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CULTURA
A medida foi proposta pelo vereador Ronilço Guerreiro (Podemos), após a reforma administrativa sancionada no início do ano
16/05/2025 18h00
Vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande FOTO: Divulgação CMCG
Na última terça-feira (13), os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande, aprovaram em única discussão e por unanimidade, a criação da Fundac (Fundação Municipal de Cultura), que vai substituir a atual Secult (Secretaria Executiva de Cultura), criada após a reforma administrativa sancionada no início do ano pela prefeita Adriane Lopes (PP).
A medida foi proposta pelo vereador Ronilço Guerreiro (Podemos), diante do texto original da prefeitura que previa a extinção da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, com a absorção da pasta pela Secretaria de Educação, o que gerou críticas de outros vereadores e dos fazedores de cultura, que alertaram para o risco de perda de protagonismo da cultura nas políticas públicas do município.
Diante disso, a prefeita Adriane Lopes acatou a sugestão de Ronilço e outros parlamentares e apresentou o Projeto de Lei 11.813/25, que cria a Fundação Municipal de Cultura (Fundac) com personalidade jurídica de direito público e autonomia administrativa, financeira e funcional, sendo vinculada à Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais (Segov). Atualmente, há uma secretaria executiva da Cultura.
Além disso, foi aprovada uma emenda, apresentada pela Mesa Diretora, para que a estrutura administrativa da Fundac seja definida por lei e não por decreto.
Conforme Ronilço Guerreiro, a fundação representa um avanço importante para a gestão cultural. “A autonomia da fundação permitirá acesso mais ágil a recursos, editais e convênios, além de garantir que a cultura tenha orçamento próprio e possa desenvolver ações com mais eficiência. A nova fundação poderá arrecadar receitas próprias, que serão revertidas para projetos e programas culturais”, destacou.
A proposta agora aguarda sanção da prefeita Adriane Lopes antes de se tornar lei.
De acordo com a Prefeitura Municipal de Campo Grande, a nova estrutura representa um avanço estratégico previsto na reforma administrativa e responde a uma reivindicação de artistas, produtores e representantes da cultura local.
Além disso, a Fundac terá por objetivo executar políticas de manifestações da Cultura local, na proteção das obras, objetos, documentos e imóveis ou bens de qualquer natureza de valor Histórico, Artístico Cultural ou Paisagístico, além de estabelecer incentivos à produção e ao conhecimento dos bens e valores culturais.
A estrutura básica da Fundac será definida por meio de Decreto e ficará autorizado o remanejamento do orçamento e de pessoal da Secretaria Executiva de Cultura para a Fundação de Cultura de Campo Grande, bem como todo o acervo patrimonial inventariado.
FRONTEIRA
Preços no país vizinho são muito mais baixos do que no Brasil, mas taxas de importação podem tornar compra menos atrativa; Veja vantagens e desvantagens
16/05/2025 17h30
Há vantagens e desvantagens em comprar moto no Paraguai e comprador tem que analisar caso a caso Foto: Reprodução IA
O Paraguai é há décadas um dos destinos mais procurados por brasileiros em busca de produtos mais baratos, especialmente eletrônicos e itens importados. Mas e quando o assunto é algo maior, como uma motocicleta? Com preços consideravelmente mais baixos que no Brasil, a ideia de comprar uma moto no país vizinho pode parecer vantajosa, especiamente por ser fronteiriço.
No entanto, além dos custos, é importante considerar exigências legais para entrar no Brasil com uma moto comprada no Paraguai. A importação é legal, mas é importante considerar os custos adicionais envolvidos no processo, como impostos, taxas de importação, transporte e regularização junto aos órgãos competentes, que podem reduzir a vantagem financeira inicial.
Além disso, é importante ressaltar que a importação de veículos usados incluindo motos, é proibida no Brasil, com exceção de casos específicos previstos em lei.
Conforme pesquisa realizada pelo Correio do Estado em sites especializados, em maio de 2025, aponta que a diferença de preços entre motos 0 km no Paraguai e no Brasil é bastante significativa, com motos no Paraguai custando, em média, até 50% a menos, dependendo do modelo e da cilindrada.
No Paraguai, uma moto básica de 100 a 125 cilindradras custa entre R$ 3 mil e a R$ 5 mil, enquanto no Brasil os preços são, em média, acima de R$ 8 mil. Os modelos intermediários, de 150 cc a 170 cc, variam entre R$ 7 mil e R$ 10,2 mil no Paraguai e ficam acima de R$ 12 mil no Brasil.
