Entre as mais diversas propostas discutidas nas casas de leis, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS) recebeu, mais recente, um projeto que busca "moção de aplauso" para Alfredo, o "cão influencer" do Estado, que pode ganhar esse agrado das mãos de um deputado que possui no histórico envolvimento com o jogo do bicho.
O Correio do Estado abordou, em maio de 2023, a moção de aplusos concedida para Alfredo e sua tutora, Maria Eduarda Barros, pelo à época vereador, Maurício Lemes, já que o cão ficou conhecido pelos virais de locais pet friendly e posterior trabalho junto às associações de Pais e Amigos dos Autistas da Grande Dourados (AAGD) e da Pestalozzi de Dourados.
Mais recente o "cãofluencer" de Mato Grosso do Sul saiu vencedor no concurso Ibest, considerado o maior prêmio de personalidades da internet brasileira, como o "Pet do Ano" eleito pelos jurados da academia.
A nova moção vem parabenizando justamente a conquista do Prêmio Ibest, assinada pelo parlamentar, hoje membro da Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final (CCJR), Neno Razuk.
"Qual é, bicho"
Entre as justificativas dadas por Neno, são citados os expressivos números de alcance nas redes sociais, com cerca de 1,5 milhão de seguidores e mais de 20 milhões de curtidas.
Ele ainda cita que Alfred foi integrante do "qual é bicho", em mobilização de apoio aos animais vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, arrecadando valores para ração e medicamentos que ultrapassaram R$ 50 mil em doações.
Membro do Partido Liberal (PL), Razuk virou réu em denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) em 06 de fevereiro de 2024, apontado como suposto chefe da organização criminosa ligada à exploração do jogo do bicho, como publicado pelo Correio do Estado.
Inclusive, quando denunciado em dezembro de 2023, o deputado seguia como presidente da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa mesmo 20 dias após ter se tornado réu.
Razuk foi denunciado com outras dez pessoas, incluindo assessores do deputado, pela suposta ligação com organização criminosa associada ao jogo do bicho, com trecho do texto preparado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, detalhando o sistema do grupo.
Desde a sua denúncia, o deputado sempre negou o envolvimento, sendo que mesmo investigado foi nomeado como membro da CCJR e defendido pelo presidente da Casa, Gerson Claro, que afirmou que Razuk é parlamentar "com todas as prerrogativas garantidas pelo voto democrático".




