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INSS declara fim da greve, mas servidores discordam e continuam paralisados.

O código de greve era uma reivindicação dos servidores parados após ter sido substituído pela anotação de falta injustificada, que pode trazer sanções ao servidor público.

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A greve dos servidores públicos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) caminha para o final. O instituto considera que, com o fechamento de mais um acordo com entidade representativa dos funcionários, o movimento está oficialmente encerrado, mas parte dos técnicos do seguro social resiste a voltar ao trabalho.
A maioria é ligada à Fenasps (Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), que não assinou o acordo de fim da paralisação.

A greve começou em 10 de julho. O primeiro documento encerrando o movimento foi assinado em 28 de agosto com a CNTSS (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social). No último dia 26, a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) foi a segunda instituição a endossar o Documento e a assinar um aditivo. A Fenasps, no entanto, não aceitou os termos.

O instituto diz considerar que o movimento chegou ao final mesmo com a não aceitação das negociações por parte da Fenasps e pelo SINSSP, sindicato dos técnicos do seguro social de São Paulo, já que há uma decisão judicial confirmando as negociações iniciais com a CNTSS. Além disso, com duas entidades aceitando os termos, há maioria, já que hoje são três confederações de servidores do órgão.

Segundo Ismênio Bezerra, diretor de governança, planejamento e inovação do INSS, governo e a categoria passam, agora, a uma nova fase, que é a criação de uma mesa de debates sobre as mudanças na carreira.

Desta rodada, que teve a primeira reunião realizada na terça (1º), a Fenasps não participa.

"Ficam de fora da negociação da carreira. Como quem assinou o acordo de greve foi a CNTSS e a Condsef, não tem como você dialogar com quem não assinou o acordo. A gente respeita o movimento em contrário da Fenasps, mas já tem um acordo de greve que é reconhecido pelo poder Judiciário", afirma.

De acordo com o diretor, na terça, as 1.500 agências do país funcionaram normalmente. O instituto tem cerca de 15 mil técnicos e, também na terça, houve o registro de cerca de cem faltas por greve.

O código de greve era uma reivindicação dos servidores parados após ter sido substituído pela anotação de falta injustificada, que pode trazer sanções ao servidor público. A Fenasps entrou na Justiça e conseguiu liminar garantindo esse tipo de anotação de ponto.

"A Fenasps, que é a entidade nacional que representa mais de 90% dos servidores, não assinou o acordo porque ele não contempla basicamente quase nada das reivindicações da categoria, e a greve permanece", diz Thaize Chagas, diretora da Fenasps (Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social) e do Comando Nacional de Greve.

O SINSSP, ligado à Condsef, confirma que foi o único sindicato dessa base que, em assembleia, rejeitou a proposta do governo e decidiu manter o movimento.

O acordo de greve garante aos servidores reajustes em 2025, 2026 e 2027, além de reestruturação da carreira, que passará de 17 para 20 níveis. Segundo Bezerra, a categoria será uma das que terá o maior aumento acumulado ao final dos três anos.

Os servidores do INSS, assim como todo o funcionalismo público, tiveram aumento de 9% em 2023, logo após o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após passarem cerca de cinco anos sem alta salarial.

O INSS tem quase 19 mil servidores em todo o país, mas chegou a ter 25 mil em 2015. São 15 mil técnicos responsáveis por quase todos os serviços do órgão e 4.000 analistas.

Um milhão de pedidos de benefício chegam para análise mensalmente, segundo os sindicatos que representam a categoria. A falta de pessoal é um dos motivos para a paralisação.
 

*Informações da Folhapress 

Cidades

Rachid Neder é interditada para obra no cruzamento com a rua Arthur Jorge

Rotatória ganhará semáforos para maior segurança no trânsito

15/12/2025 17h30

Divulgação

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A partir desta terça-feira (16), a rotatória do cruzamento da Av. Rachid Neder com a Rua Arthur Jorge, ficará temporariamente interditada para uma obra de adequação e reorganização do fluxo viário. 

A intervenção tem como principal objetivo reforçar a segurança viária e melhorar a fluidez do tráfego em um dos pontos mais importantes de interligação entre a região Central e a região do Segredo.

Segundo a Agência Municipal de Trânsito (Agetran), o cruzamento registra grande volume de veículos ao longo do dia, sendo utilizado diariamente por moradores, trabalhadores e condutores que se deslocam entre diferentes regiões da cidade.

Para melhorar o trânsito da região, estudos técnicos apontaram a necessidade de adequações na rotatória, visando organizar melhor os fluxos, reduzir conflitos de tráfego e proporcionar deslocamentos mais seguros e eficientes.

O projeto também prevê a instalação de semáforos no local, como medida complementar para reforçar a segurança viária e melhorar ainda mais a mobilidade e a fluidez do tráfego.

Equipes da Agetran atuarão com sinalização viária adequada e orientação aos condutores durante todo o período de interdição, para minimizar transtornos e garantir a segurança de todos os usuários da via.

A Agência pede que os motoristas redobrem a atenção ao trafegar pela região, respeitem a sinalização provisória e, se possível, utilizem rotas alternativas.

Não foi informado prazo para término das obras e fim da interdição.

Até janeiro

Greve: dentistas suspendem atendimentos em 44 postos de saúde da Capital

Categoria manterá apenas serviços de urgência e emergência durante paralisação grevista

15/12/2025 16h45

Assembleia realizada na sede do sindicato em novembro deste ano

Assembleia realizada na sede do sindicato em novembro deste ano Foto: Sioms / Divulgação

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Por unanimidade, os dentistas que trabalham na Prefeitura de Campo Grande suspenderam por 30 dias os atendimentos em 44 postos de saúde da Capital, paralisação que se inicia já nesta quarta-feira (17). 

