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Juiz envolvido em esquema de venda de sentença é afastado pela Corregedoria

Medida cautelar foi aplicada por indícios de envolvimento em esquema de corrupção e fraude judicial em MS

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A Corregedoria Nacional de Justiça determinou, nesta quinta-feira (19), o afastamento do juiz Paulo Afonso de Oliveira do cargo por indícios de envolvimento em esquema de corrupção e fraude judicial.

O magistrado é titular da 2ª  Vara Cível de Campo Grande e foi alvo da Operação Última Ratio, desencadeada em novembro deste ano e que também afastou cinco desembargadores e um conselheiro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a medida cautelar foi aplicada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Campbell Marques, com base em evidências oriundas de inquéritos e documentos compartilhados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em novembro, o ministro já havia solicitado ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) informações detalhadas sobre a atuação do juiz em processos.

Na investigação há indícios de movimentações financeiras incompatíveis com os rendimentos de Paulo Afonso de Oliveira, além de conexões com outros investigados na Operação Última Ratio, que apura venda de sentença em tribunais estaduais e também no superior Tribunal de Justiça (STJ).

A celeridade no afastamento do magistrado, segundo o corregedor nacional, também se destina a preservar a integridade das investigações e evitar interferências no processo.

Venda de sentença

A Operação Ultima Ratio, deflagrada pela Polícia Federal (PF) com apoio da Receita Federal no dia 24 de agosto desta ano, desvendou um amplo esquema de venda de sentenças envolvendo desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), advogados e empresários.

Ao todo, a Polícia Federal cumpriu 44 mandados de busca e apreensão, em diversos locais, como residências de investigados e seus familiares, o prédio do TJMS, a sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o fórum e escritórios de advocacia. Além de Campo Grande, alvos são investigados em Brasília, São Paulo e Cuiabá.

Entre os afastados estão figuras de destaque no TJMS, incluindo o presidente Sérgio Fernandes Martins, o presidente eleito Sideni Soncini Pimentel, o vice-presidente eleito Vladimir Abreu da Silva, além dos desembargadores Marcos José de Brito Rodrigues e Alexandre Bastos.

Na última semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, relator da Operação Última Ratio, liberou os desembargadores Sideni Soncini Pimentel, presidente eleito da corte; o vice-presidente eleito, Vladimir Abreu da Silva; alem de Marcos José de Brito Rodrigues e Alexandre Bastos de usarem tornozeleira eletrônica. 

A investigação também mirou o conselheiro do TCE-MS, Osmar Domingues Jeronymo, e seu sobrinho Danilo Moya Jerônimo, servidor do TJMS. 

Outro suspeito de participação é o advogado Felix Jayme Nunes da Cunha, considerado operador no pagamento de propinas.

Além dos afastados de suas funções, foram alvos de mandado de busca e apreensão:

  • Marcus Vinicius Machado Abreu da Silva - Advogado, filho de Vladimir Abreu
  • Ana Carolina Machado Abreu da Silva - Advogada, filha de Vladimir Abreu
  • Julio Roberto Siqueira Cardoso - Advogado e desembargador aposentado
  • Camila Bastos - Advogada, filha de Alexandre Bastos, afastou-se da vice-presidência da OAB-MS após a operação
  • Rodrigo Gonçalves Pimentel - Advogado, filho de Sideni Pimentel
  • Renata Gonçalves Pimentel - Advogada, filha de Sideni Pimentel
  • Divoncir Schreiner Maran - Desembargador aposentado
  • Divoncir Schreiner Maran Jr. - Advogado, filho do desembargador aposentado Divoncir Maran
  • Diogo Ferreira Rodrigues - Advogado, filho de Marcos José de Brito Rodrigues
  • Felix Jayme Nunes da Cunha - Advogado e operador do esquema
  • Diego Moya Jerônimo - Empresário e sobrinho de Osmar Jeronymo
  • Percival Henrique de Souza Fernandes - Médico infectologista
  • Paulo Afonso de Oliveira - Juiz de primeira instância
  • Andreson de Oliveira Gonçalves - Lobista e elo do esquema com instâncias superiores

Loterias

Resultado da Lotomania de hoje, concurso 2713, sexta-feira (20/12)

A Lotomania tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

20/12/2024 19h17

Confira o resultado da Lotomania

Confira o resultado da Lotomania Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2713 da Lotomania na noite desta sexta-feira, 20 de dezembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 11 milhões.

Confira o resultado da Lotomania de hoje!

