Cidades

REFORMA AGRÁRIA

Incra faz pente-fino e pode reassentar 8 mil famílias em MS

Governo informou que vai vistoriar lotes vazios e ocupações irregulares para alojar quem precisa

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O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) prepara um pente-fino em assentamentos. O objetivo é identificar lotes vazios e ocupações irregulares. No lugar destes, serão alojadas famílias que estão em acampamentos improvisados nas margens das rodovias. Em Mato Grosso do Sul, a medida inclui 31.995 lotes, sendo que 8 mil devem ser reassentados. 

O anúncio foi feito pelo secretário especial de Assuntos Fundiários do governo federal, Luiz Antonio Nabhan Garcia, que estima um “número elevado” de lotes que estão ocupados irregularmente por pessoas que compraram o imóvel de assentados. “Não dá para deixar as pessoas debaixo de lona nas margens das estradas em condições sub-humanas. Esses que estão lá nos assentamentos têm que provar que estão produzindo. Aí vai receber o título”, afirma Garcia.

Conforme o superintendente substituto do Incra em Mato Grosso do Sul, Edson Lopes Chaparro, no Estado, há cerca de 27 mil lotes distribuídos e existe uma estimativa que destes, 30% estejam ocupados irregularmente. A última vistoria realizada foi em 2011, mas um grupo de trabalho está sendo preparado para visitar os lotes e verificar a regularidade. “É temeroso usar dados de 2011, porque a dinâmica dos assentamentos é constante. Os laudos, em geral, tem validade de 120 dias. Mas nós temos uma estimativa, baseada em dados coletados a campo, que cerca de 25% a 30% dos lotes estão irregulares. Nós já temos um planejamento para realizar vistorias gerais em todo o Estado”, disse.

Segundo o superintendente, para tentar agilizar a fiscalização, foi firmado um termo de execução com universidades em que o Incra adotou um sistema on-line, que está em fase de testes. “É um sistema chamado Radis, que nos permite otimizar o tempo das vistorias. Então, eu consigo fazer 30 lotes num dia, com a mesma equipe que eu fazia 10 lotes. E esse sistema gera um relatório on-line, o que também facilita o trabalho”, explicou. 

Atualmente, segundo Chaparro, a equipe de fiscais do Incra é composta de 25 servidores, responsáveis por fiscalizar pouco mais de 30 mil lotes, o que é praticamente inviável. 

PROTESTO

Ontem, cerca de 100 manifestantes protestaram em frente ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para pedir ao governo federal o “desbloqueio” da reforma agrária.

A diarista Marie Anete, 55 anos, mora em um acampamento há mais de 400 quilômetros da Capital. Ela não sabe dizer em qual cidade está seu acampamento, mas conta que passou parte da vida na expectativa de um pedaço de terra. “Estou morando num acampamento que chama Zumbi dos Palmares tem oito meses. Comigo, moram meus filhos e netos, e no acampamento, tem mais oito famílias”, disse.

O dirigente da Frente Nacional de Lutas (FNL), Jonas Carlos da Conceição, explicou que são cinco mil famílias em Mato Grosso do Sul que fazem parte dos três movimentos citados. “Queremos uma agenda com o Incra, para o desbloqueio da reforma agrária. Faz dois meses da decisão que o governo federal decidiu bloquear e a gente não tem nenhuma decisão”.

A manifestação foi realizada em onze estados do País. “É uma agenda nacional que eles tem anualmente, geralmente no mês de abril, em que eles buscam os órgão estaduais para não deixar a questão da reforma agrária abafar”, disse o superintendente substituto em Mato Grosso do Sul.

(Colaborou Renata Volpe. Com informações do jornal O Estado de São Paulo)

Golpe

Estelionatário se passa de médico e idosa perde R$ 4,2 mil em MS

Criminoso relatou que valor seria destinado a compra de medicamentos para seu esposo, que está internado

26/12/2024 18h31

Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário Centro, onde o caso foi registrado

Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário Centro, onde o caso foi registrado Divulgação Depac

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Uma idosa de 74 anos perdeu R$ 4,6 mil após cair em golpe na manhã desta quinta-feira (26), em Campo Grande.

Conforme boletim de ocorrência, o criminoso entrou em contato por telefone se passando por um médico. Ele justificou a ligação para informar a suposta necessidade de compra de medicamentos. Os remédios seriam destinados a seu marido, que de fato está internado na Santa Casa de Campo Grande desde o dia 9 de dezembro.

