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Juiz que denuncia colegas é visto como "câncer" por desembargador

Quem o classifica assim é o desembargador Marcos Brito, afastado pelo STJ.  "Quanto ao filho da puta de TL, ele não perde por esperar", ameaça outro magistrado

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Autor de uma série de denúncias no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra supostos crimes cometidos por colegas magistrados de Mato Grosso do Sul, o juiz Rodrigo Pedrini Marcos, de Três Lagoas, é visto como um “câncer” pelo desembargador Marcos Brito, um dos cinco afastados por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no último dia 24. 

A revelação de que o juiz de Três Lagoas é mal visto pelos colegas aparece na transcrição de uma conversa pelo watsapp entre o desembargador Marcos Brito e o juiz Fernando Paes, no dia 5 de fevereiro de 2022. 

À época, o CNJ estava prestes a votar uma denúncia contra o juiz Fernando Paes Campos, que em novembro do ano passado foi promovido, por merecimento, a desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. 

“Bom dia. De qualquer forma, seja qual for o voto da ministra, verdade é que estão fazendo uma puta sacanagem com você Esquecí de perguntar: será que ela faz maioria pro voto dela? O câncer de toda essa estória é aquele fdp do juiz de Três Lagoas”, escreveu o desembargador Marcos Brito. 

O diálogo deixou claro que não era só o desembargador conhecido como Marcão que estava irritado com o colega que insiste em denunciar o mal feito. Além da ira, ele é alvo inclusive de uma espécie de ameaça. 

 “Quanto ao filho da puta de TL, ele não perde por esperar”, respondeu o agora desembargador Fernando Paes, conforme mostram as transcrições feitas pela Polícia Federal, que conseguiu a quebra do sigilo telemático de Marcão. 

Fernando Paes fora denunciado porque, segundo Rodrigo Pedrini, havia ajudado pessoalmente a desembargadora Tânia Borges a tirar da cadeia de Três Lagoas o filho que havia sido preso em flagrante com centenas de munições e 230 quilos de maconha.

Em abril de 2022 o CNJ abriu investigação contra Fernando Paes. Em novembro do mesmo ano, ele foi absolvido e exatamente um ano depois foi promovido a desembargador. A desembargadora Tania Borges, porém, foi demitida a bem do serviço público, em outubro de 2021. 

A prisão do filho da desembargadora foi em 2017 e a demissão, quatro anos depois, somente ocorreu porque o juiz Rodrigo Pedrini fez a denúncia e ficou insistindo na abertura de processo no CNJ. 

Fernando Paes, que à época atuava no TJ como assessor da presidência, acompanhou pessoalmente a desembargadora na viagem de Campo Grande a Três Lagoas, cidade na qual já havia trabalhado e por conta disso tinha “portas abertas” no sistema prisional.  A cúpula do TJ ajudou na defesa do magistrado durante as investigações no CNJ, onde foi absolvido por unanimidade. 

MEGATRAFICANTE

O mesmo “câncer” foi o autor das denúncias que resultaram na abertura de investigação contra o desembargador Divoncir Maran, que supostamente recebeu propina para colocar em liberdade o traficante Gerson Palermo, em abril de 2020. O traficante de cocaína estava condenado a 126 anos de prisão. A libertação foi revogada no dia seguinte, mas ele está foragido até hoje.

Divoncir chegou a ser afastado do cargo em fevereiro deste ano, mas logo depois, em abril, completou 75 anos e se aposentou. O caso dele no CNJ ainda está à espera de julgamento. Em conversa transcrita na operação Ultima Ratio, uma juíza de Aquidauana revela que a Amamsul atua para travar as investigações no CNJ. Divoncir voltou a ser alvo de operação da PF na Ultima Ratio, na semana passada. 

PROPINA

Aqueles diálogos nada típicos entre dois magistrados apareceram na investigação de agora porque existe a suspeita da Polícia Federal de que o desembargador Marcos Brito tenha recebido propina. 

“Na sequência, apresentaremos as mensagens entre MARCOS BRITO e ANDRESON GONÇALVES (proprietário da empresa que transferiu mais de R$ 1 milhão para o Advogado FELIX JAYME, suspeito de compra de decisões de vários desembargadores do TJMS, incluindo MARCOS BRITO, tendo FELIX sacado em espécie grande parte de tal valor)”, diz trecho do documento oficial que traz detalhes das investigações. 

Embora não revele detalhes, a investigação informa que Marcos Brito teria recebido propina para garantir a vitória judicial de Andreson Gonçalves em “um conjunto de processos com valor da causa de mais de R$ 64 milhões” 

Este Andresson, dono de quatro empresas e sócio de uma quinta, por sua vez, é amigo também de um ministro do STJ que tem voto no Conselho Nacional de Justiça. A Polícia Federal acredita que o desembargador Marcos Brito estivesse tentando influenciar na votação no CNJ com a ajuda deste empresário lobista. 

“Aparentemente eles conversam sobre um processo que FERNANDO PAES estaria sofrendo no CNJ. Contudo não fornecem maiores detalhes. É possível que pretendessem que ANDRESON os ajudasse de alguma forma, pois, além de MARCOS BRITO passar o contato deste, FERNANDO PAES cita o “CONS BANDEIRA”, aparentemente o mesmo conselheiro com o qual ANDRESON afirmou ter contato direto (vide acima - ressaltando novamente que tal conselheiro não se encontra sob investigação, nem há elementos de atuação criminosa dele)”, diz trecho da investigação.  

