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Irã e China levam a número recorde de jornalistas presos ao redor do mundo

As diferentes formas de perseguição a jornalistas no mundo refletem os sistemas políticos locais

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Ante a multiplicação de casos documentados no Irã e na China, o número de jornalistas encarcerados devido ao exercício da profissão ao redor do mundo atingiu novo recorde, mostram relatórios de duas organizações que monitoram o assunto publicados nesta quarta-feira (14).

Levantamento do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) revela que, até o último dia 1º, 363 profissionais da imprensa estavam presos –  aumento de 20% em relação ao ano anterior. Já relatório da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) aponta o número de 533.

A diferença está nas metodologias, mas as duas organizações coincidem ao afirmar que o aumento tem relação direta com a erosão de regimes democráticos e ao chamar a atenção para nações do Oriente Médio e da Ásia como pontos sensíveis.

O Irã, palco de uma convulsão social após a morte da jovem curda Mahsa Amini há três meses, recebe destaque nos levantamentos. O cenário para a liberdade de imprensa já era precário na nação, dominada por uma teocracia, mas a situação degringolou em meio à repressão aos atos.

O CPJ calcula que 62 jornalistas estejam detidos no país, a maior cifra desde que o monitoramento começou a ser feito, há três décadas. A maioria seria de mulheres –22 dos 49 detidos desde o início dos atos–, e o comitê chama a atenção para a detenção de profissionais curdos –ao menos nove.

Já a RSF afirma que seriam 47 os profissionais da imprensa detidos no país, que tem à frente do regime o ultraconsevador presidente Ebrahim Raisi e como líder supremo o aiatolá Ali Khamenei.

O regime comunista da China voltou a receber destaque nos relatórios. O CPJ calcula que 43 jornalistas estejam presos na nação asiática e salienta o encarceramento de profissionais uigures, perseguidos não apenas pela profissão, mas também por pertencerem à minoria étnica muçulmana que predomina na província de Xinjiang.

A RSF coloca a China como líder no encarceramento de profissionais da imprensa, com 110 até o início deste mês. As duas organizações afirmam que o número de detidos no país não apresentou alta neste ano, mas destacam cautela na justificativa: "Isso é menos um sinal de melhora e mais uma demonstração da opressão, da vigilância e da censura prévia cada vez maiores", diz a RSF.

A situação é, em partes, semelhante ao que ocorre na América Latina, uma das regiões mais violentas para jornalistas no mundo. Ainda que quase metade dos profissionais da imprensa mortos no último ano esteja nas Américas –38 segundo o CPJ e 57 de acordo com a RSF–, essa parte do globo observa cifras menores de encarceramento da categoria.

"Houve um aumento na criminalização do jornalismo na região, muitas vezes com leis que cerceiam a atividade", diz à reportagem a coordenadora do CPJ para América Latina e Caribe, Natalie Southwick. Com o intenso assédio judicial, muitos jornalistas seriam sujeitos à autocensura ou mesmo ao autoexílio, o que faria refluir números de presos.

Segundo a RSF, por exemplo, o México é o pior país para jornalistas nesse aspecto, com 11 mortos, seguido por Ucrânia (8) e Haiti (6). O Brasil é lembrado no material com a morte do jornalista britânico Dom Phillips, na Amazônia, em junho. Já nos dados do CPJ, a ordem seria: Ucrânia (12), Haiti (5) e Filipinas e México (3 cada um).

As diferentes formas de perseguição a jornalistas no mundo refletem os sistemas políticos locais, mas também as histórias regionais, aponta Artur Romeu, diretor da RSF na América Latina.

"Autocracias nas quais se concentram os casos de encarceramento normalmente têm uma censura de Estado institucionalizada, com marcos legislativos retrógrados que inibem a liberdade de expressão."

No caso da vizinhança brasileira, a violência estrutural ganha destaque. "Profissionais que exercem a função de controle social do poder, como jornalistas, veem-se sujeitos a enfrentar esse tipo de retaliação, que também é impulsionada por governos que alimentam um cenário de hostilidade permanente contra jornalistas, com discursos públicos orientados para a crítica ao papel da imprensa."

A diferença nos números das organizações está relacionada aos critérios adotados para contabilizar o encarceramento.

O CPJ contabiliza apenas jornalistas sob custódia do governo e não inclui os que desapareceram ou são mantidos em cativeiro por atores não estatais. A RSF, por sua vez, inclui cifras não oficiais, como jornalistas sequestrados por forças de segurança e cujos dados foram verificados junto a parentes ou meios de comunicação profissionais.

