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Incêndios causaram perdas de R$ 1,2 bilhão em MS, aponta Embrapa

O chamado "boi bombeiro" é apontado pela Embrapa como uma das alternativas para reduzir os riscos de incêndios, principalmente no Pantanal

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Dados divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne), uma iniciativa da Embrapa, apontam que nos últimos meses os incêndios em Mato Grosso do Sul causaram perdas estimadas em R$ 1,2 bilhão.

A instituição baseou sua estimativa com base em informações da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul). 

No documento entregue pela Embrapa, consta o número R$ 12 bilhões, mas a Famasul, em contato com o Correio do Estado, informou que trata-se de um erro de digitação, e que as perdas são de R$ 1,2 bilhão. 

O CiCarne foi criado em 2014 na Embrapa Gado de Corte e trabalha com prospecção, inteligência de dados e comunicação na pecuária de corte. E, conforme o boletim, as áreas mais afetadas no Estado incluem a pecuária de corte, os canaviais e as plantações de eucaliptos, que são pilares da economia local.

Entre junho e agosto, segundo o levantamento, mais de 500 propriedades rurais foram atingidas pelo fogo, incluindo regiões do Pantanal, onde cerca de 13% do bioma foi consumido, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ (Lasa-UFRJ). 

As estimativas de impacto econômico foram feitas com base em mapeamentos de focos de calor e na receita gerada por hectare, sendo que as pastagens, plantações de cana-de-açúcar e áreas de eucalipto foram as mais prejudicadas.  

Boi bombeiro

E em resposta a essa crise, a Famasul lançou o programa "SuperAção Pantanal", que visa oferecer suporte e alternativas para a recuperação dos produtores rurais, minimizando os impactos produtivos e reduzindo os prejuízos dos pantaneiros. 

E em meio a esta situação, o conceito do "boi bombeiro" surge como uma solução estratégica complementar, desempenhando um papel crucial na prevenção de queimadas, aponta o boletim.

O manejo do gado é utilizado como ferramenta natural para o controle da biomassa vegetal, reduzindo o acúmulo de material combustível nas áreas mais vulneráveis, diz o estudo. 

Conforme o boletim do Cicarne, a expressão "boi bombeiro" foi criada há 40 anos, com base em um experimento realizado na Fazenda Nhumirim, da Embrapa, em uma área de 600 hectares fechada ao gado. 

Em apenas um ano, as gramíneas baixas foram abafadas por capins altos, e no quarto ano ocorreu um incêndio que atingiu as copas das árvores, enquanto em volta da área não houve fogo. 

Essa observação levou os peões à conclusão de que o fogo havia sido causado por um raio seco, fenômeno bem conhecido na região pantaneira, no qual o raio ocorre sem haver chuva. 

Ao combinar o pastejo com a queima prescrita de gramíneas não consumidas, como capimcarona, "rabo de burro" e "fura-bucho", o gado contribui para prevenir o acúmulo de palha combustível. 

Áreas mais vulneráveis

Paradoxalmente, as áreas onde há mais inundações tendem a ter mais queimadas, pois nelas não há gado, e a matéria orgânica se acumula nos anos de cheia, favorecendo o "fogo de chão", que ocorre abaixo da superfície devido ao alto teor de húmus no solo. 

O "boi bombeiro" deve agir antes da seca, durante o período de crescimento rápido do capim, ou seja, na época das chuvas. Nesse momento, é necessário controlar o excesso de massa vegetal, que, se não for consumida, se transformará em palha e, eventualmente, em combustível para incêndios, entende a Embrapa. 

O uso do gado como ferramenta de manejo de incêndios no Pantanal, segundo a Embrapa, representa uma abordagem promissora para reduzir o risco de queimadas e, ao mesmo tempo, fortalecer a pecuária na região, gerando emprego e renda. 

Um estudo sobre a dieta de bovinos na Fazenda Nhumirim mostrou que, apesar da existência de 286 espécies de forragem, apenas 9 espécies preferidas representavam 70% da dieta dos animais. Em áreas onde predominam as forrageiras preferidas, o manejo do pastejo é um fator importante para a redução da massa vegetal. 


De acordo com a Embrapa, as práticas de manejo integrado, como o uso do "boi bombeiro", combinadas a iniciativas de apoio como o programa "SuperAção Pantanal", evidenciam a importância de soluções sustentáveis e colaborativas para mitigar os impactos dos incêndios no Pantanal. 

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(Com informações do Cicarne)

 

Cidades

Confira o que abre e o que fecha no feriado de 15 de novembro

Em Campo Grande, a data fechará órgãos públicos municipais e estaduais além de alterar o horário do comércio

13/11/2024 15h00

Confira o que abre e o que fecha no feriado de 15 de novembro

Confira o que abre e o que fecha no feriado de 15 de novembro Gerson Oliveira

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A Proclamação da República é celebrada nesta sexta-feira, 15 de novembro. A data é feriado nacional e, como cai no fim da semana, haverá emenda gerando feriadão.

No entanto, na data haverá alteração de funcionamento em alguns locais, enquanto outros não abre.

Governo do Estado

Com a mudança do ponto facultativo em alusão ao Dia do Servidor Público Estadual para o mês de novembro, a folga ocorrerá nos dias 14, 15, 16 e 17, neste período todos os órgãos deverão ser fechados.

Prefeitura Municipal de Campo Grande

Os órgãos municipais de Campo Grande devem ser fechados durante o dia 15 de novembro.