A decisão da categoria acontece após a Prefeitura de Campo Grande descumprir as decisões judiciais referentes ao reposicionamento do Plano de Cargos, Carreira, além de reivindicações sobre a falta de condições de trabalho nas unidades de saúde da capital.

A categoria afirma que o movimento é consequência do descumprimento, por parte da gestão municipal, do prazo judicial para efetivar o reposicionamento salarial determinado pela Justiça, decisão já confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde maio deste ano, os profissionais buscam reaver ajustes salariais que ficam entre 15% e 68%.

Presidente do Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms) David Chadid destacou que várias foram as tentativas de acordo com o município.

"As propostas apresentadas (pela prefeitura) não atendem os interesses da categoria, que além de exigir o cumprimento das decisões judiciais, também precisam de melhores condições de trabalho para o atendimento da população", declarou.

Cabe destacar que, nas últimas semanas, sindicalistas e membros do Comitê de Saúde da Capital sentaram-se para discutir os ajustes já previstos por lei, entretanto, a administração municipal não apresentou propostas aprovadas pelos sindicalistas. 

Com isso, 71 dos 168 profissionais seguem trabalhando. Atendimentos ambulatoriais eletivos serão mantidos.

"Esse movimento paredista visa garantir o cumprimento dos direitos legalmente reafirmados por processos judiciais e que não estão sendo cumpridos", declarou o presidente em ofício encaminhado ao Ministério Público do Trabalho nesta segunda-feira (15). 

Paralisação

Apesar da suspensão em grande parte dos pontos de atendimento, os profissionais garantiram mais de 50% de funcionamento do setor odontologico da Capital, de forma que a população não fique desassistida.

"Legalmente seria necessário manter 30% do atendimento, mas optamos por 50% em consideração à população, que já está sofrendo com a falta de insumos e equipamentos para os atendimentos odontológicos, que não estão sendo fornecidos pela gestão", pontuou o presidente.

David Chadid também garantiu que todos os casos de urgência e emergência serão atendidos. "Todo o processo de paralisação cumpre rigorosamente o que está preconizado por lei. Estaremos atendendo esses casos e remanejando os demais". E acrescentou: "Pedindo a compreensão da população neste momento, pois nos falta o básico para trabalhar, como é o caso dos compressores, que há muito tempo estamos denunciando."

O presidente reforçou que para que não haja greve será necessário o imediato cumprimento das decisões judiciais.

Imbróglio

O descumprimento da liminar que garante a progressão vertical da carreira foi considerado o estopim para a paralisação, uma vez que, segundo o sindicato, os profissionais estão há três anos sem atualização salarial e a não regulamentação do auxílio-alimentação.

Entre os pedidos, os sindicalistas querem a implementação a partir de abril de 2026 de auxílio alimentação de R$ 800, além de reposição de 15% sobre os pagamentos de plantões a partir de setembro do próximo ano - sendo os dois últimos pedidos escalonados em duas parcelas. 

Além de reposições salariais, a categoria também está pedindo melhores condições de trabalho. Recentemente, cerca de 100 dentistas relataram condições precárias de trabalho nas unidades municipais de saúde, incluindo compressores quebrados, falta de insumos básicos, como luvas e rolinhos de algodão, além da pressão crescente sobre os profissionais, fatores que, segundo o sindicato, impactam diretamente a qualidade do atendimento à população.

Pontos que seguem em funcionamento

DISTRITO ANHANDUIZINHO

  • CF Dr. Mauro Rogério de Barros Wanderley - Iracy Coelho
  • USF Paulo Coelho Machado
  • USF Dr. Wagner Jorge Bortotto Garcia - Mário Covas
  • USF Dr. Jorge David Nasser-Jockey Club
  • USF Nova Esperança
  • USF Dr. Olimpio Cavalheiro - COHAB
  • USF Dom Antônio Barbosa
  • USF Los Angeles
  • USF Macaúbas

Subtotal: 9 unidades - 20 profissionais

DISTRITO BANDEIRA

  • USF Dr. Germano Barros de Souza - Universitário
  • USF Dra. Maria José de Pauli - Três Barras
  • USF Maria Aparecida Pedrossian - MAPE
  • USF Edson Quintino Mendes - Jardim Itamaracá
  • USF Moreninha

Subtotal: 5 unidades-13 profissionais

DISTRITO CENTRO

  • USF Vila Carvalho - Dr. Pedro Nango Dobashi

Subtotal: 1 unidade - 1 profissional

DISTRITO SEGREDO

  • CF Dra. Márcia Guedes de Sá Earp - Nova Lima
  • USF Dr. Fernando de Arruda Torres - José Tavares
  • USF Mestre José Alberto Veronese - Jardim Seminário (Policlín
  • USF Vida Nova

Subtotal: 4 unidades - 9 profissionais

DISTRITO LAGOA

  • USF Or. Alberto Neder - Calçara
  • USF Dr. Hirose Adania - Bonança
  • USF Alfredo Neder-Coophavila II
  • USF Portal Calobá
  • USF Santa Emilia
  • USF Dr. Hélio Martins Coelho-Jardim Batistão

Subtotal: 6 unidades-14 profissionais

DISTRITO IMBIRUSSU

  • USF Dr. Sumie Ikeda Rodrigues - Serradinho

  • USF Albino Coimbra Filho - Santa Carmélia

Subtotal: 3 unidades - 9 profissionais

DISTRITO PROSA

  • USF JD Marabá
  • USF JD Noroeste

Subtotal: 2 unidades - 6 profissionais

UNIDADE COM PARALISAÇÃO PARCIAL

  • USF Aero Itália-1 profissional

Saiba* 

Nas 44 unidades de saúde em que as atividades serão suspensas, contratados e residentes seguirão trabalhando. 

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