Cidades

ESTÃO EM ABRIGO

Justiça Estadual concede guarda de filhas de mulher morta no Japão a avó

Decisão foi encaminhada ao Governo japonês; crianças estão em abrigo

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A Justiça de Mato Grosso do Sul concedeu a guarda das netas à Maria Aparecida Amarilía Scardin. As crianças, de 4 e 5 anos, estão em abrigo no Japão desde a morte da mãe e tia, Akemy e Kimberlu Maruyama, assassinadas em dezembro de 2015 no país.

Maria Aparecida procurou a Defensoria Pública para entrar com o pedido de guarda, que foi feito pelo defensor público Carlos Alberto Souza Gomes e foi deferido pela juíza da Vara da Infância, Juventude e do Idoso de Campo Grande, Katy Braun.

A decisão foi encaminhada para o Ministério das Relações Exteriores, que deverá informar o governo japonês, pedindo que acate a decisão. O país não tem obrigação de cumprir a determinação brasileira.

Para fazer o pedido de guarda, o defensor recorreu a uma nova ferramenta do Código de Processo Civil, que entrou em vigor em abril deste ano, onde existe previsão de cooperação internacional. Caso o Governo japonês acate o pedido, o Ministério das Relações Exteriores auxiliará na vinda das meninas para o Brasil.

O Portal Correio do Estado entrou em contato com Maria Aparecida, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem. 

CASO

As irmãs Akemy e Michelle, de 27 e 29 anos, foram assassinadas em dezembro na cidade japonesa de Handa, a 330 quilômetros de Tóquio. O apartamento onde elas foram encontradas foi incendiado propositalmente, com gasolina. O fogo só foi controlado quase 1 hora depois da chegada do Corpo de Bombeiros e o local ficou totalmente destruído.

O peruano Tony La Rosa, ex-marido de Akemy e pai das crianças, é apontado como autor do crime. Ele foi preso, mas não indiciado pelas mortes.

Maria viajou até o Japão e trouxe para o Brasil as urnas com os restos mortais das filhas. Todos os pedidos de visita às netas foram negados pelo governo japonês.

Cidades

Brasileiros pretendem gastar mais com viagens no fim do ano

Cidades com praias são os destinos mais citados

13/12/2024 21h00

Brasileiros pretendem gastar mais com viagens no fim do ano

Brasileiros pretendem gastar mais com viagens no fim do ano Divulgação/ Porto Velho

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De cada dez brasileiros, seis devem gastar mais com viagens neste fim de ano do que em 2023, é o que aponta uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Locomotiva. Segundo o levantamento, 58% dos entrevistados responderam que pretendem gastar mais. As cidades com praias são os destinos mais citados entre quem pretende viajar.

O estudo, que ouviu 1.461 pessoas entre 2 e 4 de dezembro, aponta que metade (52%) dos entrevistados pretende viajar; 29% gastar o mesmo que no último ano e 13% querem gastar menos.

De acordo com o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, os jovens são os que mais desejam passar o fim de ano em outra cidade, com 58% afirmando querer estar longe de casa.

“Os dados demonstram que os brasileiros estão conseguindo investir mais nas viagens de férias este ano. Claro que as classes mais altas têm mais fôlego, mas as classes C e D também querem curtir as festas de fim de ano longe de casa, principalmente o público mais jovem”, disse.

A pretensão de passar o fim do ano em outra cidade também é maior entre as classes A e B (63%). Entre a classe C, 48% apontaram ter intenção de viajar no fim do ano. Já entre as classes D e E, 45% pretendem passar as festas de fim de ano em outra cidade.

Ainda de acordo com a pesquisa, 57% dos entrevistados dizem buscar cidades com praia para o fim de ano, e 18% querem viajar para cidades grandes fora do litoral. Já 16% revelam preferir cidades menores e pouco agitadas para descansar neste período.

Em relação aos locais de hospedagem, 49% disseram que hotéis ou pousadas são a opção; 24% pretendem alugar casa ou apartamento; 16% devem se hospedar em casa/apartamento próprio ou emprestado; 4% querem acampar; e 2% devem ficar em hostel ou albergues.

