Cidades

TRAGÉDIA

Jovem recém-casada morre atropelada após capotamento na BR-376

Casal douradense sofreu acidente no trecho entre Curitiba e Ponta Grossa; marido permanece internado em estado gravíssimo

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Uma viagem que deveria marcar o início de uma nova fase terminou em tragédia para um casal douradense na manhã de segunda-feira (29), na BR-376, no Paraná. Samara Prado Martins, de 24 anos, morreu após ser atropelada por um caminhão, depois que o carro em que estava capotou às margens da rodovia, no trecho que liga Curitiba a Ponta Grossa.

O marido dela, com quem havia se casado há menos de dois meses, ficou gravemente ferido e segue internado em estado gravíssimo no Hospital Regional de Ponta Grossa.

Segundo informações do Portal Tarobá, o casal seguia viagem em um Volkswagen Gol quando, por motivos que ainda não foram oficialmente divulgados, o veículo saiu da pista e capotou às margens da estrada. Após o acidente, os dois conseguiram sair do automóvel e permaneceram sobre a pista de rolamento.

Enquanto aguardavam socorro, um caminhão que trafegava pela rodovia acabou atingindo o casal. Com o impacto, Samara sofreu ferimentos graves.

Equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionadas e prestaram os primeiros atendimentos no local. A jovem chegou a ser colocada na ambulância, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante o socorro. O esposo foi encaminhado em estado gravíssimo ao Hospital Regional de Ponta Grossa, onde permanece internado.

Os ocupantes do caminhão não se feriram.

Conforme informações do portal Dourados News, o corpo da jovem tem previsão de chegada a Campo Grande por volta das 16h desta terça-feira (30), de onde será encaminhado para Dourados, onde ocorrerão o velório e o sepultamento. Familiares aguardam a liberação do corpo.

As circunstâncias que levaram à saída do veículo da pista e ao atropelamento ainda serão apuradas pelos órgãos competentes.

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FIM DA PARALISAÇÃO

Campo Grande fecha acordo para pagamento do 13° da Santa Casa

Medida define um aporte de mais de R$54 milhões em investimentos públicos que o hospital deve receber nos próximos meses

30/12/2025 10h10

Santa Casa de Campo Grande

Santa Casa de Campo Grande FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Após reunião envolvendo o Executivo da Capital, o Governo do Estado, a Santa Casa e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), no Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica (Compor) ontem (29), a Prefeita usou das redes sociais ainda no período noturno para anunciar o acordo que deve garantir o 13° para os trabalhadores do hospital. 

"Passa das 23 horas, acabou recentemente a reunião para solucionarmos um problema pontual que estamos vivenciando em Campo Grande, com a paralisação desse hospital que é tão importante. A gestão da Santa Casa não é do município, mas recentemente passou por crises e falta de recursos. E a greve dos médicos afeta diretamente, e dos funcionários, a população de Campo Grande", disse Adriane Lopes através das redes. 

Essa medida define um aporte de mais de R$54 milhões em investimentos públicos que o hospital deve receber nos próximos meses, como confirmado pela prefeita de Campo Grande. 

Desses R$54 milhões, cerca de R$16 milhões são aporte do município, além do emprego direto de R$5,2 milhões, que devem ser pagos mensalmente até abril de 2026, mais dez milhões de reais, aproximadamente, referentes a recursos recuperados em acordos empresariais. 

Além disso, esse acordo prevê regras para uma maior transparência e prestação de contas. 

Quase greve

Essa paralisação dos trabalhadores que acabou afetando o funcionamento da Santa Casa de Campo Grande, como bem acompanha o Correio do Estado, começou antes mesmo do Natal, em 22 de dezembro, quando a presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, e o responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, reuniram a imprensa  na manhã do dia 22 para tratar das manifestações de trabalhadores que se acumulavam em protesto na frente da unidade. 

