A Justiça do Rio de janeiro prorrogou por mais 1 ano a permanência de Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 2018, na Penitenciária Federal de Campo Grande.
O prazo de permanência do ex-policial militar na Capital estava previsto para terminar no dia 21 de março de 2024. Ao fim do prazo, a Justiça de Mato Grosso do Sul havia determinado a retirada do acusado da unidade federal de Mato Grosso do Sul, pedindo a transferência do detento de volta ao Rio de Janeiro em um prazo de 30 dias.
No entanto, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro alegou que havia encaminhado, no dia 19 de março, antes mesmo do fim do prazo de permanência, uma decisão que prorrogava a "estadia" de Ronnie Lessa na unidade.
O ex-policial militar está preso na capital sul-mato-grossense desde 2019.
Delação Premiada
Em março, Lessa fez uma delação premiada, homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), entregando os mandantes e as circunstâncias do crime. O acordo de delação resultou na prisão dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, e do delegado Rivaldo Barbosa, principais suspeitos.
Conforme noticiado à época, o ex-militar só aceitou colaborar com a investigação depois de Élcio de Queiroz o apontar como autor dos disparos e revelar a dinâmica do crime.
Na Capital, o acusado de matar Marielle foi ouvido em cerca de 10 oitivas por agentes da Polícia Federal que investigam o caso. Ele teria prestado três depoimentos após a delação ter sido firmada com a PF e com a Procuradoria-Geral da República (PGE).
Morte da vereadora Marielle Franco
A vereadora pelo PSOL Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos a tiros no dia 14 de março de 2018, na região central do Rio de Janeiro. Ao todo 13 tiros foram disparados contra o carro da parlamentar. Marielle e Anderson morreram. Além deles, a assessora da parlamentar também estava no veículo e sobreviveu ao atentado. Desde então busca-se saber que foram os mandantes do crime.
Quem é Ronnie Lessa
Lessa era policial militar do Rio de Janeiro e foi expulso da corporação em razão das investigações do caso Marielle Franco.
Preso em março de 2019, Ronnie Lessa é acusado de ser o executor do crime. Segundo Lessa, Élcio de Queiroz é apontado como autor dos disparos.
Em 2021, Ronnie foi condenado a 4 anos de prisão pela ocultação das armas usadas no crime. A pena foi aumentada logo após para 5 anos. Segundo o Ministério Público, Lessa jogou as armas no mar da Barra da Tijuca.
Lessa, antes de ser policial, passou pelo exército. Ronnie passou a ser reconhecido no mundo no crime, em 1992, após ser policial militar como adido na Polícia Civil do Rio.
Nessa condição, Lessa ficou conhecido nas ruas e se destacou pela agilidade e pela coragem na resolução dos casos.
Colaborou: Daiany Albuquerque
Com informações de Globo News