Cidades

GRIPE AVIÁRIA

Japão mantém importação da carne de frango de MS

País asiático é o principal importador do produto de MS. Mas, outros seis importantes compradores suspenderam os negócios

Continue lendo...

Maior comprador de carne de frango de Mato Grosso do Sul nos quatro primeiros meses do ano, com a compra de 10,38 mil toneladas, o Japão vai manter as importações do Estado, apesar do caso de gripe aviária registrado no Rio Grande do sul.

Inicialmente, conforme o diretor da Iagro, Daniel Ingold, havia previsão de que o Japão suspendesse de imediato as compras de todo o território brasileiro por conta do foco da doença em Monte Negro, na região metropolitana de Porto Alegre (RS). 

Porém, conforme o Ministério da Agricultura, desde julho do ano passado foram alteradas os acordos entre os dois países e por isso o país asiático suspendeu as compras somente do município onde ocorreu o registro da doença.

Por conta disso, os abatedouros de Mato Grosso do Sul seguem habilitados para venderem seus produtos aos japoneses, que no primeiro quadrimestre foram o principal parceiro comercial os frigoríficos daqui. 

Em valor faturado, a China, que suspendeu as compras,  é mais importante, mas isso por conta dos cortes diferentes que são destinados aos dois países. O preço médio do quilo destinado ao Japão é de US$ 2,00, enquanto que os cortes exportados para a China têm valor médio de US$ 2,35.  

Em quatro meses, o Estado exportou 9,77 mil toneladas de carne de frango para os chineses, o que garantiu faturamento de US$ 22,9 milhões.

Para o Japão, no mesmo período, foram 10,38 mil toneladas, as quais garantiram faturamento de US$ 20,77  milhões. A China equivale a 16,19% do faturamento do setor enquanto que o Japão, 14,94%. 

Mas, apesar do alívio por conta da manutenção das vendas para o Japão, seis dos dez mais importantes paceiros comerciais dos abatedouros de Mato Grosso do Sul suspenderam os negócios por pelo menos dois meses. 

Juntos, estes compradores (China, Reino Unido, Holanda, Suíça, Chile e México) garantiram faturamento de quase US$ 60 milhões de dólares no primeiro quadrimestre deste ano a Mato Grosso do Sul, o que representa em torno de 43% de tudo aquilo que é exportado. 

CÂMARA MUNICIPAL

Ex-motorista diz que até ônibus sem freios rodam em Campo Grande

Durante o andamento da CPI sobre o transporte público, condições trabalhistas precárias também foram relatadas por ex-funcionários do Consórcio Guaicurus

12/06/2025 09h30

Gabriel da Silva foi o segundo a ser ouvido e reclamou das condições de trabalho no Consórcio Guaicurus

Gabriel da Silva foi o segundo a ser ouvido e reclamou das condições de trabalho no Consórcio Guaicurus Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

Continue Lendo...

“Sucatas”, foi assim que os ônibus de Campo Grande foram definidos ontem pelo ex-motorista do Consórcio Guaicurus Weslei Conrado Moreli, que foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal sobre o transporte público.

O ex-funcionário, que trabalhou na empresa de 2019 a 2024, fez várias denúncias sobre a qualidade de manutenção da frota de ônibus do Consórcio Guaicurus, alegando que já dirigiu veículos com freios danificados e com o painel de velocidade quebrado.

“Eu saí da empresa por causa das condições que a empresa dava para trabalhar no transporte. Às vezes faltava freio, o painel de velocidade não funcionava, você não conseguia ver a velocidade em que estava na pista. A potência dos motores também não suportava subir ruas inclinadas”, descreveu Weslei.

A superlotação também foi relatada pelo ex-motorista, dizendo para os vereadores que compõe a CPI que a orientação de superiores para os motoristas era de encher os ônibus até não caber mais nenhum passageiro.

“O consórcio tem falta de respeito com o povo, porque ele simplesmente joga o povo dentro daquela sucata [ônibus], que mais parece uma lata de sardinha. Uma vez eu ouvi de um encarregado para colocar até não caber mais”, declarou.