Conforme repassado por Alir - e como bem abordado pelo Correio do Estado -, a paralisação inicialmente chegou a afetar 30% dos atendimentos/serviços, ou seja, com cerca de 70% do andamento da Santa Casa funcionando por tempo indeterminado ou até o pagamento integral do décimo terceiro.

Já na manhã do dia 23, os trabalhadores "engrossaram" a paralisação na Santa Casa com "efetivo de 50% na paralisação e 50% trabalhando nos setores" que, em outras palavras, representa uma manifestação que começou envolvendo 1,2 mil funcionários e terminou mobilizando dois dos quatro mil trabalhadores em busca de 13°.

Cabe destacar que uma coletiva de imprensa foi convocada para a manhã desta terça-feira (30), na sede da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), onde o MPMS e o Procurador-Geral de Justiça, Romão Ávila Milhan Junior, devem detalhar o acordo firmado para garantir o pagamento das equipes médicas e viabilizar a retomada dos atendimentos na Santa Casa.

Isso porque, vale lembrar, inicialmente, um acordo que chegou a ser firmado com sindicatos garantiu 13° salário para profissionais da enfermagem, limpeza, radiologia e farmácia, encerrando parcialmente a paralisação que afetou os serviços na semana do Natal. 

Justamente na véspera de Natal, conforme a Santa Casa,  o hospital anunciou que chegou a um consenso com os seguintes sindicatos: 

  • dos Trabalhadores na Área de Enfermagem do Estado de Mato Grosso do Sul (Siems), 
  • Intermunicipal dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de MS (Sintesaúde), 
  • dos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia de MS (Sinterms) e
  • dos Farmacêuticos do Estado de MS (Sinfarms).

Pelo acordo, 50% do 13º salário foi pago ainda nesta quarta-feira, e o restante deverá ser quitado até o dia 10 de janeiro do próximo ano.

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SEM DINHEIRO

Em crise, Correios avaliam fechar agências no Estado

Com 103 unidades em Mato Grosso do Sul que atendem os 79 municípios, estatal quer realizar corte de gasto bilionário nos próximos anos em todo o País

30/12/2025 09h00

Correios divulgaram um plano de reestruturação da companhia com previsão de fechar 16% das agências da estatal ontem

Correios divulgaram um plano de reestruturação da companhia com previsão de fechar 16% das agências da estatal ontem Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Os Correios analisam fechar algumas das 103 agências espalhadas por Mato Grosso do Sul como uma das medidas estabelecidas para o corte de gasto bilionário que a estatal pretende realizar nos próximos anos, conforme anunciado pelo presidente da empresa, Emmanoel Schmidt Rondon.

Ontem, os Correios divulgaram um plano de reestruturação da companhia com previsão de fechar 16% das agências da estatal.

“A gente vai fazer a ponderação entre resultado [financeiro das agências] e o cumprimento da universalização para a gente não ferir a universalização ao fecharmos pontos de venda da empresa”, explicou o presidente em coletiva de imprensa, em Brasília (DF).

Em nota enviada ao Correio do Estado, o núcleo sul-mato-grossense da estatal afirma que ainda não há precisão de quantas agências serão fechadas no Estado, e ainda explica quais critérios serão levados em conta para decidir quais terão suas atividades encerradas.

“Os Correios estão concluindo os estudos para a reorganização de unidades, com foco na eficiência e sustentabilidade. Essas análises consideram critérios técnicos e têm como premissa inegociável a garantia do atendimento aos clientes e parceiros e à universalização dos serviços postais em todas as regiões do País”, disse à reportagem.

Além do fechamento das agências, Emmanoel Schmidt anunciou dois planos de demissão voluntária, o chamado Programa de Desligamento Voluntário (PDV), que é um plano de incentivo para servidores públicos ou funcionários de empresas se demitirem, previstos para reduzir o número de funcionários da estatal em 15 mil até 2027.

“A gente tem 90% das despesas com perfil de despesa fixa. Isso gera uma rigidez para a gente fazer alguma correção de rota quando a dinâmica de mercado assim exige”, disse.

