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Infraero registra atraso em 20% dos voos em todo o país

Infraero registra atraso em 20% dos voos em todo o país

FOLHA ONLINE

24/12/2010 - 13h52
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Balanço da Infraero (estatal que administra os aeroportos do país) divulgado às 10h desta sexta-feira, véspera de Natal, apontou que dos 829 voos programados em todos os aeroportos do Brasil, 159 --quase 20%-- sofreram atrasos de mais de meia hora e 35 foram cancelados (4,2%). Nesta quinta-feira (23), no último balanço divulgado às 23h, o índice de voos atrasados era de 40% dos 2.560 programados desde a 0h. No total, 1.024 sofreram atrasos acima de 30 minutos e 107 voos foram cancelados.

A greve dos funcionários das empresas aéreas, que estava prevista para ontem, foi suspensa até o dia 10 de janeiro. Na manhã de quinta, quando foi anunciada a paralisação, o índice de voos atrasados era de 30,1% e o de cancelados, 5,5%.

Por volta das 10h desta sexta, o aeroporto internacional de Guarulhos (Grande SP) tinha 22 (36,7%) voos atrasados, dos 60 programados e 1 (1,7%) cancelado. Já no aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, dos 59 voos programados, 5 (8,5%) sofreram atrasos e 10 (16,9%) foram cancelados.

No aeroporto Santos Dumont, no Rio, dos 47 voos, 1 (2,1%) estava atrasado e 6 (12,8%) haviam sido cancelados. No Galeão, também no Rio, dos 38 voos, 7 (18,4%) sofreram atrasos. Nenhum foi cancelado.

No aeroporto de Brasília, dos 50 voos programados, 8 (16%) estavam atrasados e 3 voos (6%) foram cancelados.

LIMINAR CANCELADA

O SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários) conseguiu cancelar na Justiça, na noite desta quinta, liminar da Justiça Federal no Distrito Federal que estendia até 10 de janeiro a proibição de greve da categoria, sob pena de multa de R$ 3 milhões por dia no caso de descumprimento.

Portanto, fica mantida a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), da última quarta-feira (22), que determina atividade de 80% do efetivo dos aeronautas e aeroviários entre 23 de dezembro e 2 de janeiro de 2011.

Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, assim que receberam a notícia, os aeroviários suspenderam as manifestações feitas ontem no Rio de Janeiro, em Salvador, Confins e Brasília. "Vamos fazer uma pausa por conta do Natal e retomar segunda-feira [27] o comando da campanha", disse Selma.

Ela acrescenta que a maioria da categoria dos aeroviários ainda não soube da notícia. "Esperamos resolver essa situação antes do Ano Novo. É a nossa expectativa, não quer dizer que vá acontecer", aifrmou Balbino.

A greve do setor aéreo, que havia sido anunciada pela categoria, foi suspensa ontem de manhã após decisões judiciais.

PARALISAÇÃO

Ontem os aeroviários fizeram um protesto no Galeão. Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, o objetivo era fazer uma paralisação de 20% dos funcionários.

O protesto foi motivado pela decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), diz Balbino, que obriga a manutenção de um efetivo de 80% dos trabalhadores do setor aéreo.

GREVE

A ameaça de greve dos funcionários começou após impasse nas negociações do reajuste salarial. No início da negociação, as empresas queriam apenas repor a inflação --calculada em 6% pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)-- e oferecer ganhos reais somente a partir de abril. Os aeroviários (trabalhadores em terra) pediram reajuste de salários de 13% e um percentual ainda maior, de 30%, para os que recebem o piso. Os aeronautas aeronautas (pilotos e comissários) queriam aumento de 15%.

Após reunião na manhã de ontem, o sindicato patronal apresentou proposta de reajuste de 8% e desistiu, por enquanto, de mudar o dissídio (negociação de reajuste salarial) de dezembro para abril. A greve foi suspensa pelos funcionários, mas um acordo ainda não foi fechado.

Cidades

Dono de empresa de apostas e mulher morrem em queda de helicóptero

Filha de 11 anos e o piloto da aeronave foram resgatados com vida

17/01/2025 09h08

Reprodução

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O empresário André Feldman, 50, e sua mulher, Juliana Feldman, 49, morreram na queda do helicóptero em Caieiras, na Grande São Paulo, na manhã desta sexta (17).

André é dono da Big Brazil, empresa de apostas online com sede em Americana, na região de Campinas, interior de São Paulo.

O empresário, a mulher e a filha, de 11 anos, saíram na noite desta quinta (16) de São Paulo e seguiam para a cidade de Americana.

O casal morava na cidade de Nova Odessa, vizinha a Americana, de acordo com a assessoria do empresário.

Após a queda, a menina e o piloto foram resgatados com vida e conscientes. Eles foram levados ao Hospital das Clínicas.

O helicóptero pertencia ao empresário e o piloto prestava serviços particulares ao casal.

O ACIDENTE

Um helicóptero caiu em área de mata fechada na Grande São Paulo, Chovia muito na hora do acidente.

O piloto da aeronave foi encontrado consciente e resgatado pouco antes das 7h, desta sexta-feira. A filha do casal foi localizada pelas equipes de resgate por volta das 7h15. Ela também está bem. Os dois estavam na mata, longe do helicóptero.

Eles receberam os primeiros socorros e foram encaminhados para hospitais da região.

As equipes conseguiram acessar os destroços da aeronave e encontraram André e Juliana já sem vida, de acordo com a concessionária Autoban, que também participa das equipes de resgate.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave caiu por volta das 23h28 desta quinta-feira (16), porém só foi encontrada às 6h15 desta sexta, pelo helicóptero Águia da Polícia Militar. A aeronave teria perdido o sinal de GPS por volta das 20h.

