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DESFECHO

Investigadores pegos com meia tonelada de cocaína em viatura da Polícia Civil são afastados

Após sumiço, Anderson dos Santos foi preso nesta segunda-feira (11) e Alexandre Medeiros na semana passada, durante apreensão dos 538,1 kg da substância

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Em Diário Oficial do Estado desta quinta e sexta-feira (14 e 15) foram publicados os afastamentos de Alexandre Novaes Medeiros e Anderson Cesar dos Santos, presos acusados de transportarem 538,1 quilos de cocaína em viatura da Polícia Civil em Dourados na última semana. 

Conforme Diário, ambos estão afastados compulsoriamente de suas funções como investigadores de Polícia Jurídica, e foram recolhidos os respectivos armamentos, carteira funcional e demais pertences do patrimônio público

Lotados na 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, suas senhas e logins de acesso aos bancos de dados da instituição policial foram suspensas, assim como suas "férias e avaliação para fins de promoção, caso tais medidas ainda não tenham sido adotadas", frisa o texto. 

Vale destacar que a primeira publicação oficial, datada de ontem (14), trazia a relação de afastamento de ambos os investigadores, entretanto, a de Anderson Cesar dos Santos foi republicada nesta sexta-feira (15), já que o primeiro texto trazia a data uma data de prisão equivocada.  

Relembre o caso

Ainda na quarta-feira (06 de setembro), mais de meia tonelada de cocaína, avaliada em cerca de R$ 40 milhões, foi apreendida em uma casa do bairro Vila Rosa, em Dourados, ditante cerca de 127 km da Delegacia em Ponta Porã, município fronteira com o Paraguai. 

Na ocasião, Alexandre Novaes Medeiros e um terceiro comparsa, de 37 anos, foram presos junto do carregamento, sendo que, conforme relatado pelo Correio do Estado, os policiais ficariam encarregados do transporte a bordo da viatura, e o civil serviria para vigiar a carga no local onde foi apreendida. 

Entretanto, durante ação, Anderson dos Santos Gomes, que chegou a informar que se entregaria, acabou optando por fugir da prisão, sendo que, por norma, os crimes praticados podem render pena de aproximadamente 15 anos de prisão, com possí vel agravamento por usar a viatura. 

  nesta sexta-feira (15), o Diário Oficial de Mato Grosso do Sul trouxe a resolução, assinada pelo delegado Corregedor-Geral, Márcio Rogério Faria Custódio, que corrige para esta segunda-feira (11) a data de prisão de Anderson, inicialmente publicada como feita em 06 de setembro.  

 

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Cidades

MEC realiza consulta sobre obras do PNLD até final de janeiro

É a primeira iniciativa de diagnóstico do programa

22/12/2024 21h00

MEC realiza consulta sobre obras do PNLD até final de janeiro

MEC realiza consulta sobre obras do PNLD até final de janeiro MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL/ARQUIVO

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O Ministério da Educação (MEC) irá consultar, por meio de formulário online, dirigentes e secretários municipais de todo o país sobre a incorporação das obras do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) às práticas pedagógicas do cotidiano das instituições de ensino. A pesquisa, cujo link foi encaminhado por email aos gestores, poderá ser respondida até 31 de janeiro e ser acessada também pelo Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec).MEC realiza consulta sobre obras do PNLD até final de janeiroMEC realiza consulta sobre obras do PNLD até final de janeiro

É a primeira iniciativa de diagnóstico do programa. A previsão é que outras sejam realizadas em 2025, para aprimorar o levantamento de informações.

A coleta de impressões e sugestões também tem por objetivo dimensionar em que medida os livros do PNLD ajudam a proporcionar uma educação de qualidade e o tanto que afetam o processo de ensino-aprendizagem. O interesse do MEC consiste, ainda, em promover eventuais melhorias no programa.