Falhas nos elevadores dos ônibus para cadeirantes também foram descritas pelo ex-funcionário, informando que precisou orientar passageiros a pegarem o próximo ônibus porque o elevador do veículo estava quebrado.

“A gente tinha um papel em que podíamos relatar problemas com elevador. Já fui orientado uma vez a continuar a viagem com o elevador quebrado. Já aconteceu também de eu ir embarcar um cadeirante e não ter condições porque o elevador estava travado. É triste, porque a gente tem que falar para o cidadão esperar o próximo”, relatou.

Na oitiva passada, realizada na segunda-feira, o atual diretor de Operações do Consórcio Guaicurus, Paulo Vitor Brito de Oliveira, confirmou que 97 ônibus da concessionária estão velhos, tendo mais de 10 anos de uso, o que corresponde a 21% da frota de 460 carros, além de estarem acima da idade permitida pelo contrato com a prefeitura.

CONDIÇÕES DE TRABALHO

Durante a CPI, Weslei Moreli também reclamou da jornada de trabalho dos motoristas, que, segundo ele, é “inaceitável”.

“No nosso contrato, a carga horária de trabalho deveria ser de 7 horas e 20 minutos, mas era comum a gente fazer 9 [horas] ou 10 horas. Eu já cheguei a fazer 11 horas. Os nossos intervalos eram de 5 minutos em algum terminal, o que dava uns 20 minutos no total do dia. A gente pegava algum salgado para comer e comia dentro do ônibus”, relatou o trabalhador, que também afirmou que essa era uma conduta “comum” entre os motoristas. 

Weslei afirmou que o trabalho excessivo estava afetando sua saúde, em decorrência do estresse e das más condições. Hoje, o rapaz reside na cidade de Florianópolis (SC) e também é motorista de transporte público. Para ele, a diferença entre os dois trabalhos é grande, tanto em condições de trabalho como em salários e
benesses.

O ex-motorista também relatou que, quando trabalhava como manobrista, função que fazia trabalhos mais administrativos no Consórcio Guaicurus, por várias vezes, fez o trabalho de motoristas nas linhas sem ter a remuneração adicional pelo acúmulo de funções.

Ele também explicou que essa era uma prática comum das empresas e que muitos motoristas também realizavam a função de manobrista.

Segundo ex-funcionário ouvido pela CPI ontem, Gabriel da Silva Souza Almeida também alertou os vereadores sobres as más condições de trabalho que ele e outros funcionários do setor de bilhetagem passavam.

Gabriel contou que era comum ter nas cabines de bilhetagem do PegFácil cadeiras inadequadas e desconfortáveis, jornada extensa de trabalho e ares-condicionados que não funcionavam.

Também registrou que as cabines têm infiltrações, goteiras e falha constante no sistema de bilhetagem, chegando a ficar 40 minutos desligado.

Segundo Gabriel, o Consórcio Guaicurus dificultava o ambiente de trabalho propositalmente para forçar os funcionários a se demitirem, com práticas abusivas de assédio e intimidação jurídica.

“O consórcio praticava assédio moral organizacional, que consiste, entre outras coisas, na prática de uma empresa dificultar o ambiente de trabalho para forçar o empregado a pedir demissão, com práticas sistemáticas de desvalorização do funcionário ou gestão de estresse, com uma liderança que pressionava abusivamente para forçar desligamentos espontâneos”, contou.

“Meu objetivo é mostrar para a sociedade que, além de um serviço de péssima qualidade, o consórcio contribui com a fragilização dos direitos trabalhistas e a exploração do trabalho, o que, por consequência, piora a qualidade do serviço prestado”, acrescentou.

Ao final das oitivas desta quarta-feira, os vereadores da CPI informaram, durante coletiva de imprensa, que vão levar os relatos colhidos durante as oitivas para o Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul (MPT-MS), para o órgão poder investigar as condições de trabalho no Consórcio Guaicurus.

SAIBA

Outro ponto abordado na CPI foi o fato de o Consórcio Guaicurus não ter plano de seguro, serviço que era obrigatório, de acordo com o contrato de concessão assinado em 2012 com a Prefeitura de Campo Grande.

