Cidades

CHAPADÃO DO SUL

Impasse trava obra fundamental para o "vale da celulose"

Trabalhos em rodovia que darão acesso à futura fábrica de celulose da Arauco, em Inocência, devem ficar parados por cinco meses

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Depois dos atrasos provocados pelas chuvas dos primeiros meses do ano, agora a obra de pavimentação da rodovia que vai encurtar em 28 quilômetros a distância entre Chapadão do Sul e Três Lagoas, uma das mais importantes no chamado vale da celulose, está parada por causa de um impasse sobre a desapropriação de uma das áreas pelas quais o asfalto vai passar. E a paralisação ocorre justamente no período de estiagem, o mais adequado para esse tipo de obra. 

Conforme publicação do Diário Oficial do último dia 26, os trabalhos estão suspensos por 150 dias. Sem dar detalhes, a assessoria da Agesul informou apenas que “a obra referente ao contrato N° 0095/2021/AGESUL foi paralisada em razão do processo de desapropriação de uma área particular”. 

São 40 quilômetros de asfalto que estão sendo implantados a partir da BR-060 (entre as cidades de Paraíso das Águas e Chapadão do Sul), até a MS-316, já nas imediações de Inocência. 

A obra faz parte de um amplo projeto para abrir uma nova rota de escoamento para a região que está sendo tomada por plantações de eucalipto. A partir do próximo ano, a empresa chilena Arauco promete investir em torno de 3 bilhões de dólares para instalar uma indústria de celulose na região. 

Denominado “Projeto Sucuriú”, a previsão é que a indústria seja instalada a 50 km da área urbana de Inocência, na margem esquerda do Rio Sucuriú, a 100 quilômetros do Rio Paraná, próximo à rodovia MS-377 e a 47 quilômetros da ferrovia, canais que garantirão a eficiência logística ao escoamento da celulose para exportação e para a região sudeste do País. 

AUMENTO NOS CUSTOS

No lançamento, em setembro de 2021, a empresa que venceu a licitação para asfaltar os 40,37 quilômetros das rodovias MS-425, MS-229 e MS-320 se dispôs a executar o projeto por R$ 53,1 milhões. 

Agora, o contrato com a TCL Tecnologia e Consultoria já foi reajustado para R$ 77 milhões, o que equivale a um aumento de 45% menos de dois anos depois de a empreiteira vencer a licitação, na qual ofereceu deságio de quase R$ 4 milhões sobre a previsão do próprio governo.

Indagada se estes reajustes estão dentro da legalidade, já que normalmente os aditivos devem se limitar a aumento de 25%, a Agesul informou que “conforme a Lei de Licitações e Contratos Públicos (Art. 65, Lei 8.666), os contratos poderão ser alterados, com devidas justificativas, em casos de reprogramação (25%) e reajustamento (valor decorrente da atualização monetária prevista contratualmente na ‘Cláusula de Reajustamento’)”.

Conforme publicação do Diário Oficial do dia 26 de junho, a interrupção dos trabalhos está prevista até o fim de outubro. E, se não houver acordo com o proprietário do imóvel em litígio, a conclusão dos trabalhos, prevista para meados de dezembro deste ano, fatalmente sofrerá atraso. 

PARTE DE UM TODO

A pavimentação dos 40 quilômetros que estão interrompidos fazem parte de um projeto maior. Outra frente de trabalho na MS-320 começou em Tres Lagoas, em 2022, onde outros 32 quilômetros da rodovia estão sendo pavimentados. Parte já está recebendo o revestimento asfáltico. 

Conforme o governo estadual, R$ 105 milhões estão sendo investidos neste trecho, onde as terras já estão tomadas por plantações de eucalipto.

Em Três Lagoas, a MS-320 inicia no entroncamento com a MS-158 e segue até o Trevo Vera Cruz, na MS-377. Neste ponto, quem viaja pela estrada pode seguir reto por 155 quilômetros até Paraíso das Águas. Mas, boa parcela destes 155 quilômetros ainda precisam ser pavimentados. Quase 40 quilômetros ainda estão em processão de licitação

Ou, chegando à MS-377, quem virar à esquerda e continuar por mais 85 quilômetros chegar a Água Clara. Dobrando à direita, basta seguir mais 51 quilômetros para chegar a Inocência.

Cotidiano

Um Quarto dos Países do Mundo Proíbe Uso de Celulares em Sala de Aula

Entre os países que anunciaram a proibição estão Espanha, Grécia, Finlândia, Holanda, Suíça e México.

20/09/2024 21h00

Medida vem sendo preparada para proíbição de celulares nas escolas do país

Medida vem sendo preparada para proíbição de celulares nas escolas do país Foto: Tatyane Santinoni

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Um em cada quatro países do mundo já adotou leis que proíbem o uso de celular nas escolas, segundo o Relatório Global de Monitoramento da Educação da Unesco.

Segundo o estudo, a simples presença dos celulares em sala de aula provoca distração nos estudantes, o que acarreta em prejuízos na aprendizagem. Também destaca que o uso de equipamentos eletrônicos dentro das salas de aula atrapalha a gestão dos professores com as turmas.

"Estudos usando dados do Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, aplicada pela OCDE] indicam uma associação negativa entre o uso das tecnologias e o desempenho dos estudantes", diz o relatório, que foi feito em 2023.