Além dos medicamentos, o criminoso informou à vítima que seu marido também precisava urgentemente de um novo aparelho hospitalar. Nesse sentido, ele solicitou duas transferências bancárias, uma de R$ 4 mil e outra de R$ 600 reais. Os pedidos foram prontamente atendidos pela idosa, que preocupada com a saúde de seu marido, não cogitou ser um golpe no momento.

Ao tentar transferir o valor, contudo, a idosa enfrentou problemas e não conseguiu realizar o depósito. Assim, ela pediu a seu irmão fazer o pagamento.

Momentos depois, ao entrar em contato com seu marido, a idosa percebeu que foi vítima de um golpe. Após este momento, a vítima reembolsou seu irmão e posteriormente procurou a Polícia Civil para relatar a situação.

O caso está registrado como crime de estelionato e está em investigação.

Idosa cai em golpe e perde R$ 13,2 mil na véspera de Natal em MS

Uma idosa de 60 anos caiu em um golpe e perdeu R$ 13,2 mil reais nessa terça-feira (24), véspera de Natal, em Dourados, interior de Mato Grosso do Sul.

Conforme o boletim de ocorrência, a vítima recebeu duas ligações de uma pessoa que se identificou como mecânico. Na chamada, o estelionatário informou que estava socorrendo uma pessoa conhecida da família, que supostamente estava parado na estrada com problemas em seu veículo.

O criminoso ainda revelou uma falsa surpresa: o suposto conhecido estava se dirigindo a casa da idosa. A vítima então prontamente passou a colaborar com o criminoso. Inicialmente, o golpista pediu R$ 2 mil, que supostamente seria para a compra de peças do veículo.

Ainda segundo o registro policial, assim que recebia o depósito solicitado, o estelionatário relatava um problema diferente no carro. Depois do primeiro Pix, ele pediu mais um de R$ 2 mil, depois um depósito de R$ 4,5 mil e outro de R$ 5,2 mil. Por fim, ele entrou em contato novamente e pediu à idosa uma transferência de R$ 1,5 mil. 

Pesquisa científica

Hospital procura voluntários para estudo de prevenção a AVC em Campo Grande

Voluntários que desejam contribuir com a pesquisa precisam ter mais de 18 anos e ter sido diagnosticados com fibrilação atrial e doença renal crônica avançada, estejam em hemodiálise ou não

26/12/2024 17h55

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS) está à procura de voluntários com predisposição a sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) com intuito de prevenção em Campo Grande.

Um dos objetivos do estudo é justamente encontrar o equilíbrio para a redução dos riscos de o paciente sofrer um AVC isquêmico e, com isso, garantir a segurança de outros tratamentos.

Para se ter noção, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) figura entre as principais causas de morte no mundo. O dado é ainda mais agravante em pacientes com doença renal crônica avançada que apresentam fibrilação atrial.

Como participar

Estão aptos a participar do estudo pessoas maiores de 18 anos, que possuam diagnóstico de fibrilação atrial e doença renal crônica avançada, fazendo ou não hemodiálise.

Os interessados devem entrar em contato pelo telefone (67) 3345-3352. Cabe ressaltar que a participação contribui para o avanço da ciência que procura novas formas de prevenção.

Estudo no país

Segundo a médica Adriana Lugo Ferrachini, uma das subinvestigadoras do estudo, a pesquisa pretende incluir 1.500 pacientes em todo o país. Com isso, 50 centros de pesquisa estão envolvidos, entre eles o Humap-UFMS.

O tempo de acompanhamento dos voluntários será de 24 meses, em que receberão visitas trimestrais. Um dos objetivos do estudo é encontrar a melhor estratégia de anticoagulação para pacientes com doença renal avançada, reduzindo o risco de AVC com um baixo índice de sangramentos.

“Este estudo é de extrema importância, pois é o primeiro no mundo a avaliar a melhor estratégia de anticoagulação nos pacientes com doença renal crônica avançada, inclusive naqueles que estão em hemodiálise”, explicou Ferrachini.

Ela atuará ao lado de outros quatro pesquisadores, sendo Dr. Delcio Gonçalves Da Silva Junior, Dra. Roberta Cristine Miranda Lorandi e os coordenadores de pesquisa Filipe Stadler e Guilherme Fermiano Bertolli.

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