Esses valores são aproximados e podem variar conforme a loja, promoções e o câmbio do momento.
A diferença considerável acontece porque o Brasil tem uma carga tributária muito alta e um sistema tributário extremamente complexo, o que impacta significativamente no valor final dos produtos.
Porém, conforme informado anteriormente, é importante observar todas as normas de importação para não correr o risco de incorrer em crime e ter a moto apreendida.
Assim como acontece com os automóveis, não é permitido trafegar com motos com placas do Paraguai no Brasil, exceto em algumas situações específicas.
Segundo a legislação brasileira, veículos com placa estrangeira só podem rodar no país em condição de turismo. Ou seja, se a moto possuir uma placa do Paraguai, o dono também precisa ter residência fixa no país vizinho.
Sem um registro nacional, o dono da moto deixa de pagar impostos que incidiriam na importação regular de um bem novo, como Imposto de Importação, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Também deixa de pagar Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Se um brasileiro estiver pilotando no Brasil com um carro com placa de outro país e não for morador do território em questão, ele pode ser acusado de crime de contrabando. Além de responder criminalmente, o veículo é apreendido e há multas por sonegação fiscal.
Segundo a lei, mesmo que o dono do veículo trabalhe ou tenha empresas no país vizinho, o que é comum em regiões de fronteira, ele não pode ter um carro emplacado lá caso o domicílio tributário seja no Brasil.
A principal atração é o preço mais baixo de motos no Paraguai, que atrai muitos consumidores brasileiros. No Paraguai, impostos e taxas são menores, o que reduz o preço final.
A variedade de modelos também é uma vantagem em relação ao Brasil. Algumas marcas e modelos importados populares no Paraguai não são comercializados oficialmente no Brasil, o que pode ser uma vantagem para quem busca modelos diferentes e que custariam muito mais caro caso fossem importados dos países de origem.
Para os moradores de regiões fronteiriças, a proximidade geográfica também facilita o processo de compra.
Assim como ocorre com qualquer automóvel, para uma moto comprada fora do Brasil rodar no País, é necessário fazer o processo de importação, mesmo que se adentre em terriório brasileiro via terrestre, conduzindo o próprio veículo.
O processo para registrar e legalizar um moto importada gera custos adicionais, que podem ser uma desvantagem ao aumentar o valor final do produto.
Há ainda a burocracia que, muitas vezes esbarra em entraves logísticos e financeiros que tornam o processo longo, até que a pessoa possa de fato trafegar com sua moto no território brasileiro.
Dentre as taxas, estão o pagamento de impostos de importação, taxas de legalização, além de adaptações, caso seja necessário, para que a moto atenda às normas brasileiras de segurança e emissões.
Um ponto importante que deve ser obsevado e que pode vir a ser a principal desvantagem é a garantia e assistência técnica, pois, assim como outros produtos, motocicletas adquiridas no Paraguai podem não ter cobertura de garantia no Brasil, o que pode resultar em dificuldades na manutenção e conserto do veículo. A disponibilidade de peças também pode ser um problema, dependendo do modelo e da marca adquiridos.
Por fim, é fundamental comprar em lojas confiáveis para evitar problemas com motos usadas, clonadas ou com documentação irregular.
Veículos com placas estrangeiras só podem rodar no Brasil sob certas condições, e mantê-los em território nacional sem as exigências pode ser considerado contrabando, passível de penalizações criminais, multas e apreensão do veículo.
A legislação brasileira é rigorosa quanto à entrada de veículos estrangeiros. Conforme a lei, é permitida a importação apenas de veículos novos, 0 km. No caso de veículos usados, é permitido apenas para veículos com mais de 30 anos de fabricação, para fins culturais e de coleção.
Especificamente para importação de veículos do Paraguai para o Brasil, incluindo motocicletas, o processo envolve diversas regulamentações e requisitos legais.
Para legalizar uma moto importada, é necessário pagar:
Além dos custos, a moto deve atender às normas brasileiras de segurança e emissões, o que pode exigir adaptações no veículo. Desta forma, ele também passa por inspeção e homologação, realizado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Para a legalização do veículo no Brasil, também é exigida a documentação que comprove a origem do veículo e a regularidade da compra. Isto porque, como a lei do Paraguai é menos rígida, há a possibilidade de adquirir uma moto roubada.
Os interessados precisarão obter todos os documentos necessários, como licenças e autorizações, que geralmente são geradas pela Receita Federal.
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