Entre os países que anunciaram a proibição estão Espanha, Grécia, Finlândia, Holanda, Suíça e México. Na França é um dos pioneiros na proibição ao uso de celulares, com uma lei de restrição de 2018.

Nas escolas francesas, os alunos não podem usar os aparelhos em nenhum momento, inclusive durante os recreios. É prevista exceção à regra para alguns grupos de alunos, como os com deficiência, que demandam o suporte da tecnologia.

Na Grécia, a medida começou a valer no início deste semestre letivo. Os alunos podem levar os celulares para a escola, mas precisam mantê-los dentro da mochila durante todo o período escolar. A mesma medida é adotada na Dinamarca.

No Brasil, o governo Lula prepara um pacote de medidas para tentar conter os prejuízos do excesso de telas na infância e na adolescência, dentre elas o banimento do uso de celulares pelos estudantes em todo o ambiente escolar.

Já existem alguns estados brasileiros que adotaram leis para restringir o uso do equipamento. É o caso do Rio de Janeiro, que após uma consulta pública, na qual 83% dos entrevistados se declararam favoráveis à restrição, decidiu por proibir o dispositivo dentro e fora de sala de aula, inclusive no recreio.

Outros estados criaram regras para restringir o uso de celular para atividades pedagógicas, como é o caso de Roraima, Distrito Federal, Maranhão, Tocantins, Paraná e São Paulo. Professores, no entanto, alertam que a medida é difícil de ser cumprida, já que é difícil fiscalizar o que os estudantes fazem com o aparelho em mãos.

Apesar de limitar o uso do celular para atividades pedagógicas, estados como São Paulo e Paraná, passaram a incentivar o uso de tecnologias digitais em suas escolas. Na rede paulista, por exemplo, os professores são cobrados para que os alunos façam redação online, exercícios em aplicativos e usem material digitalizado.
A medida vai na contramão das recomendações feitas pela Unesco no relatório. Segundo a entidade, não existem evidências científicas suficientes para comprovar os benefícios do uso da tecnologia digital na educação. E alerta que os investimentos nessa área podem estar tomando o recurso de ações mais efetivas para a melhoria do ensino.

"A atenção excessiva à tecnologia geralmente tem um alto custo. Recursos despendidos em tecnologia, em vez de em sala de aula, professores e livros didáticos para crianças em países de renda baixa a média baixa, que não têm acesso a esses recursos, provavelmente colocarão o mundo em uma posição ainda mais distante de alcançar o objetivo mundial de educação", diz o relatório.

 

*Informação da Folhapress 

Tudo por Like

Influencer "Cata Click" afirma ter caído em uma armação

Jovem que invadia comércios com a moto alega ter sido vítima de perseguição e promete provar na Justiça

20/09/2024 18h20

Reprodução: Instagram

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O motociclista e influencer que ficou conhecido por invadir lojas com sua motocicleta afirmou, por meio de suas redes sociais, ter sido vítima de uma tocaia.

Após ter sido abordado durante uma de suas “pegadinhas”, em que invadiu uma concessionária, Leonardo Coenga, conforme noticiado pelo Correio do Estado, foi abordado pelo Batalhão de Trânsito da Polícia Militar. 

Para provar a teoria de que tudo não passou de uma armação, o influencer chegou a alegar que imagens das câmeras do circuito interno da concessionária eram instalações feitas para “pegá-lo no pulo”.

“Eles mesmos armaram o flagrante ‘contra mim mesmo’. E ainda as pessoas querem julgar, querem falar”, disse Leonardo e completou:

“Eu vou fazer um vídeo da reportagem que fizeram e vou desmentir todas as mentiras que falaram lá. Tanto do policial também, não tenho nada contra ele, mas das informações erradas que ele passou.”

O policial, segundo o influencer, teria dito que a moto estava com restrição de transferência e explicou que ainda está pagando prestações; portanto, está alienada em nome do banco.

O jovem manifestou chateação com a polícia nas palavras dele: “Eles podiam estar ocupados com ocorrências de tráfico de drogas, mas estavam ocupados com o influencer de 21 anos”.

Além disso, em dado momento, recordou ter combinado com uma conta que acreditou ser da concessionária sobre a invasão com a moto.

“Quando aconteceu lá, eu falei a todo momento: 'Senhor, está tudo combinado com o gerente da loja'. Um perfil fake falou que eu tinha autorização.”

Entenda

Após um comerciante que teve o espaço invadido registrar a placa da moto, o criador de conteúdo digital entrou no radar da polícia. Na manhã de terça-feira (17), após invadir uma concessionária de moto na Capital, ele sofreu uma abordagem.

O subcomandante Everton Miller Franco afirmou que, há 10 dias, a equipe vinha recebendo denúncias anônimas que contavam a mesma história: um motociclista invadiu comércios com a moto, gravando vídeos e fazendo brincadeiras, alegando ter confundido o local.

“Eu sou novo, tenho 21 anos. Meu público, você que tem 30, 40 ou talvez 50 anos que me assiste, quando tinha 20 anos, nunca fez bobagem na sua vida? Cara, eu estou em um processo de amadurecimento. Tenho 21 anos, isso que as pessoas têm que entender, têm que perceber que estou na fase de vivência”, justificou o influenciador.

** Colaborou Alicia Miyashiro

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