O decreto não se aplica às unidades e serviços considerados essenciais no atendimento à população. Com isso, o expediente segue normal nos Centros Regionais de Saúde 24h (CRSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), serviços de limpeza e coleta de lixo domiciliar. A Capital possui quatro CRSs localizados nos bairros Coophavila II, Aero Rancho, Tiradentes, Nova Bahia e seis UPAs nos bairros Leblon, Coronel Antonino, Moreninha II, Universitário, Vila Almeida e Santa Mônica.

Rede Municipal e Estadual

Escolas municipais e estaduais deverão aderir o feriado e não ter aula no dia 15 de novembro, voltando apenas no dia 18.

Agências bancárias

Os estabelecimentos bancários serão fechados. Caixas eletrônicos e canais de internet estarão funcionando normalmente.  

Shoppings

  • Campo Grande: 10h às 22h
  • Bosque dos Ipês: 10h às 22h
  • Norte Sul Plaza: 10h às 22h
  • Pátio Central: 9h às 16h

Supermercados

Os mercados e supermercados poderão funcionar normalmente durante o feriado, devendo apenas verificar o horário estabelecido por cada um.

Lotéricas

A abertura fica ao critério de cada proprietário, mas a maioria não deve abrir.

Delegacias

As delegacias da Capital estarão abertas apenas aquelas de urgência, ou seja, plantonistas: Depacs (Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol e Centro, Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e 4ª DP (Delegacia de Polícia).

Camelódramo

Funcionamento normal na quinta-feira, já na sexta das 8h às 13h.

Casa da Saúde

Devido ao feriado, a Casa da Saúde Carlos Alberto Jurgielewicz não terá atendimento ao público nesta quinta e sexta-feira, dias 14 e 15 de novembro.

Comércio

O comércio poderá ser aberto durante o feriado, mas com ressalvas. Àqueles estabelecimentos que decidirem abrir, deverão seguir algumas normas que incluem informar em até cinco dias antes, o sindicato laboral, por escrito e com pagamento a mais por empregado, sendo isento quanto aos empregados e empresas contribuintes aos sindicatos.

Os empresários também deverão compensar seus funcionários com folga. A compensação deverá ocorrer na semana seguinte ou até no máximo 15 dias.

Coleta de lixo

A coleta de lixo acontecerá normalmente, no mesmo horário de dias normais.

Correios

As agências dos Correios ficarão fechadas no dia 15. 

Logística e transporte

TCU é favorável à permanência da CCR MSVia na BR-163

Com aval do Tribunal de Contas da União, concessionária poderá por em prática plano de investir R$ 12 bilhões na principal rodovia de Mato Grosso do Sul

13/11/2024 14h47

BR-163 é administrada pela CCR MSVia

BR-163 é administrada pela CCR MSVia Paulo Ribas

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Contrariando o voto do ministro-relator Aroldo Cedraz, a maioria do TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu que o Governo Federal poderá repactuar o contrato de concessão da BR-163 com a MSVia, desde que seja garantida a antecipação das obras e o aumento dos investimentos previamente previstos.

Com essa decisão, espera-se um investimento de R$ 12 bilhões, que incluirá a duplicação de 170 km da via, a construção de uma terceira faixa em outros 190 km e diversas obras adicionais.

A decisão contrária ao voto do relator foi tomada na tarde de desta quarta-feira (13), após a retomada da votação do relatório iniciado na semana passada. Seis ministros votaram a favor de uma nova solução consensual ajustada durante o debate pelo ministro Benjamin Zymler, que apresentou um voto em separado. O processo tramitava na Corte desde setembro do ano passado. O ministro Bruno Dantas estava ausente, e o presidente do colegiado, Bruno Dantas, não votou.

Ao perceber que seu voto seria derrubado, Cedraz declarou:

“Quero renovar minhas observações ao que considero ilegalidades”, argumentando que a proposta envolvendo a concessionária não se compara a outras decisões já tomadas pelo tribunal.

“Não verifiquei similitude com esse caso”, afirmou, acrescentando que as “alterações propostas não se amparam nas leis” e que as propostas adicionadas não demonstram atender ao interesse público.

Em seu parecer, Cedraz afirmou que a proposta é ilegal, defendendo que seria mais adequado utilizar o processo de relicitação – trâmite assegurado pela legislação –, já que o texto apresentado tem regras semelhantes ao contrato atual e seus aditivos.

A proposta permitiria a elevação da tarifa de pedágio e seus gatilhos de aumento, além de estender o prazo de concessão por 10 anos e alterar os investimentos obrigatórios. Na avaliação do relator, também não há garantias de que as obrigações serão cumpridas, uma vez que os parâmetros de fiscalização permaneceram inalterados.

Pelo voto de Zymler, haverá antecipação das obras a serem executadas e novos investimentos. Dessa forma, estão garantidos pelo menos R$ 12 bilhões em investimentos até 2052, com R$ 3 bilhões nos próximos três anos. Estão previstos, entre as melhorias, a duplicação de 170 km e a construção de uma terceira faixa em outros 190 km.

Entenda

A BR-163, uma das rodovias mais importantes do Mato Grosso do Sul, tem sido alvo de controvérsias e disputas judiciais há anos. A concessionária MSVia, responsável pela gestão da rodovia desde 2014, enfrentou dificuldades para cumprir o cronograma de obras previsto, incluindo a duplicação de trechos da estrada. 

Os investimentos da concessionária cessaram em 2017, ano em que a MSVia pediu o fim do contrato. Em seguida, em 2019, o governo federal abriu um processo de relicitação, que se arrastou até 2023, ano em que o mesmo governo federal, já sob nova gestão, chegou a um acordo com a MSVia para investir R$ 13 bilhões na via. 

Entre os investimentos previstos está a duplicação entre Nova Alvorada do Sul e Bandeirantes. 

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