A Águas Guariroba, concessionária de abastecimento de água e implantação de rede de esgoto de Campo Grande, pode perder o direito de explorar a água subterrânea do Aquífero Guarani para abastecer a Capital, caso não contrate estudo hidrogeológico de R$ 2 milhões.
A medida faz parte de moção do Conselho de Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul, ligado ao Instituto de Meio Ambiente do Estado (Imasul).
Para se ter uma ideia, segundo o Conselho, 60% do abastecimento de água de Campo Grande vem do Aquífero Guarani.
Já segundo a concessionária, ele responde por 14%, sendo outros 32% de poços subterrâneos. O restante vem de águas superficiais dos córregos Guariroba (37%) e do Lageado (17%).
O risco nesse caso é de que, sem o estudo feito, as renovações e pedidos de perfuração de novos poços subterrâneos sejam negados pelo Imasul, responsável por esse tipo de autorização.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Arlindo Murilo Muniz, que também é integrante do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, explica que para que o governo do Estado, que é responsável pelas águas subterrâneas, saiba quanto do Aquífero pode ser utilizado, é preciso que se faça um estudo.
*Leia reportagem, de Lucia Morel, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.