Os números da Lotomania 2713 são:

  • 29 - 19 - 83 - 38 - 05 - 24 - 32 - 18 - 26 - 53 - 44 - 28 - 84 - 98 - 71 - 33 - 87 - 15 - 09 - 99

O sorteio da Lotomania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Lotomania 2714

Como a Lotomania são três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quarta-feira, 21 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2714. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotomania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples. 

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

Como jogar na Lotomania

Os sorteios da Lotomania são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

O preço da aposta é único e custa  R$ 3,00.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

A aposta é única, com 50 dezenas, e a probabilidade de acertar 20 números e ganhar o prêmio milionário é de 1 em 11.372.635 segundo a Caixa.

Para 0 números, que a Lotomania também premia, a probabilidade é a mesma, de 1 em 11.372.635.

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Justiça nega liminar e Cezário segue fora da Federação de Futebol

Solicitação de revogação passou por análise da juíza Cintia Xavier Letteriello, da 4ª Câmara Cível de Campo Grande

20/12/2024 18h00

Francisco Cezário foi preso no dia 21 de maio, dia em que foram encontrados em torno de R$ 800 mil em sua residência

Francisco Cezário foi preso no dia 21 de maio, dia em que foram encontrados em torno de R$ 800 mil em sua residência Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul negou o pedido de liminar para Francisco Cezário de Oliveira voltar ao cargo de presidente da FFMS (Federação Estadual de Futebol). A decisão ocorreu nesta quarta-feira (19), pela juíza Cintia Xavier Letteriello, da 4ª Câmara Cível.

Conforme a magistrada, não existem elementos suficientes que sustentem a revogação da assembleia e o retorno de Cezário à presidência. A juíza destacou ainda que "não está caracterizado risco de dano irreparável ou de difícil reparação", critério necessário para a revogação solicitada.

“Não vislumbro, a menos neste juízo perfunctório, ilegalidade do ato administrativo questionado. Isto porque, a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul agiu em conformidade com o Código Civil e o Estatuto Social vigente", determinou a juíza.

A alegação da defesa de Cezário consiste na ilegalidade da assembleia, que supostamente ocorreu sem a instalação de um processo de apuração interna de responsabilidade com o devido processo legal, prejudicando o contraditório e sua ampla defesa.

No caso, a defesa se refere às diligências do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), na Operação Cartão Vermelho. O ex-presidente da entidade é réu pelos crimes de organização criminosa e corrupção, acusado pelo desvio de R$ 10 milhões da FFMS. 

Relembre o caso

O caso teve início após Cezário ser alvo de uma investigação do Gaeco sobre possível corrupção dentro da FFMS. Durante diligências, a justiça decretou sua prisão provisória, mas ele conseguiu habeas corpus com a condição de utilizar tornozeleira eletrônica.

Além disso, o ex-presidente foi proibido de voltar a exercer funções na FFMS até uma decisão judicial posterior. Após descumprir as medidas cautelares impostas, Cezário passou 17 dias preso no Presídio Militar Estadual.

Francisco Cezário foi preso no dia 21 de maio, dia em que foram encontrados em torno de R$ 800 mil em sua residênciaMais de R$ 800 mil apreendidos na operação Cartão Vermelho
Divulgação, Gaeco

Segundo o balanço, divulgado pelo Gaeco, foi instalada na Federação uma organização criminosa que desviava valores recebidos do Governo do Estado (via convênio, subvenção ou termo de fomento) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A quantia desviada era utilizada para benefício dos envolvidos no grupo, e não chegava a ser investido no futebol estadual.

"Uma das formas de desvio era a realização de frequentes saques em espécie de contas bancárias da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul – FFMS, em valores não superiores a R$ 5.000,00, para não alertarem os órgãos de controle, que depois eram divididos entre os integrantes do esquema", diz nota do Gaeco.

Mais de R$ 3 milhões em saques

Segundo a investigação, utilizando este mecanismo criminoso, os integrantes da organização realizaram mais de 1.200 saques, que somados ultrapassaram o valor de R$ 3 milhões.

A ofensiva também aponta que os suspeitos também possuíam um esquema de desvio de diárias dos hotéis pagos pelo Estado de MS em jogos do Campeonato Estadual de Futebol.

"Esse esquema de peculato estendia-se a outros estabelecimentos, todos recebedores de altas quantias da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. A prática consistia em devolver para os integrantes do esquema parte dos valores cobrados naquelas contratações (seja de serviços ou de produtos) efetuadas pela Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul", explicou o Gaeco.

De setembro de 2018 a fevereiro de 2023, foram desviados da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul mais de R$ 6 milhões.

A operação batizada como “Cartão Vermelho” cumpriu 7 mandados de prisão preventiva, além de 14 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.

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