Com informações Folhapress.

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RODOVIAS

Cenário econômico é desafio para a Rota da Celulose

Secretário de Desenvolvimento manteve previsão de leilão para abril, mas alertou que momento atual de mercado não é bom

17/01/2025 09h00

Trecho da BR-262, entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, deve ser completamente duplicado quando rodovia for leiloada

Trecho da BR-262, entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, deve ser completamente duplicado quando rodovia for leiloada Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O leilão da Rota da Celulose, pacote de cinco rodovias na região leste de Mato Grosso do Sul, pode ser afetado pelo cenário econômico no Brasil, segundo o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck. Esse foi o mesmo motivo que impediu a concessão de ser feita em dezembro do ano passado.

De acordo com Verruck, a ideia é retomar o leilão em abril, como havia previsto o governador no ano passado. Entretanto, o secretário lembrou que o momento atual da economia não é favorável, já que muitos investidores reclamam dos juros altos.

"A ideia é que em abril a gente ponha no mercado. E vamos ver se o mercado melhora, que o mercado também está reclamando de juro alto para captação", declarou Verruck durante agenda, ontem.

Esse problema já havia sido enfrentado quando o governo do Estado tentou leiloar as rodovias, em dezembro de 2024, porém, não houve procura para o pacote, que é composto por trechos das rodovias BR-262, MS-040, MS-338, MS-393 e BR-267.

Matéria do Correio do Estado do ano passado mostrou que a Taxa Selic, a taxa de juros do Banco Central do Brasil (BC), que subiu 1% em dezembro, atingiu 12,75%, e tem viés de alta de mais dois pontos porcentuais nas próximas reuniões do Conselho Nacional de Política Monetária (Copom), com previsão de chegar a 15% neste ano.

O conjunto de rodovias que o governo de Mato Grosso do Sul pretende leiloar estava oferecendo às empresas interessadas uma Taxa Interna de Retorno do Investimento (TIR) de 10,37% ao ano.

A taxa foi calculada em abril do ano passado, quando o horizonte no médio prazo para os juros da economia brasileira era bem mais otimista, com a possibilidade de a Taxa Selic voltar a ser de apenas um dígito (menos de 10%) já em 2026.

A expectativa de redução na curva dos juros foi prorrogada por, pelo menos, mais um ano. Para 2026, a estimativa do mercado financeiro é que a Selic fique em 12%. Para 2026 e 2027, as projeções são de que a taxa fique em 10,25% e 10%, respectivamente, segundo o Boletim Focus.

Além disso, o pacote também deve enfrentar nova concorrência, de outras rodovias brasileiras, já que outros trechos também devem entrar em leilão a partir de junho, segundo Verruck.

"O governo federal, até julho, parece que vai licitar também uma série de concessões federais. Então vai ser um momento em que o mercado vai ter de novo uma grande oferta de concessões rodoviárias no País", comentou o secretário.

JUROS

Segundo o economista Eduardo Matos, a economia brasileira está passando por uma alta na taxa de juros, resultante de "uma pressão inflacionária na economia brasileira".

"O Copom opta por elevar a taxa básica de juros e, assim, balizar e acabar até precificando a taxa de juros da economia de um modo total, de um modo generalista", explicou.

Como os investimentos, principalmente os produtivos, têm a intenção de aumentar a produção e acelerar a atividade econômica, conforme o economista, essa alta de juros acaba gerando uma redução na empolgação do mercado.

"Se a taxa de juros está alta, esse desempenho da economia é contido. Então, exatamente por isso que as empresas, em especial essas de altos investimentos, passam a planejar de modo diferente, talvez adiar os investimentos ou até mesmo optar por não investir nesse momento", afirmou Matos.

"Uma outra opção seria a busca pelos recursos em outros países. No entanto, o que ocorre é que o real está desvalorizado. Nós tivemos, após a eleição do [Donald] Trump [nos Estados Unidos], uma valorização do dólar, isso por si só já causou uma desvalorização do real perante a moeda norte-americana. Então, por mais que o dólar tenha valorizado, algumas moedas acompanharam essa desvalorização do real, mas a moeda brasileira teve uma desvalorização maior, em decorrência de fatores internos", completou.

Ainda de acordo com o economista, a mudança desse cenário a médio prazo "vai depender do controle inflacionário do governo".

PROJETO

O projeto original, que agora deve sofrer alterações, prevê a concessão de 870 quilômetros, com pedágio variando de R$ 4,70 a R$ 15,20, podendo ficar até 20% mais barato. De todo o trecho, 116 km devem ser duplicados, incluindo o trecho entre Campo Grande e a fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo. 

Além disso, 457 km terão acostamento e 251 km receberão terceira faixa. Conforme o edital, os investimentos, da ordem de R$ 9 bilhões, teriam de ser concluídos em 24 anos, e a concessão é válida por 30 anos.

Segundo Verruck, entre as mudanças no edital, não devem conter redução de obras, mas um maior prazo para que elas tenham início.

"Houve alguns ajustes no projeto, não é ajuste se vai duplicar mais ou duplicar menos, é principalmente cronograma. O mercado entendeu que tinha uma pressão de investimento de curto prazo muito pesada, além do cenário nacional que estava bastante complexo. Então, ela [Eliane Detoni] está mexendo em algumas coisas disso, vai ter que botar de novo em consulta pública", explicou.

A previsão é de que o novo edital seja reenviado à Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, até o fim deste mês, onde ficará disponível para consulta de interessados e, em abril, se o momento for favorável, ir a leilão.

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