mulher Brasileira, que atende vítimas de violência doméstica, para que ela se protegesse do agressor até que ele fosse intimado da medida, mas a jornalista optou por dormir na casa de um amigo.

Descaso

Antes do crime, Vanessa chegou a reclamar do atendimento recebido na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) quando foi registrar o boletim de ocorrência contra o agressor. A situação é narrada pela vítima em áudio enviado a uma amiga. (ouça o áudio abaixo).

"Fui falar com a delegada, fui tentar explicar toda a situação, ela me tratou bem prolixa, bem fria, seca. Toda hora me cortava", disse.

Vanessa disse ainda que pediu o histórico do ex-noivo, pois havia descoberto que ele já tinha outras denúncias e queria entender a natureza das agressões anteriores, mas a delegada disse que não seria possível passar os dados, que seriam sigilosos.

"Eu estou bem impactada com o atendimento da Deam, da Casa da Mulher Brasileiro. Eu que tenho toda instrução, escolaridade, fui tratada dessa maneira, imagina uma mulher vulnerável, pobrezinha, sem ter rede de apoio chegar lá, são essas que são mortas e vão para a estatística do feminicídio", disse a vítima.

Na conversa, a jornalista também acreditava que teria uma escolta da Polícia Militar até a sua casa após a concessão da medida protetiva, pois o ex disse que só sairia de lá dessa forma, o que não aconteceu.

"Vou para a delegacia e vou chegar com a polícia para tirar ele de casa", disse, a caminho da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).

O áudio impactou a sociedade sul-mato-grossense, gerou indignação, comoção, escândalo nas redes sociais na noite desta sexta-feira (14) e foi parar em Brasília. Por conta do 'alvoroço', o Ministério das Mulheres divulgou uma nota oficial na madrugada deste sábado (15).

A nota diz que o Ministério das Mulheres encaminhou um ofício à Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul solicitando a abertura de procedimento investigativo para apurar o atendimento prestado à jornalista Vanessa Ricarte e ao Ministério Público a respeito de providências a serem tomadas.

De acordo com o órgão, o percurso de Vanessa até sua casa não poderia ter ocorrido sem a escolta da Patrulha Maria da Penha, de acordo com o protocolo de avaliação de risco para mulheres em situação de violência e que orienta o atendimento na Casa da Mulher Brasileira.

O assassinato de Vanessa acende uma série de erros da segurança pública na assistência prestada ao atendimento da mulher vítima de violência.

Leia a nota na íntegra:

"No papel de monitorar, supervisionar e fiscalizar a efetividade das políticas e serviços destinados a mulheres em situação de violência, o Ministério das Mulheres encaminhou um ofício à Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul solicitando a abertura de procedimento investigativo para apurar o atendimento prestado à jornalista Vanessa Ricarte, vítima de feminicídio na última quarta-feira, e ao Ministério Público a respeito de providências a serem tomadas.

Em áudio veiculado nesta sexta-feira (14), Vanessa descreve ter informado, durante atendimento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Campo Grande, a decisão de retornar até sua casa, onde estava o agressor, Caio Nascimento. O percurso não poderia ter ocorrido sem a escolta da Patrulha Maria da Penha, de acordo com o protocolo de avaliação de risco para mulheres em situação de violência e que orienta o atendimento na Casa da Mulher Brasileira.

A equipe do Ministério das Mulheres viaja a Campo Grande ainda neste final de semana para dialogar com representantes da rede de atendimento. O órgão se solidariza com familiares, amigos e amigas de Vanessa e reafirma o compromisso de atuar pela prevenção e enfrentamento a todos os tipos de violência contra as mulheres, em especial o feminicídio, com investimentos em diversas políticas públicas focadas em informação e em atendimento. Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada".

Falha no sistema

O caso da jornalista, em que o agressor conseguiu matar a vítima mesmo ela estando protegida por uma medida protetiva, expôs falhas no sistema de proteção à vítimas de violência doméstica.

Uma reunião sobre o tema foi realizada com participação do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, a desembargadora Jaceguara Dantas, responsável pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJMS, o presidente do TJMS, Dorival Pavan, entre outros.