Quanto a isso, o núcleo em Mato Grosso do Sul não deu mais detalhes de quantas demissões estão previstas para empregados do Estado. Ao todo, há 1,1 mil funcionários na ativa.

Correios divulgaram um plano de reestruturação da companhia com previsão de fechar 16% das agências da estatal ontemAgências dos Correios devem ser fechadas em Mato Grosso do Sul como forma de reduzir gastos - Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

QUASE GREVE

Há cerca de 15 dias, os empregados dos Correios em todo o País ameaçaram entrar em greve, pedindo reajuste salarial. Representados pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Telégrafos e Similares de Mato Grosso do Sul (Sintect-MS), os funcionários das unidades do Estado também estiveram envolvidos.

Após rodadas de negociação de forma coletiva, os trabalhadores de MS fazem parte de um dos 16 sindicatos que aprovaram a proposta feita pelos Correios: reajuste salarial de 5,13%, com vigência a partir de abril de 2026 e pagamento retroativo a janeiro do mesmo ano, com data-base no dia 1º de agosto, com validade de dois anos.

Além do reajuste salarial, o texto prevê mudanças na jornada de trabalho e nos benefícios, como o fim do ponto por exceção para carteiros e o encerramento do pagamento de hora extra tripla em domingos e feriados.

Contudo, o adicional de 70% sobre as férias foi mantido, o que significa um porcentual superior ao mínimo exigido legalmente.

Porém, como 18 entidades recusaram a proposta feita pela estatal, o acordo coletivo seguiu para as mãos do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para novo julgamento da paralisação, que segue em diversas agências dos Correios pelo Brasil. Como a classe sul-mato-grossense aceitou a proposta, a greve no Estado foi descartada.

O Correio do Estado entrou em contato com membros da diretoria do Sintect-MS para saber mais detalhes dessas negociações com a estatal. Wilton dos Santos, presidente do sindicato, disse que as negociações a nível nacional continuam, e que caso não cheguem a um acordo logo, o julgamento do dissídio está marcado para hoje, em Brasília.

“Como não houve unanimidade a nível nacional, as discussões continuam, inclusive amanhã [hoje] está marcado o julgamento do TST. Então, se não houver um desfecho na noite de hoje [ontem] ainda, com a outra proposta que a maioria aceita, amanhã terá o julgamento do dissídio. Aqui em MS, não deflagrou a greve, assim como em 16 estados”, conta Wilton à reportagem.

CRISE ANUNCIADA

De acordo com a própria direção dos Correios, a estatal enfrenta a crise financeira desde 2016, motivada pelas mudanças no mercado postal, em razão da digitalização das comunicações, que substituiu as cartas, reduzindo a principal fonte de receita, e também pela entrada de novos competidores no comércio eletrônico como um dos motivos da atual crise do setor.

“É uma dinâmica de mercado que aconteceu no mundo inteiro e algumas empresas de correios conseguiram se adaptar. Várias dessas empresas ainda registram prejuízos. Um exemplo é a empresa americana de correios que está reportando prejuízo da ordem de US$ 9 bilhões”, disse Emmanoel.

Nas apresentações de ontem, a estatal disse que registrou um saldo negativo de R$ 6 bilhões nos nove primeiros meses deste ano e está com um patrimônio líquido negativo de R$ 10,4 bilhões.

Em meio à crise, surgiu um debate questionando se os Correios deveriam abrir seu capital, ou seja, passar por um processo de privatização. Porém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 18, descartou qualquer possibilidade disso acontecer.

“Enquanto eu for presidente, não tem privatização. Pode existir parceria, pode transformar a empresa em empresa de economia mista, mas privatização não vai ter”, afirmou Lula em entrevista.

*SAIBA

No sábado, os Correios anunciaram um empréstimo de R$ 12 bilhões com os bancos. Porém, o valor ainda não é o suficiente para equilibrar as contas de 2026, pois seriam necessários mais R$ 8 bilhões.

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