ETAPA

Passe da UFMS é realizado hoje com 18 mil inscritos

As provas serão aplicadas na manhã deste domingo (14), das 8h às 13h, em 11 cidades do Estado

14/12/2025 08h00

Mais uma etapa do Passe da UFMS será realiza neste domingo (14)

Mais uma etapa do Passe da UFMS será realiza neste domingo (14) Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Programa de Avaliação Seriada Seletiva (Passe) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul será realizado na manhã deste domingo (14), com mais de 18 mil inscritos em todo o Estado interessados em ingressar no Ensino Superior.

Com característica específica voltada para alunos que estão no Ensino Médio (EM), o "Passe UFMS" é um modelo de prova que avalia o estudante desde o seu primeiro ano da última etapa da escola.

De forma cumulativa, o aluno deve se inscrever e realizar a prova durante o triênio que encerrará sua fase escolar. Então, no último ano do ensino médio, durante a inscrição da avaliação, é possível escolher o curso que deseja ingressar.

Com a soma dos pontos ao longo das três etapas, a classificação para entrar na Universidade Federal do Estado é baseada na média adquirida. A pontuação de cada uma das tapas tem pesos diferentes na somatória para formar a média geral, sendo a 3ª com maior peso.

  • Neste ano, alunos que completaram o 1º ano do ensino médio irão realizar a primeira etapa do triênio 2025-2027.
     
  • Alunos que no ano de 2025 terminaram o 2º ano do ensino médio irão realizar a segunda etapa do triênio 2024-2026.
     
  • Por fim, os que encerraram o ensino médio e saíram do 3º ano, irão realizar a terceira e última etapa do triênio 2023-2025, para no ano que vem ingressar na universidade.

As provas acontecem das 08h às 13h, no horário de Mato Grosso do Sul nas cidades de Aquidauana, Chapadão do Sul, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

Com 60 questões contemplando as quatro áreas de conhecimento, a pontuação máxima total é de 120 pontos. Cada pergunta equivale a 2 pontos, o que totaliza 30 pontos em cada área, sendo elas:

  • 15 de Ciências da Natureza e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Ciências Humanas e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Matemática e suas Tecnologias - 30 pontos;

Cada fase aborda conteúdos que seguem a proposta curricular do respectivo ano. Além disso, as três etapas incluem uma redação dissertativo-argumentativa que soma a pontuação de cada fase e à média final ao terceiro ano.

Cronograma

  • Divulgação do gabarito preliminar da prova objetiva – 16 de dezembro de 2025;
  • Período de recurso administrativo do gabarito preliminar – 17 e 18 de dezembro de 2025;
  • Divulgação do gabarito definitivo da prova objetiva e dos recursos administrativos do gabarito – 29 de dezembro de 2025;
  • Resultado preliminar da prova objetiva – 08 de janeiro de 2026;
  • Período de recurso administrativo do resultado preliminar da prova objetiva – 08 e 09 de janeiro de 2026;
  • Divulgação do resultado final – 11 de março de 2026.

*Colaborou Noysle Carvalho

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Itaquiraí

Mãe e filha morrem em acidente triplo na BR-487

Colisão ocorreu em trecho conhecido como estrada boiadeira, próximo ao município de Itaquiraí

13/12/2025 16h30

Foto: Portal Conesul

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Gabrieli de Freitas Vieira e sua filha Julia Pereira de Freitas, de apenas 3 anos morreram na manhã deste sábado após um acidente triplo na manhã deste sábado (13), na BR-487, próximo a região do Assentamento Santo Antônio, situado em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a imprensa local, ambas estavam em um Jeep Compass com uma familiar de 40 anos, e seguiam de Maringá (PR) com destino a Dourados, cidade em que possuíam comércio. A família seguia na rodovia sentido BR-163 quando tentou uma ultrapassagem forçada e atingiu a traseira de um veículo Polo, que seguia na mesma direção.

Com o impacto da colisão, testemunhas afirmam que o veículo teria capotado e batido na traseira de uma carreta que seguia na pista contrária, impacto suficiente para arremessar o carro da família para fora da pista, ao lado de uma borracharia. 

De acordo com a imprensa local, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Gabrieli e a filha morreram no local. Socorrida, a outra pessoa da família foi levada ao hospital de Itaquiraí, consciente e orientada, apesar de cortes na cabeça.

Os demais motoristas envolvidos não sofreram ferimentos graves e testaram negativo para consumo de álcool.. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Perícia estiveram no local. As causas do acidente serão investigadas na Delegacia de Itaquiraí.

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