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Telefones de Emergência

Instabilidade na Oi deixa serviços de emergência de MS fora do ar

Operadora que chegou a decretar falência voltou a causar transtornos a quem precisa ligar para números de emergência da Polícia e Corpo de Bombeiros

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Os serviços de emergência 190 (Polícia Militar) e 193 (Corpo de Bombeiros Militar) encontram-se temporariamente indisponíveis. A situação ocorre devido a problemas técnicos da empresa terceirizada da operadora Oi.

Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a operadora está com problemas no firewall; com isso, os números de emergência estão novamente sem funcionar.

A empresa de telefonia, que passa por problemas financeiros e chegou a decretar falência, possui contrato de prestação de serviço de emergência cujo valor é de aproximadamente R$ 4.380.562,68.

Essa não é a primeira vez que o serviço apresenta problemas, o que ocorreu em pelo menos cinco vezes neste ano. Em setembro, o rompimento de um cabo de fibra ótica da empresa causou um “apagão” em Campo Grande e em alguns municípios do interior do Estado.

Investigação

Foi publicado na edição do dia 22 de setembro, do Diário Oficial do Ministério Público de Mato Grosso do Sul - (MPMS), a instauração de uma investigação para apurar a instabilidade recorrente nos números de telefone de emergência do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - (SAMU), de Dourados.

A investigação é específica para o município, mas leva em consideração a instabilidade dos principais canais de emergência que tem atingido outras cidades do Estado com frequência nos últimos dias, incluindo Campo Grande. Nesta manhã, inclusive, houve registro de instabilidade em Campo Grande, Iguatemi, Ribas do Rio Pardo, Dourados e Jardim.

Conforme a publicação, o procedimento foi aberto devido a falhas sucessivas que ocorreram ao longo desse ano, principalmente nos meses de março e abril, quando as linhas da PM e dos Bombeiros saíram do ar, obrigando a divulgação de números alternativos. Nesse mês, a instabilidade da linha 192 do SAMU acendeu um novo alerta sobre a fragilidade do sistema.

Diante disso, o MPMS notificou a Prefeitura de Dourados e o Governo do Estado para que prestem esclarecimentos sobre as falha, e ainda apresentem, no prazo de 20 dias, documentos sobre as medidas adotadas para solução.

No procedimento, a 10ª Promotoria de Justiça ressaltou que a estabilidade desses canais é crucial para assegurar o direito constitucional à segurança e à vida da população e continuará monitorando o caso para garantir uma solução definitiva para o problema.

Falência

Com dívidas que ultrapassam R$ 1,7 bilhão, em novembro de 2025 a Oi teve a falência decretada, conforme decisão da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Na decisão, a juíza responsável apontou que a companhia estava tecnicamente falida e determinou a liquidação dos ativos, mantendo provisoriamente apenas a operação de serviços essenciais até que outra empresa assuma a administração.

Reversão da decisão

Três dias depois, a Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a decisão que havia sido tomada no dia 11 de novembro, revertendo a falência e retornando a empresa ao modelo de recuperação judicial.
 

Saiba para onde telefonar

Para garantir a continuidade do atendimento à população, o Ciops colocou imediatamente à disposição os seguintes números de celular:

Corpo de Bombeiros Militar

  • (67) 9 9266-7692
  • (67) 9 9263-1396
  • (67) 9 9654-3943

Polícia Militar

  • (67) 9 9217-2227
  • (67) 9 9602-6624
  • (67) 9 9656-0034

“A operadora Oi já foi acionada e trabalha para solucionar a falha. A previsão de normalização dos serviços é de até 4 horas. A Sejusp reforça seu compromisso com a segurança da população e agradece a compreensão de todos”, diz a nota do órgão.

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Cidades

Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024

05/12/2025 19h00

Foto: Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

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Em crise, os Correios decidiram não renovar este ano um benefício de vale-natal de R$ 2,5 mil aos seus funcionários, valor que foi pago em 2024, após Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A empresa comunicou seus funcionários sobre o não pagamento na noite de quarta-feira. Ao mesmo tempo, a estatal espera a avaliação da equipe econômica sobre os próximos passos nas negociações com os bancos.

