Uma das unidade do Instituto Mirim de Campo Grande (IMCG), que fica no Bairro Carandá Bosque, será fechada e os seis funcionários que atuam no local serão remanejados para a região central, onde fica a sede.
Ambas unidades atuarão juntas, no mesmo endereço. O objetivo da mudança é a economia de R$ 31,8 mil mensais, isso porque esse valor corresponde ao custo de manutenção gasto atualmente.
Já o prédio, que é da Prefeitura de Campo Grande, passará abrigar a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), o Arquivo Hisrórico de Campo Grande (Arca) e um depósito, que hoje funcionam em imóveis locados.
Atualmente, a Prefeitura desembolsa R$ 7,5 mil ao mês com o prédio da Sectur, mais R$ 5 mil com o da ARCA e R$ 4,3 mil com o do depósito.
Alunos não serão transferidos, pois no fim deste mês terminam suas atividades e nova turma, com novos alunos, já iniciarão inscrições apenas na sede do instituto, a partir do próximo semestre.
A decisão foi tomada para diminuir custos e não ter desperdício, já que a unidade Carandá dispõe de 32 salas de aula, sendo que somente cinco eram ocupadas e apenas 20% da estrutura do imóvel era utilizada.
A presidente do Instituto Mirim, Mairy Batista de Souza explicou que a sede do IMCG (localizado na Rua Anhanduí – anexo ao Horto) tem dez salas de aula, sendo que só cinco são utilizadas para as aulas e as demais, que hoje recebem atividades extras, estão disponíveis para atender a demanda de 250 jovens que estudam na unidade Carandá, sendo 125 por período.
A presidente disse que todas as atividades culturais e recreativas realizadas pelo Instituto Mirim sempre acontecem na sede da entidade (centro), que tem quadra coberta e auditório, além de biblioteca, salas de informática, cozinha ampla, refeitório, entre outros setores.
Outro fator que levou a entidade a realizar a mudança foi a questão do almoço. “Até o ano passado, menos de 200 jovens no total faziam a adesão do almoço na entidade, já que a refeição era cobrada com desconto de 5% do valor do salário mínimo, na folha de pagamento do jovem. A nova diretoria, em consonância com a prefeitura, entende que cobrar essa refeição é incompatível com a missão da entidade, que realiza um trabalho assistencial. Hoje, são 670 refeições fornecidas diariamente, sem qualquer custo para os nossos jovens, e parte dessa refeição precisa ser transportada até o Carandá. Além do custo com combustível e compra de milhares de embalagens descartáveis, sabemos que a refeição, ao ser embalada, não oferece a mesma qualidade quando servida no local onde é produzida”, justificou a presidente.
Mairy relata ainda que existe uma grande demanda de jovens que ao serem destinadas para a unidade do Carandá solicitam a mudança para o centro.
SOBRE O IMCG
Fundado em 1982, o Instituto Mirim de Campo Grande é uma entidade civil, sem fins lucrativos, e tem como objetivo preparar adolescentes para o primeiro emprego. Atualmente existem mil adolescentes, de 15 a 17 anos, inseridos no mercado de trabalho. Outros mil jovens estudam nas duas unidades do IMCG.
A equipe de profissionais é composta por professores, psicólogos, dentistas, médicos, assistentes sociais e outros profissionais.