Na ocasião, a desembargadora Jaceguara Dantas informou que várias possibilidades e tratativas foram debatidas para dar celeridade as intimações ao agressor no caso das medidas protetivas concedidas, mas disse não poder antecipar quais seriam as medidas, pois dependem de estudos legais e viabilidade técnica.

"Mas existe muita disposição e há uma sensibilidade muito grande com essa temática por parte do presidente do Tribunal de Justiça, do governador do Estado, do secretário de segurança, de todos os operadores de direito, no sentido de nós encontrarmos mecanismos para operacionalizar e concretizar essa medida o mais breve possível", disse.

O secretário estadual Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, disse que o governo está preocupado com a temática de violência contra a mulher e tem investido na capacitação de servidores para que falam um acolhimento mais humanizado às vítimas.

"O ponto crucial aqui é a celeridade da aplicabilidade das medidas protetivas concedidas. Nós queremos que nenhuma vítima a mais, que tenha a favor de si uma medida, venha a morrer sem o alcance do agressor por parte do Estado", ressaltou.

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Cidades

Justiça determina prisão preventiva de estudante que atropelou e matou atleta

Acidente aconteceu na manhã deste sábado (15) enquanto Danielle corria com um grupo de atletas na MS-010

16/02/2025 11h30

Justiça determina prisão preventiva de estudante que atropelou e matou atleta

Justiça determina prisão preventiva de estudante que atropelou e matou atleta Redes Sociais

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Em audiência realizada na manhã deste domingo (16), foi decretado que o estudante de medicina João Vitor Vilela, de 22 anos - responsável pela morte de Danielle Oliveira, continuará preso, conforme decisão do juíz Aluízio Pereira dos Santos. O acidente aconteceu pela manhã do último sábado (15), quando Danielle foi atropelada enquanto corria na MS-010, saída para Rochedinho.

João Vitor chegou à audiência acompanhado de seu advogado, Leandro José de Arruda Flávio. Durante a defesa foi requerido prisão domiciliar com uso de tornozeleira, com a justificativa de que o estudante estaria sendo ameaçado de morte, no entanto, o pedido foi recusado.

Amigos e colegas da atleta se reuniram em frente ao Fórum de Campo Grande para pedir por justiça e esperar o resultado da audiência.

O acidente

O motorista, havia saído de uma casa noturna e estava em um Fiat Pulse prata, em alta velocidade, quando perdeu a direção, atingiu o grupo e atropelou ela e outra corredora, que se exercitavam junto de um grupo com 20 pessoas, no acostamento da rodovia,

João Vitor estava visivelmente bêbado e foi preso em flagrante por embriaguez ao volante. Latinhas de cerveja foram encontradas dentro do veículo e uma pulseira de boate estava no pulso do autor.

Socorristas tentaram reanimar a atleta por uma hora, mas sem sucesso. A parte lateral frontal do Fiat Pulse foi amassada e teve o vidro quebrado. Não se sabe o estado de saúde da mulher que teve ferimentos.

Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Polícia Civil, Polícia Científica e funerária foram acionados para efetuar os procedimentos de praxe.

Danielle corria para combater o luto

Danielle começou no esporte após perder a filha Geovanna, de apenas quatro anos, por um câncer renal. Diagnosticada com Tumor de Wilms, a pequena partiu aos 4 anos e nove meses, após um longo tratamento.

Desde a morte precoce da filha, viu na corrida um meio para combater o luto, e desde 2018 passou a competir em provas de longa distância. 

"Por trás de uma mulher que corre, existe uma mãe solo que trabalha e não deixa faltar o pão de cada dia, que sepultou uma filha de 5 anos, que sofreu com divórcio, que aprendeu a morar sozinha, que dorme pouco para atender as filhas e por preocupação com as contas Por trás de uma mulher que corre existe uma mulher que tem muita pé, que sonha com dias melhores e menos preocupantes, que treina e é compromissada consigo. E ser disciplinada não é tão difícil pois já enfrentou situações tão difíceis na vida que ser fiel aos seus objetivos é o de menos", compartilhou a atleta nas redes sociais.

A atleta deixa duas filhas, uma de 19 anos e outra de 6 anos.

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