Assine o Correio do Estado

Cidades

Dia dos Namorados: presentes tem variação de até 417,78% em Campo Grande

O levantamento abrangeu 13 floriculturas e 8 restaurantes entre os dias 4 e 6 de junho, vale lembrar que os valores desde a data de pesquisa podem ter sofrido alterações

12/06/2025 09h15

Dia dos Namorados: presentes tem variação de até 417,78% em Campo Grande

Dia dos Namorados: presentes tem variação de até 417,78% em Campo Grande Divulgação

Continue Lendo...

Na véspera do Dia dos Namorados, comemorado nesta quinta-feira (12), o Procon-MS divulgou uma pesquisa de preços para auxiliar os consumidores na escolha de presentes ou jantares comemorativos em Campo Grande. O levantamento abrangeu 13 floriculturas e 8 restaurantes entre os dias 4 e 6 de junho.

A maior variação de preços foi registrada nas floriculturas. A tradicional cesta de café da manhã, com 20 itens, apresentou diferença de até 417,78%, com valores entre R$ 90 e R$ 466. O buquê com 12 rosas colombianas teve oscilação de 224%, sendo encontrado entre R$ 108 e R$ 350. Já o botão de rosa nacional variou 212,5%, custando de R$ 8 a R$ 25.

Nos restaurantes especializados em comida japonesa, os valores do rodízio de sushi variaram de 25% a 100%. O serviço completo é oferecido entre R$ 120 e R$ 150 por pessoa. Na versão simples, os preços vão de R$ 60 a R$ 120.

Os dados têm como objetivo oferecer uma base comparativa para os consumidores, mas o Procon alerta que os preços podem ter sofrido alterações desde a coleta. Além disso, o órgão orienta os consumidores a verificarem a composição dos produtos e serviços e a exigirem nota fiscal no momento da compra ou da reserva.

A pesquisa completa está disponível no site oficial do Procon-MS, com os dados organizados por estabelecimento visitado.

Data deve movimentar mais de R$ 300 milhões

Dia dos Namorados, celebrado anualmente em 12 de junho, promete movimentar R$ 384,45 milhões, de acordo com pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MS) em parceria com o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS). O valor é 1% maior do que o Dia dos Namorados do ano passado.

De acordo com o levantamento, serão gastos R$ 201,40 milhões com presentes e 183,06 milhões com comemorações. O gasto médio com presentes deve ser de R$ 273,21 e comemorações R$ 237,64 por consumidor. Com isso, o gasto com celebrações, por casal, deve ser de R$ 475,28. 

As formas de comemorar a data são em bares ou restaurantes (34%), em casa com refeição preparada na residência (16%), passar a noite em hotel/motel (13%), levar o namorado(a) para um passeio (11%), refeição por delivery (11%), ir ao cinema (9%) e viajar (6%).

Os presentes mais procurados são roupas (42%), seguido de calçados (18%), perfumes e cosméticos (18%), bolsas e acessórios (17%), flores e cestas (16%) e joias (7%).

Dos entrevistados, 49,34% afirmaram que comprarão presentes e 51,56% vão celebrar a data. O gasto médio total é de R$ 510,85.

As lojas do centro são a preferência dos entrevistados (67%) e a qualidade do produto é apontada como essencial para a compra (81%).

De acordo com o analista-técnico do Sebrae-MS, Paulo Maciel, a data é importante para os empresários aumentarem o faturamento e atraírem novos clientes.

"Investir em experiências vai ser o diferencial. Embalagens criativas, kits personalizados, brindes simbólicos podem ser uma boa opção, já que o presente precisa emocionar. Além disso, opções de pagamento facilitadas e uma boa divulgação em redes sociais com mensagens que alcancem o coração das pessoas podem ser interessantes", sugere.

A pesquisa foi realizada no período de 5 a 11 de maio nas cidades de Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Bonito e Corumbá/Ladário e Três Lagoas.

**Colaborou Naiara Camargo**

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).