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024. Ele vem sendo renovado, enquanto a atual direção negocia novos termos, mas o benefício de Natal foi cancelado em função da crise e da necessidade de cortes de custos. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em paralelo, a empresa aguarda avaliação do Tesouro Nacional sobre o plano de recuperação, para poder voltar a negociar com os bancos um empréstimo na casa dos R$ 20 bilhões. A expectativa era de que isso fosse concluído ainda esta semana, mas o desfecho dessa análise deve ficar para a semana que vem.

Na terça-feira, o Tesouro informou à estatal que não dará aval a um empréstimo de R$ 20 bilhões caso as taxas de juros estejam acima de 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A proposta dos bancos, segundo apurou o Estadão, foi de 136% do CDI. Ou seja: com essa taxa, a proposta foi recusada, dando início a uma nova rodada de negociação.

A equipe econômica estuda uma forma de dar um fôlego de curto prazo para a companhia, para que ela não negocie com os bancos sob forte pressão. Mas o desenho dessa ajuda ainda não foi definido.

Nesta quinta-feira, 4, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se isso ocorrer com aportes do Tesouro, será dentro das regras fiscais.

Rombo bilionário

Os Correios correm para conseguir a liberação do empréstimo para lidar com uma crise financeira sem precedentes. De janeiro a setembro deste ano, a empresa teve prejuízo de R$ 6,05 bilhões, em uma combinação de queda de receitas com aumento de despesas.

Com o empréstimo, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, além de financiar um programa de desligamento voluntário (PDV) e fazer investimentos para tentar recuperar espaço no mercado de encomendas e elaborar novas fontes de receitas.

A estatal também precisa regularizar pendências com fornecedores Isso é visto como crucial pela atual gestão para que a empresa recupere a performance no setor de entregas, a confiança de clientes e tenha aumento de receitas.

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Prefeita sanciona lei que dificulta emissão de atestado médico em Campo Grande

Lei pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestado

05/12/2025 18h45

Foto: Reprodução

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A prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a o Projeto de Lei que endurece e dificulta o acesso a atestado médico aos pacientes da rede municipal de Saúde em Campo Grande.

O texto foi aprovado em regime de urgência e única discussão instituindo o Programa Atestado Responsável, com a finalidade de endurecer a emissão de atestados, proposta  dos vereadores Rafael Tavares e André Salineiro.

Segundo o texto aprovado, a emissão de atestados deverá ocorrer de forma criteriosa e ética, sendo prerrogativa exclusiva do médico, que decidirá sobre a necessidade e o período de afastamento do paciente.

Quando não houver justificativa médica para afastamento, poderá ser emitida apenas uma declaração de comparecimento, comprovando a presença do paciente na unidade de saúde. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica sobre a apresentação deste documento para abonar  a falta no trabalho, ou seja, a empresa não tem a obrigação de pagar o salário do dia.

Conforme a lei, o programa “Atestado Responsável” tem objetivo de promover a emissão de atestados médicos de forma responsável e ética, priorizando as reais necessidades clínicas dos pacientes, contribuir para a redução da sobrecarga de atendimentos nas UPA’s e Postos de Saúde, direcionando os recursos para os casos de maior urgência e gravidade. 

Além disso, pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestados para fins de justificação de ausências sem real necessidade de afastamento laboral, fortalecer a autonomia, a segurança e a responsabilidade do profissional médico na tomada de decisão clínica sobre a necessidade de afastamento do trabalho.

Conforme o texto, o intuito do programa é implementar medidas de controle, registro e transparência na emissão de atestados médicos incluindo o monitoramento da quantidade de documentos emitidos, identificação de padrões de uso e eventuais fraudes, de modo a permitir a avaliação contínua da política pública e seus ajustes futuros.

O que diz as regras da CLT?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica a declaração de comparecimento, exceto em situações específicas, prevista no Artigo 473, em que o trabalhador pode se ausentar sem prejuízo do salário para acompanhar a esposa ou companheira durante a gravidez até dois dias para consultas médicas e exames, ou para acompanhar um filho de até 6 anos em consulta médica, uma vez por ano.

Para outros tipos de consultas e exames, o abono de faltas não é previsto na lei e a aceitação do documento depende da política interna da empresa ou de acordos coletivos.

 

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