CRIME CAUSOU COMOÇÃO

Adolescente diz que mantinha relacionamento com professor e o matou por dívida de R$ 200

Suspeito foi preso, confessou o crime e não demonstrou arrependimento; Receptador do carro furtado também foi detido

13/12/2024 19h07

Comandante do Choque disse que adolescente demonstrou frieza e crueldade

Comandante do Choque disse que adolescente demonstrou frieza e crueldade Foto: Lucas Caxito / Correio do Estado

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O adolescente de 17 anos, preso por suspeita de matar a facadas o professor universitário Roberto Figueiredo, 63, disse à polícia que o crime foi motivado por uma suposta dívida de R$ 200. O suspeito disse ainda que mantinha um relacionamento com a vítima há cinco meses.

O professor foi assassinado na madrugada desta sexta-feira (23) dentro de sua própria casa, no bairro São Francisco. O corpo foi encontrado pela irmã dele.

Em entrevista coletiva, o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Rigoberto Rocha, disse que, ao ser preso, o adolescente confessou o crime de forma fria.

“Ele relatou à polícia que mantinha uma relação com o professor durante cinco meses e que receberia um dinheiro, R$ 200 segundo ele, e teve um desacerto nesse recebimento, uma negativa desse recebimento por parte do professor”,explicou o comandante Rocha.

Após a recusa em pagar a suposta dívida, o adolescente relatou à polícia que agrediu o professor com um copo de vidro grosso até o professor desmaiar. Na sequência, com a vítima desacordada, o adolescente deu uma única facada no pescoço de Roberto, que o levou a morte.

Antes de deixar a casa, o suspeito furtou uma televisão, carteira, notebook e o veículo do professor, um Jeep Renegade.

Com esse veículo, ele passou na casa de dois amigos, um homem e uma mulher, e juntos começaram a usar drogas, bebidas alcoólicas, e a fazer uma festa.

Por fim, o Jeep foi repassado para este amigo, de 22 anos, que também foi preso por receptação.

O comandante ressalta que o jovem não demonstrou arrependimento em nenhum momento.

“Ele relata que teve um grande lucro. Naquela noite, no linguajar dele, ele tinha feito a boa, teria um grande lucro e chamou os amigos para gastar esse lucro”, conta.

O comandanta do Choque explica ainda que, logo após o crime, se iniciaram os trabalhos de busca aos criminosos.

Primeiro, o veículo foi encontrado na região do Parati, de posse do receptador, de 22 anos, que informou a equipe policial que passou a noite e madrugada com o adolescente infrator e que o jovem deixou o carro com ele.

O serviço de inteligência entrou em ação e, cerca de oito horas depois do crime, o adolescente foi preso na região do Caiobá. Ele completa 18 anos no fim deste mês e não tinha passagens pela polícia. Já o receptador, tinha passagens por roubo, furto e violência doméstica.

A mulher é considerada testemunha, pois foi chamada apenas para beber e usar drogas e não teve participação no assassinato.

Causou comoção

A morte do professor causou comoção no meio acadêmico e cultural de Campo Grande, áreas onde era bastante conhecido e querido.

Roberto Figueiredo, carinhosamente conhecido como "Beto" ou "Betinho", era docente da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), instituição onde atuava há 39 anos.

Ministrou aulas em diversos cursos, como História, Design, Arquitetura e Gastronomia. Também foi coordenador dos grupos de teatro, dança e música da universidade, além de membro do Conselho Universitário da UCDB (Consu).

Beto já atuou também como presidente da Fundação de Cultura de Campo Grande, e teve passagem como superintendente de Cultura da Capital. Pelo Estado, foi gerente de Patrimônio Histórico da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).

Em nota, a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul lamentou a morte de Beto: "Sua dedicação à educação, às artes e à valorização do patrimônio histórico inspirou gerações e será lembrada com profunda gratidão por todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo e aprender com ele".

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