ACIDENTE

Idoso morre atropelado em rodovia de MS

Motorista do veículo que atropelou o homem fugiu sem prestar socorro e polícia investiga o caso

30/03/2025 16h32

Idoso caminhava às margens da rodovia quando foi atropelado

Idoso caminhava às margens da rodovia quando foi atropelado Foto: Divulgação / Corpo de Bombeiros

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Um homem de 60 anos, identificado como Antônio Viana, morreu atropelado na noite desse sábado (29), na rodovia MS-386, entre os municípios de Amambai e Ponta Porã.

De acordo com informações do site A Gazeta News, o acidente aconteceu no trecho que corta a comunidade indígena Aldeia Amambai, a cerca de 5 km da zona urbana.

Apesar do local do atropelamento, o idoso não era indígena, mas trabalhava em uma propriedade rural na região.

Na ocasião do acidente, ele andava pelas margens da rodovia junto a um amigo indígena que reside na aldeia, quando foi atingido por um veículo Gol, segundo testemunhas. Com o impacto, a vítima chegou a ser arremessada por alguns metros.

Após o atropelamento, o motorista do veículo não parou e fugiu sem prestar socorro. Ele não foi identificado até a publicação desta reportagem.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas quando chegou ao local Antônio já estava sem vida e foi apenas constatado o óbito.

Equipes da perícia e da Polícia Civil também estiveram no local.

O caso foi registrado na Delegacia Civil de Amambai como homicídio culposo na direção de veículo automotor e a investigação segue para identificar o motorista do veículo.

Idoso caminhava às margens da rodovia quando foi atropeladoCorpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas vítima morreu no local

Atropelamento de pedestre

Na semana passada, o padre Solimário Lacerda dos Santos, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, foi atropelado em Campo Grande e teve fraturas no braço esquerdo

Ainda não há informações de como ocorreu o acidente, apenas de que ele foi atendido no local e encaminhado ao Prontomed.

Na ocasião, no dia 21 de março, a Arquidiocese de Campo Grande fez uma postagem relatando que o padre estava “bem disposto, alegre como sempre" e aguardava cirurgia.

Padre Solimário, nasceu em Pedro Gomes (MS), no dia 5 de fevereiro de 1958, e é o único sacerdote de uma família de cinco irmãos. Trabalhou em um laboratório de análises clínicas, antes de ingressar no seminário aos 20 anos. Foi ordenado sacerdote no dia 7 de fevereiro de 1987, completando neste mês 28 anos de ordenação sacerdotal.

Desde 2002, o Padre Solimário Lacerda é Vigário Geral da Arquidiocese de Campo Grande, responsável por exercer as tarefas atribuídas ao Bispo, quando ele estiver ausente ou impedido.

TEMPO

Abril começa com frente fria e chuva em Mato Grosso do Sul

Previsão aponta que frente fria chega e provoca queda nas temperaturas, mas não o suficiente para fazer muito frio

30/03/2025 15h30

Frente fria derruba temperaturas em alguns municípios do Estado nesta semana

Frente fria derruba temperaturas em alguns municípios do Estado nesta semana Foto: Gerson Oliveira / Arquivo

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A semana em Mato Grosso do Sul terá a chegada de uma frente fria, que irá causar queda nas temperaturas, mas não o suficiente para fazer frio intenso. Além disso, a primeira semana do mês abril, que começa na terça-feira (1º), tem alerta para temporais em parte do Estado.

Conforme previsão do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), o avanço da frente fria já muda o tempo entre segunda-feira (31) e terça-feira (1º). Inicialmente, estava previsto que seria o primeiro frio do ano no Estado, mas a frente perdeu força e não deve mais ter impacto tão significativo.

Segundo o Cemtec, com o avanço da frente fria e da alta pós-frontal, espera-se queda nas temperaturas que podem variar entre 17°C e 19°C, principalmente nas regiões sudoeste e sul do estado.

"Os modelos de previsão não indicam frio extremo, porém uma diminuição nas temperaturas sendo considerada a primeira massa de ar frio que deverá favorecer a queda nas temperaturas e, pontualmente, não se descartam temperaturas abaixo dos 17°C", diz o Cemtec, em nota.

Em Campo Grande, haverá ligeira queda nas temperaturas, que irão amenizar o calorão, mas não será suficientes para tirar os casacos do armário. A mínima prevista na semana é de 20°C, mas a máxima permanece elevada, podendo chegar a 33°C.

Conforme o Climatempo, a menor temperatura registrada em Campo Grande neste ano foi de 18,4°C, no dia 1º de fevereiro.

Em todo o Estado, são previstos acumulados significativos de chuva, que pode ultrapassar os 40 mm em 24 horas, especialmente no início da semana.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) tem alerta vigente de perigo potencial de chuvas intensas para 71 municípios do Estado, incluindo a Capital, onde há previsão de chuvas para todos os dias, podendo ser ocasionalmente de forte intensidade entre segunda e quarta, passando a céu encoberto com chuviscos entre quinta e sexta-feira.

Mais frio em abril

Esta será a primeira massa de ar frio de origem polar a passar por Mato Grosso do Sul no outono, que começou no dia 20 de março e segue até o dia 21 de junho.

De acordo com o Climatempo, para abril ainda estão previstas mais duas frentes frias, que serão mais impactantes no tempo, sendo uma ainda na primeira quinzena do mês, com intensidade fraca a moderada, enquanto a outra será a partir do dia 16 e pode baixar bem as temperaturas.

A segunda frente fria do mês pode chegar ainda nesta semana, mas não deve trazer muito frio ao Estado, causando apenas leve resfriamento nos municípios de fronteira com o Paraguai.

Já a outra massa de ar polar está prevista para o fim da próxima semana, entre os dias 15 e 16, e pode haver queda moderada a forte de temperatura no Estado, incluindo em Campo Grande.

Os períodos com temperaturas baixas ou amenas, no entanto, serão curtos, entre um a três dias, e a predominância será de temperaturas acima da média na maior parte do Estado.

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