Decisão do desembargador federal Paulo Fontes concedeu liberdade a Rachel Rosana de Jesus Portela, esposa do ex-secretário de Obras Públicas e Transportes, Edson Giroto. A decisão vem após a primeira condenação da Lama Asfáltica.
Conforme a liminar, assinada no dia 26 de março, Rachel sofre de doença autoimune, além disso, “sua atuação está essencialmente posta sob os vínculos do marido com a organização criminosa, não numa membresia ‘autônoma’”.
O juiz também atendeu argumento do advogado Valeriano Fontoura e desisitiu de aplicar fiança no valor de R$ 70 mil. O advogado alegou que o valor da fiança “ultrapassaria o limite da razoabilidade”, já que a mulher estava impedida de exercer a profissão, por estar em prisão domiciliar, e teve bens e ativos financeiros bloqueados.
Giroto, foi condenado a nove anos, dez meses e três dias de reclusão e 243 dias-multa, em regime fechado. Já Raquel recebeu a setença de cinco anos e dois meses de reclusão em regime semiaberto. FlávioHenrique Garcia Scrocchio, cunhado de Giroto, foi sentenciado a cumprir sete anos de prisão.
A sentença foi expedida no dia 15 de março e é a primera referente as investigações da Operação Lama Asfáltica, que apura crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, entre outros, praticados em Mato Grosso do Sul.
Conforme decisão do juiz Bruno Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, os três teriam “ocultado e dissimulado a origem, disposição, movimentação e propriedade” de dinheiro utilizado para compra de uma fazenda, conhecida como Encantado Rio Verde. O valor pago pela propriedade rural, R$ 7,63 milhões, deve ser restituído aos cofres públicos, em valores corrigidos.
Segundo o juiz, o dinheiro é oriundo de vários crimes contra o sistema financeiro, entre eles, corrupção passiva, ativa e apropriação ou desvio de dinheiro do qual tem a posse em razão do cargo por funcionário público.