A pesquisa está sendo realizada pela Secretaria de Educação Básica do MEC, por meio daDiretoria de Apoio à Gestão Educacional (Dage) eda Coordenação-Geral de Materiais Didáticos (CGMD). Os professores foram os primeiros a contribuir com avaliações sobre o programa.

Esse primeiro panorama está sendo viabilizado com o apoio de diversas instituições, como o Instituto Reúna, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Várias coordenadorias do MEC também se engajaram no processo.

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Falta de recursos é desafio para combater racismo na gestão pública

Relatório mapeou ações estaduais e municipais para promover igualdade

22/12/2024 20h00

Falta de recursos é desafio para combater racismo na gestão pública

Falta de recursos é desafio para combater racismo na gestão pública TANIA REGO/AGÊNCIA BRASIL

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Um relatório feito pela Fundação Tide Setubal mapeou 913 ações municipais realizadas entre 2021 e 2023 e 157 ações estaduais implementadas em 2023, destacando discrepâncias regionais e lacunas significativas com relação às ações de combate ao racismo e promoção da igualdade pela gestão pública brasileira. O estudo identifica avanços como a ampliação de iniciativas no campo da educação e da cultura, mas também evidencia desafios estruturais, incluindo a ausência de transversalidade nas políticas públicas e a insuficiência de recursos financeiros.

Segundo o relatório "Mapeamento de Ações de Combate ao Racismo e Promoção da Igualdade pela Gestão Pública Brasileira" as 913 ações municipais foram identificadas em 130 cidades, com uma média de 6,76 ações por município. O destaque em números absolutos ficou com o Nordeste e o Sudeste registrou a maior média por município (10,75). Também foi identificado que apenas 3,3% das iniciativas contaram com orçamento próprio identificado, o que compromete sua sustentabilidade.

Os dados revelam também que, em 2023, os estados implementaram 157 ações, com destaque para educação (52%), cultura (27%) e segurança pública (17%), com nove ações apresentando orçamento explícito, utilizando recursos próprios, emendas parlamentares ou parcerias.

A pesquisa constatou ainda que a implementação e a continuidade das ações mapeadas enfrentam desafios, incluindo dificuldades em assegurar a execução efetiva e a falta de garantias de investimentos a longo prazo. “Nota-se que a falta de acesso a informações técnicas relevantes nos meios de comunicação oficiais das gestões e a dificuldade em obter detalhes sobre os valores investidos nas ações também são pontos de preocupação”, diz o documento.

Mapeamento

De acordo com o professor da Universidade Estadual de Maringá, secretário executivo da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e pesquisador visitante da FGV Direito SP, Delton Felipe, o potencial do mapeamento é significativo, especialmente no que diz respeito à gestão pública nos estados e municípios, pois permite avaliar como estão trabalhando na promoção do combate ao racismo e na busca pela igualdade.

“Além disso, o mapeamento fornece material para a formação dos gestores, ajudando-os a perceber que existem iniciativas exitosas tanto no âmbito municipal quanto no estadual. Essas iniciativas podem, ainda, ser aplicadas em outras áreas, como educação, saúde, segurança pública e outras diversas áreas”, disse.

Em suas considerações finais, o relatório diz que o levantamento permite observar que há um avanço na realização de ações de combate ao racismo e promoção da igualdade racial na gestão pública brasileira. “No entanto, ainda nos são postos alguns desafios, sobretudo ao lançarmos olhares para indicadores sociais de classe, gênero, sexualidade, deficiência e território associados aos indicadores raciais”.

O levantamento também sugere que a gestão pública atue de forma ampla a partir de seus órgãos, não ficando limitada às Secretarias de educação, assistência social, desenvolvimento social, cultura e, até mesmo, às Secretarias de igualdade racial. 

“É preciso expandir e promover ações de combate ao racismo e promoção da igualdade racial nas pastas de agropecuária e desenvolvimento rural, saneamento básico, meio ambiente e recursos naturais, desenvolvimento econômico, desenvolvimento urbano, trabalho e emprego, justiça e habitação, por exemplo”.

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