A partir do dia 1º agosto, profissionais da enfermagem terão incorporações salariais e trabalharão 30h semanais na urgência e emergência, em Campo Grande. Os projetos de lei, sancionados hoje pelo prefeito Marcos Trad (PSD), prevê incorporação salarial de R$ 750 para enfermeiros e abono de produtividade de R$ 332 para técnicos, além da redução da jornada para os profissionais dos serviços 24h.
Conforme o vereador e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem da Capital (Sinte/PMCG), Hederson Fritz Morais de Silveira, o abono para os técnicos foi possível por meio de economia gerada em redução de plantões. Já a redução da carga horária para 30h, é uma demanda da categoria há mais de 16 anos e vai se aplicar a 400 profissionais.
“Apenas os que atuam em urgência, emergência e afins serão contemplados, porque é um tipo de serviço contínuo e que permite as 30 horas sem prejudicar os recursos humanos e sem prejudicar a assistência. O profissional agora tem uma qualidade de vida melhor, tanto no financeiro, porque diminui a carga horária, mas não tem impacto financeiro; quanto na saúde, porque o profissional estará mais descansado, o que melhora a assistência dele”, explicou.
O vereador ainda explicou que Campo Grande é a primeira capital que regulamenta as 30h por meio de projeto de lei. “O objetivo é que a enfermagem do município de Campo Grande faça 30h, é o primeiro passo”, declarou.
Para que todos os enfermeiros fossem contemplados pela carga horária semanal de 30h, seria necessária a contratação de mais pessoal e mais aberturas de concursos. No entanto, conforme o vereador e o prefeito, não há prazo exato de quando o quadro de profissionais da enfermagem deve aumentar.
“Nós tivemos essa cautela de colocar apenas no setor de urgência e emergencia, neste primeiro momento. Por enquanto, a prefeitura não tem condições de contratar mais profissionais, por causa do limite da lei de responsabilidade fiscal”, comentou o prefeito.
Marcos Trad ainda declarou que novas contratações não tem prazo concreto. “A partir do momento em que houver sobrepeso, dando ao Executivo condições dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal, haverão novas contratações, novos concursos e novas chamadas”, afirmou.